Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 64
Our Home.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Tive noção de que Amelie movia-se e dizia algo animadamente ao meu lado, mas tudo que chegava a meus ouvidos era aquele choro delicado, e a única imagem que eu via estava bem a minha frente, sendo enrolado em panos. Em instantes chegou a meus braços preenchendo todo meu ser com sua presença e seu calor. Tão pequeno e frágil, ainda resmungava e reclamava quando peguei-o no colo. Seu rostinho tão pequenino, ainda sujo, tomou-me por inteira naquele momento. Todo seu corpinho, seu som e presença tornaram-se meu mundo naquele momento, enchendo meus olhos de lágrimas.

O que aconteceu nos minutos seguintes, pouco me lembro, só recordo da plenitude exaustiva e de não conseguir tirar os olhos do pequeno garotinho, mesmo quando Amelie trouxe água limpá-lo e o fez com a ajuda da parteira, enquanto eu podia respirar aliviada sobre a cama. Ajudaram-me com tudo o que precisava ser feito para que, então, a senhora partisse. Levou somente dois minutos entre a saída delas e a chegada de Caspian.

Quando notei sua presença, ele estava parado junto a porta. Sua expressão ainda assustada e com uma leve palidez, miráva-nos. Sorri para ele, podia perceber sua respiração mesmo a passos de distância. Não falei nada, apenas observei o brilho em seu rosto a cada passo que o trazia até nós. Caspian sentou ao meu lado na cama com cuidado.

—Como... - começou ele, baixinho, como se não conseguisse encontrar a própria voz. Seus dedos tocando os pezinhos de nosso menino, que dormia em meus braços. - Como vocês estão?

—Bem - respondi, sorrindo. - Estamos muito bem.

Caspian sorriu e beijou-me docemente. Seu olhar, então concentrou-se no cochilo suave de nosso filho.

—É tão pequeno... - comentou, sem desfazer do sorriso. - Posso? - estendeu a mão para o pequeno. Eu ri.

—Claro que pode, Caspian.

Com cuidado, entreguei em seus braços nosso pequeno dorminhoco. Por um momento, Caspian atrapalhou-se em seu nervosismo, mas logo aconchegou-o. Os olhos de Caspian não desgrudaram dele por um longo tempo. Observei-os quieta e exausta, porém exultante. Sequer completou um minuto que o tinha nos braços, para que eu notasse as duas lágrimas que rolaram cintilantes pelo rosto de Caspian, fazendo outras tantas rolarem pelo meu.

—Ele é perfeito... - sussurrou ele, depois de um bom tempo, a voz baixa e aveludada.

—É sim. - concordei, no mesmo volume.

Caspian parecia estar em um transe do qual, se pudesse, jamais sairia. Era tão importante, tão emocionante, tudo o que aquele pequeno menino significava para nós desde a notícia de que chegaria. Mas agora, conhecendo seu rostinho, sentindo seu cheiro e seu calor... Era muito mais que significados, muito mais que nossas próprias vidas.

—Temos que decidir o nome dele. - lembrou-se Caspian, olhando-me nos olhos.

—Acha que ele se parece com Digory? - perguntei. Caspian o olhou de novo.

—Oh, com certeza. - respondeu. - Mas meu pai não se perdiaria se dessemos esse nome a ele.

Nós rimos e o pequeno quase despertou, mas foi logo acalentado nos braços de Caspian.

—Raphael também lhe cairia bem. - disse ele, e então sorriu para mim.

—Então acho que decidimos. - sorri de volta, largamente. Caspian inclinou-se até depositar um beijo em meus lábios.

—Raphael - chamou ele, olhando para o pequeno. - Seja muito bem-vindo.

Caspian desgrudou dele poucas vezes nos primeiros dias, e mais de uma vez o vi ao lado do berço, com papel e carvão, de olhos atentos e traços precisos, que resultavam em gravuras de Raphael que guardava com zelo, outras, enviamos para Digory e Polly. Logo a rotina deu o chamado necessário e Caspian precisou ficar mais ausente durante o dia. Isso, vale ressaltar, não o impediu de destinar todo seu tempo livre a Raphael. Eram horas encantadoras que tratei de cultivar em memória para que nunca as perdesse.

Raphael fora crescendo em uma criança doce e cheia de energia, Caspian o levava para onde pudesse quando saía pela propriedade e criamos o hábito de fazermos um passeio juntos em todas as manhãs de domingo. Foi em um desses passeios que Raphael deu seus primeiros passos assim que o soltei sobre a toalha na grama e ele ouviu o pai lhe chamar. Chegou às mãos dele em seis passinhos desajeitados que Caspian comemorou pegando-o e girando-o no ar, arrancando-lhe uma gargalhada espontânea e feliz. Desde então, Caspian passeava com ele durante a semana, de mãos dadas pouco antes do pôr-do-sol, mesmo que isso o fizesse curvar demais. Ele não se importava, apesar das constantes massagens nas costas antes de dormir.

Recebíamos notícias regulares da Inglaterra, a carta mais recente trouxera uma de Edmundo com boas notícias: Jill dera luz à uma menina a quem chamaram Sara. Pedro havia assumido os negócios de nosso pai em meu lugar e fora morar com Polly e Harold. Sempre me mantinha a par de suas decisões e solicitava minha opinião. Lúcia continuava feliz com Rilian, numa convivência próxima ao pai. Era inevitável não notar o quanto isso fizera bem a ele. Contudo, por outro lado, havia a decepção e a tristeza causa de Dash.

A saúde dele enfraquecera no último ano, como era de se esperar, entretanto nada que tenha abalado demais sua integridade física. Ele perdera qualquer rastro que tivera nosso a partir de York, mas estava sempre de olho, atento a qualquer brecha que o permitisse nos encontrar. "Ele só piora", foram as palavras de Digory, certa vez.

Os sonhos estranhos envolvendo aquele leão e lugares que eu não conhecia, voltavam a aparecer vez ou outra, sempre tão confusos e complexos como o primeiro.

Quanto à lua, bem, nunca precisamos usar a cela do porão. Mesmo não tendo sido dominado pela herança, o único momento que afastava Caspian de Raphael. Claro que Raphael não entendia, e era realmente difícil distraí-lo. Caspian demonstrava muita preocupação com o que a herança poderia ter reservado a Raphael, pois, da mesma forma que poderia passar despercebida, poderia arrastá-lo para uma vida de celas e isolamento. Eu também me preocupava, e muito, porém eram medos que eu não conseguia verbalizar.

Infelizmente, toda essa aflição e apreensão pioraram quando Raphael caiu doente na época da lua.

—Como ele está? - perguntou Caspian ao entrar no quarto. Tirei o pano da testa de Raphael para molhá-lo mais uma vez.

—A febre cedeu um pouco. - tranquilizei. Caspian sentou-se do outro lado da cama. - Dormiu agora há pouco, mas ainda não conseguiu comer nada. - Caspian assentiu, passando os dedos nos cabelos castanhos do filho, a preocupação estampada em seu rosto. - E você, como está?

—Bem - respondeu, calmo. - E bem preocupado também.

—Também estou. - concordei, espremendo o pano e devolvendo-o para a testa de Raphael. Ele completara um ano e meio não havia mais de uma semana, dormia com a respiração um pouco pesada depois dr passar o dia mal disposto. Queria ter a tranquilidade de acreditar que não era nada demais, mas já era a segunda lua que ele adorcia. Como da outra vez, Caspian não pôde afastar-se dele tal qual fazia antes. - Vou trazer nosso jantar para cá.

Saí do quarto em direção a cozinha sentindo um peso enorme sobre meus ombros. Caspian não escondia sua preocupação, e eu o convenci a não escrever para Digory da última vez, acreditando que poderia ser só uma coincidência que Raphael tivesse adoecido na época da lua. Agora não estou mais certa disto. Além de tudo, ainda há algo mais que também não sai de meus pensamentos: fazem alguns dias que sinto enjoos pela manhã e meu período estava atrasado mais uma vez. Amelie não precisou abrir meus olhos desta vez, desconfiei por mim mesma, mas ainda não contara a Caspian.

Servi nosso jantar e levei-o de volta ao nosso quarto. Já deveria ter contado, mas não queria lhe preocupar mais sem ter plena certeza, até poquê a relação do adoecer de Raphael com a herança vinha tirando-lhe o sono há semanas. Ele não notou quando entrei no quarto, entretido cantarolando uma música para Raphael enquanto afagava-lhe os cabelos.

—Está um pouco pálido, Caspian. - comentei, colocando a bandeja sobre a mesa. - Tem certeza que se sente bem?

—Sim. - levantou-se com cuidado. Raphael mexeu-se apenas para levar o polegar à boca e agarrar-se mais ao cobertor de estimação. - Caspian sorriu de leve para mim, vindo em minha direção. - Estou bem, não se preocupe. - alcançou-me, beijando-me em seguida. - O cheiro está maravilhoso.

—Muito obrigada, senhor Kirke. - fiz uma mesura.

—Minha senhora, por favor. - solenemente puxou a cadeira para mim, logo tomando acento à minha frente.

Começamos a refeição converdando sobre coisas triviais, sempre de olho em Raphael que dormia um sono pesado. O tempo todo eu busquei o momento certo para contar a ele, e a oportunidade apareceu quando seguiram-se alguns minutos de silêncio após terminarmos e Caspian se levantar para checar a temperatura de Raphael e eu apenas o observei até que se detivesse à janela olhando para fora, a preocupação nunca deixando seu rosto, de fato.

—Cas - chamei, baixo, indo até ele e fazendo-o olhar-me. Procurei as palavras certas.

—Diga, Su. - incentivou docemente, seu rosto estava iluminado à metade pela luz amarela do fogi, e a outra metade à luz azulada da noite estrrlada do lado de fora da janela à minha direita. Ajeitei sua camisa distraidamente.

—Eu... - toquei seus braços, deslizando as mãos por eles até segurar as suas. Os olhos de Caspian estavam sobre mim, penetrantes.

—O que - a voz dele mal passou de um sussurro. Lambi os lábios organizando as palavras. - O que está preocupando você?

—Tenho bons motivos para acreditar que, muito em breve, teremos nosso segundo filho em nossos braços. - falei calmamente, olhando-o nos olhos.

Um brilho novo e reluzente passou pelos olhos de Caspian antes que dissesse algo, ou conseguisse expressar qualquer outra reação. Sorri de leve para ele, sabia que meus olhos transmitiam o mesmo regozijo e medo que estavam refletidos nos seus. Então, o sorriso escapou dos lábios dele com o ar, e Caspian envolveu-me em um abraço quente, apertado. Fechei os olhos, sentindo uma lágrima rolar por minha face. Caspian beijou-me a cabeça, em seguida meu rosto, tomando-o em suas mãos antes de beijar meus lábios repetidas vezes, por entre sorrisos.

—Por mais que eu tema, não posso evitar a felicidade que essa notícia me dá. - disse ao tocar sua testa na minha.

Sorri para ele. Já esperava por sua reação, porém tê-la e ouvi-lo dizer era muito reconfortante, especialmente por permitir que compartilhassemos a felicidade e os temores.

Dormimos os quatro juntos naquela noitr. A febre dd Raphael permaneceu, para nossa angústia. A lua cheia ainda não era visível no céu, mas estaria completa em alguns dias. Quando despertei, mais tarde, para verificar Raphael, Caspian não estava na cama. O modo como Raphael dormia junto à mim não permitiu que me levantasse, mas bastou olhar para frente que o encontrei sentado à mesa, concentrado na carta que escrevia à luz da vela.

Não precisei perguntar para saber que escrevia para Digory. Se Raphael caísse doente na próxima lua, não teríamos mais o que duvidar sobre a relação com a herança, e pior: não saberíamos o que fazer para ajudá-lo. Nesse caso, voltar seria mais seguro. Willoughby enviou a carta para nós no dia seguinte, depois de nos entregar todo tipo de ervas para chás que pudessemos precisar, cortesia de Amelie.

A lua passou sem deixar maiores preocupações e Raphael se recuperou. A resposta de Digory chegou duas semanas depois.

—Ele concorda. - disse Caspian, quando cheguei à sala soltando no chão um Raphael recém-banhado que correu para o pai, animado.

—O que ele disse? - perguntei, me aproximando. - Caspian o pegou no colo.

—Se acontecer de novo - explicou. - Devemos retornar. Ele e Harold tentarão encontrar alguma coisa que possa ajudá-lo. - aproximou-se de mim, beijando-me a testa. Caspian olhou-me. - Sei que está preocupado, eu também estou, e se pudesse, não arredaria o pé daqui...

—Mas se algo sério acontecer - completei, afagando a bochecha rosada de Raphael, que sorriu para mim. - Talvez não possamos ajudá-lo sozinhos.

Caspian assentiu uma vez e levou meu olhar de volta para ele conduzindo meu queixo delicadamente com os dedos, para então olhar profundamente em meus olhos.

—Eu prometo. - garantiu, o peso solene em cada palavra. - Eu prometo que não vou deixar nada de mal nos acontecer.

Eu vi em seus olhos a sinceridade daquelas palavras. E sabia que Caspian as crumpriria se fosse preciso. Mesmo que significasse enfrentar Dash. Naquela tarde, enquanto brincávamos com Raphael perto da lareira, meu coração lançou aquela preocupação em seu local mais isolado e pude sentir certa paz, uma tranquilidade, que fortaleceu minha fé de que tudo ficaria bem.

Mais um tempo se passou, e a lua seguinte ainda não havia chegado quando, numa ocasião rara, fomos todos à cidade. Era um domingo de sol dourado e Inverness estava movimentanda. Amelie e Willoughby estavam conosco, junto com seus dois filhos. Passeamos à margem do rio conversando e observando as crianças correrem, espantando pombos ou saltando poças d'água. Raphael gargalhava toda vez que um pombo fugia dele.

—Meus sinceros parabéns! - disse Willoughby, com um sorriso imenso.

—Fico muito, muito feliz! - completou Amelie, com a mão sobre o coração e um sorriso doce em seu rosto. Haviamos acabado de lhes contar sobre a espera de nosso segundo bebê. Apesar de eu ainda sentir os resquícios do enjoo daquela manhã, não me incomodava. De braços dados a mim, Caspian também estava só sorrisos.

—Agradecemos muito. - respondi.

—Oh - disse Amelie. - Parece que nos conhecemos há tanto tempo!

—Sim, é verdade. - concordou seu marido.

—Tudo isto graças a vocês dois. - explicou Caspian. - Que nos receberam de braços abertos e sempre estiveram prontos a nos ajudar no que fosse preciso. Se não fosse por vocês, eu estaria tentando reerguer Durne.

—Amizade é via de mão dupla, meu caro. - emendou Willoughby. - Não seja tão modesto.

—Concordo com Caspian - falei. - Sua família nos recebeu de braços abertos e mãos estendidas, e se tornaram nossos amigos da mais alta confiança.

Willoughby sorriu e olhou as crianças, mas houve tempo para que eu visse o brilho molhado em seus olhos. Ele e Amelie não sabiam de tudo, não contamos, e também nunca pergutaram. Mas Caspian e eu sabíamos que, se um dia soubessem, os Willoughby jamais trairiam nossa confiança.

—Olhem só! - mostrou Amelie, empolgada. - Um fotógrafo. Poderíamos ir até ele, não?

Sorri. Uma lembrança, Amelie adorava guardá-las.

—Acho uma ótima ideia. - concordei. - O que me diz, Caspian?

—Claro, por que não? - balançou um ombro.

—Certo. - disse Willoughby, para então se virar e chamar as crianças. Sara Willoughby trouxe Raphael pela mão até mim, ele sorriu ao me ver e segurou o chapéu na cabeça, os olhinhos castanhos brilhando acima das bochechas rosadas. Peguei-o no colo de modo que pudesse bloquear o vento frio para ele.

Caminhamos até o fotógrafo e acertamos o preço. Foi um pouco difícil manter as crianças paradas até que a pólvora anunciasse a captura. Deixamos os Willoughby sozinhos em seguida, enquanto Raphael distraí-se com os pássarosque voavam acima. Logo depois, fomos nós três nos posicionar em frente ao homem. Caspian pegou Raphael no colo e abraçou-me com o outro braço, até que a pólvora estourasse, assustando os pombos por perto.

Retornamos à Durne cheios de compras pouco antes do almoço. Com a ajuda de Amelie, preparei a comida e levamos para fora, para trás da casa onde haviam bastante árvores. Comemos sobre a grama e as crianças brincavam até não aguentarem mais. Apesar de ser outono, o clima estava bastante agradável naquele dia. Conversamos e rimos como a tranquilidade e a paz que nossa vida ali nos permitia, a familiaridade de estar em casa.

Voltamos para casa quando já estava escuro. Raphael desmaio de sono logo após o banho, tão pesado que sequer se mexeu quando o deitei em seu quarto. Quando retornei a meu quarto, Caspian abria uma garrafa de vinho e servia para nós dois. Puxou-me pela mão para um beijo antea de entregar-me uma taça.

—Achei que estava guardando esta. - comentei. Caspian fizera questão de guardar algumas garrafas de vinho em casa um ano atrás. A última que abriu foi para comemorar o primeiro aniversário de Raphael.

—É uma ocasião especial. - disse ele. - Nunca pensei, em toda minha vida, mas especialmente antes de conhecer você, que eu teria um dia como hoje, ou amigos como os nossos, uma casa, uma família... Que eu esperaria por um filho, dois...! - o brilho em seu olhar, em suas palavras. Um sorriso largo estampou meu rosto. - Que eu seria feliz com a mulher que amo. E, ah, Su... Eu estou feliz, e tenho sido feliz aqui com você, com nossa família. Quero brindar a tudo o que temos aqui - pôs a mão sobre meu ventre. - E a tudo que está por vir.

Estendi minha taça a ele, que tocou-a com a sua.

—Amo você. - disse a ele.

—Amo você. - confirmou ele.

Tomamos um gole de vinho sem desviar o olhar. Caspian passou um braço por minha cintura e puxou-me contra si, inclinando-se para frente até beijar-me lentamente, conseguindo apagar de minha mente tudo que não fosse sua presença, seu toque e seu calor. Logo, as taças foram esquecidas sobre a mesa e a comemoração daquele dia se estendeu somente a nós dois naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Nos veremos em breve com mais capítulos! Espero que tenham gostado!
Beijinhos e se cuidem!



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