Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 23
The Mansion


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto, e sem graça, admito, mas é a porta para uma mudança de cenário e um "up", na fanfic ;D

Divirtam-se.



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-Você não iria apenas no fim de semana? - questionou Polly quando eu arrumava minhas malas.

-Houve uma mudança nos planos. - falei, fechando a última mala e colocando-a no chão com esforço.

-Não acho que devia ir logo. - ela continuou argumentando.

-Lilliandil precisa de mim.

-Ora, ela pode se virar sozinha!

-Polly, pare, está bem? - falei séria. - Eu vou hoje e ponto.

-Comecei a descer as escadas, encontrando com Albert aos pés dela.

-Al, minhas malas estão no quarto, poderia descê-las para mim?

-Claro. - ele subiu e eu encaminhei-me para a sala de jantar onde Elen terminava de colocar o café da manhã. Sentei-me, começando a servir-me.

-Quando pretende ir? - Polly estava de pé ao meu lado, aborrecida.

-Daqui a pouco. - eu comecei a comer.

-Talvez eu devesse acompanhá-la.

-Não será preciso.

-Mas não pode ir sozinha! Quem vai cozinhar?!

-Ninguém. Passarei o tempo todo com Lillian, provavelmente farei as refeições com ela.

-Mas e quando não estiver com ela? Vai ficar o tempo todo sozinha.

-Alguém me fará companhia. - interrompi.

-Quem? - Indagou ela.

-Não sei... - dei de ombros. - Talvez Lúcia... - eu tinha esperanças de reencontra-la, memso depoois de tanto tempo.

Polly sorriu.

-Talvez Dash lhe faça companhia. - animou-se ela. Ignorei-a continuando a comer. - Querida, estou tão feliz por vocês! Parece que finalmente está dando uma chance a ele, tinha certeza de que isso iria acontecer e que você finalmente abriria os olhos quanto a ele...!

Eu tentei deixá-la tagarelando sozinha, mas quando Polly trouxe de volta esse assunto, perdi completamente a fome, limpei a boca suavemente com o guardabapo, joguei-o sobre a mesa, pondo-me de pé e caminhando para fora da cozinha.

-Albert? Vamos? - chamei por ele, vestindo meu casaco e calçando as luvas.

-Suas malas já estão na carruagem. - Albert estava no limiar da porta. Coloquei o chapéu e fui em direção a ele. Polly me seguiu, mas parou na varanda, abraçando a si mesma.

Segui Albert descendo os degraus da varanda e começando a caminhar, atravessando o jardim através da grossa camada de neve, eram os primeiros dias de inverno.

Entrei na carruagem e Albert foi para a frente, logo pondo os cavalos a trote pelas ruas de pedras, escondidas sob a camada branca e fofa de neve. Enquanto passava pelas ruas, levando e trazendo sacolas com as compras para o natal que estava próximo; as crianças corriam e faziam guerra de neve, mas minha mente não se prendeu nessas cenas por muito tempo.

Minha mente despertou propositalmente as lembranças de um sonho intrigante que eu estava tentando ignorar. O olhar assustado e a expressão de pavor da moça de caracois cor de fogo, o choro do bebê... A respiração pesada e apavorante daquele que os perseguia... Tudo isso continuava a me atormentar todas as noites antes de dormir...

Algo naquele sonho me trocava, algo nele me era familiar, mas não sei o que. Nem faço ideia do que seja.

O assunto “filho do Duque” ainda me machucava e sempre cutucava minha ferida ainda aberta, eu tentava não pensar em seu nome, porém isso não adiantava, já que ele não saia de meus pensamentos, ocupando-os nos rápidos segundos em que minha mente encontrava-se livre buscando algo com que ocupar-se. Ultimamente tenho agarrado-me veemente a tudo que possa me manter ocupada... Para não pensar naquele que pisoteou meus sentimenos, mas que, ainda assim, não consegui expulsar do meu coração. Então, enquanto ele não saía, eu tentava ignorá-lo.

Uma parte de mim dizia que ele já estava deitando-se com outra, outra pobre coitada, ou uma qualquer. Entretanto, a outra parte martelava dizendo que havia algo errado no motivo de ele ter me abandonado tão repentinamente e sem razões aparentes... Eu estava confusa. De um lado, desejava nuca mais vê-lo por causa de toda a mágoa que plantou em meu coração quando o entreguei a ele, mas por outro, eu almeja sua companhia, queria ter a chance de vê-lo de novo, de poder chegar perto dele, sentir seu cheiro, ouvir sua voz... Como eu sinto falta de tudo isso... Tanta falta que chega a ser desesperador...

Eu sentia vontade de gritar por ele e correr até chegar em seus braços. Só que isso não seria possível. Dash me disse que ele foi para bem longe de Londres, porém não quis me dizer para onde.

Sequei a lágrima cálida e solitária que rolou por minha face.

Talvez Jill tivesse razão, ele não merece minhas lágrimas. Devo dar um novo rumo à minha vida, eu seguiria o conselho de Lilliandil, por que, pensando bem, Dash merece uma chance.

Ele tem se mostrado tão doce, tão gentil, tão amigo... E eu estaria mentindo se não concordasse com as diversas pretendentes que ele tem; bonito, de boa família, Dash seria o marido dos sonhos. Mas o principal ainda faltava, eu não o amava.

Claro, estimo-o demaia, mais ainda como amigos, nada mais profundo que faça-me amá-lo como amei seu irmão...

-Se me permite, aconselho fechar a cortina, está muito frio aqui fora! - a voz de Albert.

-Eu estou bem, Albert. - foi a frase que saiu sem que eu desse atenção a ela. Albert não voltou a falar.

Fiquei tão distraída com meus devaneios que sequer percebi quando tinhamos saído da cidade. Já estávamos bem distantes de Londres, na estrada que serpenteava , coberta de neve, por entre o bosque sem fim e gelado.

-Albert? - chamei.

-Sim? - ele respondeu lá de fora, falando alto para que eu escutasse.

-Faz quanto tempo que deixamos Londres? - perguntei.

-Quatro horas, talvez.

Senti meu coração gelar. Eu fiz esse trajeto muitas vezes quando criança, sabia o caminho inteiro de cor e, segundo minhas lembranças, estávamos perto de uma curva extremamente perigosa. Pus metade do corpo para fora da janela, olhando para frente, então vi adiante o ponto em que a estrada dobrava para a esquerda. A curva que matou meus pais.

Voltei para o interior da carruagem, indo para o outro lado olhar pela janela do lado direito, ao meus tempo em que Albert fazia a curva. Bem ali, agora escondida pela neve, a carruagem em que meus pais estavam. Fechei a cortina daquela janela e permaneci encolhida em meu acento. Eu devia focar minha mente no casamento, Lilliandil precisava de mim, afinal, eu sou madrinha.

Não demorou muito. Por volta de uma hora mais tarde, chegamos a vila onde seria realizado o casamento e eu possuía a casa de campo. Esta casa estava sob os cuidados dos empregados, quando soube que Lilliandil faria seu casamento nesta vila, mandei uma mensagem aos empregados avisando que viria e dispensando-os.

A casa fica afastada da vilha e era para cá que meus pais estavam vindo quando houve o acidente. Não sei por que motivo vinham e nem por que me impediram de vir, mas algo me dizia que eu não estava longe de descobrir.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar o próximo capítulo ainda hoje para cobrir a lacuna chata desse capítulo ;D

Reviews!

Beijokas!!



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