Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 22
Dreams.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo totalmente dedicado a Barw! Ela fez a capa linda da fanfic, vocês viram? A capa? Ficou linda! Fiquei tão feliz que cheguei com cap. novo! hehehhee
Esse cap. é dedicado a Barw, mais uma vez obrigada!
Boa leitura!



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Estava escuro, as árvores pareciam mais altas e assombrosas, estava tudo em silêncio, a não ser pela respiração ofegante da moça e por seus passos apressados esmagando as folhas secas no chão. Os cabelos cor de fogo grudavam no rosto onde uma fina camada de suor brotava, ela olhava para trás, para certificar-se de que quem a perseguia estava a uma boa distancia.

A moça constatou que não escutava mais o som surdo dos pés dele contra a terra úmida do bosque. Tropeçou numa raiz e caiu por cima do embrulho pequeno que estava envolto em mantas, este começou a chorar e o silêncio sufocante fez o som ecoar alto pelas redondezas. Então ela ouviu passos calculistas contra a terra úmida e um bufar. Ela soube que ele continuaria seguindo-a. E ele estava perto. Os passos pararam e ela não conseguiu se mover, na verdade, não tinha mais forças para fugir.

As lágrimas rolaram silenciosas por seu rosto pálido de medo. Ela abraçou o bebê em seus braços contra o peito, dando um beijo em seus cabelos castanhos.

A moça ouviu a respiração pesada dele não muito longe dali. Com se coração martelando no peito, ela olhou na direção do som. Lentamente, ela o viu sair das sombras, iluminado a meia-luz pela lua, com seus metros de altura, roupas rasgadas e olhos vermelhos. Era ele....

A Fera...


 

Acordei atordoada, sentando na cama num susto. Ainda ofegante, estiquei-me até alcançar a jarra e o copo que ficavam sobre o criado-mudo, servindo-me. Com as mãos tremulas, levei o copo aos lábios, bebendo a água. Senti meu rosto molhado e percebi que estava chorando.

Deitei novamente tentando me acalmar.

Eu senti tudo o que ela sentiu, todo o medo, toda a angústia. Mas... Quem é ela? Por que ela estava fugindo? Quem, ou melhor, o que era aquilo que perseguia ela e a criança? Por que aquilo a seguia...?

Foi com dúvidas assim que não consegui mais pegar no sono. Permaneci acordada, ainda atormentada por aquele sonho que só percebi quando o sol nascer, no momento em que Polly veio ver por que eu não saía da cama.

Sim, eu já tenho saído da cama. Melhorei bastante nos últimos dias, principalmente com os cuidados que Jill, Lillian e Edmundo têm dirigido a mim incansavelmente. Só espero, um dia, poder retribuir tudo isso. Eu não seria nada sem eles.

Lúcia nunca mais me procurou, talvez com medo de que sua presença me fizesse sofrer por ela ser tão próxima dele... Não a culpo, essa é uma atitude doce e afetiva, afinal, mantendo distância, ela tem a intenção de diminuir meu sofrimento.

Há alguns dias, Dash veio me fazer uma visita. Conversamos durante horas e Polly nos serviu chá na sala de estar. Ele não parecia mais o mesmo, nem a sombra do que era.

Está com riso solto, um brilho jovial nos olhos e um semblante mais iluminado na face. Conversamos sobre vários assuntos variando entre arquitetura, obras literárias e culinária, sempre trocando risadas. E durante aquelas horas em que Dash estava aqui, sua companhia fez meu coração alegrar-se, senti-me bem...

Dash me fez sorrir novamente, não um sorriso forçado e dolorido para despreocupar alguém, mas um sorriso verdadeiro, natural e prazeroso. Dash realmente está me surpreendendo, nunca imaginei que isso pudesse acontecer, o Dash inconveniente que conheci havia desaparecido. Ele realmente parecia ter mudado.

-O que foi? - perguntou, prendendo o riso, vendo que eu o observava.

-Não achei que seria capaz de mudar. - falei sincera. Estávamos em uma saleta onde Polly nos serviu o chá. Dash sorriu divertidamente convencido, passando a geleia na torrada.

-Não mudei, Su, apenas voltei a ser o que era.

Ele olhou em meus olhos, trocamos um sorriso e logo voltamos a falar sobre qualquer assunto. Mais tarde, quando Dash foi embora, debaixo de uma fina neve, eu me senti sozinha e, por incrível que pareça, senti a falta dele.


 

[…]


 

-Você está linda, Lilly! - disse Jill, com os olhos brilhando. Nós estávamos no quarto de Lillian, ela estava fazendo a ultima prova de seu vestido magnífico. Ela e Jill estavam eufóricas, muito felizes com a proximidade do casamento. Amanhã, Lillian e Corin vão para o interior, um pequeno e belíssimo vilarejo, onde, por coincidência, meus pais possuíam uma casa de campo, que agora é minha.

O casamento de Lilliandil e Corin seria realizado lá, numa bela igreja que havia na vila e a festa seria no salão da mansão que os pais dela lhe deram de presente de casamento. Durante esta semana, todos os convidados viajariam para lá.

-Está linda mesmo. - concordei e vi os olhos de Jadis brilharem com o trabalho bem feito.

-Obrigada, meninas. Tudo obra da Jadis, de suas agulhas e da criatividade de vocês. Eu não teria imaginado tudo isso sozinha! - indicou o vestido.

-Com certeza teria. - afirmou Jill.

-E então – Lillian começava a tirar o vestido. - Já estão de malas prontas?

Jill e eu trocamos um olhar.

-Só vamos no final de semana, Lilly. - lembrou Jill.

-Queria falar com vocês sobre isso. - ela se aproximou de nós para que ajudássemos a vestir o vestido. - Gostaria que vocês duas fossem comigo antes, quero saber a opinião de vocês a respeito da decoração e tudo o mais... Me acompanham?

Sorri de leve.

-Será um prazer, Lilly. - falei.

Não havia motivos que me impedisse de acompanhá-la, seria algo para me ocupar.

-Acho que só poderei ir a partir de quarta ou quinta, quando Eustáquio for com Gael. - lamentou Jill.

-Uma pena. - disse Lillian.

-Bem, eu preciso ir agora. - falei, caminhando para a porta, apanhando minha bolsa e o chapéu.

-Até logo. - falou Jill.

-Ah, Su! - Lillian foi atrás de mim antes que eu atravessasse a porta. - Queria saber se aceita ser minha madrinha...

Falou, pegando-me de surpresa.

-Lillian, não sabe o quanto fico lisonjeada, mas Jill não vai chateada?

-Jill será minha dama de honra. - disse ela. - Escolhi para minha madrinha. E eu pensei em convidar Lúcia, se não tiver nenhum problema para você.

-Por que haveria problemas, Lilly? Estou com saudades de Lúcia, vai ser bom revê-la. - sorri.

-Obrigada, Su! Vai ser perfeito, já que Corin escolheu Dash para ser um de seus padrinhos!


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Notas finais do capítulo

Então! Estranho esse sonho, né? O que será que quer dizer? Bem, talvez eu poste Tale com mais frequência do que as outras fanfics, por que essa está beem adiantada, acreditam que eu já estou escrevendo o capítulo 35 de Tale? E garanto que ainda está longe de acabar!
Não esqueçam dos reviews!
Beijokas!!



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