Minato escutava haijame atentamente, até que percebeu que Kushina se aproximava, com a filha ao lado.  Elas conversavam e embora a menina tivesse a expressão compenetrada, Kushina parecia falar de maneira bastante enfática.

- E eu acho que se mexermos talvez as coisas desse jeito... – haijame acompanhou o olhar do hokage. Um ligeiro sorriso  brotou no rosto do moreno. – Acho que a Tsunade-peituda e gostosona vai ganhar aquela aposta que fez com o Jiraya-ero... Aquela onde a Kushina-cabelos-rubros, coloca um belo sininho no seu pescoço... – Minato não desviara o olhar das ruivas. Por não aparentar estar escutando, Haijame resolveu continuar com a brincadeira. – E depois, vai sair dando beijinho em todos os marmanjos da cidade, enquanto mostra os belos...

- O que? – Minato virou para ele, Haijame fez uma expressão inocente.

- O que o que? – haijame fez-se de desentendido.

- Haijame... Sem brincadeiras.

- Quem está brincando aqui? Eu estava dizendo, que se mexermos a  sala de treino para o exterior e fazermos as meninas usarem calças, de maneira obrigatória, talvez os garotos prestem mais atenção nas aulas e não nas pernas e decotes delas.

- Tem alguma aluna em especial que voce não quer que use saia e decote? Tipo a sua irma?

- Há, há, há... hokage-sama, está começando a ficar engraçadinho... – Haijame cruzou os braços. – eu estou falando muito sério. Sério. Palavra. – Ele descruzou os braços e mostrou uma palma erguida ao lado do coração.

- Sei. Então a historinha que voce contou ontem aos alunos do primeiro ano foi o que?

- Qual delas? – talvez, se fingisse de burro, o hokage não o mandasse lavar o monumento Hokage. Mas pelo olhar do hokage, não surtiu efeito. – ei, foi só uma brincadeira.

- Que seja a ultima, por favor. Eu não quero ter que aturar uma dúzia de pais reclamando novamente da sua conduta.

Jun e Kushina chegaram perto deles.

- Haijame, posso so falar uma frase afirmativa para voce? – Kushina pediu a queima-roupa.

- Claro, ruiva louca. Qual? – ele sorriu largamente, a medida que Minato lhe dava um olhar fulminante.

- Faça minha filha ter pesadelos novamente e eu vou cumprir o que te prometi quando nos conhecemos. – aparentemente Haijame se lembrava perfeitamente da promessa, pela palidez que ficou. - Jun... – ela virou-se para a filha. – estamos combinadas?

A ruivinha fez um bico.

- Mas a mamae Hinata disse...

- Otimo. Voce vai obedece-la e sair da academia imediatamente, então. Trato feito?

- Mas mamãezinha... – a menina suspirou. – não. vou ser uma menina boazinha.

- Ótimo. Hokage-sama. – ela fez uma pequena reverencia, antes de se virar e começar a andar.

- Kushina preciso falar com voce.

- Estou atrasada, hokage-sama...

- Eu vou com voce. – Minato passou a mao nos cabelos de jun.

- Até de noite, bebe. -  Kushina acenou, recomeçando a andar, depois que Minato a alcançou.

- La vem a ruiva louca, toda de branco e o hokage sama de cuequinha e...

- Haijame-sensei, por que está cantando essa musiquinha boba? – jun deu-lhe uma encarada com o canto dos olhos.

- Porque a vida é divertida, jun-chan... – ele soltou um riso. – voce sabe o final dessa musica?

- Hai. – ela assentiu, um pequeno brilho traquinas nos olhos azuis. – cuequinha e tamanco!

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- Quer falar comigo a respeito do que? – Kushina pediu, enquanto eles se afastavam.

- Está tão mal humorada porque?

- Jun teve pesadelos a noite inteira. Não passava dez minutos sem ela ficar chorando por conta daquela maldita historia do Haijame. não consegui dormir nem um pouco.

- Não foi a única. E voce prometeu o que a Haijame, para que ele ficasse tão assustado?

Kushina deu um sorriso vago.

- Se eu lhe contar, vou ter que matar. E como não tenho a mínima vontade de aturar um quinto hokage...

- Kushina... – Minato hesitou. Quando a ruiva o encarou ele começou a falar. – aquele garoto... Saito.

- Não me  lembre que eu vou ter que cozinhar. – Kushina gemeu. – me diga que existe uma lei de proteção a más cozinheiras...

- É sério. – Minato chamou-lhe a atenção. – quem é ele?

- Saito? – kushina suspirou. – A primeira vez que eu encontrei Saito, foi a dez anos atras. Eu estava no Pais do Barro Vermelho, hum... fazendo um curso, que eu acho, foi a maneira disfarcada que a minha mae encontrou para me proteger do meu padrasto. Mas que para mim era um tremendo castigo.

- E? onde foi, como foi?

- E? bem... eu estava no mercado tinha ido comprar mantimentos para a semana. Saito havia se perdido da irma mais velha. Eu e a responsável por mim, tentamos encontrar a família de Saito por cerca de um ano. Ele foi levado pelas autoridades... chorava muito... kami, era uma tortura... ele não comia, não aceitava nenhum brinquedo, ficando em um canto deprimido. Apenas se alimentava, quando nos o visitávamos, apenas aceitava o que eu dava a ele. E numa dessas visitas, eu convenci a sensei, a pegar o saito, para ficar conosco.

- Nenhuma noticia da irma?

Kushina negou com a cabeça.

- Saito estava ate doente, quando finalmente conseguimos leva-lo ate a nossa casa. Minha sensei tinha contatos bastante influentes, que ajudaram na procura... que resultou em nada.

- Muito estranho isso. – a ruiva deu de ombros, antes de maneira vagarosa recomeçar a andar.

- Também achamos, mas... nada apontava para qualquer outra coisa.E Saito a partir daí, sempre foi um menino obediente, um pouco travesso, curioso... Kami, ate hoje me arrepio, lembrando-me de certa vez, que nos havíamos saído e ele ficara em casa, pois se dizia meio enjoado. A casa foi assaltada. Saito tentou evitar o roubo... kami... Minato, três assaltantes quebraram Saito como se ele fosse um... nem tenho palavras para descrever como ele estava. – uma mistura de ódio e pura revolta estavam no rosto de Kushina. Os olhos estavam dourados, as lagrimas fazendo-os mais brilhantes. – Quando isso aconteceu, ele so tinha nove anos... não sabia, não conseguiu se defender. E os malditos... aproveitaram-se dele de uma forma que eu sinto nojo somente em lembrar. – limpou os olhos com raiva. Deu as costas para Minato.

- Ele se fixou em voce. – Minato reparou no detalhe. Kushina passou a mao no cabelo.

- Hai. – um sorriso muito triste surgiu no rosto dela. – segundo ele, na época, eu tinha o cabelo da irmã dele. e... voce não tem noção de quantas noite, eu passei acordada na cabeceira dele, ele queimando em febre... ou porque estava assustado com os relâmpagos e trovoes... – ela riu de maneira saudosa. – quando eu resolvi voltar ao pais do redemoinho, não tive duvidas que ele iria querer vir comigo... o que aconteceu.

- Saito conhece alguma  técnica ninja?

- Obvio que sim! Depois de passar três anos com o meu ojiichan, voce acha que ele não saberia a lótus?