Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 102
Capítulo 102


Notas iniciais do capítulo

- Ótimo. Vai para a aula, aprenda bastante... E se algum garoto lhe incomodar, você já sabe o que fazer, não sabe?

— Claro que sei! – Jun estufou o peito. Hinata balançou os cabelos da neta. Jun pareceu indecisa. – mamãe... voce vai voltar?

— Se kami-sama permitir, meu amor.



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- É lindinho. – jun ajoelhou-se, acariciando a cabeça do cãozinho, que latiu, antes de lamber sua face.

- Ele não é só lindinho – a dona do cão a contradisse. – Ele é um perigoso cão!

Jun olhou para a outra garotinha, que tinha aparentemente a mesma idade que ela.

- Ele não é mais perigoso que a gata da minha mamãe. Todos os ratinhos da casa, quando vêem a Kuuybi-chan saem correndo de medo.

- Aposto que se o meu cão encontrar com a gata da sua mãe, ela sai correndo e...

- Calem a boca vocês duas. O sensei vai dar uma bronca daquelas por conta de vocês.

As duas meninas se viraram para encarar o par de olhos negros. Jun levantou-se, os olhos estreitados. Itachi Uchiha tinha o dom de lhe deixar com vontade de socá-lo!

- O sensei Haijame não vai dar bronca por conta que estávamos falando sobre animais ninjas.

Hana Inuzuka defendeu-se, enquanto olhava para o sensei, que conversava com um pequeno grupinho de crianças. As duas meninas haviam se afastado quando o cãozinho de Hana começara a perseguir uma borboleta.

Você tem um animal ninja? – a pergunta de um dos garotos, fez as meninas se entreolharem.

 Sim. – Hana confirmou, acenando.

Shisui sentou-se nos próprios calcanhares, admirando o cãozinho. Ele sorriu enquanto levantava-se.

- Se você o treinar bem, ele vai ser bem perigoso. Agora, não passa de um babão.

- Meu cão não é um babão! - Hana arregalou os olhos.

- Shisui deixa essas irritantes falando sozinhas. Vamos, antes que o sensei Haijame...

- Nós não somos irritantes! – Jun deu um passo em direção a Itachi. – você que é um...

- O que está acontecendo aqui? – perante a voz de Minato, as crianças se viraram para ele.

Jun tinha os olhos com um brilho prateado, o punho direito apertado.

- Nada, hokage-sama. – Shisui deu um sorriso meio torto.

- O bobão do Itachi está nos chamando de irritantes e o Shisui está chamando o cãozinho da Hana de babão – jun entregou sem pestanejar.

Hana arregalou os olhos. Shisui olhou para Itachi, que mantinha a postura de antes. Minato suspirou. Não era preciso ser um gênio, para saber que Jun estava prestes a dar um soco em Itachi pelo “irritantes”.

- Bem, acho que brigar não vai levar vocês a lugar algum. Itachi, Shisui, Hana e... Jun, acho que Haijame...

- Ei! O que vocês quatro estão fazendo aqui? – quando Minato se virou, Haijame acenou enquanto se aproximava deles – como vai, hokage-sama?

- Haijame, acaso você se lembra das instruções que eu lhe passei?

- Quer dizer que o castigo já acabou?

O olhar frio de Minato foi resposta suficiente. Haijame suspirou.

- Grande porcaria! Bom, cambadinha. Indo já para junto dos seus colegas – ele sinalizou para os quatro.

- Eu preciso falar com jun. Se possível, Haijame.

- Hai, hai. Vamos crianças. – Haijame levou os três alunos para junto do resto da turma. Minato abaixou-se, ficando do tamanho de Jun.

- Você estava pensando em bater em Itachi, não é?

Jun confirmou, acenando com a cabeça. Estava com um pouco de medo, porque sua mãe havia dito, que se o hokage não a quisesse mais na vila, ele podia até mandar ela embora e ela teria que ir.

- Ele estava rindo da Hana e chamando nós duas de irritantes. A Hana não é irritante e nem eu! - Minato  passou a mão na cabeça dela.

- Com certeza que vocês não são. Mas só que você não pode sair batendo em todo mundo que lhe...

- A mamãezinha Kushina disse, que se o Itachi me chamasse de irritante era para eu virar de costas e fingir que ele não tinha falado nada.

- Viu? Se a sua mãe Kushina disse que era para você fazer isso, porque não faz?

- Porque a mamãe Hinata disse que cada vez que ele me chamasse de irritante era para dar um soco no olho dele, como a mamãe Kushina fazia com o padrinho quando ele espiava as meninas tomando banho.

- Faz sentido. – Minato engoliu o riso na garganta – mas nesse caso, quem tem razão é a sua mãe Kushina.

- Hunf.... – Jun estreitou os olhos – mais alguma coisa, hokage-sama?

- Jun, você sabe onde está o seu padrinho?

- Trabalhando, oras! – ela deu de ombros, como se a resposta fosse óbvia.

- Trabalhando? Sabe onde?

Jun negou com a cabeça.

- A mamãezinha Kushina sabe. Ela até brigou com o padrinho, porque ele estava puxando o cabelo dela, e não estava indo trabalhar. E ele fez coisa feia, também.

- É mesmo? O que foi que ele fez?

- Entrou no quarto sem bater.

- Isso... não é uma coisa tão feia... mas é feia. E o que aconteceu?

- A  mamãe estava trocando de roupa... E daí o padrinho apanhou, oras! – Jun deu de ombros. – E a mamãe Hinata disse que era bem feito para ele.

- O que ele fez? – Minato não acreditou nos próprios ouvidos.

- Ele agora está trabalhando – Jun deu de ombros. – Mas a mamãezinha ficou bastante irritada. Falou um monte de palavras feias... E nem respondeu quando eu perguntei  uma coisa para ela.

- Que pergunta você fez para ela? – assim que questionou, Minato desejou ter mordido a língua, pois se lembrou da última pergunta não respondida a Jun por Kushina.

- Eu pedi para ela...  – Jun mordeu o lábio enquanto abaixava o olhar. Um rubor tomou conta das faces da menina. Ela puxou o ar – se quando eu crescesse podia casar com o senhor.

Minato sentiu como se uma pedra enorme caísse em cima dele.

- Você... pediu... isso.... para... a... Kushina? – ele pediu, cada palavra saindo com dificuldade.

- O senhor está bem hokage-sama?

- Hai... – ele passou a mão no cabelo dela. – apenas fiquei um pouco... – ele começou a rir – esquece. Bem, respondendo a sua pergunta... – ele sorriu. – infelizmente, quando você crescer, Jun, eu já vou estar bastante velhinho... não vou poder ser seu marido.

- Velhinho?

- Hai. Quando eu tinha a sua idade, eu conheci a sua mãe Kushina... e seu padrinho Kuwabara e também Kunio e a sua avó Hinata.

- Quando tinha a minha idade?

- Exatamente. E sabia que nós temos a mesma idade?

- Você é tão velho como a mamãezinha? – Jun arregalou os olhos.

- Hai.

- Então o senhor vai ser mesmo velhinho mesmo...

Jun franziu a testa e Minato sentiu como se uma pedra enorme caísse em cima dele.

- Viu porque não podemos casar? – quase queria rir, mas a expressão solene no rosto da garotinha o alertava que algo a mais iria aparecer a qualquer momento.

- Nós não podemos casar... mas o senhor pode casar com a mamae Kushina! – ela falou empolgada. – daí, eu vou ter um papai como todo mundo! E não só duas mamães!

- É uma idéia maravilhosa, Jun! – Minato a abraçou. – E eu vou ter uma filhinha linda e muito inteligente!

- Mas tem uma coisa. – ela o empurrou. – eu quero um irmãozinho ou irmãzinha!

- Isso é uma coisa que só nós dois não podemos decidir. Mas... – ele piscou para a menina. – se eu conseguir casar com a sua mãe, acho que nós podemos convence-la a querer mais uma criança na família... o que voce acha?

- Acho bom. É muito chato não ter ninguém para brincar.

- E o Saito?

= O Saito gosta só de treinar com a mamae. E só porque ele é mais grande que ela, acha que pode mandar em mim.

- Jun... o Saito não é maior que a sua mãe.

- É sim! Ele é alto assim! – ela colocou a mao sobre a própria cabeça. – a mamae sempre diz, que vai botar um tijolo na cabeça dele, para ele voltar a ser pequeno.

 

 

 

Kushina franziu a testa. Aquilo não era um bom sinal. A casa estava em silencio. Pegou a chave, entrando e chamando pelos moradores... que não deram sinal de vida. Por Kuwabara ela não se preocupava, sabia que o primo deveria estar trabalhando no  bar... mas e sua filha e sua mãe?

Ela passou por todos os aposentos, rapidamente. Tudo estava como ela deixara pela manha. Abriu os armários, a roupa de jun estava como ela havia arrumado no dia anterior.

Seguiu para a cozinha, encontrando os suprimentos em ordem,não faltando nada. Um enorme frio tomou conta de seu corpo, o pânico que havia sentido quando percebera o desaparecimento delas, a três anos atrás.

Em disparada, foi até o bar que Kuwabara estava atendendo. Ao vê-la, o primo abriu um enorme sorriso.

- E aí, Ina?

- Me diga que viu mamae e Jun durante o dia.

- So na hora do café, mas o que...

- Elas sumiram!

- O que? – largou a toalha que tinha nas mãos. – Voce está brincando, não...

A palidez que havia do rosto de Kushina lhe dizia que não. o ruivo soltou um palavrão. Kushina parecia prestes a desmaiar, então ele a sentou em uma cadeira, indo buscar algo.

- Beba. – ele enfiou algo na frente dela. Kushina estava paralisada, os olhos vagos. – Eu vou enfiar essa bebida na sua goela, se voce não beber. – ele ameaçou, sentando-se.

- Eu estou com... tanto medo... onde elas podem ter ido? – Kushina fitou o primo. – porque recomeçar toda essa...

- Ina... pensa um pouco. Elas não estavam em casa, certo?

- Certo...

- Voce procurou em quais outros lugares?

- Outros lugares? – Kushina devagar virou o rosto para ele. – que outros lugares?

Kuwabara a encarou, suspirando. Quando o assunto era Jun e Hinata, Kushina parecia perder a capacidade de raciocinar.

- Certo. Vamos seguir o seguinte plano. Voce vai atrás delas  na casa daquela amiga que queria me apresentar e na academia. Eu vou catar ela por ai e daqui... três horas, se voce não tiver tido um enfarto até la, vamos nos encontrar... em casa. Está bem?

- Hai.-  Kushina levantou-se. desatou a correr, indo primeiro até a academia. Caiu de joelhos, ao ver a pequena figura no balanço, agradecendo aos céus.

- MAMAEZINHA! – jun gritou, pulando e indo até ela. Kushina a recebeu de braços abertos. A abraçou com força, cheirando seu cabelo.

0 Voce me deu um susto daqueles, mocinha.

- Se a mamae hinata me dissesse que era para eu ir junto, eu ia fugir dela e ia procurar voce. – a menina falou tranqüila.

- Ir junto? Para onde? – jun murmurou a resposta no ouvido de Kushina.

- Foi falar com a moça que deu o nome para a mamãezinha.

Kushina arregalou os olhos.

- herança genética. Não tem outra explicação!

- Para o que, mamãezinha?

- Para o fato de ser louca, não tem outra coisa! – Kushina bufou.

 

 


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Notas finais do capítulo

meninas e meninos... aff... UM ANO DE FIC!!!!



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