Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 104
Capítulo 104




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Hinata caminhava lentamente, apoiada em suas memórias. Se a estrutura do palácio não mudara... abriu uma porta devagar. A escuridão lhe ajudava a esconder-se. colocou a mao ao lado da porta, encontrando o interruptor. Conseguiu acender a luz. O quarto que lhe pertencera, enquanto estivera casada com o primogênito do imperador Takayama...

Nada parecia ter mudado nos quase vinte e cinco anos que ela havia saido dali. Aproximou-se da penteadeira, sentando nela. O espelho era o mesmo... já não podia dizer o mesmo do reflexo. Torceu a boca, abrindo a gaveta. Com cuidado, abriu o fundo falso. Não se surpreendeu, ao encontrar um punhal cravejado de perolas, rubis e diamantes.

Haviam feito uma copia do objeto, para incrimina-la. Colocou o punhal na cintura, enquanto levantava-se. aquilo era seu e não se separaria mais dele. caminhou com decisão para fora. Duvidava que o imperador Takayama iria permitir que Kushina e Jun vivessem tranqüilas, não depois que ele encontrara a jovem ruiva, achando que o nome dela era uma provocação a si mesmo.

Continuou o caminho, lembrando-se de onde era o quarto da imperatriz. Ela e o marido não compartilhavam o leito conjugal, segundo as fofocas palacianas, desde que o segundo filho, uma menina, havia falecido.

O ressonar de uma pessoa em sono profundo, era o único barulho no quarto que ela entrou. O sistema de segurança, fora fácil de burlar. Hinata caminhou diretamente até a cama. As cortinas do quarto estavam abertas, permitindo que a lua adentrasse. Hinata ligou a luz do criado mudo.

Quando a ocupante da cama virou-se, foi despertada pelo leve sacudir de um ombro. A imperatriz abriu os olhos para deparar-se com um fantasma que não via a um quarto de década.

- Hi... – o medo tomou conta da mulher de olhos castanhos.

- Ohayo, excelência. Prefere me escutar ou deixar que o meu punhal cumpra o seu destino? – Hinata fez uma pequena pressão no pescoço dela, com o punhal que havia retirado da penteadeira, sorrindo de maneira calma.

 

 

A ruiva encontrava-se curvada, a cabeca no chao.

- Devo-lhe pedir desculpas,novamente, pelo modo como adentrei, mas...

- Se ousasse entrar de maneira normal, estaria a essa altura morta. – a anciã reconheceu. Quando hinata concordou, sem no entanto fazer nenhuma intenção de levantar, a imperatriz suspirou. – levante-se. nao posso ver seus olhos.

Hinata levantou-se, ficando com a cabeça meio curvada.

- Olhe para mim! – a imperatriz exigiu. Quando os olhos tranqüilos de Hinata a encararam, recostou-se na poltrona. – muito bem... A que lhe devo a honra da visita, Hinata Kishimoto?

- Deixei de ser uma Kishimoto no momento em que aceitei casar-me com seu filho. Compreendi isso, no dia que me neguei a seguir o plano pelo qual fui inserida em suas vidas.

- Qual era o plano?

- Assassinar seu marido e vossa excelência. em seguida, quando meu marido fosse o imperador, droga-lo, manipula-lo conforme os desejos de meu clã. – as palavras ressoaram claras, límpidas no quarto.

A imperatriz naquele momento, estaria ocupada com atos banais, coisas que a deixavam impaciente e que já havia sido a causa da dispensa de vários serviçais.  Ser acordada no meio da noite, com um punhal em seu pescoço fora uma mudança e tanta em sua rotina.

- Lembro-me de haver adoecido na época. – a anciã estreitou os olhos. Hinata assentiu, perante a expressão da imperatriz. Os olhos castanhos, apesar da idade,eram bastante vívidos, expressivos. – Se arriscou apenas para me contar isso?

- Vim para lhe falar sobre o projeto do imperador Takayama. Ele deseja invadir a vila onde moro atualmente, destruindo-a e principalmente com ordens de matar minha filha.

- Fiquei sabendo dela. Uma mocinha bastante mal-educada, voluntariosa, prepotente...

- Arrogante, teimosa, quase não admite opiniões alheias, geniosa, forte, que possui um excelente coração, que não admite injustiças, superprotetora com relação as pessoas a quem ama... minha filha possui também, uma pequena mancha, na parte traseira da cabeça, logo antes do pescoço. E quando Kushina zanga-se, seus olhos ficam dourados.

O silencio que se seguiu no quarto, era cortado apenas pela respiração ofegante da imperatriz. Depois um longuíssimo tempo, foi que a mulher mais velha conseguiu balbuciar.

- O... o que você está me contando?


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