O pequeno clã Uzumaki tomava o café da manhã em silêncio. Kuwabara tentara investigar por onde Kushina andara, mas a ruiva despistara.  De cabeça baixa, brincava distraída com os farelos do pão, quando o primo cutucou-lhe por baixo da mesa.

- Ah, mas Ina... você chegou era quase seis da manhã!

- Kuwabara, não é da sua conta. – Kushina resmungou, pensando em dar um soco no nariz do ruivo.

Hinata olhava para um e outro, as sobrancelhas erguidas. Kushina às vezes, soltava um sorriso sonhador, enquanto um leve rubor subia-lhe pelas faces.

- Você está com cara de quem se divertiu durante a noite.

- Eu fui só pensar um pouco, é diferente! – Kushina protestou, encarando os olhos azuis do primo, que ostentavam um brilho  zombeteiro.

- Kuwabara, você vai começar a trabalhar a que horas? – Hinata chamou atenção do sobrinho que a olhou imediatamente.

- Vai olhar se eu estou na esquina. – Kushina resmungou, olhando então para a filha, que tomava leite em uma xícara. – o leitinho está gostoso, bebe?

- Eu sou uma mocinha! – Jun imediatamente retrucou, colocando a xícara na mesa.

- Daqui a meia hora. Assim que eu escovar os dentes e a Ina... confessar que estava se divertindo com alguém que eu não digo o nome.

Jun, vai ficar em casa com a mamãe Hinata ou vai pra academia hoje?

Todos na cozinha olharam para ela.

- O que foi? – Kushina pegou uma xícara e colocou só café dentro. – estão me olhando por que?

- Você ontem não fez um escândalo dos diabos, por conta que não queria a chibi Ina na academia?

Hinata sorriu ao escutar a pergunta do ruivo.

- Hai. – tomou um longo gole no café. – mas eu pensei bastante e...

- Pensou bastante? Agora aquilo trocou de nome?

- Tá bom, fui convencida pelo hokage-sama. – franziu a testa para a filha, que tinha os olhos arregalados. – Você pode ir na Academia mas tem uma coisa... o dia que algum dos seus professores, fizer uma única queixa de você... vai levar uma surra daquelas e nunca mais bota os pés lá.

Os gritos de alegria que Jun soltou fez os três adultos encolherem-se, antes de começarem a rir. Jun segurava a mão de Hinata com força.

- A mamãezinha também estava com medo? – perguntou, enquanto olhava com apreensão a fachada da academia.

- Sim. – Hinata colocou-se na mesma altura de Jun. – Ontem já estivemos aqui, lembra?

- Mas você e a vovó Aika ficaram comigo. E hoje ela já foi embora.

- Sim. Mas... –  Hinata colocou uma pequena mecha de cabelo atrás da orelha de Jun. - Agora você vai ter  que mostrar que é mesmo uma mocinha.

- Eu sou uma mocinha.

- Ótimo. – Hinata beijou a testa de jun. – Kushina-chan vai demorar a vir buscar você. Então... o que você vai fazer?

- Quando a aula acabar, eu vou esperar a mamãe Kushina... – Jun olhou em volta – ali no balanço! – apontou.

- Isso mesmo! – Hinata ficou orgulhosa. – E você lembra do que é para falar para a Kushina?

- Hai! É para dizer para ela...

- Shiii -  Hinata a abraçou – agora você vai ter que cuidar de Kushina para mim, entendeu?

- Hai, mamãe.

- Ótimo. Vai para a aula, aprenda bastante... E se algum garoto lhe incomodar, você já sabe o que fazer, não sabe?

- Claro que sei! – Jun estufou o peito. Hinata balançou os cabelos da neta. Jun pareceu indecisa. – mamãe... voce vai voltar?

- Se kami-sama permitir, meu amor.