Química escrita por ThayMichele


Capítulo 21
Dia chuvoso




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POV Rachel

Eu fiquei alguns minutos dentro do carro tentando absorver a noite, olhei para o nada. Observei a Srª Puckerman na sacada da casa, me deu um aperto no coração me lembrei de Noah. Ele foi tão injusto comigo, me machucou, me sinto um lixo neste momento.

–Puta que pariu! – Rosnei, como eu sou idiota! Eu não devia ter transado com ele. No fim era tudo o que ele queria, depois que conseguiu me jogou fora.

Ouvi um barulho de carro, vi o carro do Noah pelo retrovisor, me preparei para jogar o carro em cima dele, na hora que eu vi Finn carregando o Noah eu desisti (como se eu tivesse coragem de fazer alguma coisa) e rapidamente me abaixei. Fiquei ali esperando Finn ir embora, eu podia muito bem entrar e não correr o risco de ficar aqui fora; mas eu não quero ter que me explicar para ninguém agora. Fiquei ali quietinha esperando, com a cabeça abaixada. Tava ficando cansativo já, mas é melhor ficar assim.

–Já pode parar de se esconder. Eu sei que está aí. Vamos conversar. – Ouvi Finn falar friamente, assim como está à noite, e como foi à noite. Engoli seco e me levantei com a maior dignidade que eu consegui reunir.

–O que você quer? – Perguntei tentando imitar seu tom de voz. Mas eu não estava com raiva dele, ao contrário de mim, aparentemente ele estava com raiva de mim.

–Eu quero conversar, você pode sair daí? – Assenti com a cabeça, sai vagarosamente do carro e ele saiu andando. Andei mais rápido acompanhando ele, ele não disse nada, apenas andou. Comecei a sentir frio, a noite estava muito gelada. Comecei a ficar incomodada por causa do silencio.

–Finn, eu achei que queria conversar!? – Perguntei confusa. Ele andou mais rápido, eu tentei acompanhar, mas aquilo era desgastante e estressante. – FINN! –Eu gritei e ele parou, cerrou os punhos e se virou calmamente.

–Eu to pensando OK?! Eu tentando me acalmar, me controlar para não gritar com você! – Ele falou alterado.

–Não é possível! Como pode acontecer tanta coisa num dia só?! – perguntei revoltada para mim mesma. – Você está do lado do Noah?! Acha certo o que ele fez comigo?

–Eu não acho nada. – Ele disse frio. – Até aonde eu sei, ele não disse nenhuma mentira. – Ele disse sarcástico.

–Você não sabe de nada! Ele me ofendeu.

–Ele te ofendeu? E o idiota aqui? Que ficou esperando por você? Que achou que tinha alguma esperança?

–E-Eu não to entendendo Finn. – Falei cabisbaixa, botei uma mecha atrás da orelha. Coisa que eu fazia quando estava nervosa.

–Eu to apaixonado por você Rachel – Finn falou melancólico – Mas você..

–Você parece que quando eu não to por perto, não pensa em mim. Que não significo nada pra você.

–Isso não é verdade. Eu gosto de você, e muito.

–Deixa de ser mentirosa Rachel! – Ele estava gritando agora. – Você é tão hipócrita!

–Olha aqui Finn, eu não te dei o direito pra você falar assim de mim! Quem você pensa que é?!

–Eu? Pelo visto eu sou o cara que você gosta de beijar de dia, mas a noite é outro que você quer na sua cama! – Aquilo me atingiu diretamente, me ofendeu ao extremo. Andei apressadamente até Finn, a raiva tomou conta de mim. Dei um belo tapa na cara dele.

–Nunca mais de a entender que sou uma vagabunda novamente. – Ele fechou os olhos e respirou fundo. Não parecia estressado com o tapa, na verdade parecia mais calmo.

–Eu sei sobre você e o Puck. – Será que ele sabia de .. tudo?

–Somo amigos e daí? – Resolvi jogar verde.

–Você sabe muito bem do que estou falando. Você e ele, relacionamento, pegação.

–N-Não é possível. – Gaguejei – Como?

–Puck confessou um pouco depois que você foi embora daquele jeito. – Ele deu um sorriso sarcástico. – E pensar que eu achei que Puck finalmente tinha achado uma menina que ele só estava interessado na amizade. Como eu sou ingênuo né?!

Descobri que me machucava muito magoar Finn. Meu coração parecia que estava sendo estrangulado com tudo que aconteceu. Finn começou a andar calmamente, parecia mais leve. Ele começou a ir embora.

–F-Finn! Não vai.. Fica. – Eu pedi

–Por quê? Por que eu ficaria?

–Eu quero que você fique comigo. – Eu senti que estava perdendo ele. – Quero que seja meu. – Ele voltou, andou até mim e me abraçou.

–Desculpa Rach. Não dá, agora quem não quer mais sou eu. Boa noite. – Ele me deu um beijo demorado na testa e foi embora. Eu permiti que as lágrimas caíssem, andei até em casa, implorei mentalmente para que meus pais não tivessem percebido a minha ausência. Subi e sentei na cama, eu estava saturada de tantas emoções, andei pelo quarto. Para lá e para cá, minha cabeça voava, Noah, Finn, minha estupidez. Parei na janela e fiquei observando o céu, queria que minha vida fosse tão simples como o céu, não precisa fazer nada, apenas ser iluminado pelo sol e clareado pela lua.

Continuei fitando a janela, quando me dei conta estava encarando um certo peso morto jogado na cama da janela ao lado, provavelmente tomado pela bebida. Ele era perfeito daquele jeito, sereno, calmo, sem preocupações, e principalmente, de boca fechada. Como Noah consegui ser tão idiota e tão perfeito ao mesmo tempo?

Fui dormir pensando do dia turbulento que eu tive, tenho que resolver minha vida. Amanhã é um novo dia, o sol sempre retorna; preciso de dias mais ensolarados na minha vida.



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Notas finais do capítulo

Um drama Finchel para vocês, um possível desfecho. Isso dependerá de vocês.