Química escrita por ThayMichele


Capítulo 22
Um sábio conselho.


Notas iniciais do capítulo

CADE O AR? Gente eu recebi uma recomendação. Mari sua linda! Muito obrigado mesmo, muito thank you pelos reviews. Todos vocês são demais!



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POV Rachel

Não acredito que hoje é segunda! Eu acordei com uma raiva fora do normal, xinguei o dia, quebrei meu despertador, e quase morri com a minha aparência. Tirando o fato da dor de cabeça infernal. Levantei e aparentemente tudo piorou, eu estava mole, cansada. Me arrastei até o banheiro, tomei um demorado banho. Me arrumei, e fui traída por mim mesma ao olhar pela janela, eu não devia me preocupar com ele, eu não devia olhar na cara dele, mas é impossível. Olhei pela janela, ele estava na mesma posição da noite passada, pelo menos eu tenho certeza de que não tenho que encarar ele na escola hoje. Respirei mais aliviada, desci para tomar café. Sentei à mesa e peguei uma xícara de café.

–Posso saber que horas chegou ontem mocinha? – Meu pai Hiram perguntou. Quase cuspi o café na mesa de susto.

–Han?! – Me fiz de desentendida.

–Hiram, não importune a nossa estrela com essas coisas. Ela tem o direito de sair, nós tínhamos combinado que não tocaríamos nesse assunto. – Ele fez uma cara advertindo meu pai pelo comentário.

–Ela é minha filha e eu tenho o direito de ter certo controle sobre o que ela faz. – Ele voltou o olhar para mim – Então?

–Acho que 01:00 da manhã. – Falei baixinho esperando pelo ataque do meu pai.

–01:00 da manhã. – Ele repetiu – Olha aqui, você saiu sem a nossa permissão. À noite. Sozinha. E ainda pegou o meu carro também sem a minha permissão. – Ele falou alterado.

–Pai desculpa – Eu pedi – Eu não vou fazer mais isso. – Ele bufou

–Não vai mesmo. Está de castigo Rachel. – E ele se sentou.

–O que? – Eu e meu pai Leroy gritamos juntos.

–Pai não faz assim. Eu já pedi desculpas. – Implorei

–Até sexta feira você não precisa nem sonhar em outra coisa a não ser casa e escola. E ainda sem computador!

–Argh! – Resmunguei e sai da mesa alterada. – Acho que a escola é a melhor opção agora! – Eu gritei enquanto batia a porta. Eu sai bufando da minha casa, no fim, resolvi ir para a escola andando por livre e espontânea pressão.Mas foi bom, andar acalma. Andei calmamente até a escola, o caminho pareceu pequeno, na minha mente deveria ter durado mais. Deve ser por que eu não quero chegar na escola. A entrada da escola sempre um caos, grupinhos aqui, grupinhos ali. Todas as panelinhas se encontrando, rindo, fingindo que gostam uns dos outros. Chega a ser ridículo o modo como eles forçam, alguns até convencem. Será que Noah só fingia ser meu amigo pra me levar pra cama? Sacudi minha cabeça afastando o pensamento. Esquece o Noah Rachel. E essa foi a minha batalha da manhã, não pensar em Noah, o que foi impossível, só o fato da ausência dele já fazia minha mente voar e procurar por ele, saber onde está, se está bem.

Não tive capacidade de prestar atenção na minha primeira aula, minha mente me traía a cada segundo do dia. Minha segunda aula era História, ótimo, era com Kurt. Pensei que finalmente ia ter uma distração, mas quando Kurt entrou na sala e sentou ao meu lado como sempre fazia. Ele não falou nada, ele parecia abatido e triste.

–Kurt, ta tudo bem? – Falei bem devagar e baixinho.

–Affe Rachel, não precisa gritar. – Arregalei os olhos estranhando.

–Eu não to gritando Kurt. – Afirmei – Pelo visto alguém ta de ressaca.

–Não começa.

–Como é que você falou mesmo? ‘de vez em quando, extravasar e abrir exceção para certas coisas, faz bem’ – Falei imitando a voz dele.

–Não enche.

–Credo Kurt, só estou brincando. – Eu ri. Era tão bom rir novamente. Ele me olhou mortalmente.

–Sorry. Mas por que a cara de enterro?

–Você também ficaria assim se visse a cara do Finn. – Ai, a pessoa que ta apertando meu coração pode soltar agora, mas parece que foi esmagado, virou pó.

–Desculpa. – Uma lágrima escorreu pelo meu olho direito.

–Desculpa por que? – Ele perguntou.

–É minha culpa. – Kurt me olhou confuso, mas depois aliviou a expressão.

–Você deu um fora nele. – Ele falou como se tivesse entendido tudo.

–Não, antes fosse tão fácil. Mas para constatar, ele que deu um fora em mim.

–Ok, Ok. Para o mundo que eu quero descer. Explica!

–É complicado Kurt.

–Estamos morgando na aula de história. Pode começar já.

–Você lembra do que aconteceu ontem? – Eu perguntei esperando pela resposta óbvia,

–Barbra, eu posso ta de ressaca mas eu não entrei em coma alcoólico. É claro que eu lembro.

–Você lembra do que o Puck disse? – Falei a palavra Puck com certa dificuldade, mas era melhor. Não me lembrava tanto dele.

–Acho que sim. Ele tava bêbado e não falou coisa com coisa. E ainda te agrediu.

–Bom, ele tava bêbado, me agrediu, mas tudo o que ele disse era verdade. – Eu admiti, realmente ele estava certo, só que ele não deveria ter me exposto daquele jeito. – Kurt franziu o cenho, depois relaxou, e a expressão dele foi de calma ao horror.

–Você e o Puck?! – Ele gritou no meio da sala de aula.

–Senhor Hummel, se quiser continuar sua conversa com a senhorita Berry lá fora eu deixo. Com o diretor. – A professora falou brava.

–Não será necessário. – Kurt falou rapidamente e abaixou a cabeça. – Você e o Puck? – Ele sussurrou.

–É – Assenti. – Aconteceu.

–Como? – Ele me olhou. – Quando?

–Tem uns dois meses só, e nem eu sei explicar como até hoje.

–E o Finn descobriu?

–Não exatamente, o ..Puck contou pra ele ontem depois que eu fui embora.

–Contou o que? – Revirei os olhos, não queria contar detalhes. Mas Kurt parecia insaciável. Queria mais e mais de informações.

–Que eu e ele estamos ficando. – Eu falei e ele me olhou com cara de ‘óbvio, isso eu já sei’ – Estávamos ficando. – Eu me corrigi.

–Hm, prossiga.

–Olha só Kurt, ontem o Finn foi até a minha casa para falar sobre nós, sobre aquela noite..

–A da casa de praia?

–É, da nossa primeira vez.

–Então.. aconteceu mesmo?

–Aconteceu, ele se lembrou e foi lá em casa para me informar. Mas eu já sabia. E eu falei umas coisas e depois ele me beijou. E eu deixei, aí ele foi embora todo esperançoso. – Esperei para ver se Kurt mordia a isca, se ele não questionar eu não conto.

–Já sabia.. como?

–Noah me ajudou a descobrir. – Ele não entendeu.

–Como?

–Eu e ele, a gente meio que.. Aff deixa pra lá! Enfim, eu já sabia.

–Ah não, começou agora termina!

–A gente transou ok? – Falei rapidamente e abaixei a cabeça de vergonha por falar isso. Corei.

–Vocês.. Quando? – Ele me olhava assustado.

–Ontem. De manhã.

–Ahh, e o Finn sabe. – Ele constatou.

–E o Finn sabe – Eu afirmei.

–Ele descobriu sobre nós e veio conversar comigo ontem à noite. Eu estava muito confusa. Estou ainda. Mas ele falou umas coisas, eu queria tanto poder falar que só queria ele. Ele disse que era apaixonado por mim, aquilo mexeu comigo. Ele é o tipo do cara que eu sempre quis. Aí eu falei que queria ele. Mas ele disse que não queria mais. Ele sabia que neste momento eu não seria só dele. Eu até entendo, mas não posso dizer que foi melhor. Agora eu to de castigo, não posso sair de casa, não posso dormir na sua casa quinta. Meu pai ta com raiva de mim, eu to com raiva dele. Eu to com raiva do Noah, mas eu preciso tanto de um abraço dele.

–Você está confusa, é normal. Olha, eu criei uma amizade com você, que nem eu esperava que fosse crescer tanto. Eu posso dizer que você é uma garota maravilhosa, fantástica na verdade. Mas está passando por alguns problemas, todo adolescente, principalmente, passa por isso. Eu queria muito que você e Finn dessem certo, mas se não é pra ser. Beleza. Não fique se martirizando, fez algo errado, peça desculpas e concerte. Não tem que pagar pelo erro pelo resto da vida. Uma vez eu ouvi que pra gente ouvir o nosso coração, temos que parar de falar. Fica um tempo sem os dois, quem você sentir mais falta, aquela necessidade de conversar, tocar, sentir.. ta aí sua resposta.

–Você ta certo, vou seguir seu conselho. Muito obrigado Kurt, você é um amigão. – Dei um abraço bem apertado nele. A professora olhou feio pra gente mas logo em seguida tocou o sinal.

Noah não veio, Finn não veio, no momento sinto falta dos dois. Mas.. eu queria tanto um abraço do Noah agora.


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram gente? Eu queria me desculpar com a Samie, e esclarecer que Monchele On, não influenciou na minha fic, esses últimos capítulos já estavam previstos antes. Mas desculpa do mesmo jeito.