Aprendendo A Sorrir escrita por Musuke


Capítulo 7
Capítulo 07 - Pessoa Especial


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, espero que gostem.



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Capitulo 07 – Pessoa Especial

 

No dia seguinte Lucas e Missy não se falaram novamente, trocaram apenas alguns olhares raivosos. Logo chegara sexta-feira. Sara acordara bem cedo, no dia seguinte chegaria o cachorro de Iza e no domingo seria o almoço em família. Precisa comprar tudo o que iriam utilizar. Estava fazendo a lista de compras sentada no sofá.

— Bom dia, tia Sara.

Ela virou-se para sobrinha sorriu.

— Bom dia querida, cadê a Iza?

— Lá em cima escolhendo qual brinquedo ela vai levar.

— Para onde?

— Para casa do pai. Esqueceu que esse fim de semana ela vai ficar com ele?

— Tinha esquecido. Mas eu falei pra ele trazê-la no domingo de manhã, pra que ela não perdesse o almoço.

— Mas a Iza não ia ficar aqui esperando o tal cachorrinho?

— Ela nem queria ir hoje, mas ele ligou ontem à noite, falou com ela e disse que iria levar-la ao park e depois iria levá-la pra comer doce, e um monte de coisa. Ela concordou em só ver o cachorro no domingo.

— Em outras palavras, ele a comprou.

— Isso!

 

Depois de deixar Iza na escola, Sara foi para o trabalho, a Escola de Artes Shannon, onde lecionava desenho e pintura. Amava dar aulas, amava ainda mais pintar seus próprios quadros, mas fazia bastante tempo que não pintava, não se sentia mais inspirada. Alguns de seus quadros foram expostos em galerias, o que fez mais sucesso talvez tenha sido o quadro o qual ela dera o nome de “Noite Sombria”, o fato que inspirara aquele quadro aconteceu no pior momento de sua vida.

 

“Eram sete horas da noite, em um céu sem estrelas, a lua se escondida entre as nuvens que anunciavam a chegada da chuva, parecia que até o céu queria chorar. Estava frio e muito escuro, aquela estrada onde normalmente não havia muito movimento estava um completo caos.

Policiais seguravam uma mulher que gritava feita louca, ela estava desesperada.

— ME SOLTEM É A MINHA IRMÃ.

— Por favor, se acalme senhora. – pediu um dos policiais, mas como poderia?

— HELENA! HELENA! - De um carro que havia batido contra uma arvore, os paramédicos estavam tirando uma mulher. Sara chutou um dos policias, conseguindo assim se soltar.

Correndo ela foi até onde o carro estava. Os paramédicos já haviam a colocado na maca, nunca tinha visto tanto sangue em sua vida. O carro estava repleto dele, a irmã que sempre demonstrava vida e alegria agora estava pálida. Helena chorava, e tentava desesperadamente dizer algo, mas de seus lábios nenhum som saia. Conseguiu entender apenas ‘Missy’. Helena parecia tentar manter os olhos abertos, lutando com todas as forças se manter viva. Mas o socorro havia demorado muito, ela havia perdido muito sangue. Foi uma guerreira, queria viver.

Os policiais tentaram afastá-la do local, mas ela lutava, queria ir com a irmã para o hospital.

— ME LARGUEM, ELA PRECISA DE MIM!

Não havia nada que pudesse fazer. Pouco antes de entrar na ambulância, Helena fechou os olhos para sempre. A ambulância fechou as portas e saiu em alta velocidade, com sua sirene estridente. Sara caiu no chão em prantos.

— Ela vai ficar bem, ela é forte! – tentou consolar um dos policias, ele não sabia que já era tarde demais. Sara não respondeu, continuou chorando, sua irmã era forte, mas sabia que o policial estava errado.

Há cerca de 10 metros, um dos peritos que haviam chegado, recolhia uma pequena sandália branca com rosa, suja de sangue, que Sara reconheceu no mesmo instante. Assustou-se, entrando em um desespero ainda maior.

— Missy...”.

 

— Sara! – Chamou uma voz feminina, fazendo a mulher acordar de seu pesadelo.

Sara fechou os olhos com força e balançou a cabeça, olhou para a mulher e sorriu.

— Como vai, Bethany? – a mulher com cerca de 45 anos, cabelos e olhos castanhos e vestido longo e florido, sorriu de volta.

— Eu estou, mas você é quem não parece muito bem, o que ouve?

— Dívidas e principalmente coisas que aconteceram no passado.

— É do por causa do seu ex não é? Ele não presta mesmo, ele tirou todo o dinheiro que você juntou durante tanto tempo, o dinheiro que você estava juntando pra realizar seu sonho. – disse Bethany com raiva.

— Infelizmente eu não pude e nem posso fazer nada, tínhamos conta conjunta. Legalmente aquele dinheiro era dele também. Todo o dinheiro ele perdia jogando naquelas malditas corridas de cavalo, eu fui tão idiota, uma boba apaixonada. – Sara sentia mais raiva de si mesmo do que do ex.

O sonho de Sara era montar uma galeria de arte, juntara dinheiro por cinco anos, na época o marido ajudava às vezes, colocava um pouco de dinheiro na conta que tinham. Mas o que ele colocara não chegara a ser nem dois décimos do valor. Seu ex marido apostava em corridas, tanto de cavalos quanto de cachorros.

— Ele vendeu o meu carro na época em que estávamos juntos, fora o dinheiro que gastava com as... Mas esqueça isso, temos alunos para ensinar.

Adentrou o prédio sorrindo e cumprimentando todos como sempre fazia. Depois do trabalho foi até a loja de animais e depois ao supermercado. Chegou em casa, colocou as coisas sobre a mesa da cozinha e caiu no sofá. Estava muito cansada. Aquele dia era aniversario de sua separação, já fazia três anos. Sua separação formal fora há três anos, pois seu casamento já havia acabando bem antes da pequena Iza nascer.

 

“- Sara será que você na entende que essas crianças estão acabando com a sua vida? – dizia um homem alto, com cabelos e olhos negros, como sempre vestido de terno e gravata, já que era um corretor de imóveis.

— Do que você está falando, Tom? – Ela o olhava séria.

— Você está deixando a sua maior paixão de lado, a pintura, só pra cuidar dessas crianças que nem mesmo são seus filhos. Eles têm pai sabia?

— Sim, mas o Robert não está em condições nem de cuidar dele direito.

— Isso é mentira, Robert queria cuidar deles, você que praticamente arrastou eles de lá.

— Querer não é a mesma coisa de poder!

— E quando tivermos nossos filhos? O que você prefere, eu ou eles?

—Eles são meus sobrinhos, e eu vou cuidar e proteger eles enquanto eu estiver respirando, está me entendendo? – Ele entendeu muito bem, saiu da casa para não prolongar mais o assunto. Ela não iria desistir deles. Sara segurou as lagrimas que tanto queriam sair. Pode ver um vulto passando pela escada em direção aos quartos. Sorriu.

— Não ligue para o que ouviu do Tom, ele está nervoso porque perdeu uma importante venda. – disse ela alto para que a menina ouvisse.

A garota de nove anos descia as escadas com a mesma expressão que sempre lhe dava calafrios, com os olhos vazios e o pequeno rosto sem vida. Era estranho, mas até nas poucas vezes que sorria, os lindos olhos azuis permaneciam vazios. Sara preferia que ela chorasse, se revoltasse, do que ver aquela menina parecendo uma morta-viva.

— Desculpa! – Disse a menina. Sara não conteve as lágrimas, a abraçou forte chorando. Ela não chorava pela discussão, e sim pela menina.”

 

Sara abriu os olhos e assustou-se, pois deu de cara com Missy que estava agachada a seu lado. Só que ao contrario dos olhos de sete anos atrás, estes tinham vida e expressavam curiosidade, o que a fez rir.

— Estava dormindo?

— Não, só lembrando.

— Hum. Estava lembrando o quê?

— De coisas que aconteceram há muito tempo, e estava pensando que Max deveria voltar a morar conosco.

— Já tentei falar com ele, mas ele não quer de jeito nenhum.

— Eu sei, mas vou tentar convencê-lo. E uma nova briga com Robert vai acontecer...

— Com certeza. Tia vai deitar na cama um pouco, eu vou guardar as coisas.

— Não, irei fazer o jantar. – Sara se levantou e deu um beijo na testa da sobrinha indo em direção a cozinha.

O dia se sábado passou muito rápido durante a tarde o avô trouxe o cachorro. No domingo o pai de Iza, Tomas, a trouxe pela manhã como combinado. Iza desceu do carro numa velocidade incrível, e saiu correndo em direção a porta. Entrou dizendo animadamente:

— Cachorrinho! Cachorrinho! Cachorrinho!

— Calma menina! Cadê meu beijo? – disse Sara, Iza deu um beijo na mãe e depois no avô.

— Ele ta lá no quarto de vocês com a Missy. – Disse o avô, Iza subiu as escadas correndo, com o avô indo logo atrás, Sara voltou pra cozinha.

Tomas Campbell entrou a casa, mas não havia ninguém na sala, foi até a cozinha onde estava sendo tocada uma música. Sara estava tirando algo do forno, enquanto dançava no ritmo da música. Sorriu ao vê-la.

Quando ela olhou pra trás levou um susto, ele nunca entrava. Só deixava Iza e ia embora.

— Ela deixou a mochila no carro. – explicou antes que ela perguntasse qualquer coisa, mostrando a mochila. Sara não deu importância, voltou-se para o balcão e começou a cortar alguns legumes.

Ele colocou a mochila no chão e se aproximou por trás, cheirando seu pescoço. Ela parou de cortar, mas não esboçou nenhuma reação.

— A cada dia você está mais linda Sara!

— A sua esposa grávida, não vai gostar disso, e nem sua filha de quatro anos. – Disse ela dando ênfase às palavras “grávida” e “quatro”.

— Sara eu cometi um grande erro, me deixei envolver.

 

 

 

“- Missy estamos muito longe, minha mãe vai me matar se eu chegar tarde em casa.

— Calma James, isso vai ser rápido, você disse que queria o jogo ‘The walls of death 04’ não foi? Pelo que me disseram é só na loja daqui que estão encontrando, todo mundo está querendo ele, se não nos apressarmos não conseguiremos comprar.

— Você está mais interessada no jogo do que eu! Nem parece uma garota. É até legal, mas você deveria está mais interessada em bonecas e...- James não conseguiu terminar a frase, foi empurrado por Missy para um beco, onde ela também entrou e ficou agachada olhando um casal com um bebê no colo de frente para uma loja de sapatos, há uns 100 metros dali. Ela estava espantada.

Ele, também agachado foi ver o que ela estava olhando. Quase caiu pra trás.

— Aquele é... ? – Missy assentiu com a cabeça, sem conseguir dizer nada. Sim aquele era Tom, o marido de Sara.

Ele abraçava e beijava a outra mulher, uma mulher bonita de cabelos loiros e olhos castanhos claros. A menina em seu colo, apenas um ano mais nova que Iza, parecia sua filha pelo carinho que ele a tratava.

— Aquele cachorro, vou acabar com a raça dele. – disse ela furiosamente se levantando, James a segurou. O casal entrou no carro dele e foi embora. – Me larga James! Vou meter esse pau na cabeça daquele vira-lata. – Só então ele vira em sua mão, o pedaço de pau que ela havia achado no chão.

Já era tarde o casal havia ido embora. Ambos foram para suas casas, Missy ficou no quarto até a hora do jantar, dando desculpa que tinha muito dever de casa, mas ficou refletindo se deviria ou não contar, decidiu por sim, Sara já havia sido muito enganada. Descendo as escadas pode ouvir uma música, enquanto Tom e Sara dançavam alegremente.

— Sara eu te amo, nós estamos brigando muito eu sei, mas agora vai ser tudo diferente, vou te tratar como a rainha que você é. – A mulher sorriu e disse que também o amava, o que fez Missy se calar por mais um tempo.

A menina sorriu durante o jantar e fingiu está tudo bem  e enganou a todos. Ou quase.

— Me conta o que ta havendo. – Sara foi direto ao assunto assim que fiaram a sós.

— Nada. – Disse ela simplesmente, mas Sara a olhou com uma cara de ‘você não me engana’, e realmente não enganava mesmo, Sara a conhecia melhor do que ninguém. Acabou contando tudo. Pensou que a tia fosse fazer o maior escândalo, mas teve uma grande surpresa na manhã seguinte.

— Bom dia, amor. – Tom lhe deu um selinho.

— Bom dia, querido. – disse ela retribuindo com um sorriso. Depois olhou para Missy e deu uma piscada.

— Amor, tenho que sair mais cedo hoje, tenho uma papelada atrasada, talvez até chegue mais tarde.

— Tudo bem!

— Então até mais tarde. – Deu-lhe um beijo depois se despediu da filha, lhe dando um abraço. – Tchau.

Assim que a porta se fechou ela levantou em um pulo. 

— Pai cuida da Iza para mim, vou resolver uma coisa. – como não tinha mais carro só para ela, pediu ajuda de Bethany. Elas o seguiram até uma casa, onde ele entrou. Sara pediu à amiga que esperasse no carro. Tocou a campainha tranquilamente, quando a mulher abriu a porta, ela a empurrou com força. Foi tudo tão rápido, que quando a mulher percebeu já estava no chão, ouvindo o barulho Tomas foi até o local.

— Sara não é o que você ta pensando...

— E o que eu estou pensando? – Ele não respondeu então ela continuou. – James e Missy te viram ontem aos beijos com essa cadela. Então você tem uma filha com ela é? - Sara sorria como uma psicopata, o que assustou Tomas.

— Eu posso explicar...

— ENTÃO EXPLICA! – Gritou ela, mas ele não soube o que dizer. Foi consumida pela raiva, e teve explosão de ódio, quando deu por si já havia lhe dado um soco que acabou quebrando o nariz do marido, nem ela sabia que tinha tanta força.

A amante que até então havia ficado quieta, se manifestou.

— Nós temos uma filha sim, ele me ama e você é só a esposinha boboca que ele iria largar logo, logo pra ficar comigo. – Isso era o que Tomas dizia, ele não tinha a menor intenção de se separar de Sara.

Novamente numa explosão de ódio ela esbofeteou a cara a amante do marido.

— Pode ficar com ele, é todo seu. – Ela saiu correndo e entrou no carro da amiga, não queria chorar na frente de ninguém.

Dois dias se passaram. Ele ligou dizendo que iria até lá pegar suas coisas, pois havia uma papelada muito importante lá. Um amigo do casal ligou dizendo que há uma semana Tomas apostara uma quantia muito grande de dinheiro e perdeu, havia ficado preocupado, Sara ligou no banco e descobriu que o seu dinheiro havia sumido. Provavelmente ele havia achado que iria ganhar, assim botaria mais dinheiro no lugar daquele e a mulher nunca descobriria.

— EU VOU MATAR AQUELE SALAFRÁRIO. - Gritava o avô depois de saber que o genro iria ter a cara de pau de aparecer na casa. Tentava subir as escadas para pegar sua arma que estava escondida em seu quarto, para que os netos não achassem. Sendo puxado pelo braço por Missy.

— Calma vovô, já falei que o senhor não pode fazer isso.

Mas uma cena bizarra fez com que eles parassem. Sara estava cantarolando e subindo a escadas com um sorriso enorme.

— Bom dia, meus queridos - avô e neta se entreolharam pasmados. 

— Vovô estou achando que a tia Sara enlouqueceu. – cochichou Missy vendo a animação da tia.

— É o que parece - concordou o avô.

Ela desceu com um monte de papéis nas mãos, eles a seguiram ela até o quintal dos fundos e a viram jogar esses papeis em uma pilha de roupas, sapatos e outros pertences. Logo depois derramou gasolina em cima de tudo e ficou com um fósforo na mão olhando para a porta que dava pra cozinha, esperava por alguém. Eles não esboçaram nenhuma reação, ficaram quietos observando.

Alguns minutos depois, ouviram o barulho da porta de entrada se abrindo. Sara imediatamente ascendeu o fósforo e jogou sobre aquelas coisas. Ele foi até o quintal ver o que estava acontecendo, entre as chamas Tomas reconheceu aquelas coisas como sendo dele.

— O que é isso? – Perguntou ele desesperado.

— Seus pertences. – disse ela simplesmente. – Aquela papelada que você veio buscar está ai entre as chamas, quer pegar? – Ela sorriu triunfante. – De acordo com meus cálculos você acaba de perder dois mil dólares e alguns contratos, fora todos os seus pertences. Mas não é nada comparado ao que eu perdi. – dizendo isso seu sorriso desapareceu, e em seu olhos estavam tomados por mágoa. Foi para seu quarto sem dizer mais nada.

— Vovô quem é esse ser e o que fez com a tia Sara?

— Ela foi traída duas vezes, não é de se estranhar que tenha se revoltado.

Dias depois ela voltou a ser a doce e amável Sara, sorria escondendo a sua dor.”

 

— Eu te amo e sei que você ainda me ama. – ele colocou as mãos em sua cintura, subindo as mãos bem devagar. Virou-se para ele e apontou a faca em sua direção o fazendo recuar

— Sara abaixa essa faca, antes que machuque alguém. – dizia ele andando pra trás, a cada passo em falso dele ela dava um pra frente.

— Nunca. Nunca mais encoste essas mãos imundas em cima de mim, está ouvindo bem? Ou corto o que você tem de mais precioso. – ameaçou assustadoramente séria.

— O que está acontecendo aqui? – Perguntou Missy surpresa, vendo a cena. Sara abaixou a faca e sorriu para a sobrinha.

— Nada querida, você deseja alguma coisa?

— Não, eu só vim te ajudar na cozinha. – Sentiu um olhar furioso sobre si, olhou para Tomas e percebeu sua raiva, ele a odiava por ter contado para Sara sobre a traição, a culpava pela separação.

— Oi titio querido, como está? – zombou Missy com um sorriso sarcástico. Ele foi embora sem dizer nada.

— É engraçado como algumas pessoas não mudam, ele continua o mesmo cafajeste. E eu a mesma tola que ainda se sente atraída por ele. –  ela colocou as mãos sobre a testa com um suspiro.

— Tia Sara quando eu era criança meu mundo assim como o seu desabou, da noite pro dia meu mundo encantado deixou de existir, naquele momento o vazio pareceu tão atraente e sedutor que me recusei a sair dele. Pensei em desistir da minha existência, você foi um dos anjos que me levantou, ao contrario de você que permaneceu forte naquele momento eu não consegui, você disse: “Preciso de você pra me manter de pé, não desista de você, pois eu nunca vou desistir” e isso me deu força, pois pensei que eu ainda seria útil para alguma coisa. Ainda havia pessoas por quem lutar. Você se tornou a mãe que eu perdi e um dos pilares que me sustentou. Você não é tola é uma pessoa incrível, extraordinária, forte, e muito, muito especial. Não sei o que posso fazer, mas o que você pedir eu faço. Você me deu tantas vezes os seus abraços quando eu precisei, deixa-me retribuir pelo menos um pouquinho tudo que você fez? – disse a garota abrindo os braços, Sara a abraçou, mas dessa vez foi ela que chorou, fazia tempo que não chorava.

 

Mais tarde, Mario, sua esposa Linda, Emily e Percy e sua namorada chegaram para o almoço.

— Oi família linda! – Disse Percy escandalosamente ao entrar pela porta. - Essa minha namorada Janete. – A garota de cabelos e olhos negros, pareceu ficar constrangida pelo seu barulhento namorado.

— Oi. – Ela sorriu tímida.

— É um prazer te conhecer Janette. – disse o avô tentando tranquiliza-la, enquanto Iza acenava eufórica, Sara e Missy sorriam carinhosamente.

— Que isso gente mais animação, ta parecendo mais um velório isso aqui.

— Garoto seja normal. – reclamou Emily dando um tapa na cabeça do irmão. Emily tinha 17 anos, muito linda, era loira e tinha olhos tão claros quanto os cabelos. Sua mãe, Linda, tinha cabelos loiros e olhos castanhos.

— Olha só quem fala a rainha dos “normais”, não é senhorita Emily?

— Que isso priminha amada, depois de duas semanas é assim que você me trata?

— Oh céus como você é dramática. Por que você não veio com o Percy?

— Ocupada com as tarefas escolares prima. – Missy, Max e Iza não eram primos de Percy e Emily, eram irmãos. Principalmente Emily e Missy. Eram confidentes. Se Anne era sua melhor amiga da escola, Emily era sua melhor amiga de casa.

Sara estava feliz, sua família era muito divertida. Amavam-se muito, e mesmo com tudo o que aconteceu eles só ficaram mais unidos. Observando-os animados assim ela sorriu de verdade. Com certeza ficaria bem. 

 


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Notas finais do capítulo

Por favor eu peço que comentem ^^



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