Meus olhos se abriram para uma luz branca e forte. Eu estava em um quarto desconhecido, um quarto branco. A parede atrás de mim era coberta de persianas verticais; no alto, as luzes brilhantes me cegavam. Eu estava num quarto de hospital. Tinha um bip irritante tocando e alguma coisa pinica no meu braço.

- Olá – ouvi uma voz conhecida. Tentei responder  mais minha voz não saiu.

Tom pegou um copo de água com um canudo e colocou na minha boca. Bebi um gole pequeno e parecia que água tinha lavado um bolo de areia que estava na minha garganta.

- Oi – tentei de novo e dessa vez saiu o som.

- Está se sentindo bem¿ - perguntou ele. Tom parecia cansando.

- Eu tó com fome. Quero bolo de chocolate com calda de morango - Tom deu uma gargalhada que eu não entendi – Que foi¿

- Loise – ele disse e segurou meu rosto olhando dentro dos meus olhos – Você tá grávida.

- O-o-o-o-o quê¿ - perguntei desnorteada.

- Você vai ter um filho meu – disse ele.

- Mais ... mais ... eu tomo remédios – falei.

- Bom as vezes eles falham e gente quase nunca usava camisinha e deu no que deu – falou ele sorrindo.

- E está tudo bem pra ... você¿ – perguntei preocupada – Sabe você ainda é muito novo e ... tem a banda e tal.

- Bom é – disse ele – mais eu sempre olhava pro Dan e imaginava como seria o nosso filho, se seria uma menina linda igual à mãe ou um garoto gostoso igual ao pai.

- Convencido – falei sorrindo e levantei os braços para abraçar ele – Ai.

- Que¿ Que foi tá sentindo alguma coisa¿ É o bebê¿  - perguntava ele desesperado.

Pelo seu comportamento até já podia imaginar como seria o próximos meses.

- Amor calma – falei segurando o rosto dele com a mão onde não tinha agulha – Eu só esqueci da agulha.

- Há ... Ok! – disse ele se controlando – Eu vou ... eu vou chamar a sua mãe e depois vou atrás do seu bolo.

Ele me deu um beijo e saiu.

Eu passava a mão sobre a minha barriga maravilhada em saber que eu teria um filho do Tom, do homem que eu amo e mal percebi as lágrimas silenciosas que caiam pelo meu rosto.

- Loise – ouvi minha mãe me chamar – Está tudo bem¿

- Eu vou ter um filho – falei sorrindo e chorando ao mesmo tempo – Do Tom.

- Eu sei querida – falou ela entrando com os outros – E isso é maravilhoso.

- Eu sei – falei sorrindo, levantei a mão para limpar as lágrimas só que me esqueci da agulha de novo – mamãe pedi pra alguém vir aqui tirar essa porcaria.

Mamãe chamou uma enfermeira que tirou a agulha e depois foi embora.

- Parabéns Loise – disse Bill me abraçando.

- Obrigada – falei.

Depois foi a vez do meu pai, depois meus irmãos e por ultimo a Eve. O pessoal da banda não estava aqui por que se não causaria muito tumulto.

- Mamãe – disse Dan saindo de trás do meu pai – A senhora tá doente¿

- Não amor – falei pegando ele e o colocando em cima da cama – A mamãe está com o seu irmãozinho ou irmãzinha aqui.

E coloquei sua mãozinha sobre o meu ventre.

- Eu vou poder ensinar ele a montar no Ralf¿ - perguntou ele animado e todos riram.

- Sim amor – falei abraçando ele.

O médico entrou logo depois e ele explicou que eu tinha passado mal por causa da bebida devido eu está grávida.

- Você está grávida de 2 meses e alguns dias  - disse quando eu perguntei de quanto tempo eu estava.

- Bom eu vou só chamar uma enfermeira para vir fazer alguns exames rápidos e depois você pode ir embora -  disse o médico.

- Eu posso comer chocolate¿ - perguntei a ele.

- Se for o seu desejo – disse ele sorrindo e saiu.

Assim que o médico saiu Tom entrou com uma sacola na mão e minha boca encheu de água. Ele tirou um prato de dentro da sacola com um garfo de plástico e entregou pra mim.

- Huummm – gemi quando senti o gosto do chocolate na minha língua.

Logo depois a enfermeira entrou, fez os exames e me liberou. Tivemos que sai pelos fundos já que a frente do hospital estava lotada de paparazzi e fãs e na frente da minha casa não estava diferente.

- Bom querida ainda são 2 horas da tarde – disse mamãe – Vá pro seu quarto descansar que hoje teremos visitas para o jantar.

- Quem¿ - perguntei.

- A minha mãe, o resto da banda e os pais de Eve que devem chegar mais tarde – falou Tom enquanto subíamos as escadas – É só uma reunião de família pra contar a novidade.

- Eles ainda não sabem¿ - entramos no quarto e eu fui logo pra cama.

- Não e eu falei pro pessoal não contar ainda – disse Tom deitando ao meu lado – Quero fazer surpresa.

Eu suspirei e me aconcheguei contra ele fechando os olhos.

- Loise – disse Tom.

- Quê¿ - falei.

- Você lembra da ligação que você fez pra mim¿ - disse ele hesitante.

Eu virei de frente pra ele olhando seus olhos.

- Lembro... É que a minha mãe tirou uma brincadeira por você ir à festa sozinho – suspirei – E eu pirei legal, principalmente depois que eu comecei a beber.

- Então da próxima vez você vai comigo – disse ele.

- Eu não gosto desses lugares – falei sorrindo – Além disso confio em você.

- Que bom – disse ele beijando a minha boca.

Ficamos conversando até eu cair no sono.