Apenas Amigos escrita por Luana Cristina, Larissa Oliveira


Capítulo 17
Capítulo dezesseis.


Notas iniciais do capítulo

Quantas reviews lindas! Vocês são uns amores. Bom, aqui como prometido mais um capítulo com as confusões da maluca da Lily, mal posso acreditar que o próximo já é o penúltimo :/
Espero que vocês me perdoem pelos erros ortográficos, tentei revisar o máximo possível, mas provavelmente deixei algo passar. Beijos, e comentem. Até domingo que vêm. :)



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É claro fiquei no mínimo aturdida quando não encontrei James onde o havia deixado, onde diabos aquele garoto fora? Será que ele se cansou de esperar?

Droga, eu demorei tanto assim?

Após um tempo sem reação me decidi por ir ao local onde seu carro tinha sido estacionado, talvez o sol tenha irritado James e ele estivesse lá esperando... Pelo menos eu espero que seja isso e não que ele tenha mudado de ideia sobre tudo nesse meio tempo que o deixei sozinho.

Quase suspirei aliviada quando o encontrei sentado no banco do motorista do carro, até notar que ele tinha a cabeça baixa. Automaticamente corri para a janela do motorista e perguntei:

– James? Você está bem?

Sua resposta foi inesperadamente gelada.

– Estou.

Droga, ele havia se arrependido, merda, que inferno! Não nasci para ter sorte mesmo.

– Por que diabo está aqui?

– Estou te esperando para voltarmos para casa, agora vamos. – ele manteve seu tom gelado.

– Que inferno Potter, dá para abrir a boca e falar o que está acontecendo? Há nem 30 minutos você disse que estava apaixonado por mim e agora você fica agindo friamente assim, o que há de errado? – explodi não aguentando mais sua frieza.

– Apenas entre no carro, vou te deixar em casa. – ele ignorou tudo o que eu disse e me olhou fixamente.

Se ele pensa que vai me vencer pela teimosia ele está muito enganado.

– Eu não vou para lugar algum enquanto você não me disser o que está acontecendo aqui.

– Pelo amor de Deus, me poupe da sua hipocrisia. – ele respondeu com emoção pela primeira vez desde que cheguei aqui, parecendo mais humano, e um humano bem irritado.

– Hipocrisia? Meu melhor amigo diz que está apaixonado por mim, depois age como se me odiasse e eu sou a hipócrita?

– Você não contou a história completa seu melhor amigo diz que está apaixonado por você, você não diz nada, ao contrário sai correndo, e quando ele vai te procurar para saber o que aconteceu te encontra beijando outro e então ele age friamente com você porque está magoado e irritado com você. – Ele resmungou a história como se estivesse com raiva de cada palavra que dizia.

Ah droga, ele viu o beijo, ok isso explica porque ele está irritado... Merda.

– James, merda, aquilo não significou o que parecia. Eu voltei para te dizer que eu estou apaixonada por você também, droga.

– Ah! Ela está apaixonada por mim também! Devo me sentir lisonjeado – ele ironizou. Havia interpretado o meu “também” de forma errada – Deixe-me ver, Sirius, o tal Matt e agora eu também, nossa Lily estou impressionado com sua capacidade de se apaixonar pelas pessoas.

– Não me trate assim – sibilei me irritando com suas palavras.

– E você quer que eu te trate como? Que eu vá correndo para os seus braços e aceite ser o terceiro da lista? Não, muito obrigada.

– Quer saber vai se ferrar – comecei a caminhar quando ele gritou do carro:

– Você não tem como voltar para casa, eu a levo de volta, já que te trouxe aqui mesmo.

– NÃO SE INCOMODE EU NÃO VOU A LUGAR ALGUM COM VOCÊ – gritei e corri.

Corri, com todas as forças que eu tinha para me afastar de James. Diferentemente da última vez que corri hoje cedo feliz dessa vez estava segundo as lágrimas, quando finalmente parei me dei conta que estava próxima aos campos de lírios e do lado da árvore em que ele tinha dito que estava apaixonado por mim. Malditas pernas.

Sem mais forças me sentei e fiz a única coisa que parecia plausível naquele momento, chorei. Chorei por James ser um idiota, chorei por ter dado tudo errado num dia que eu planejei por anos, chorei porque minha vida é uma droga de uma bagunça que eu não controlo, enfim, chorei por todos os motivos que poderia chorar.

Depois de longos soluços acabei por fim me acalmando. Acabei notando que logo iria escurecer e eu precisava voltar para casa, e não tinha meio de transporte ou dinheiro algum. Ah que ódio!

Peguei meu celular e me vi discando um número tão conhecido, minha melhor amiga é claro.

– Lene, preciso de você. – fiquei chocada em como minha voz parecia chorosa.

– Ai meu Deus, o que foi Lily? – ela soou preocupada

– Eu preciso que você me busque na lanchonete da Rua 5 o mais rápido que puder por favor.

– Estou indo.

Sai caminhando lentamente tomando o mesmo caminho que tinha tomado anteriormente para encontrar Matt.

Não vou chorar de novo, não vou chorar de novo, pode parar Lily Evans!

Consegui me segurar e cheguei à lanchonete sem desabar mais uma vez, sabia que agora era questão de tempo até Marlene chegar e eu estar em casa onde podia chorar à vontade novamente.

Minha melhor amiga realmente não demorou a chegar, mas o tempo parecia se arrastar, então fiquei grata quando vi seu carro preto estacionando na minha frente.

– Ei Lily! Vim o mais rápido que pude você está bem? – ela saiu do carro e veio correndo me abraçar.

– Não, mas eu não quero falar sobre isso agora, me leva embora daqui, Lene, por favor. – sussurrei enquanto era abraçada pela minha melhor amiga.

– Ok, vamos.

Segundos depois ambas estávamos no carro, e Marlene dirigia para fora dali. Tudo que eu queria era voltar para casa logo, e colocar um ponto final nesse maldito dia, dormir até semana que vem e esquecer tudo que aconteceu, parecia o plano perfeito.

– O que o Black fez? – Lene disse não conseguindo se conter, sua curiosidade venceu como sempre.

– Não foi o Sirius...

– Tá, quem foi então? – ela insistiu.

– Ninguém, eu não quero falar sobre isso Lene.

– Humft, aposto que foi o Black. Você pode me dizer se ele te traiu ou foi um filho da mãe, Lils. Eu prometo que não vou dizer “eu te disse”.

– Tá, eu não namoro Sirius. – soltei, não era uma completa verdade, mas não era mentira.

– Sabia que ele estava envolvido, vocês terminaram?

Jesus, onde arrumei uma melhor amiga tão curiosa?

– Céus, qual sua dificuldade para entender quando eu falo que não quero falar sobre algo? – suspirei.

– Toda! Se você realmente não quisesse conversar não teria ligado para mim, e sim para qualquer uma das meninas que aceitariam o seu “não quero papo” e não ficariam te importunando até você contar a verdade, você escolheu ligar para sua melhor amiga, agora desembucha.

– Credo que palavra feia – sorri levemente – eu e o Sirius terminamos sim, mas esse não é o motivo pelo qual eu estou triste, e eu realmente não quero falar sobre o motivo, ok? Quando eu quiser você será a primeira saber.

– Ok – ela sorriu marotamente.

O comportamento dela não poderia ter sido mais estranho, apostava que ela iria reclamar mais e eu teria que por fim acabar contando toda história para ela, mas o simples fato dela concordar não parecia certo.

Virei para janela e fiquei sentindo o vento bater em meu rosto, enquanto via o sol se por, quando notei que aquele não era o caminho para minha casa. Droga, Marlene Mckinnon! Como se eu já não tivesse um dia bagunçado o bastante.

– Para onde você está me levando, Marlene? – falei exigente.

– Para relaxar – ela sorriu, mostrando todos os seus brilhantes dentes brancos.

– Lene, pelo amor de Deus, eu só quero ir para casa e descansar, por que isso é tão difícil?

– Para de ser chata, Lils. Sabe do que você está precisando? Álcool, e quem melhor do que minha pessoa para te acompanhar nisso? Vamos fazer você esquecer o desgraçado do Black rapidinho. – ela sorriu vitoriosamente.

– Eu te odeio tanto, sabia? - resmunguei – Eu não vou beber nada.

– Sim, você vai.

Estacionamos num conhecido barzinho que já havíamos visitado em outros tempos com todo nosso grupo. Ali era realmente aconchegante, mas no momento não era o que eu queria, o que eu queria de verdade era minha cama, um pote de sorvete de chocolate e algo em que eu pudesse bater muito e fingir ser a cara de James.

Eu não podia ter nenhuma dessas coisas ali, então queria ir para casa.

– Vamos embora Lene. – pedi mais uma vez.

– Lily, vamos fazer um acordo, beba um drink que eu te levarei para casa se você pedir novamente. E você sabe que não vai ganhar nada além de mim do que isso.

Resignada acabei por concordar, minha melhor amiga era um ser teimoso de mais para o meu próprio bem, eu beberia um drink em dois minutos e ela teria que me levar para casa.

Assim que nos sentamos no bar e meu drink pousou em minha frente, eu sabia que não iria para casa depois dele, merda.


***


Na quarta dose, e eu e Marlene riamos da roupa de um dos clientes do bar, na verdade eu ria e Marlene me olhava feio, ela ainda estava na sua segunda dose.

– Pare de apontar, Lily!

Ignorando totalmente ela comentei.

– Lene, sabe algo engraçado?

– Diga.

– Eu sou muito, muito idiota. – falei e gargalhei logo em seguida, achando graça na forma como as palavras soavam ao sair da minha boca.

– Não é não, por que diz isso? – ela perguntou curiosa.

– Para começar eu namorei de mentira o Sirius, acredita? Só por que fiz uma estúpida promessa que iria ajuda-lo a ficar com você, e isso fez com que eu estragasse tudo com quem eu realmente gosto, que é um babaca. Gosto de um babaca, eu sou uma idiota – gargalhei novamente, idiota era uma palavra muito engraçada.

Podia ficar repetindo ela por muito tempo, “idiota, idiota, idiota”, babaca também era uma palavra legal.

– Babaca, idiota, adoro como essas palavras soam – gargalhei novamente.

– Lily, eu acho que deveríamos te levar para casa, você não está bem.

– Não, eu quero falar com James, vou ligar para ele, e você devia ir atrás de Sirius, para alguma coisa nessa maluquice dar certo.

– Humf, ok, ligaremos para James. E Lily, sei que você não está nada bem, mas uma parte de você que ainda é consciente me responda, é realmente verdade que seu namoro com Sirius foi de mentira, e ele gosta de mim?

– Eu não estou tão mal assim, besta. Ainda sei a porcentagem de verdade de tudo que eu falo, e nesse caso ela é 100%. Sirius é completamente louco por você, tanto que olha como me torturou durante todos esses dias.

– Lily, eu preciso te confessar algo, e eu sei que provavelmente você não vai se lembrar disso amanhã, mas acho que está sóbria o suficiente para opinar sobre isso agora, ou pelo menos espero que esteja. Lily, eu acho que gosto do Sirius... Quer dizer, sei que soa horrível dizer isso para você agora, até porque alguns minutos atrás eu pensei que você estava apaixonada por ele, mas eu fiquei com ciúmes de vocês, e não de um bom sentido, droga, eu não queria me sentir assim, eu tava me achando uma pessoa horrível por isso, estar afim do namorado da minha melhor amiga que é um idiota, e agora com o que você disse droga, Lily! Me responda você acha que ele pode estar diferente? Digo menos cafajeste?

– Acho, de verdade, ele parou de sair com qualquer garota desde que confessou para mim que estava apaixonado por você, se você está apaixonada por ele, vá atrás dele, corra garota! – falei mais seriamente do que todas as frases que tinha dito desde que tomei a primeira gota de álcool da noite.

– Mas e você, você ainda tá meio bêbada droga, não posso te mandar embora de ônibus, acho bem provável você se perder, já volto.

E Marlene saiu correndo carregando o celular nas mãos.

Maluca, minha melhor amiga é pirada. Eu provavelmente não teria contado sobre o plano de Sirius sem o álcool fazendo efeito, quer dizer eu prezo minha vida, e havia prometido não contar, mas acabou que contar era o melhor plano. Mesmo apaixonada por Sirius, Lene nunca ficaria com o namorado da sua melhor amiga, muito menos o ex.

Suspirei. Aparentemente o maldito efeito do álcool estava passando, e eu começava a lembrar-me claramente do meu maldito dia: James, Matt, James novamente, nossa briga, tudo voltava.

Lene voltou saltitante, e me puxou para fora do bar, pagando a conta nesse meio termo.

– Tudo resolvido, James irá vir de pegar, e eu vou ir conversar com o Sirius. Você tem certeza que está bem com isso? E não vai me matar amanhã?

James vai o que? Droga, eu nem posso reclamar porque isso vai adiar o plano de Lene, maldito seja.

– Vá se ferrar, é claro que eu não vou te matar, te mato se você não for falar com ele agora. Depois de todo esse trabalho que eu tive vocês tem que ficar juntos, eu não aguento mais o Black me lembrando de que eu prometi ajuda-lo. Ah, e diga a ele que eu o mandei cuidar bem da minha melhor amiga. – a abracei e enquanto ela entrava no carro sentei na calçada para esperar.

Odeio o fato de não andar com dinheiro, odeio ter que encarar James de novo agora, depois da nossa linda briga mais cedo. Odeio o fato de ter beijado o Matt, e odeio ainda mais o fato de James ter visto e agora me odiar. Odeio o álcool, porque apesar de ainda me sentir tonta não conseguia rir de tudo que nem alguns minutos atrás.

E no meio dos meus resmungos mentais um carro estacionou.

O maldito do Potter chegara incrivelmente rápido. Agora terei que enfrenta-lo, merda.


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Notas finais do capítulo

Reviews?