– VOCÊ FEZ O QUE LILY EVANS? – Sirius gritou no telefone, parecendo até mesmo meu namorado de verdade, humf.

– Sirius, não briga comigo... Em minha defesa eu não traí realmente você, já que não estamos mesmo juntos.

Sim, eu sei que sou péssima em desculpas, e sim eu sei que o que eu fiz foi uma grande, super grande merda. Até por que eu não estou apaixonada pelo Matt nem nada, e eu assumi um compromisso de ajudar o Sirius, mas tá não é como se eu conseguisse prever isso, certo?

Quer dizer eu to sozinha há muito tempo, eu até tentei ficar com Diggory meses atrás, mas notei que realmente não dava certo por causa do que sentia por James, então eu realmente não acreditava que podia “trair” Sirius como meu falso namorado e isso não passou pela minha mente.

– Eu não to irritado pelo fato de você ter ficado com ele. Tá, eu estou irritado por isso também, você não é a toda certinha “não fique com ninguém enquanto ama outra pessoa”, e se eu estou bem informado você ainda ama James. A questão principal é esse garoto pode dar com a língua nos dentes a qualquer momento e meu plano todo de ficar com a Lene vai por água a baixo. – ele tagarelou, ainda soando irritado.

– Sim, eu ainda gosto de James, não sei o que passou na minha cabeça para ser sincera, depois eu irei falar com Matt, para esclarecer isso, e não se preocupe que ele não irá falar para ninguém. Mas, podemos ter o pequeno problema de James ter me visto abraçando ele... – contei, já sabendo os gritos que viriam novamente, afastei o telefone do meu ouvido.

– JAMES VIU O QUE? MEU DEUS LILY, COMO VOCÊ CONSEGUE FAZER TANTA MERDA EM UM DIA?

– Er...

E eu não consigo nem responder decentemente, preciso de férias da minha vida, ou melhor, da bagunça que minha vida se transformou.

– Sirius, você não acha que seria uma boa ideia a gente terminar?

– Não vem cair fora não Lily Evans, estamos juntos há uma semana, você vai ter que durar mais! Você prometeu!

– Mas, Sirius...

– Mas nada, você prometeu agora vai ter aguentar minha doce pessoa como seu namorado por mais umas semanas, e vamos agir como se absolutamente nada tivesse acontecido, ok? Você se resolva com seu cara ai. Inacreditável, fui traído! Logo eu que me esforço tanto para manter minha perfeição diária presente, fui traído! – ele suspirou atuando, e logo em seguida gargalhando.

Black cheio de gracinha está de volta, e nesse ponto não sei se isso é bom ou ruim mais.

Ouvi o som da campainha e imaginei que minha mãe logo atenderia, espero que não seja para mim, e principalmente se for Matt eu me jogo daquela janela, e dessa vez eu não estou brincando.

Após a nossa adorável cena constrangedora ontem, ambos ficamos envergonhados e eu acabei mandando ele embora, e dizendo que depois a gente conversava. E adivinhe só? Não estou nada a fim de ter essa conversa, principalmente agora.

– Lily... – um moreno carregando uma barra de chocolate apareceu na minha porta.

James... Ai santinhos.

– Sirius eu tenho que desligar, James está aqui – falei ao telefone antes de me dirigir minha atenção ao moreno.

– Minta convincentemente pelo amor de Deus, e antes de desliga diga “tchau amor” – Sirius ordenou do outro lado.

Esse garoto deve estar tirando com a minha cara!

– É sério, Lily! James precisa entender que ainda estamos juntos e sem nenhum problema.

– Tchau Sirius, tenha um bom dia amor – falei tentando o máximo possível não soar sarcástica, acho que não fui muito bem. Desliguei o telefone na sua cara logo em seguida, quando ouvi sua risada ao fundo.

Idiota.

Agora eu preciso lidar com o meu melhor amigo que está na porta, ai santinhos, eu não mereço tanta coisa.

– James... Oi... – eu respondi timidamente.

Era sempre assim quando brigávamos ambos ficavam tímidos, e James sempre trazia chocolate, mesmo quando eu estava errada. Eu realmente sou inocente do fato de ter me apaixonado por ele, que outra garota não o teria feito?

– Te trouxe chocolate, e meu pedido de desculpas – ele disse se sentando ao meu lado na cama.

E o que eu fiz?

O óbvio é claro, agarrei James em um abraço de urso, enquanto era retribuída. Estar com James era assim, reconfortante, simples, comum e principalmente certo.

– Eu não queria ser grossa com você, me desculpe. – me soltei dele o encarando, sabendo que ele notaria que eu estava quase chorando.

– Ei, não chore, ruiva, eu tenho chocolate aqui lembra? – James disse atencioso. – E ei, eu que tenho que te pedir desculpas, sei que nada aconteceu entre você e aquele garoto lá, e que você não trairia Sirius, mas eu tenho algum direito de ficar com ciúmes, certo?

Ciúmes? James? Hã?

Minha cara deve ter revelado exatamente essas perguntas por que ele logo se explicou.

– Eu sou seu melhor amigo, e eu costumava ser o cara mais importante da sua vida (depois do seu pai), até que o Sirius apareceu querendo roubar você de mim, e quando eu começo a me acostumar com a ideia, e pensar que pelo menos eu sou o melhor amigo que você sempre vai correr quando quiser ver filmes, e quiser doces, sim eu sei que você é uma interesseira por doces Evans, aparece outro cara querendo roubar esse posto de mim, eu tenho que ficar zangado, não é? Mas não tinha o direito de ser grosso... – James tagarelou, soando excessivamente sincero, mas ainda parecendo esconder algum detalhe. Estranho.

Mas é claro, que esse tipo de ciúmes faz todo sentido, infelizmente.

– Ninguém nunca vai tirar seu posto de meu melhor amigo, James, você é único, nem Sirius, nem outro garoto algum conseguiria nos afastar, então não precisa ter ciúmes está entendendo?

– Até por que, eu sou forte e eu posso bater nele. – ele soava como um garotinho dizendo que bateria num ladrão malvado se ele invadisse a casa.

– Sim, por isso também. – comentei sorrindo entrando na brincadeira.

– Agora devore esse chocolate, que te levarei para um lugar especial.

– Eba, onde? – perguntei curiosa, enquanto abria minha barra de chocolate, e repartia um pedaço para James.

– Lembra aquele parque que visitamos mês passado?

– Iremos aquele mini paraíso novamente? – meus olhos brilharam de excitação, provavelmente o chocolate estava ajudando nisso.

– Sim! Acho que precisamos ser apenas a Lily e o James por um tempo, sem a questão Sirius, Caroline ou garoto estranho na sua casa.

– Matt – corrigi com a boca cheia de chocolate.

– Que diabos de nome é Matt? Sério Lily, se for tentar substituir seu melhor amigo pelo menos arrume um com um nome decente. – ele comentou rindo, enquanto eu tentava tacar uma almofada nele e falhava miseravelmente.

– Morra Potter! E um pequeno detalhe você por acaso arrumou alguma comida para passarmos o dia fora?

Ele revirou os olhos e disse:

– Você só pensa em comer, Lily! Mas sim, da onde veio esse chocolate tem mais, além de outras coisas.

– E estamos fazendo o que sentados aqui ainda? Mexa essa bunda daí, vamos!

Logo dei tchau para minha mãe, e meu pai, e nos dirigimos para o carro de James, e quando eu aperto play no rádio imaginem minha surpresa.

– HIP-HOP, JAMES? Sério mesmo isso? – bufei.

– Nem vem, me deixe – ele resmungou sorrindo de lado.

Liguei uma estação de radio qualquer, e enquanto James dirigia pensei no que tinha acontecido com Matt ontem, e como eu lidaria com aquilo.

Eu realmente não estava apaixonada por Matt, e era fácil dizer isso porque com a presença de James ao meu lado deixava bem claro o que é estar apaixonado por alguém. Mas eu gosto do Matt, ele é divertido e carinhoso, mas acredito que gosto dele como gosto de Sirius, como um amigo. Só que se é assim porque diabos eu beijei o garoto? Não tenho a menor vontade de beijar Sirius admito, ele pode ser bonito e tal, mas não me desperta a menor vontade de agarra-lo, muito menos qualquer outro dos meus amigos, exceto James, que é diferente.

Minha vida podia ser mais simples, isso só pode ser castigo por ter me tornado tão relaxada nos estudos, só pode.

– Está pensando no que, ruiva? – James me cutucou.

– Em nada... – respondi tristemente.

James me lançou um olhar feio em retribuição.

– Desde quando você esconde as coisas de mim?

– Cadê os chocolates? – Eu sou um fracasso em mudar de assunto, assumo.

A carranca de James aumentou, e ele apontou para meu celular q estava vibrando e eu nem tinha notado.

Matt estava ligando, droga, droga, droga, e droga de novo.

Peguei o celular e apertei ignorar.

– Quem era? – ele perguntou curioso.

– Número desconhecido – menti, odeio mentir para James, droga.

– Ei James! Você lavou o cabelo, agora que notei – comentei tentando novamente mudar de assunto e bagunçando seu cabelo.

– Jesus, por que isso sempre te surpreendente? Lily as pessoas lavam o cabelo, é normal, você não lava o seu também?

– Eu lavo, mas o meu sempre parece limpo então ninguém desconfia que eu não faça isso, agora o seu... Nem vou comentar – brinquei com ele, recebendo uma gargalhada em retribuição.

– Quando eu parar de dirigir você vai ver o que irei fazer com você, vou comer todos os chocolates! E te torturar até sua morte.

– Claro, e eu acredito nisso porque sei que você vive sem mim – ironizei.

– Céus, você soa igual o Sirius.

– Vá se ferrar – bati nele em retribuição.

– Chegamos!

Ia abrir a porta do carro quando James saiu correndo e veio do meu lado para abrir para mim, esse é o jeito dele de pedir desculpas? Gostei.

James também pegou uma cesta de piquenique e jogou a toalha para mim. Eba, Piquenique!

O lugar continuava lindo e de tirar o fôlego, eu não podia imaginar que eu vivi tanto tempo nessa cidade sem fazer ideia de que esse lugar existe, e ainda é perto de uma das lanchonetes que eu mais frequento o que é sinistro, esse lugar só pode estar coberto com um feitiço que o torna invisível para resto das pessoas, não tem outra explicação lógica.

Corri em direção a um local próximo dos lírios e onde também havia uma linda árvore com aparecia de antiga, e estendi lá a toalha, enquanto James me seguia carregando a cesta.

– Aqui é tão perfeito, você deveria ter me trazido aqui antes, Potter! Te conheço a anos. – comentei rindo.

– Desculpa ruiva.

– Diabos, o que você está aprontando?

– Por quê? – ele pareceu inocente.

– Você me chamou de ruiva – cerrei os olhos em direção a ele – isso não pode significar coisa boa.

Ele sorriu marotamente enquanto pegava uma barra de chocolates da bolsa e corria com ela. Dei risada e corri atrás dele. Parece que mesmo no meio desse caos que está minha vida, algo ainda continua certo, James e eu.

É claro que James não deveria tropeçar em um pequeno galho jogado no chão, e é claro que se isso acontecesse minha adorável pessoa não deveria ter caído em cima dele, porque seria conspiração demais da natureza. Porém é claro que tudo isso aconteceu, e eu estava sobre James, que agarrava uma barra de chocolate como se fosse ouro e ambos estávamos corados.

Quando eu ia me levantar rapidamente como sempre fazia quando esse tipo de acontece, o que é incrível porque acontece com alguma frequência quando envolve chocolate, para minha surpresa, ou melhor choque, James largou o chocolate e envolveu seus braços em torno de mim.

Oh, santinhos, o que diabos é isso? E o que eu faço?

Céus ele está muito próximo.

– Lily... Eu te trouxe aqui porque eu queria te contar algo, e na verdade eu ia fazer isso enquanto comemos, mas agora parece um bom momento. – ele sorriu, ainda com o rosto muito perto do meu para minha sanidade mental estar funcionando.

Congelei é claro, perdi todos os sentidos exceto audição nesse momento, não conseguia me mexer, falar, nem pensar para ser honesta. Deus, será que....?

– Eu não quero fazer pressão alguma sobre você, apesar de saber que você irá me evitar para sempre depois disso eu simplesmente não consigo esconder as coisas de você ruiva, você é Lily Evans a minha melhor amiga por quem eu estou apaixonado – ele confessou e eu mudei para todas as cores do arco Iris enquanto meu coração ia e voltava da lua, e minha cabeça tentava inutilmente voltar a funcionar.

Santinhos! Isso só pode ser um sonho. Come on, Lily acorda, pode tocar despertador seu lindo, eu sei que isso é um sonho, vamos lá.

– Você falar algo séria legal sabe – ele disse me soltando e se sentando – eu sei que está com Sirius e que gosta dele, e não pensa desse jeito em mim, então me bate, me xinga, sei lá grite só não fique me encarando assim por favor.

– M-M-Mas, hã? – ótimo, perdi a habilidade da fala. E James continuava me encarando tristemente, enquanto eu me sentava ao seu lado.

Tá, aparentemente essa coisa maluca toda não é um sonho, céus eu queria tanto agarrar James agora, e dizer para ele que eu o amo e não namoro de verdade com Sirius...

Merda! Sirius! Merda, Matt! Irei fazer isso sim, só que antes preciso me resolver com os dois caras da minha vida. Por que é tudo tão complicado, Deus?

– James... Segura o pensamento ai, eu preciso fazer algo e volto logo, por favor, não vá embora, me espera ai, e quando voltar conversaremos. – Consegui dizer uma frase com sentido e antes da sua resposta, me levantei e sai correndo.

– Mas que diabos, Lily, volta aqui! – James gritou, porém não correu atrás de mim.

Eu iria voltar para ele, e conversar no momento em que estivesse tudo certo com minha pequena bagunça, e então tudo estaria calmo, e perfeito.

Tantas emoções. James me ama! James me ama! Eu poderia abraçar um estranho agora!

Ok, calma Lily, foco. Sirius primeiro, depois Matt, e então ser feliz para sempre com James.

– James me ama, e eu amo James – não consegui evitar falar alto enquanto corria e sorria bobamente.

Já estava cansada quando parei, e disquei o número de Sirius no celular.

– Sirius, eu preciso falar com você agora, urgente!

– O que foi agora, Lily? Não me venha dizer que aprontou mais alguma. – ele resmungou – E porque está soando tão cansada, você parece que correu uma maratona ou algo do tipo.

– Algo do tipo. Agora me escuta, eu odeio o fato de terminar por telefone, mas você não é meu namorado de verdade então não tem importância. Sirius o James disse que me ama agora há pouco, me desculpe eu sei que prometi te ajudar com a Marlene e ainda vou, só que vou ter que sair do plano, preciso contar a verdade para ele, ele deve estar se sentindo super culpado por supostamente estar apaixonado pela “namorada do melhor amigo”. Eu sei que estou dando uma mancada horrível, mas você entende certo? – tagarelei mal parando para respirar entre as palavras.

– James disse que te ama? ALELUIA, ele percebeu! Você tá saindo pior que a encomenda Lily, dois garotos em dois dias, santo Deus, mas vá, eu sei que você o ama, seja feliz com ele, te libero do nosso namoro falso, mas não da sua promessa de me ajudar com a Lene, e diga para o Pontas que ele é um cachorro por dar em cima da minha namorada mesmo que ela não seja minha namorada de verdade. – Sirius tentou soar resmungão, mas ele parecia feliz. – E ah, eu serei o padrinho, já vou avisando, nem pensem em outra pessoa.

– Obrigado Sirius, e para não perder o costume vá se ferrar – sorri novamente enquanto desligava o telefone.

Problema Sirius resolvido, agora a pior parte, Matt. Droga eu vou me odiar se magoa-lo, e ele não é algo que eu possa resolver pelo telefone como Sirius, tem que ser pessoalmente ou não é justo com o garoto, precisava o encontra-lo. Disquei o seu número, e apenas um toque depois ele atendeu.

– Lily, estava mesmo tentando falar com você, que bom que você ligou! – ele soou animado. Droga, droga.

– Matt... Onde você está agora?

– Eu estou no centro, por quê? – ele perguntou curioso.

– Você pode me encontrar na lanchonete da Rua 5?

– Sim, em menos de 5 minutos chego ai. – ele respondeu desligando.

Sai do parque e me dirigi à lanchonete, e enquanto sentava em uma mesa com vista para o parque e esperava Matt chegar, comecei a refletir sobre tudo e me senti mal. Certo James me ama e isso ainda faz meu estômago fazer movimentos engraçados, mas eu iria quebrar o coração de Matt daqui alguns minutos.

Matt era adorável, engraçado e carinhoso, ele tinha tudo que um garoto deveria ter para você se apaixonar por ele, mas eu não era apaixonada por ele, eu sentia uma atração por ele admito, mas meu coração está todo ocupado por outra pessoa, e provavelmente mesmo se James não se declarasse nós não funcionaríamos porque eu continuaria sendo apaixonada pelo meu melhor amigo. Então por mais horrível que seja o que eu terei que fazer agora, é o que é certo.

Avistei o loiro chegando e caminhando em minha direção, ele estava terrivelmente bonito com uma jaqueta preta e uma calça jeans. Droga, Lily Evans.

– Lily – ele soou constrangido se sentando na cadeira a minha frente.

– Ei Matt. – tentei sorrir, falhando miseravelmente.

– Acho que a gente precisa conversar certo? – ele sorriu.

– Ah sim, precisamos.

Por onde eu começo céus?

– Matt, droga eu não sei como fazer isso, eu realmente gosto de você, gosto muito, mas eu não posso ficar com você, tudo que eu posso te oferecer é minha amizade. – eu sou um lixo para terminar com as pessoas, Jesus.

– Por que, Lily? – ele perguntou me encarando com seus olhos esverdeados.

– Eu gosto de outra pessoa Matt, você principalmente sabe disso, e não é justo com você.

– Eu decido o que é justo ou não para mim, e dane-se o Potter, sem querer ser maldoso, mas ele tem namorada Lily, e você gosta de mim certo? Você consegue me contar as coisas e nos beijamos ontem e foi maravilhoso, não vale a pena tentar?

Droga como eu me sentia culpada, estava quebrando meu coração magoar Matt.

– Ontem talvez eu tivesse aceitado isso e tentado ser feliz com você, mas hoje Matt as coisas já mudaram, James gosta de mim também, e eu me senti nas nuvens quando ele disse isso, você merece alguém que te faça sentir nas nuvens desse mesmo jeito, e eu sei que eu não faço Matt, seria conveniente e fácil nos habituarmos a ficar juntos, mas o amor da sua vida está por ai, e eu não sou ele, mas sei que você vai encontra-lo, você vai encontra-lo facilmente por ser assim tão maravilhoso como é. Eu te peço milhões de desculpas por te magoar, nunca fui minha intenção e entendo se quiser me odiar ou nunca mais falar comigo...

– Entendo, James é sortudo por te ter – ele sorriu tristemente – eu nunca poderia te odiar Lils. Mas eu posso te pedir um último favor?

– Qualquer coisa.

– Um beijo, apenas mais um beijo e eu prometo que iremos encerrar esse capitulo definitivamente.

Parei para pensar por um segundo, eu não havia falado com James então não estava sendo desonesta se beijasse Matt pela última vez, e além de que ele foi o garoto me aguentou sozinho ouvindo falar sobre toda a bagunça que minha vida passou essas ultimas semanas, não era algo além do limite seu pedido, e não faria mal algum também, por fim resolvi concede-lo.

O beijo foi simples, doce e soando realmente como uma despedida. Depois que nos afastamos ele me deu um abraço e foi embora sem dizer mais nada, mas ainda parecendo muito triste.

Caminhei para o lugar do parque onde havia deixado James repetindo mentalmente “Eu fiz a coisa certa, Matt merece alguém que o ame”, e aos poucos enquanto me aproximava uma ansiedade foi tomando conta, agora vinha o momento que esperei por anos, dizer a James que eu o amava, lhe beijar e ser feliz.

Imagine então minha surpresa quando não encontrei nem a cesta, nem a toalha de piquenique e muito menos James próximo aos campos de lírios.