O Despertar de Um Anjo escrita por Mara S, Kelly S Cabrera


Capítulo 10
Capítulo V - A Proposta de Vergil




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            Dante estava deitado no sofá com seus olhos fechados, mas prestando atenção em tudo a sua volta. Sabia que alguém estava lá dentro fuçando em suas coisas, mas resolveu não sair do lugar a fim de descobrir o que aquilo, seja lá o que fosse, queria lá dentro. Levantou-se silenciosamente e mirou em seu visitante, que estava revirando sua mesa.

            -Acho que o que você procura não está ai – Disse sem abaixar as armas e com um sorriso.

            -Oh, droga! E está com você – Respondeu levantando-se.

            Dante reparou fisionomia do seu mais novo invasor. Tinha o corpo de uma menina novinha, no máximo 14 anos. Seus cabelos loiros e cacheados davam um ar angelical. Seus olhos eram diferenciados um vermelho e outro dourado. Um demônio.

            -Vai ter que passar por cima de mim pra pegar – Atirou o máximo sem se importar com os estragos.

            -Blah! – Mostrou a língua atrás dele – Você faz muito barulho, filho de Sparda.

            -Você só pode estar brincando – Pela primeira vez, alguém, ou alguma coisa havia o deixado surpreso. Ele tinha certeza que havia acertado.

            -Você é pior do que eu imaginei – Dante sussurrou entre os dentes. Já estava ficando cansado de brincar de pega-pega com aquela... Coisa.

            -Está ficando cansado, filho de Sparda – O sangue de Dante ferveu com o sorriso da garotinha - Na verdade, eu vim te trazer um recado – estreitou os olhos ao ver a raiva de Dante fluir. – Vergil deseja te ver.

 

            Lara acorda com barulhos de tiro vindo do andar de baixo. Sua primeira reação foi pegar uma das pistolas que estava na cabeceira da cama. “Será que ele precisa da minha ajuda?” Foi a primeira coisa que pensou. Mesmo sabendo que talvez ele pudesse cuidar muito bem do que quer que estivesse lá em baixo, ela saiu do quarto com as armas em punho.

Antes de chegar às escadas escutou uma risadinha infantil.

- Quem está aí?

- Você é a humana que Vergil falou. – uma pequena garota, de 14 anos saiu do quarto de Dante. Ela tinha cabelos loiros e cacheados, seus olhos eram demoníacos.

Lara ainda apontava a arma para a menina.

- Quem é você?

- Só uma mensageira. Não precisa desconfiar de mim. Se você confia em meu mestre não tem porque temer a mim – a garotinha ria e se escondeu atrás da porta do quarto, apenas sua cabeça era visível – Vergil gostaria de falar a sós com você humana. Ele disse que você saberia aonde.

- Espere! – Lara gritou, pois a menina estava indo em direção a janela.

- Antes de sumir, ela colocou o dedo nos lábios, pedindo por segredo.

“Segredo? Ele não quer que conte para Dante? Isso é arriscado...”

Lara continuou parada na frente da janela aonde a menina desaparecera pensando na proposta de Vergil. O perigo era grande e não queria esconder isso de Dante, mas a sensação que ela teve ao pensar no último encontro com Vergil foi mais forte. Ela se sentia impelida.

Desceu as escadas ainda com suas pistolas e encontrou Dante sozinho, em pé, olhando para o chão.

            -Onde está aquela coisa? – Perguntou ainda olhando pro chão, meio inconformado que estava perdendo pra uma pirralha mensageira de Vergil

            - Dante, esta tudo bem? Ouvi tiros... - Lara estava decidida, não iria falar que havia encontrado a garotinha.

            -Não. Não está tudo bem. Aquela pirralha metida à grande coisa sumiu! – Respondeu já perdendo o resto da sua paciência. – Ela veio trazer uma mensagem – Falou com desprezo.

            - Pirralha? - seria mesma garotinha que tinha trazido a mensagem de Vergil - Que mensagem Dante?

            -Do meu nada querido irmão. – Pegou a Rebellion que estava por perto e colocou em suas costas – Disse que ele quer me ver – Deu um sorriso falso.

            Lara não conseguiu disfarçar a sua surpresa. E por alguns instantes ficou muda. Dante não deixou de perceber a súbita mudança na expressão de Lara.

            - O que aconteceu? – Perguntou arqueando a sobrancelha. Só faltava, acima de tudo, a fedelha ter feito algo.

            - Nada! Só estava pensando nesse pedido de Vergil, o que ele quer com você?

            “Estranho... por que será que Vergil quer um encontro comigo e com Dante?” Agora ela começava a se preocupar...

            - Ele quer isso. – Tirou o amuleto de dentro de seu colete – Pra variar – Rolou os olhos – Vou atrás dele e dessa vez não sei se vou ser tão bonzinho.

            Os olhos de Lara brilharam ao ver pela segunda vez o amuleto de Dante, mas antes que pudesse fazer qualquer bobeira como fez com Vergil, virou-se de costa e foi até a mesa de Dante.

            - Boa sorte - as palavras escaparam da boca de Lara, ela odiava a palavra "Boa Sorte", era como um mau presságio...

            -É, acho que vou precisar – Disse saindo do local.

 

 


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