Throw Away escrita por Amis


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o novo capítulo.
Deem uma olhadnha na nova capa e me digam se gostou. RSR Foi eu que fiz, estou orgulhosa.



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Piquei em pedacinhos meu pão, fingindo come-lo devagar. Nada estava descendo pela minha garganta e eu queria evitar o banheiro por algumas horas.
-Bom dia, ruiva. James cantarolou se sentando ao meu lado.
Olhei para ele inexpressiva e suspirei, picando mais um pedaço de pão.
-Bom dia. murmurei sem humor.
James deu de ombros e começou a se servir de alguns bolos distribuídos na mesa.
-O que você está fazendo aqui? Dafne perguntou na defensiva, olhando com um pouco de raiva para ele.
-Comendo. James respondeu com simplicidade.
Dafne bufou e se sentou do meu outro lado.
-Ele parou de te xingar de perdedora? ela perguntou baixinho.
Assenti.
-Por tempo indeterminado, mas não vou ficar encrencando com ele por enquanto. Meu alvo é outro... respondi apenas para ela ouvir.
Ela fez uma cara confusa.
-Não entendi.
Eu sorri sem humor.
-Bom...
-Dominique, preciso falar com você! Erik disse se sentando na minha frente.
Olhei descrente para ele. Filha da mãe! Ele tinha escolhido um local público para eu não poder azara-lo.
-Não tenho nada para falar com você, Erik. Não sei se você não percebeu, mas acabou tudo! disse, enfatizando o tudo.
Erik me olhou como se estivesse sendo torturado, mas eu não me permiti sentir dó.
-Domi, já tentei te explicar, eu te amo, por favor...
Revirei os olhos e peguei meu copo de suco, jogando o conteúdo laranja dele no rosto do idiota do Erik.
-Errei a boca. disse com ironia, me levantando em um salto e sorrindo para o espanto do dito cujo.
James começou a rir escandalosamente e Dafne arregalou os olhos, surpresa com meu ato.
-Dominique, mas que diabos? Erik balbuciou, tentando tirar o suco de seus olhos.
-Não é diabos, é suco, idiota. James comentou se levantando e dando uma piscadela para mim. Nos vemos depois, priminha. completou, indo se sentar na mesa da Grifinória.
Dafne se levantou também e colocou sua bolsa no ombro.
-Depois você me explica isso. disse, correndo para conversar com Ana e algumas meninas do quarto ano.
Olhei com desprezo mais uma vez para Erik e bufando, sai do salão principal. Pelo menos eu tinha conseguido humilhá-lo na frente de todos.
Não era adepta á lei do olho por olho, dente por dente, mas aquilo tinha sido muito gratificante.
*_*
-Crianças, silêncio! Slughorn pediu para a classe do segundo ano e elas, sem escutar, continuaram a baderna. Pelo canto do olho vi um avião de papel enfeitiçado voar pela classe e um estojo rosa atravessar uma janela.
Merlin me odiava.
Com raiva eu me afundei no banco de madeira e respirei fundo. Estava prestes a matar todos aqueles pirralhos que pulavam feito coelhinhos naquela sala.
Não odiava crianças. Geralmente costumava me dar bem com elas. Eu sabia que não podia culpa-las por ser uma tapada em poções, mas eu também não era uma santa. Eram coisas demais para aguentar em uma semana. Três dias atrás eu descobri que tinha chifres... Com chupetas penduradas! Quem conseguiria manter a calma em um momento desses?
-Calem a boca, cassete! berrei do fundo da sala e minha voz fez eco nas paredes.
Automaticamente todos pararam o que faziam e me encararam com expressões assustadas.
Satisfeita com o silencio, fiz um sinal para que Slughorn começasse a aula e este não questionou meu vocabulário chulo, começando a aula satisfeito.
-Hoje vamos fazer um poção do sono...
Poção do sono? Isso existia? Eu não acredito que podia ter curado todas as minhas noites de insônia com uma simples poção. Eu não sabia que meu déficit de poções era tão grande assim.
Abri na página que o professor pediu e peguei minha pena para começar a escrever o que ele dizia.
Um papelzinho caiu da caixa da minha pena e eu o peguei antes que tocasse o chão.
Segunda chance, Dominique. Eu não te ajudei nesta prova de poções, mas essa chance de recomeçar do zero é única. Pense bem antes de desperdiça-la como você anda desperdiçando sua vida.
Amassei o papel com raiva e guardei na minha bolsa.
Infelizmente, apesar de eu odiar aqueles bilhetes, desta vez ele tinha razão.
Eu tinha uma chance única de aprender e eu não ia perder.
*_*
-Dominique, que bom que eu te encontrei. Scorpius disse ofegante, tentando tirar a mecha clara de seu cabelo do olho.
Olhei para a página de lição de casa de poções mais uma vez, antes de sorrir para o loiro.
-Oi. disse baixinho.
Ele sorriu de volta e se sentou ao meu lado na mesa da biblioteca.
-Eu decidi que vou te ajudar em poções. disse firme, me olhando nos olhos.
Ri baixinho e olhei para ele novamente.
-Esquece, Scorpius. Meu primo, minha irmã e meu tio tentaram me ensinar e depois da minha terceira pergunta, desistiram. disse em tom brincalhão.
O loiro riu baixo.
-Mas eu sou paciente. disse sorrindo. Principalmente com garotas bonitas... completou dando uma piscadela.
Senti minhas bochechas corarem e me escondi entre meus fios ruivos. Não que ajudasse muito, pois eu era ruiva, mas não pensei direito no momento.
-Bem, a matéria é a do segundo ano e eu não sei se...
-Deixe-me ver... ele disse pegando meu livro e começando a ler o capítulo que eu tinha aberto. Depois de um tempo sorriu e se aproximou mais de mim. Fácil... Você tem que...
Suspirei olhando para seu olhar determinado em me ajudar e sorri. Minha vida estava um caos sim, mas a Lufa-Lufa iria ganhar a taça das casas e eu, grandes amigos.
Talvez Merlin não me odiasse tanto.

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Notas finais do capítulo

Bem, aqui está. Quero reviews, ok?
Próximo capítulo promete.
XOXO