Saco de Pancadas escrita por slytherina


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Root se dá bem.



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           Root ficou esperando pacientemente que seu pai retornasse do Hospital. O que aconteceu pela manhã.

_Como está a mãe, pai?

_A desgraçada ainda não vai ter alta. Os médicos acham que ela tentou se matar. Eu expliquei pra eles que ela não é idiota a esse ponto, mas você já viu médico se importar com a opinião das pessoas? De qualquer modo cansei de ficar lá. Ela já está acordada. Acho até que gostou quando eu disse que viria pra casa dormir.

_Eu vou pro hospital ficar com a mãe.

_Você vai é pra escola, seu preguiçoso. Por que já não está pronto?

_Eu pensei que...

_Aqui quem pensa sou eu, e se você não for agora mesmo pra escola...

_Já tou indo pai.

          No dia seguinte, a mãe de Root voltou pra casa. Veio com consulta marcada com o psiquiatra. Ela parecia ainda sob efeito de tranqüilizantes. Root não sabia o que dizer para a mãe, ou como tornar as coisas melhores para ela. Entrava no quarto dela e sentava-se na cadeira, ao lado da cama dela. Ficava em silêncio. Então quando sua mãe o mandava ir cuidar da vida, ele saía.

          Na escola, um novo evento o esperava. Havia um novo diretor, de nome Garth Ennis. Ele parecia ser linha dura. Isso significava que revistariam aos alunos na entrada da escola. Não seriam permitidas drogas, bebidas, cigarros, armas, e o que parecesse ser símbolo de gang.

          Alguns alunos se revoltaram e falavam pelos corredores. Quando Root passou por eles o agarraram pelo colarinho. Eram uns quatro alunos. Pelas roupas Root poderia dizer que eram hispânicos.

_Escuta aqui "Filho do Home", tu não pensa que porque tu tá do lado da lei que as coisas vão maneirar pra ti. Os home arrocha nós e nós arrochamos contigo. Falou?

_Falou.  

          Eles então o soltaram e se foram.

          "Grande. Antes eram só os redneck miseráveis. Agora até os mexicanos tão com sede no meu sangue".

          O novo diretor o chamou até seu gabinete.

_Sente-se. Hugo Root Júnior. Você é o filho do Xerife, não é?

_Sim, senhor.

_Muito bem Sr. Root. Quero que saiba que só porque é filho do homem da lei, não significa que terá tratamento diferenciado. Muito pelo contrário, pretendo fazer do senhor um exemplo de que ninguém terá regalias, durante minha gestão. Pode sair agora. E lembre-se Sr. Root, eu estou de olho no senhor.

          "Fiu! Até o grandão quer meu sangue agora. Alguém lá no céu tava emburrado quando me fizeram. Oh uruca"!

          Pube não falava mais com Root. Quando Root o procurava, ele virava as costas e concentrava-se em outra coisa. Às vezes simplesmente fechava a cara e deixava Root falando sozinho. Root então teve uma idéia genial. Conseguiu umas entradas para um show de grunge que teria na cidade mais próxima dali. Foi correndo feliz da vida procurando por Pube. Ele não estava na escola. Após a aula, Root foi até a casa do amigo.

_Oi! Meu nome é Root, sou amigo de Pube e queria falar com ele. Posso entrar?

_Amigo de quem?

_Pube. Ele mora nessa casa. Já vim aqui antes falar com ele.

          A bela ruiva a sua frente era muito bonita, apesar de ser uma mulher mais velha. Entretanto Root não conseguiu pensar na beleza da ruiva, ficou apreensivo porque ela aparentemente não sabia quem era Pube. Será que ele havia se mudado?

_Esse meu irmão e seus estranhos apelidos. Você quer dizer Craig. Sim ele está em casa. Entre.

          Era estranho, Pube nunca lhe dissera seu verdadeiro nome, nem que tinha uma irmã tão gata. Mas o que importava naquele momento eram as entradas para o show. Ele tinha que entregá-las para Pube.

_Eu sei o caminho, se você não se importar eu vou até lá.

_Sinto muito, an... Root não é? Meu irmão tem companhia. Aguarde na sala enquanto vou avisá-lo que está aqui.

          "Minha Nossa! Pube com uma companhia. Aquele cachorro manhoso conseguiu uma gata. Que sortudo".

          Após alguns minutos, a irmã de Pube desceu e foi para cozinha, dizendo que ia fazer um café. Então um sujeito desceu as escadas. Tinha cabelão e vestia-se como grunge. Disse alô e foi embora. Um pouco mais e Pube também desceu as escadas. Veio abotoando uma blusa e ajeitando os cabelos.

_Ah... Olá Root. Como vai?

_E aí véio, como vai a força?

_Tudo bem véio. Aí, o que tu manda?

_Eu trouxe umas entradas para um show de Grunge que vai ter em R.F. daqui uns dias. Então o que acha?

_Maneiro, mano véio. Toca aqui.

          E foi assim que ele e Pube reataram a amizade estremecida. Nem preciso dizer que Root nunca perguntou nada, sobre o grunge que estava no quarto com Pube. Ele não queria perder a amizade do amigo novamente.

          As coisas continuavam as mesmas. Isso quer dizer surras e provocações. Root continuava sendo ridicularizado pelos colegas. As garotas não davam mole pra ele, mas ele tinha um grande amigo que nunca o deixava mão.

          Um dia Pube não apareceu na escola e Root ficou preocupado. Achou melhor ir procurá-lo em sua casa. Lá chegando encontrou a irmã de Pube, Catherine, a ruiva gata.

_Pode ir entrando Root. Craig não vai demorar a chegar. Está no banco com nossa tia, fazendo companhia para ela. E você como está?

_Continuo na mesma, quero dizer, bem. Obrigado.

          Catherine levou-o para sala e serviu-lhe uma caneca de café. Como ela sentou-se no chão, Root sentou-se no chão também. Daquela posição ele pôde observar o decote da blusa de botões, que ela deixou desabotoada revelando o sutiã rendado, cor de rosa. Catherine percebeu o olhar dele.

_Nunca esteve com uma mulher Root?

_Nã... Quero dizer, claro que sim. Pencas, uma mais bonita do que a outra. Um monte.

_É? E como foi?

_Como foi o que?

_Como foi fazer amor com elas?

_Ora... Eu mandei ver. Ééééé! Eu disse pra elas "quem manda aqui sou eu boneca" e aí...

          Root não conseguiu continuar falando. Catherine tirou a caneca de sua mão e estava se debruçando sobre ele. Ele ainda pensou em reclamar, mas sua boca estava seca. Ele precisou passar a língua sobre os lábios, e então Catherine estava com os lábios colados sobre os dele. A língua dela passeou pela sua boca. Ele recostou-se nos pés do sofá, e logo Catherine sentou-se sobre o colo dele. Não era preciso dizer que naquela altura, Root estava armado e pronto. Mas ele ainda não sabia o que fazer. Ela retirou a blusa ficando só de sutiã. Passou a provocá-lo e por vezes dava-lhe pequenos beijos e pequenas mordidas. Ele sem perceber colocou as mãos na cintura dela, e passou a forçá-la na direção de sua protuberância. Logo estavam ambos gemendo, enquanto ela movia-se sobre ele. Então alguém abriu a porta.

_Catherine, titia disse que...

          Catherine e Root levantaram-se de supetão. Ela procurou sua blusa para vestir-se rapidamente. Root colocou as mãos na frente das calças, que agora exibiam uma mancha vergonhosa.

_Com a minha irmã, cara?

          "Oh céus! Agora o cara vai ficar de mal comigo de novo".

 

Fim do Capítulo

 


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Notas finais do capítulo

Garth Ennis é o nome do escritor das histórias em quadrinhos de "Preacher". Essa foi minha homenagem.



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