Alguém Muito Especial escrita por Luisavick


Capítulo 7
Capítulo 7 - O Plano




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Sam, Freddie, Carly elaboraram um plano para se vingar de Debbie, Greg e sua turma. Contaram com a ajuda de Spencer e seus amigos e de Gibby. Freddie continuou fingindo que queria um encontro com Debbie e ficou perseguindo ela durante a semana toda. Foi difícil manter a encenação, já que estava com raiva dela e, mais uma vez, o encanto havia se quebrado. Só que dessa vez, de uma maneira bem pior.

_ E aí, Debbie? A que horas você quer que eu te pegue no sábado?

Debbie virou-se para suas amigas como se pedisse ajuda.

_ Tem que ver com suas amigas quando pode sair? – Freddie estava impaciente.

_ Não, eu só... – Debbie estava visivelmente nervosa.

_ É só uma pergunta simples. – Freddie a encarava, quase se entregando. – A que horas?

_ A hora que quiser – Debbie respondeu apressada.

_ Sete e meia? Pode ser? Se tiver problemas, me ligue. – Freddie saiu sem esperar pela resposta dela. Estava saturado daquela menina arrogante e metida.

Saindo da escola, Sam e Freddie foram para a rua comprar uma jóia, que seria dada de “presente” a Debbie. Isso era parte do plano também.

_ Como se sente carregando todo esse dinheiro no bolso? – Sam perguntou.

_ Um pouco desconfortável. – Freddie admitiu.

_ Quer que te diga mais uma vez que você é louco?

_ Não.

_ Mas Freddie, esse dinheiro eram todas as suas economias...

_ Sim.

_ Sua mãe não vai ficar zangada com você? – Sam insistiu.

_ Não é possível medir isso com a tecnologia existente. – respondeu Freddie, matreiro.

_ Ela é um pé no saco, não é?

_ Não. Quer dizer, na maior parte do tempo, sim. – admitiu Freddie.

_ Ei, eu só me estranho com sua mãe porque tenho ciúmes... – Sam soltou e emendou – Deve ser bom ter alguém que procura o melhor pra ti.

_ Algumas vezes.

_ Ainda assim, ela vai te matar, Freducho...

_ Sim e não. Ela me ama. – Freddie sorriu.

_ Foi o rosto ou o corpo de Debbie Nelson que te atraíram? – Sam estava engasgada com aquela pergunta há dias... Freddie percebeu que deveria tomar muito cuidado com a resposta que ia dar a Sam. Ela não era nada boba.

_ Não sei. Acho que tudo. – Freddie admitiu.

_ Minha avó dizia que quando eu crescesse teria peitões. – Sam falou displicentemente.

_ O que aconteceu? – Freddie falou sorrindo e fingindo examinar a blusa de Sam.

_ Não sei – respondeu Sam, sorrindo também. Acho que dei sorte...

Na joalheria, Sam e Freddie olharam diversos modelos de colares, brincos e pulseiras. Sam se encantou por um brinco pequeno, em ouro 18k, cravejado de brilhantes. Custava mais de 500 dólares.

_ Este? – Quis saber Freddie.

_ Sim – disse Sam. – São lindos e a Bobadebbie vai adorar...

Mais tarde, após o iCarly, todos resolveram assistir a um filme comendo pipocas e tomando refrigerantes. Acertaram tudo que faltava para o grande dia. Após o filme, Sam e Freddie, que não se desgrudaram a tarde inteira, se despediram de Carly.

_ Boa noite, Carly – disseram em uníssono.

_ Boa noite, Sam, Freddie. Tchau.

Assim que Carly fechou a porta, Freddie virou-se para Sam e disse:

_ Sam, preciso de mais um favor seu. Por favor... Mas não dá para falarmos aqui no corredor.

_ Tudo bem. Podemos ir lá em casa. – Sam disse.

_ Ok – Freddie concordou, visivelmente apreensivo.

Sam olhava para ele pelos cantos dos olhos.

_ Agora que estamos aqui, diz o que está te preocupando.

_ O que vou dizer para Debbie quando estivermos a sós? – perguntou Freddie. – Você sabe que não tenho nenhuma experiência nesses assuntos, Sam. – o olhar dele era de súplica. – Ela tem que ficar interessada em mim, ou, pelo menos, interessada no que ela acredita que eu possa dar para ela.

_ Ora, diga o que vier a sua cabeça. Tente ser o mais natural possível, Freddie. – A minha experiência é tão grande quanto a sua. – Sam falou, mas nenhum dos dois tocou no assunto do primeiro beijo que, juntos, compartilharam meses antes.

_ Ah, mas você é muito mais esperta que eu... E se ela quiser que eu a beije? O que vou fazer? Debbie não é uma iniciante em beijos como nós. Eu já a vi diversas vezes beijando o Greg. Ela é bem experiente.

_ Beije-a – disse Sam, a contragosto. – Afinal, o que você quer que eu faça, Freddie? – já estava ficando exasperada com o rumo daquela conversa.

_ Não acha que devemos praticar?... – Sam arregalou os olhos para Freddie – Quero dizer, praticar falas, gestos? – Freddie emendou.

_ Tudo bem, Freddie. – suspirou Sam. – Eu vou te ajudar com isso – Mas só se você se sentir à vontade, ok? – ela falou demonstrando uma segurança que não sentia. Dizendo isso, sentou-se sobre uma mesa que havia em seu quarto. 

_ Estou bem. – mentiu Fred.

– Legal. Venha, antes que eu me arrependa...

Freddie aproximou-se de Sam, mexendo nervosamente as mãos. Estava se sentindo estranho, com uma contração no estômago. Não sabia para que lado olhar. Sam quebrou o gelo.

_ Tudo bem. O que vai fazer com as mãos? – Sam perguntou.

_ Depende. – Freddie respondeu.

_ Não. Não depende. – rebateu Sam. – Elas vão na cintura dela.

_ Ok. – respondeu Freddie, mas não tinha coragem de se mexer.

_ Coloque as suas mãos na minha cintura, Freddie.

_ Ah, ok. – respondeu Freddie. - Sam teve que puxar as mãos dele e apoiá-las na sua cintura.

_ Agora, olhe nos meus olhos. – Sam pediu. Eles se fitaram por alguns segundos e Freddie não agüentou e começou a rir. – Não preciso fazer isso, ok? Leve a sério, Freddie. – Sam ralhou, semicerrando os olhos.

_ Eu sei. Me desculpe. – Pediu Freddie.

_ Colabore, ok? - e, olhando nos olhos dele, ela prosseguiu. – Se tudo der certo, provavelmente ela fará isso. – e Sam colocou seus braços sobre os ombros de Freddie, fechando as mãos ao redor da nuca dele.

Freddie sentiu-se como que eletrocutado. Seus pensamentos paralisaram e sua respiração ficou ofegante... Mas que diabos estava acontecendo com ele? Aquela era só a Sam...

_ Como sabe? – conseguiu perguntar a ela, mas sua voz saiu trêmula.

_ Assisto muita TV. – Sam respondeu. – Agora, feche seus olhos. – Freddie obedeceu. Sam olhou para os lábios dele e hesitou por alguns segundos que, para Freddie, pareceram longos minutos...

Então, Sam aproximou seus lábios lentamente e beijou Freddie como na primeira vez, apenas encostando sua boca com suavidade na dele. Porém, Freddie fez algo inusitado. Ele aprofundou o beijo e puxou o corpo de Sam para se encaixar ao seu. Ela enlaçou as pernas na cintura dele e acariciou-lhe o pescoço. Dessa vez ela fechou os olhos e se deixou levar pelas sensações agradáveis e novas que lhe aqueciam. Freddie apertou-lhe a cintura. O beijo se aprofundava mais e mais. As línguas se buscavam... Nesse ponto, Sam empurrou Freddie e interrompeu o beijo. Ambos respiravam com dificuldade e se olharam assustados.

_ O que foi? O quê? – Freddie perguntou, sem entender direito o que se passava, mas ele sabia que queria prosseguir com aquele beijo. Não queria parar.

_ A lição acabou, Freddie. Você é bom. – Sam falou, dando as costas para ele. – Muito bom. Agora vá pra casa. – ela pediu.

_ Você está ficando vermelha. – Freddie sorriu.

_ Tá certo. – ela voltou-se para Freddie. – O dia em que Sam Puckett ficou vermelha.

_ Não, Sam. Foi legal. Não quero ir. – ela já estava empurrando Freddie porta afora. – Você é... Você é bonita. – Não fique zangada, ok?

Sam bateu a porta. Freddie ainda gritou.

_ Te vejo amanhã, Sam. – e saiu com um olhar perdido e sonhador, rindo abobalhadamente.



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