Alguém Muito Especial escrita por Luisavick
Sam, Freddie, Carly elaboraram um plano para se vingar de Debbie, Greg e sua turma. Contaram com a ajuda de Spencer e seus amigos e de Gibby. Freddie continuou fingindo que queria um encontro com Debbie e ficou perseguindo ela durante a semana toda. Foi difícil manter a encenação, já que estava com raiva dela e, mais uma vez, o encanto havia se quebrado. Só que dessa vez, de uma maneira bem pior.
_ E aí, Debbie? A que horas você quer que eu te pegue no sábado?
Debbie virou-se para suas amigas como se pedisse ajuda.
_ Tem que ver com suas amigas quando pode sair? – Freddie estava impaciente.
_ Não, eu só... – Debbie estava visivelmente nervosa.
_ É só uma pergunta simples. – Freddie a encarava, quase se entregando. – A que horas?
_ A hora que quiser – Debbie respondeu apressada.
_ Sete e meia? Pode ser? Se tiver problemas, me ligue. – Freddie saiu sem esperar pela resposta dela. Estava saturado daquela menina arrogante e metida.
Saindo da escola, Sam e Freddie foram para a rua comprar uma jóia, que seria dada de “presente” a Debbie. Isso era parte do plano também.
_ Como se sente carregando todo esse dinheiro no bolso? – Sam perguntou.
_ Um pouco desconfortável. – Freddie admitiu.
_ Quer que te diga mais uma vez que você é louco?
_ Não.
_ Mas Freddie, esse dinheiro eram todas as suas economias...
_ Sim.
_ Sua mãe não vai ficar zangada com você? – Sam insistiu.
_ Não é possível medir isso com a tecnologia existente. – respondeu Freddie, matreiro.
_ Ela é um pé no saco, não é?
_ Não. Quer dizer, na maior parte do tempo, sim. – admitiu Freddie.
_ Ei, eu só me estranho com sua mãe porque tenho ciúmes... – Sam soltou e emendou – Deve ser bom ter alguém que procura o melhor pra ti.
_ Algumas vezes.
_ Ainda assim, ela vai te matar, Freducho...
_ Sim e não. Ela me ama. – Freddie sorriu.
_ Foi o rosto ou o corpo de Debbie Nelson que te atraíram? – Sam estava engasgada com aquela pergunta há dias... Freddie percebeu que deveria tomar muito cuidado com a resposta que ia dar a Sam. Ela não era nada boba.
_ Não sei. Acho que tudo. – Freddie admitiu.
_ Minha avó dizia que quando eu crescesse teria peitões. – Sam falou displicentemente.
_ O que aconteceu? – Freddie falou sorrindo e fingindo examinar a blusa de Sam.
_ Não sei – respondeu Sam, sorrindo também. Acho que dei sorte...
Na joalheria, Sam e Freddie olharam diversos modelos de colares, brincos e pulseiras. Sam se encantou por um brinco pequeno, em ouro 18k, cravejado de brilhantes. Custava mais de 500 dólares.
_ Este? – Quis saber Freddie.
_ Sim – disse Sam. – São lindos e a Bobadebbie vai adorar...
Mais tarde, após o iCarly, todos resolveram assistir a um filme comendo pipocas e tomando refrigerantes. Acertaram tudo que faltava para o grande dia. Após o filme, Sam e Freddie, que não se desgrudaram a tarde inteira, se despediram de Carly.
_ Boa noite, Carly – disseram em uníssono.
_ Boa noite, Sam, Freddie. Tchau.
Assim que Carly fechou a porta, Freddie virou-se para Sam e disse:
_ Sam, preciso de mais um favor seu. Por favor... Mas não dá para falarmos aqui no corredor.
_ Tudo bem. Podemos ir lá em casa. – Sam disse.
_ Ok – Freddie concordou, visivelmente apreensivo.
Sam olhava para ele pelos cantos dos olhos.
_ Agora que estamos aqui, diz o que está te preocupando.
_ O que vou dizer para Debbie quando estivermos a sós? – perguntou Freddie. – Você sabe que não tenho nenhuma experiência nesses assuntos, Sam. – o olhar dele era de súplica. – Ela tem que ficar interessada em mim, ou, pelo menos, interessada no que ela acredita que eu possa dar para ela.
_ Ora, diga o que vier a sua cabeça. Tente ser o mais natural possível, Freddie. – A minha experiência é tão grande quanto a sua. – Sam falou, mas nenhum dos dois tocou no assunto do primeiro beijo que, juntos, compartilharam meses antes.
_ Ah, mas você é muito mais esperta que eu... E se ela quiser que eu a beije? O que vou fazer? Debbie não é uma iniciante em beijos como nós. Eu já a vi diversas vezes beijando o Greg. Ela é bem experiente.
_ Beije-a – disse Sam, a contragosto. – Afinal, o que você quer que eu faça, Freddie? – já estava ficando exasperada com o rumo daquela conversa.
_ Não acha que devemos praticar?... – Sam arregalou os olhos para Freddie – Quero dizer, praticar falas, gestos? – Freddie emendou.
_ Tudo bem, Freddie. – suspirou Sam. – Eu vou te ajudar com isso – Mas só se você se sentir à vontade, ok? – ela falou demonstrando uma segurança que não sentia. Dizendo isso, sentou-se sobre uma mesa que havia em seu quarto.
_ Estou bem. – mentiu Fred.
– Legal. Venha, antes que eu me arrependa...
Freddie aproximou-se de Sam, mexendo nervosamente as mãos. Estava se sentindo estranho, com uma contração no estômago. Não sabia para que lado olhar. Sam quebrou o gelo.
_ Tudo bem. O que vai fazer com as mãos? – Sam perguntou.
_ Depende. – Freddie respondeu.
_ Não. Não depende. – rebateu Sam. – Elas vão na cintura dela.
_ Ok. – respondeu Freddie, mas não tinha coragem de se mexer.
_ Coloque as suas mãos na minha cintura, Freddie.
_ Ah, ok. – respondeu Freddie. - Sam teve que puxar as mãos dele e apoiá-las na sua cintura.
_ Agora, olhe nos meus olhos. – Sam pediu. Eles se fitaram por alguns segundos e Freddie não agüentou e começou a rir. – Não preciso fazer isso, ok? Leve a sério, Freddie. – Sam ralhou, semicerrando os olhos.
_ Eu sei. Me desculpe. – Pediu Freddie.
_ Colabore, ok? - e, olhando nos olhos dele, ela prosseguiu. – Se tudo der certo, provavelmente ela fará isso. – e Sam colocou seus braços sobre os ombros de Freddie, fechando as mãos ao redor da nuca dele.
Freddie sentiu-se como que eletrocutado. Seus pensamentos paralisaram e sua respiração ficou ofegante... Mas que diabos estava acontecendo com ele? Aquela era só a Sam...
_ Como sabe? – conseguiu perguntar a ela, mas sua voz saiu trêmula.
_ Assisto muita TV. – Sam respondeu. – Agora, feche seus olhos. – Freddie obedeceu. Sam olhou para os lábios dele e hesitou por alguns segundos que, para Freddie, pareceram longos minutos...
Então, Sam aproximou seus lábios lentamente e beijou Freddie como na primeira vez, apenas encostando sua boca com suavidade na dele. Porém, Freddie fez algo inusitado. Ele aprofundou o beijo e puxou o corpo de Sam para se encaixar ao seu. Ela enlaçou as pernas na cintura dele e acariciou-lhe o pescoço. Dessa vez ela fechou os olhos e se deixou levar pelas sensações agradáveis e novas que lhe aqueciam. Freddie apertou-lhe a cintura. O beijo se aprofundava mais e mais. As línguas se buscavam... Nesse ponto, Sam empurrou Freddie e interrompeu o beijo. Ambos respiravam com dificuldade e se olharam assustados.
_ O que foi? O quê? – Freddie perguntou, sem entender direito o que se passava, mas ele sabia que queria prosseguir com aquele beijo. Não queria parar.
_ A lição acabou, Freddie. Você é bom. – Sam falou, dando as costas para ele. – Muito bom. Agora vá pra casa. – ela pediu.
_ Você está ficando vermelha. – Freddie sorriu.
_ Tá certo. – ela voltou-se para Freddie. – O dia em que Sam Puckett ficou vermelha.
_ Não, Sam. Foi legal. Não quero ir. – ela já estava empurrando Freddie porta afora. – Você é... Você é bonita. – Não fique zangada, ok?
Sam bateu a porta. Freddie ainda gritou.
_ Te vejo amanhã, Sam. – e saiu com um olhar perdido e sonhador, rindo abobalhadamente.
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