Hunters escrita por lissaff


Capítulo 2
Capítulo 2




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Meu sono foi longo e profundo, não me lembro de ter tido sonhos – ainda bem – Quando o despertador tocou, abri os olhos devagar e desliguei a musiquinha enjoada que passava no rádio. Continuei deitada pensando nos acontecimentos de ontem.
“- Ana, vá para seu quarto – Seus olhos negros” Tudo passava pela minha mente milhões e milhões de vezes. Olhei para o relógio e vi que já tinha se passado três minutos de pensamentos ruins, resolvi levantar.
Levantei da cama lentamente, primeiro me sentei olhando cada canto do meu quarto – uma rotina que seguia todos os dias – sai da cama cambaleando em direção ao banheiro para um banho frio e agitado, despi-me sem muita vontade de terminar logo, ainda estava acordando. A água fria penetrou meu corpo que me fez pular, o frio dominou meu corpo. Pensei que um banho rápido seria uma ótima idéia.
Saí do banho dando pulinhos, parecia os pulinhos de empolgação da Júlia, dei pequenos risos comigo mesma ao lembrar dela. Depois veio a duvida, eu contava ou não contava para ela o que eu vi? Resolvi não contar, certas coisas tem que guardar só pra você. Escolhi uma roupa básica é confortável, um jeans claro, uma regata preta que chegava até o final de meu quadril e um casaco verde bem parecido com aqueles de exército, mas sem a estampa,com uma bota marrom também esportiva. Moda não era a minha paixão, como das outras adolescentes.
Desci as escadas com um pouco de ressentimento, a bolsa em minha mão quase era rasgada de tanto medo de ver meu pai de novo. No meio da escada gritei mentalmente comigo algumas vezes por sentir aquilo. Alías ele era meu pai, não? – mas quando cheguei um pequeno alívio foi dado, ele já tinha saído. Andei devagar até a mesa, meus passos estavam pesados e curtos, meu café estava montado ao lado de um bilhete.

Filha tive que sair mais cedo para resolver umas coisas na empresa. Mas seu café esta pronto, espero que chegue antes de esfriar.
Te amo, papai.


Olhei para mesa o “meu café” era panquecas com a calda do lado e suco de laranja. Meu café da manhã preferido – desconfiei, ele queria que eu esquecesse o acontecimento da noite anterior.
Mas acabei dando de ombros e meu sentei para comer, cada mordida foi sem pressa. Não queria ir rápido o ônibus ainda iria demorar. Acabei meu café e lavei a louça. Um prato, um copo e talheres não iriam criar moscas por minha preguiça – mas lavei rápido, a hora já estava chegando, coloquei a louça no escorredor e tranquei as portas dos fundos e antes de trancar a porta principal respirei fundo. Queria voltar ali? Sim, eu queria, estava sendo dramática demais.
Fechei a porta e Júlia já estava no ponto esperando por mim.
- Bom dia princesa. – Ela sorria.
- Bom dia amiga. – Falei baixo, pensando em um jeito de me empolgar. Ela ia me perguntar alguma coisa, mas o ônibus chegou.
- Subam logo meninas, acabei me atrasando. – Richard falou nos apressando, subimos rápido e sentamos nos lugares de sempre.
- Hey, você não está bem. – Não foi uma pergunta.
- To sim. – Menti.
- Anna, te conheço desde que nós saímos das nossas mãe. Você não ta bem. – Ela disse dando um sorriso na tentativa de me fazer rir, eu dei um sorriso grande e olhei para ela.
- Só umas coisas que tão me perturbando. – Falei dando de ombros.
- Então deixa eu tirar elas de você. – Ela se aproximou de mim rindo, pegou em meus ombros e fingiu puxar alguma força invisível.
- Saiam perturbações, saiam. – Ela ia e voltava com aquele mesmo movimento, eu dei risadas.
- Ta bom. Saíram. – Disse rindo, ela me olhou feliz.
- Que bom. Consegui o que queria. – Ela bateu palmas empolgada e pediu meu mp3, liguei ele e coloquei um fone no ouvido dela e um no meu.
A escola estava normal, pessoas chegando em seus ônibus e cada um indo para a sua “panelinha” para conversar antes da aula, desci do meu ônibus colocando meu mp3 na bolsa e fui andando para dentro da escola – minha panelinha?Nenhuma, eu não gostava daquilo e tinha amigos de todas as tribos, mas vamos dizer que a Júlia era minha panelinha.
Fui para meu armário com a Júlia do lado tagalerando como ia conseguir para que aquele ano da escola fosse inesquecível, no começo até prestei atenção, mas depois de “Arranjar um namorado para Ana.” Deixei de escutar, mas vacilei, enquanto não estava prestando atenção em minha amiga pensava em maneiras de pesquisar algo sobre o que aconteceu com o meu pai.
- Não e uma boa amiga? – Júlia me interrompeu.
- O quê? – Olhei confusa.
- Sabia, você não estava me ouvindo, não é mesmo? – Ela me olhou com a típica cara de “confesse seu pecado”.Respirei fundo.
- Vamos combina né Júlia, você não vai arranjar um namorado pra mim. – Disse quase rindo.
- Ué, por que não? – Ela me olhou com dúvida.
- Porque eu vou negar todos. – Sai andando para minha aula.
- Uma hora você vai aceitar Ana, me aguarde. – Ela gritava para o resto da escola ouvir, eu corei, mas segui em frente como se não fosse comigo que a louca tava falando.
Minha primeira aula era de matemática, o inferno. Os gênios que deviam participar dessa aula, não pessoa normais, mas eu estava ansiosa.Teria o próximo tempo livre e iria pesquisar.
- Bom Dia turma. – O professor logo entrou com um homem do lado, eu estava de cabeça baixa no começo, mas depois vi quem era.
- Bom dia. – Respondi igual aos outros, mas meu rosto era diferente dos outros. Agora eu sabia que era o homem, o que disse que era agente do FBI e que estava na minha rua ontem à noite. Sua roupa não parecia de agente, resolvi esperar.
- Bom classe, esse é o Roger. Todos sabem que estou precisando de um ajudante, minha idade não serve para certas coisas. Então dêem boas vindas há ele. – O Senhor Burney se sentou devagar em sua cadeira, o homem estava sem graça e ele olhava demais pra mim.
A aula foi longa e eu não conseguia fazer meus exercícios tentando decifrar o “assistente” do professor, ele tinha percebido a minha real atenção, o sinal tocou – até que fim – guardei minha coisas quase desesperada para tentar pegar o cara e bater um papo.
Por sorte eu peguei seu braço, ele olhou pra mim desconfiado.
- Ok, quem é você? – Perguntei quase resmungando.
- Te interessa oh pequinês? – Ele tentou me ofender me olhando de cima para baixo, mas não deu certo. Respirei fundo e olhei em seus olhos firme.
- Olha, eu já te vi três vezes com nomes diferente e personalidades diferente. Mas se você não quiser que eu vá ao diretor acidentalmente comentar sobre esse seu pequeno deslize, me diga agora qual o seu verdadeiro nome e o que você quer. – Disse grosseiramente, ele me olhou m pouco espantado. Orgulho masculino não deixava transparecer por inteiro. Ele respirou fundo e me olhou.
- Meu nome verdadeiro e Dean Winchester, tudo que vou dizer. Mas nem pense em me dedurar que eu dou um jeito de acabar com  você. – Não me deixei tremer com a ameaça dele.
- Para sua sorte, estou de bom humor hoje. Então relaxe, isso vai ficar em segredo. – Falei com um tom superior e saí da sala com o nariz arrebitado, ele saiu logo em seguida, mas para o outro lado.
Meu destino era a sala de informática, pesquisar sobre o acontecido com o meu pai. Não podia pesquisar em casa por que ele queria descobrir de um jeito ou de outro, liguei o computador jogando minha mochila no chão, na barra de pesquisa coloquei “possessões” Não era a minha grande expectativa, mas era o que veio primeiro em minha cabeça, o primeiro site eram “ Tudo sobre demônios” cliquei nele é não foi escolha certa – o que falava era coisas dos desenhos e filmes – voltei para a página de pesquisa e tinha site chamado “Infernal”, dei de ombros e fui nele. Falava tudo eu vi mudança de humor repentina, olhos negros, atitudes estranhas e a cada vez que eu descia a página me impressionava mais o acontecimento comigo antes mesmo de perceber.
Cheguei à parte onde as pessoas comentavam e um me chamou atenção: “Eles prendem a pessoa dentro de si e querem matar todos ao seu redor.” Meu coração acelerou e meu sangue bombeava mais rápido a cada minuto, dei um pulo de susto, foi ver o que tinha me assustado e era o celular tocando.
- Alô? – Atendi sem olhar o número.
- Oi, é o Luciano. – Sempre nas horas erradas.
- Oi Luciano. – Bufei tentando voltar ao normal.
- Oi, eee...tudo bem? – Coloquei a página para imprimir e a fechei o mais rápido possível.
- Tudo, tudo bem. Você tá no colégio? – Perguntei ao ouvir o barulho estrondoso do outro lado.
- Não, hoje eu tive que faltar para ajudar meu pai em umas coisas. – Explicado, o pai dele e o mecânico mais famoso da região.
- Hum, você já decidiu sobre o que perguntei ontem? – Balancei minha cabeça enquanto saía da sala, mas que diabos ele tinha perguntado?
- Me desculpe o que me perguntou? – Disse derrotada.
- Sobre sair comigo na sexta... – Ele falou tímido.
- Sair... – Falei imaginando a cena, logo tremi.
- Então? – Sua ansiedade estava muito fácil de perceber.
- Olha aconteceu uma coisa comigo de ontem pra hoje que me perturbou e eu quero resolver. Por que não tenta com outras garotas? Aposto que você consegue uma líder de torcida mais bonita do que eu. – Disse tentando motivá-lo. Escutei um zunido no telefone como “ Impossível” , mas ignorei.
- Tudo bem então, amigos? – Ele ainda estava ansioso.
- Claro que sim. – Tentei manter um tom cordial e sorri ao dizer.
- Tudo bem então, até mais. – Ele desligou antes de eu responder.
Sai da sala encolhida e despercebida, normalmente alguém me aborta para falar bobagem que eu não suportava. Abaixei a cabeça tentando guardar o papel e o celular, esbarrei com alguém e tudo foi pros ares.
- Me desculpe, estava distraída. – Me abaixei tentando pegar tudo com discrição.
- Desculpa eu, estava olhando não sei pra onde. – Ele pegou minhas coisas mais rápido e se levantou, eu me levantei também. Ele olhou confuso para o papel.
- Não te interessa. – Disse à Dean com um sorriso irônico, peguei de suas mãos os papéis. Ele retribuiu o sorriso e foi para seu lado.
Os restos das aulas, eu não os me interessei. Lia os papéis com atenção umas, duas, três vezes, estava saindo da aula de inglês com Júlia conversando do lado.
- O que você tanto lê? – Ela tentava olhar para os papéis e eu dobrei e coloquei de volta em minha bolsa.
- Nada Jú, nada. – Passamos pela porta da sala de matemática com o Sr. Burney e Dean tentando levantar eles. Ele me olhou e tentei ignorar.
- Ta bom, vamos dar uma malhadinha agora. – Eu ri alto e ela também, estávamos indo para a educação física.
Na aula tive que largar os papéis para o jogo de vôlei, foi até legal. Caí encima da Júlia algumas vezes e ela caiu algumas vezes encima de mim, foi hilário. Depois foi o almoço.
- Não vai comer? – Umas das meninas que eu sempre esquecia o nome olhou para a minha soda e perguntou.
- Não, estou sem fome. – Sorri tentando ser gentil e voltava os olhos para meus papéis, era viciante. Eu não conseguia para de ler até chegar ao fim, me impressionava com cada depoimento de pessoas que deram ao site – mas uma coisa me tirou a atenção aos papéis.
Júlia estava rodando o refeitório, olhando muito para a mesa dos jogadores de futebol onde o Luciano não estava, chamei seu nome algumas vezes para se tocar do quão boba estava sendo.
- O que tá acontecendo com você? – Perguntei curiosa.
- Nada, por que o Luciano não veio para a escola hoje? – Ela me olhou desnorteada.
- Porque ele tinha que ajudar o pai dele.- Falei quase como um alivio
- Ahh. – Tudo que ela falou, desconfiei.
- Jú, você gosta do Luciano? – O mesmo tom de curiosidade havia voltado.
- Não!que isso, ele e lindo e coisa e tal mas eu não gosto dele. – Ela falou nervosa atropelando as palavras. Sinal de mentira e eu estava olhando para ela com aquele mesmo olhar “confesse seu pecado”, ela bufou e me chamou para dizer no ouvido.
- Não sei como falar com ele. – Não entendi minhas reações, mas eu bati palmas e dei um grito agudo. Devia ser porque eu não teria como eu ficar com ele.
- Pode deixar, eu dou um jeito. – Disse orgulhosa e peguei meu celular na bolsa mandando uma mensagem.

Oi :D
Me desculpa te incomodar, mas eu descobri uma coisa. Tem uma menina super legal e linda que gosta de você, a identidade? Não digo porque ela não quer que você saiba. Então o que acha de ter uma admiradora secreta?

Beijinhos

Deixei o celular encima da mesa esperando por resposta, Júlia quase dava pulos e tão ansiosa.
- Calma. – Pegava em seu ombro várias vezes tentando acalmá-la, uns segundos depois o celular vibrou. Peguei ele rápido e sorri.
- É ele. – Olhei para Júlia que já estava dando pulos. Abri a mensagem.

Se não for líder de torcida ou coisa parecida, eu posso até falar com ela. Por favor não me diga que ela é do tipo fútil, que eu desisto na hora.
Mudando de assunto...como ta a Júlia?
Bjo.

Meu grito foi mais alto que pensava, ela tomou o celular de mim e também deu gritos. Eu respondi.

Ela não é futil, fica relaxado. Ela é tudodebom.com.br , e gosta de você de verdade. Mas o que eu queria eu já fiz, chute quem é por si próprio. =D

O sinal de fim do almoço tocou, joguei o celular na bolsa e fui para aula de biologia fofocar algum plano de cupido para o novo casal – eu não queria ficar com o Luciano, então fazia de tudo para alguém ficar e ele não ficar triste.





































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