Iaaug escrita por anaterra2


Capítulo 7
VII


Notas iniciais do capítulo

Como ando sem ideias para dar títulos aos capítulos, resolvi usar números romanos. Facilita para mim, poupando um bom tempo, que eu gastaria para escolhê-lo, e não corro o risco de não encontrar um titulo diretamente relacionado com o capítulo. Também não corro o risco de dar nomes iguais, ou parecidos, a capitulos diferentes. Boa leitura.



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POV Ben Hur

"Ele disse intimidadoramente."

Eu sabia que não era seguro. Não posso me deixar ser levado pelas emoções novamente. Droga, agora não basta esses estranhos loucos me perseguirem desde que me entendo por gente, agora perseguirão a unica pessoa, fora meus familiares, com quem tive algum contato. Ela poderia ter sido minha amiga, mas agora eles vão achar que eu estou me escondendo na casa dela. Mas agora isso não é o principal. Preciso mesmo é dar um jeito de sairmos daqui em segurança.

Aqui, dei uma olhada, tem cerca de 35 homens, e se eu os conheço bem, deve haver o triplo lá fora, e todos muito bem armados, e muito bem treinados e habilidosos. Então estão aqui cerca de 140 homens, mais o lider, ele, que vale por vários.

Até hoje não sei porquê esse homem, e seus capangas me perseguem. Desde que adquiri consciencia tenho evitado-os, e antes, meus familiares me protegiam. No dia em que eu completava meus nove anos, meus pais resolveram fazer uma festa, já que passaram dois anos sem nenhuma tentativa de raptar-me. Durante a festa ocorreu uma tragédia, esses homens misteriosos entraram pelo teto, pelas janelas e pelas portas, cercando-nos, minha tia-avó Carol sacrificou-se, para que os outros pudessem fugir. Um plano que seria realizado no ultimo dos casos, mas que foi usado como primeira opção. Depois que quase todos já estavam em segurança, ela se entregou, e acabou sendo morta e torturada. Fiquei profundamente magoado, e vim para o Brasil, assim dando um pouco de segurança à minha família. Desde então sou eu por mim mesmo, sempre sózinho.

Interrompi minha linha de pensamentos, ou reflexões sobre o passado, e comecei a pensar numa estratégia para sairmos livres e sãos do prédio. Correndo não é uma hipótese viável, pois além de estarem com armas de fogo, carregavam armas brancas com balanceamento e afiamento perfeitos, que devido a ótima pontaria de seus portadores tornariam-se uma ótima arma tanto para o corpo a corpo, quanto para combate a distância. Se eu conseguisse jogar as pedras, do vaso de enfeite ao meu lado, em um determinado ponto do pescoço dos homens aqui presentes, isso os faria desmaiar eu poderiamos nos enconder no apartamento de alguém ali, e poderei pensar em um tática melhor.

- Você não conseguirá, para conseguir o que pretende você teria de ser incrivelmente rápido e habilidoso, você é, mas não o suficiente para realizar esse feito. Darei-lhe três opções, e você terá de escolher uma delas. Você pode se render, e então soltaremos a garota, e não feriremos nenhum dos que estão no prédio. Se você tentar fugir com a garota, todos que aqui vivem, pensam, em segurança morrerão. Caso fuja, os que estão neste prédio serão soltos, mas sua companheira morrerá. Na segunda e na terceira opção quando você for capturado, sofrerá uma morte lenta e dolorosa, asseguro-lhe. O que escolherá Eagle? - Alguém sussurrou em meu ouvido, olhei para os lados, mas não havia ninguém, pelo menos ninguém material. Já haviam alguns curiosos saindo para ver o que estava acontecendo.

- Se vocês são tão superiores quanto aparentam, já sabem minha escolha. Tenho um grande compromisso em zelar a vida do próximo, e caso eu escolhesse alguma das opções em que alguém morre, estaria mostrando que sou um hipócrita, mas também conto que honrem suas palavras. - Mexi os lábios, porém sem soltar som qualquer.

Uma sensação estranha apoderou-se dos meus sentidos. Comecei a me sentir pesado e sonolento, como se minhas juntas enferujassem aos poucos, mas rápidamente, e meu cérebro estivesse impossiblitado de enviar comandos corretos aos nervos, minhas pernas começaram a cambalear, até que não aguentaram mais meu próprio peso e dobraram. Cai com o rosto naquele tapete limpo, macio e cheiroso. Acabei caindo num sono profundo.

Acordei, e não sabia quanto tempo se passara. A cama em que estava deitado era confortável, só não pensei que estava em outra situação devido à algema que prendia minha mãe direita à cabeceira da cama. O sono fora tranquilo e relaxante, descansei bastante, e sentia-me renovado. O tempo me intrigava, não tinha mais nenhuma noção dele. Consultei meu relógio. Passara um dia e quarenta e sete minutos. Comecei a reparar nos detalhes do quarto, que parecia-me à primeira vista bem comum e impessoal. A cama era de casal, sem nenhum adorno especial, feita com madeira de cerejeira, assim como a cômoda e o roupeiro. As paredes eram brancas, e a colcha era verde clara, assim como a fronha dos dois travesseiros. Havia uma poltrona que parecia ser bem confortável em um dos cantos da sala, de couro creme, bem claro, que tinha a vista direta para a janela, na outra ponta do quarto, quem nela se sentasse provávelmente estaria fazendo a vigília. Apesar de nada que declarasse, sabia que o quarto em que me encontrava era para reféns, e devido ao bom estado, creio que estou estreando-o.

A porta soltou um rangido, e meus olhos direcionaram-se imediatamente para ela, analisando. Reconheci o homem que entrava. Ele estava presente no corredor, na noite anterior, orientando as pessoas a sair do prédio com calma. Uma das poucas coisas que lembro de ter visto pouco antes de adormecer. Ele disse-me o que faria. Injetaria uma dose de morfina em minha veia para que eu mergulhasse na inconsciencia novamente. Por estar em uma posição estretamente desvantajosa, na qual não poderia fazer praticamente nada, apenas acenei positivamente com a cabeça. Ele aplicou e senti minha visão embaçando, até enegrecer totalmente.

O homem veio mais um dia, e o procedimento ocorreu da mesma maneira. No terceiro dia, quando acordei senti um fedor, um cheiro desagradável. Instantes depois o homem apareceu. Quando este se aproximou para aplicar a injeção, prendi o em uma chave de braça, e ainda me pergunto como consegui realizar tal golpe. Faria várias perguntas, mas comecei com a crucial:

- De onde vem esse cheiro?

- De vários cadáveres em decomposição. - Ele respondeu-me como se fosse a coisa mais normal do mundo.


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