Sweet Caroline escrita por Michelli T


Capítulo 8
Não se pode perder o que nunca foi seu




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Eu passaria o final de semana sem meus pais. Eles chegariam na segunda-feira. Dois dias sozinha. Mas claro, só se Noah não quisesse passar esses dias comigo. Eles tinham acreditado quando falei que ia fazer uma festa do pijama com amigos, o que foi muita inocência da parte deles. Quer dizer, eles já tinham visto Noah, confere? Também, eu nunca fui do tipo mentirosa, se olhar por esse lado, da para entender totalmente aquela confiança cega que tinham em mim.


Meus pais tinham deixado dinheiro para que eu pudesse me manter nesses dias. Uma coisa que eu vinha sentindo prazer em fazer, era ir ao mercado. Sozinha. Ele era enorme e ficava tocando músicas durante o tempo todo. Era quase uma terapia empurrar aquele carrinho. Assim, quando levantei, a primeira coisa que pensei em fazer foi compras. Eu tinha que abastecer a geladeira mesmo e, sem lista, aquilo seria melhor ainda.


Eu estava tentando pegar um macarrão, mas ele estava fora do meu alcance, bem em cima da prateleira. Xinguei eu mesma no pensamento, precisava ser tão baixinha daquele modo? Foi quando um braço passou por cima da minha cabeça e o pegou o para mim.

– Era isso que queria? – perguntou Sam. Me virei para ele rapidamente.

Fiz que sim com a cabeça. Ele jogou o macarrão dentro do meu carrinho e deu uma olhada lá dentro. Ergueu uma sobrancelha.

– O que é isso? Vai fazer uma festa de criança? – indagou. Não pude deixar de fazer um biquinho.

– Não – bufei – eu só... Estou aproveitando meu tempo sozinha, sem meus pais.

Dentro do meu carrinho tinha: salgadinhos, bolachas, leite condensado, sorvete, iogurte, entre outras bobagens. Menos refrigerante, eu ganharia a guerra contra eles. Sam era bonito e também era um cara legal. Ele andava apaixonado por Quinn, o que eu achava um grande desperdício. Sam merecia algo muito melhor.

– Está sozinha? Por que não fez uma festa? – ele franziu o cenho.

– Eu tenho que ensaiar para as regionais, então...

– Ah, sim – abriu um grande sorriso – Com o Puck!

– É, com o Puck – confirmei, um pouco sem jeito.

– Eu sei que vocês se gostam. Podem negar, mas acham mesmo que ninguém nota como estão próximos e como se olham? Como ele te trata... Olha, Rachel, não tem problema nenhum isso.

Paralisei por uns segundos. Como assim todos sabiam? Um dia atrás, nem ele sabia. Dias atrás eu não sabia!

– Somos amigos – falei da forma mais convincente que pude, contando que eu não acreditava naquilo.

Ele percebera o que eu queria dizer com Gosto muito de você e pelo seu comentário logo depois, estava disposto a mudar o que nós costumávamos a chamar de amizade.

– Não, nem de longe – ele balançou a cabeça – Eu sou seu amigo. O que vocês sentem um pelo outro é bem diferente.

Sorri com aquela afirmação de que éramos amigos. Eu sempre considerei amizade muito importante. Eu perderia a minha com Noah, claro que ganharia algo muito melhor no lugar, mas pelo menos Sam estava disposto a ser meu amigo. Meio que preencher o buraco quando Noah fosse para o Reformatório.

– Eu já estou terminando aqui...

– Nos vemos por aí então.

– O que acha de tomarmos café juntos? – disparei.

– Por mim tudo bem – ele sorriu – só vim pegar um refrigerante.

– Eu ainda tenho que comprar algumas coisas, que tal me encontrar lá fora?

– Eu acho que eu prefiro te acompanhar. Se não for incomodar, claro.

E não incomodou. Ele era uma boa companhia e apesar de eu gostar de fazer aquilo sozinha, foi ótimo ter alguém para conversar. Depois paramos em uma confeitaria, um lugar simples, mas com lanches suficientes para agradar todo tipo de pessoa. Eu escolhi três bolinhos de chocolate com cobertura de chantilly, e um cappuccino lotado de chantilly também. Nunca fora fã daquele tipo de comida, mas não custava experimentar. Sam preferiu um pastel folhado de frango e o refrigerante que ele tinha comprado no mercado.

– Sam – eu disse olhando para sua comida – isso não é café da manhã.

Estávamos sentados em uma mesa na calçada, em frente à confeitaria. Ele me olhou animado e deu uma grande mordida em seu pastel.

– Cada um com seu gosto – falou de boca cheia. Pude ver o frango lá dentro.

– Eca.

Ele abriu a boca e colocou a língua para fora, mostrando vários pedaços de comida. Embora fosse muito nojento e uma tremenda falta de educação, eu acabei rindo, ele tentou se segurar, mas riu de sua própria piada.

– Então – ele disse depois de engolir tudo – você e o Puck terão um romance?

– Eu não sei – dei de ombros. Não sabia mesmo.

– Ah, qual é? Pelo o que você me contou no mercado, ele gosta mesmo de você – ele tomou um gole de seu refrigerante – o que me irrita é que eu suspeitei, falei com ele sobre isso. Ele disse que eu era louco!

– É – eu ri – na verdade, eu diria o mesmo.

– Mas agora não, né?

Assenti.

– Como me faz contar qualquer coisa para você? – perguntei.

– É magia – sorriu – eu sou confiável.

– Eu sei que é, mas não deixa de ser estranho.

– Por quê?

– Eu confio em você com poucos dias! Isso não costuma acontecer, amizades precisam de mais tempo.

– Mas a gente combina! – ele falou, depois se explicou - No sentido de amigo.

– Estranho.

– Pode confiar em mim, mesmo. Você está bem legal ultimamente e eu quero manter uma amizade – falou distraído enquanto mordia seu pastel outra vez.

– Gosta de Tina, Kurt e Mercedes?

– Sim, por quê?

– Se formos amigos, vai passar um bom tempo com eles – rimos um pouco.

Ele suspirou.

– Você não pode fazer isso consigo mesmo, Sammy.

– Rach, um dia ela vai acordar e ver que eu estive sempre aqui, que eu posso fazê-la feliz e então... Vamos ficar juntos. Ela é muito mais do que deixa transparecer para os outros. Como Puck.

Olhando por aquele lado, ele estava certo. Noah era diferente e todo mundo tinha uma idéia formada sobre ele, mas eu sabia o que realmente era, e talvez, Sam também soubesse o que Quinn era de verdade.

– E desde quando me chama de Sammy? – ele perguntou, tentando descontrair.

– Legal ter você por perto – declarei enquanto enchia a boca com o chantilly do bolinho.

– É legal estar por perto.


(Puckerman)


Bati na porta de Rachel, ela não demorou muito a atender.

– Está atrasado.

– Não estou – conferi o relógio – são duas horas.

– Não, são duas horas e cinco minutos.

Ela abriu caminho para que eu passasse.

– É brincadeira, né? – perguntei.

– Sim.

Rachel usava uma saia xadrez vermelha, com uma blusa branca sem estampa, seu cabelo solto caia um pouco ondulado sobre seu ombro. Parecia extremamente delicada naquele dia. Parei para pensar no que eu estava vestindo. Calça jeans e blusa preta. Devíamos ser A Bela e a Fera.

– Posso tirar a camisa?

Ela cerrou os olhos.

– Está quente – falei tirando a camisa e a jogando em sua cabeça. Sentei no sofá. Ela me olhava.

– Não está tão quente assim.

– A gente pode mudar isso – brinquei, mas ela ficou séria.

– O que você tem?

Muitas coisas. Não sabia como começar aquela tarde, mas sabia como eu queria que terminasse. Me sentia nervoso, mesmo que aquilo fosse contra tudo o que eu sou. A verdade, que eu só ousava admitir para mim mesmo, era que eu me importava. Eu sentia calor, mas eu não podia tratar Rachel daquele modo, mesmo que não passasse de uma brincadeira.

E ela não parecia achar muita graça.

– Era... Só brincadeira – estiquei o braço para que ela jogasse minha blusa.

– Se você está com calor, por mim tudo bem – ela prestou atenção na minha barriga e logo me lançou um olhar que eu nunca tinha visto antes.

Largou minha blusa no chão e andou em minha direção. Tinha um sorriso nos lábios e uma atitude diferente. Andava com confiança, como se soubesse exatamente o que ia fazer. Era uma Rachel diferente. Percebi que eu estava com os olhos arregalados e a boca aberta. Não conseguia acreditar naquilo! Dava a entender que ela ia me beijar ou algo do tipo. Fiquei esperando com ansiedade a cada passa que Rachel dava. Quanto mais ela chegava perto, mais eu tinha certeza de que ela faria alguma coisa. Mas para minha decepção, ela só sentou ao meu lado.

– Vamos ensaiar? – perguntou. Me obriguei a fechar a boca.

– É, é claro que sim – pisquei um pouco para voltar à realidade – é por isso que estou aqui, não é? – esperei, mas ela não respondeu. O que me fez perceber que não era só por isso que eu estava lá.

Ensaiamos até as seis horas da tarde, então finalmente fizemos uma pausa. Já estava mais frio, então vesti a camisa outra vez. Depois de tanto pedir um copo de água, acabamos ensaiando na cozinha, para não perder mais tempo. O que dificultou um pouco, já que o piso lá era muito liso.

– Quer comer algo? – Rachel perguntou.

Por pouco não fiz uma piada indecente, mas me segurei.

– Não, estou bem. O que você acha da música? Está ficando boa?

– Sim, muito! – ela se animou – Ainda bem que você estava pichando aquela parede – ela sentou no chão se encostando à bancada.

Tínhamos passado muito tempo em pé. A vitória significava muito para Rachel, não só ensaiamos a música, ensaiamos como andaríamos, o que faríamos e as expressões. Tudo tinha de ficar impecável. Sentei ao lado dela.

– Ainda bem que você estava lá! – coloquei ênfase no você.

– É? – ela deu um leve sorriso enquanto olhava para o chão – Não sabia que cantar nas regionais era tão importante para você.

– E não é – declarei. Vi seu sorriso aumentar.

Rachel sempre fora esperta, ela entenderia que aquilo queria dizer que a coisa importante era ela.

– Noah – ela me encarou - a gente ensaiou bastante e está realmente bom. Mas o que você acha se continuarmos ensaiando e depois... – ela respirou fundo e voltou a olhar para o chão - A gente podia ver um filme, como fazíamos antes, também pod...

– Claro – a interrompi. Não precisava ouvir mais nenhuma palavra. Ela riu.

Coloquei a mão em seu queixo, direcionando seu rosto para mim. Olhei para ela um pouco e logo peguei em sua mão. Puxei-a para mais perto, ela veio sem luta. Deslizei a mão - que antes estivera em seu queixo - pelo seu rosto, demorei um pouco em seus lábios, ela fechou os olhos e rapidamente os abriu. Juntei um pouco mais nossos corpos, mas dessa vez quem se moveu fui eu. Coloquei minha mão atrás de seu pescoço e nossos rostos estavam quase colados.

Ali, nos olhando, sozinhos. Era o momento perfeito para o nosso beijo. Antes de fazê-lo, prestei atenção em seus olhos, para ver se ela queria o mesmo. Primeiro eles me passaram um pouco de insegurança ou medo, depois, me parecia uma vontade contida, como se ela se perguntasse se aquilo era certo. Exatamente como aconteceu na primeira vez em que nos beijamos. Daquela vez ficamos juntos por uma semana e ela terminou comigo. Tudo bem, já que na época eu não gostava dela, nem ela de mim. Aquilo já fazia uns dois anos. Mas aquele momento era diferente, era perfeito. Era o início de algo grande.

Acho que ela pensou o mesmo, porque foi Rachel que se moveu primeiro e acabou de uma vez com a distância entre nós. Nossos lábios se tocaram e ela fechou os olhos, fechei também. Várias sensações invadiam meu corpo e eu não conseguia acreditar que estava mesmo acontecendo, de uma vez por todas, e não era como quando eu o fiz a força – quando brigamos. Mas foi só aquilo, um toque rápido, pois o celular de Rachel praticamente gritou de cima da mesa da cozinha o que nos assustou e a fez se afastar de mim. Tive vontade de jogar aquele telefone longe. Rachel levantou e o atendeu.


(Rachel)


Oi, Rachel – disse Mercedes do outro lado da linha.

– Oi – respondi um pouco sem jeito, pois Noah me encarava.

Vamos fazer uma festa do pijama aqui em casa hoje. Sabe como é... Chocolate, sorvete, fofoca, diversão e tal! Sua presença é muito importante, então não pense em dizer não.

É, nem pense – gritou uma voz por trás.

Desculpe, a Tina não se controla. O Kurt está segurando ela agora. Teria te ligado mais cedo, mas Puck disse que queria passar o dia com você, então... Essa noite! Pode vir na hora que quiser.

– Festa do pijama? Hoje? Mercedes, é complicado...

Ai meu Deus! Ela vai dar para trás – gritou Mercedes. Depois ouvi uma série de gritos que deviam ser de Kurt, mas tentei prestar atenção na voz de Mercedes – Legal, escuta. Não tem desculpa para isso, hein. Vai partir nossos corações.

– Noah está aqui – falei logo. Assim ela saberia o motivo.

Ah, agora eu entendo! – ela gritou, mas não estava brava. Alguém por trás perguntou o que tinha acontecido e ela explicou, o que gerou gritos de comemoração de Kurt e Tina.

– É, é complicado. Eu ligo mais tarde, mas acho que não vai dar – tentei não rir com a reação deles.

– Vai perder altas guerras de travesseiro.

– Eu sei... Estou me sentindo mal por isso – confessei. E estava mesmo.

Não esquenta com isso. Aproveita, a gente te perdoa. E nos conte tudo depois, qualquer coisa ligue. Até mais, beijos.

– Espera! – gritei - Não desliga!

– O que foi?

– Sam tem sido um cara legal, que tal convidar ele?

– É sério?

– Sim, tomei café com ele hoje e conversamos. Ele é legal.

– Mesmo que eu convide, acho que ele não vai aceitar – dava para ouvir Tina e Kurt pedindo explicações, Mercedes disse que responderia os dois depois.

– Eu sei, mas convida mesmo assim!

Convido. Tenho o número dele e também não tenho nada contra ele. Mas sério, Rachel, não temos tanta intimidade assim para convidá-lo.

– Eu sei, Mercedes! Mas ele vai ser nosso amigo, tenho certeza. Promete convidar e ser legal se ele for?

Prometo – ela respondeu.

– Obrigada.

Beijos, querida. Qualquer coisa liga ou passa aqui – ela riu por um motivo desconhecido, provavelmente algo que os dois tenham feito - Estaremos aqui a noite toda.

Desligamos. Virei para Noah, ele ainda me encarava. Tentei tirar da cabeça o que tinha acontecido poucos instantes antes, para conseguir agir normalmente.

– O Sam? – ele perguntou.

– Só amigo – respondi. Ele deu de ombros.

– De qualquer jeito, você tem uma festa do pijama, não é? Passar a noite toda juntas e coisas de meninas. Acho que é melhor eu ir, não quero atrapalhar.

– Noah – eu me obriguei a olhá-lo – na verdade, eu queria que você passasse a noite comigo.

Apenas falei, nem tentei me explicar, dizendo que minhas intenções eram as mais puras. Esperei para ver o que ele ia responder, se ia inventar uma desculpa, mas ele só levantou a sobrancelha e disse:

– Claro, Princesa.

– Sem filmes de terror. Ainda estou com problemas para esquecer o último – eu falei, era verdade, mas ele riu.

– Só preciso ir até minha casa buscar uma roupa e escova de dentes, essas coisas.

– Bom, quer ir depois ou agora?

– Agora – ele sorriu – Quanto antes eu for, mais cedo eu volto para passarmos a noite juntos. Também se for agora, volto antes de anoitecer e você não precisa ter medo – ignorei a última parte.

– Algo me diz que a noite vai ser longa – brinquei. Ele andou até mim.

– É, com certeza vai ser – deu um beijo na minha testa – Volto logo, Princesa.

E assim foi embora. Esperei que ele se afastasse um pouco e soltei um grito de felicidade. Não só por termos tido um beijo apaixonante, que não foi muito longe, mas por que teríamos uma noite para concertar aquilo. De repente tive pensamentos ruins, como: e se ele tentar algo a mais comigo? Quer dizer, eu não estava pronta. Afastei aqueles pensamentos, ele me respeitava e não faria nada que eu não quisesse. Mandei uma mensagem para Mercedes.

Mensagem: Estou confusa, eu quero estar ai com vocês, mas ao mesmo tempo não quero. Noah vai passar a noite comigo! Comemorem!

Ela demorou uns dois minutos para responder.

Mercedes: Tá brincando? Estamos surtando! Digo de novo, aproveite. Ah, seu amiguinho Sam, não aceitou o convite, mas agradeceu. Acho que ele não se sentiu bem vindo. Fui simpática.

Resposta: Tudo bem, ele não nos conhece bem AINDA. Nos falamos depois e aproveitem também!

Comecei a arrumar as coisas. Coloquei dois colchões, que tínhamos para visitas, no chão da sala um ao lado do outro. Peguei travesseiros e cobertores, caso ficasse frio. Preparei um suco e o coloquei gelar. Peguei também as minhas compras, duas bolachas e depois salgadinhos, e joguei nos colchões. Faria brigadeiro e também pipoca. Naquele momento a única coisa que eu não pensava era em o quanto aquela noite me engordaria.

Faziam vinte minutos que Noah tinha saído, deitei no colchão e liguei a TV. Assisti um pouco, estava quase dormindo quando meu celular tocou. Achei que seria Mercedes com alguma novidade da festa, mas quando olhei, era uma mensagem de um número desconhecido.

Mensagem: Berry, eu preciso que venha até a minha casa, rápido! Tenho algo para te mostrar.

Não pensei duas vezes, nem parei para pegar casaco, simplesmente tranquei a porta e fui. Fiquei pensando o que ele iria querer mostrar. Talvez seu cachorro, ou gato. Se bem que cachorro combinava mais com ele. Talvez me apresentasse à mãe dele. Mas aquilo era meio impossível, já que mais cedo ele tinha me contado que sua mãe e sua irmã não estavam em casa e só iriam chegar tarde.

Já começava a escurecer e o vento estava me castigando pela escolha idiota de não levar um casaco. Uma hora me perdi, mas senti um alívio ao finalmente chegar à rua da casa de Noah. Já estava escuro e ficar sozinha daquele jeito não era seguro. Andei um pouco pela calçada e quando finalmente avistei a casa dele, a alguns metros dali, vi alguém de preto parado na porta. Sorri ao ver que era Noah, a tranqüilidade invadiu o lugar, mas ela foi substituída rapidamente, assim que notei que tinha outra pessoa com ele. Parei de andar e olhei aquela cena, era como se o mundo todo estivesse paralisado, só existíamos nós três. Eu, Noah e a intrusa. Meu coração bateu rápido de mais, pelo medo do que aquilo poderia significar. Mentalmente eu pedia não faça isso repetidamente.

E então a garota puxou Noah e o beijou. Bem ali, na minha frente.


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