Sweet Caroline escrita por Michelli T


Capítulo 13
Regionais


Notas iniciais do capítulo

Capítulo só para mostrar como eles foram nas Regionais. No próximo as coisas começam a mudar :3



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- Vamos ganhar… Não vamos? – ele me perguntou.

         Puckerman já tinha deixado de tentar ser confiante e começou a demonstrar seu nervosismo. Pelo menos quando estávamos só nós dois. Para o resto do grupo, ele dizia ter certeza de nossa vitória.

- Vai dar tudo certo – garanti.

         Quinn abriu a porta de repente, nos encontrando abraçados.

- Rachel! Puck! Cinco minutos! – ela avisou.

         Olhou bem para nós dois e para o modo como estávamos perto um do outro. Esperei pelo pior, mas Quinn simplesmente ergueu as sobrancelhas e bateu palmas rápidas para nos apressar, então saiu. Aquilo nos pegou de surpresa.

         Nós não demoramos em ir até a sala de espera e nos juntar aos outros. Quinn já tinha visto mais que o necessário, não queria ninguém suspeitando de nada. Me preparei mentalmente para os olhares curiosos e talvez ofensivos que ia receber, mas ninguém pareceu notar algo de diferente. Afinal, para minha surpresa, Quinn não tinha contado nada. Tina me recebeu com um abraço e me desejou boa sorte. Eu a agradeci.

         O vestido das meninas era preto - com uma faixa rosa escuro logo abaixo dos seios. Os meninos usavam blusa rosa - com botões - e calças pretas. Todos estavam lindos, mas Noah se destaca no meio deles.

         Dois minutos antes de começar, Sr. Schuester nos desejou boa sorte e todos começaram a fazer o mesmo. Ganhar era importante para eles e também para mim. Me surpreendi ao perceber que, desde que ficara mais próxima de Noah, tinha esquecido completamente o que aquilo significava. As únicas que não vieram me desejar uma boa sorte foram Quinn e Santana. Era de se esperar.

         Arrastaram Noah dali, o levando para o seu lugar e eu soube que iria começar. Lamentei não ter falado com ele antes de ter que ir. Eu estava na lateral do palco, escondida pelas cortinas. Vi Finn se aproximar de mim. Ele colocou uma mão no meu ombro, mas eu não me virei para ele.

- Essa música é importante – ele murmurou. Eu não respondi – Espero que lembre o que ela é de verdade, Rachel.

- Não lembro.

- Ela é o nosso amor, nosso romance... Você sabe.

- Finn, não estraga esse momento.

- Como assim? Que momento?

         O momento entre mim e Puck eu pensei, mas não falei nada. E tudo pelo fato de que, naquele instante, Noah apareceu do outro lado do palco. Ninguém da platéia podia nos ver. Ele ergueu uma mão, como se me desse um Oi. Pude imaginar um sorriso se formando em seu rosto, mas não tive tempo de pensar em mais nada, pois anunciaram no microfone “Do McKinley High, Novas Direções”.

         Meu coração pulou. As pessoas na platéia bateram palmas e alguns gritaram. Quando finalmente pararam, deu para ouvir alguém gritando Vamos lá, Rachel e minha cabeça automaticamente reconheceu a voz. Blaine. Ouvi Kurt rir atrás de mim, mas eu não tinha tempo para rir com ele. O primeiro toque de Pretending soou e eu me arrependi totalmente por ter votado numa música sem introdução.

...

Os dois começaram um em cada lado do palco e, calmamente, andaram até o centro, onde se encontraram. A apresentação lembrava muito a que Finn e Rachel tinham feito nas Nacionais, mas a diferença é que ali não tinha coração partido. Pelo menos não o de Rachel ou de Puck. Os dois se esforçavam para não esboçar um sorriso enquanto se olhavam – não queriam estragar a dinâmica da música. No refrão, os dois deram as mãos e viraram de frente para a platéia, que se mantinha calada. Embora estivessem cantando para uma multidão, ambos tinham se esquecido daquele detalhe assim que começaram. Rachel cantava de olhos fechados, se mantendo triste, para parecer que ela realmente tinha algum tipo de sofrimento. Talvez ela tivesse, mas naquele momento tudo parecia perfeito. Puck olhava para a menina ao seu lado enquanto cantava e, antes mesmo de acabar o refrão, deixou escapar um sorriso ao lembrar-se que ela era dele. Sua namorada.

Na segunda parte da música, Rachel ergueu um pouco o braço e puxou lentamente, para se soltar de seu companheiro, que a soltou propositalmente. Ele deixou sua mão no ar, com o braço estendido, como se quisesse alcançá-la outra vez. Ela então se virou de costas para ele. Ele a olhou, enquanto ela se afastava cantando. O próprio Sr. Schuester pôde jurar sentir o sofrimento de Puck naquele momento, mesmo que cada passo dos dois fosse planejado. Puck então foi para o outro lado do palco e, mantendo a distância, chegou a vez do resto do Clube entrar. Assim que eles começaram a surgir pelas laterais e tomar seus lugares, a platéia começou a bater palmas.

Chegando ao final da música, os dois foram andando e se encontraram de novo no centro do palco, onde se viraram para a platéia e os olharam diretamente pela primeira vez. Eles andaram um ao lado do outro enquanto cantavam. Quando a música finalmente acabaria, os dois viraram-se um para o outro, fizeram daquele, um momento deles. Puck não deixou mais nenhum sorriso escapar, mas seu olhar dizia tudo. O ultimo Pretending foi cantado e assim, a música acabou. Eles se olhavam intensamente, mas nem se passava pela cabeça de Rachel repetir o que tinha acontecido quando cantou a música com Finn.

Os dois mantiveram o olhar até as cortinas vermelhas descerem e, naquele momento, as pessoas já os aplaudiam de pé. Teriam de fazer uma rápida movimentação para começar a segunda música, que seria cantada por Santana e Artie. Antes de Rachel poder se mover e ir até o seu lugar, Puck segurou os seus braços e a puxou para ele. Seus lábios se tocaram num beijo rápido por causa do pouco tempo que tinham. Ele não se importou se o Clube do Coral inteiro iria saber sobre os dois. Ao sentir a boca de Puck, Rachel também deixou de se importar.

- Eu acho que eu não cheguei a dizer isso, mas eu também gosto muito de você – Puck disse, alto o bastante para que todos ouvissem.

            Eles ficaram surpresos e alguns até irritados. Ninguém falou nada, pois não tinham tempo. Finn saiu do palco. Ninguém o seguiu, já que sabiam que ele não voltaria. Teriam de se apresentar com um a menos. Santana se importou um pouco, mas quando viu as cortinas subindo outra vez, deixou para lá. Era seu momento de brilhar e ela o faria da melhor maneira possível. 


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