Dads Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 16
16 de janeiro, quinta-feira.


Notas iniciais do capítulo

Hello, people!
Gente, eu não morri e nem deixei a história, com haviam me perguntado, apenas não tinha tempo nem inspiração para escrever esta fic, aliás, qualquer outra.
Queria dizer que agradeço a tds que me mandaram reviews, mensagens e tudo mais!
Beijos e enjoy!



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16 de janeiro, quinta-feira.

Filhos... Estou me perguntando ultimamente qual é meu problema mental... Eu realmente ando considerando que minha mãe me derrubou quando eu era pequeno, sei lá! Só assim explicaria minha completa falta de neurônios capazes de entender as mulheres! Pois, deixe-me lhes explicar o que aconteceu.

Depois daquela confusão toda da tia de vocês, ainda rolou muita festa e todos ficaram para mais outro dia de badalação. De manhã, estava todo mundo de ressaca e todos encaravam Richard pelo show de ontem, eu ri muito com a cara de sem graça dele. Até eu estava com uma ligeira dor de cabeça, então preferi comer do lado de fora.

Estava um sol maravilhoso, o mar azulzinho... Parecia que toda esta paisagem havia sido tirada de algum pintor muito criativo, pois era difícil de acreditar que aquilo era uma beleza natural. Estava contemplando tudo aquilo, quando ouço vozes vindas da varanda de uma cabine ao meu lado.

-Anna, relaxa! Você anda tão tensa por causa desse imbecil, você não é mãe dele, porra! – Era a voz de Gabriel e parecia que estava irritado. – Você só pensa no Matthew, que droga!

Não consegui conter que minha boca se contorcesse num sorriso gigante. Eles estavam tendo problemas por minha causa, aliás, por minha causa não, por causa de que ela não para de pensar em mim. Toma essa, otário!

 -Eu sei que é errado, que ele vai casar com outra, mas o que eu posso fazer? -Perguntou-lhe angustiada. – Eu sou louca por ele e você já sabia disso muito antes de se envolver comigo. Eu te avisei que eu não conseguiria me apaixonar por você...

Deus! Era isso realmente que eu estava ouvindo aquilo? Sacudi a cabeça pra ver se eu não estava dormindo e que tudo que ela havia dito não tivera sido apenas um sonho. Mas não, eu estava acordado e ela realmente havia se declarado pra mim, pra ele na verdade, mas o amor em questão era meu.

-Eu sei! – Ele esbravejou. – O pior é que eu sabia de tudo, mas... –Parou.

-Você achou que poderia me fazer parar de gostar dele. – Ela completou nostálgica. – Desculpe-me, Gabriel. Eu não queria te machucar, eu sou muito complicada pra você, você merece coisa melhor!

-Você também Anna, você também! –Falou alterado. – Ele é um babaca que não te valoriza, aliás, nunca te valorizou! E ainda por cima, vai casar com outra e você aqui, sofrendo por ele.

-Eu não te pedi pra ficar comigo, pedi?! –Perguntou irritada. – Foi você que insistiu nessa idiotice de ficarmos juntos! Mas sinceramente, você não é obrigado a ficar comigo... A porta é logo ali.

-Não acredito... Você tá terminando? – Seu tom de voz era incrédulo.

-Fala sério, nós dois sabíamos que isso tudo é muito errado, nem tente negar! –Disse. – Foi bom, foi bom me sentir desejada depois de vê-lo escolhendo outra, mas sabíamos que no final do dia quem eu quero ao meu lado é ele, sempre quis.

-Então tá! Eu é que não vou ficar aqui limpando suas lágrimas por outro cara, tchau! – E em instantes ouvi a porta batendo com violência exagerada.

Não sei o que me deu, mas meus pés simplesmente começaram a andar até lá num gesto automático. Eu não sabia o que eu iria falar pra ela quando a visse bem a minha frente, mas eu precisava vê-la, eu precisava... Dela.

Quando cheguei à sua porta engoli a seco, veio o arrependimento, o medo, minha testa começou a suar como se eu estivesse tendo uma febre. Voltei a trás e dei as costas, mas algo de repente me fez bater na porta. Eu parecia um estúpido garotinho apaixonado com o coração quase saindo pela boca só por causa de que eu iria estar cara-a-cara com ela.

 Depois de alguns segundos sem resposta, achei que ela não iria me atender e então comecei a andar, porém um clique na porta me fez olhar para trás e lá estava ela. Com um vestido negro longo, com a maquiagem borrada e com seus olhos azuis cinzentos vermelhos e grandes de tanto chorar. Ela suspirou profundamente e me perguntou:

 -O que você quer, Matt? – Seu tom de voz não era ríspido ou seco, era somente tristonho.

 Paralisei e apenas fiquei a olhando, ela fez o mesmo. Nossos olhares eram cansados, cansados de tantas duvidas sobre nós, sobre o futuro que nos cercava e principalmente se queríamos realmente ficar juntos. Não consegui lhe responder uma só palavra, apenas adentrei em seu quarto e sentei em sua cama.

-Eu estou com medo. – Admiti pesarosamente a puxando para o meu lado.

 -De quê? –Perguntou-me encostando-se a cabeceira da cama e se afastando de mim.

-De tudo. – Fui categórico e ela suspirou mais uma vez.

-Não tenha medo de fazer o que quer, Matthew. Jamais. – Aconselhou-me. – Se quer se casar com ela, case-se. Não fique ouvindo tanto o que as pessoas dizem sobre ela. Quem deve gostar de verdade da Lucy é você e mais ninguém.

-Mas se eu me casar com ela eu não terei mais você em minha vida...

Ela deu de ombros.

-Não se pode ter tudo na vida, você já deveria ter aprendido isso. – Assenti cabisbaixo, depois olhei para ela e já não vi aquela menina assustada que eu conheci seis anos atrás. Ela havia mudado com os anos, amadurecido como adulta. E admito que já esteja na hora de eu fazer o mesmo.

-Mas eu tenho medo de escolher errado e me arrepender depois.

-Então, primeiro você tem que descobrir o que realmente quer e depois ir à luta! – Comentou. – Ficar indeciso ou jogar suas decisões nas costas de outras pessoas não te ajudará em nada, sua vida não progredirá deste jeito. Você será apenas um boneco nas mãos de tudo mundo que passa por você.

-Você está certa. – Admiti e ela esboçou um sorriso. –Por que será que a gente briga tanto?

-Quem sabe? – Deu de ombros. – Acho que é por que é divertido criar confusões.

Nós dois rimos, porém a risada durou pouco até que a graça se perdesse e voltasse o clima de tristeza. O silêncio que se formou entre nós foi sufocante, mas eu não tive coragem de falar absolutamente nada.

-Eu sei por que gosta dela. – Ela falou subitamente e eu a olhei confuso. –É por que ela é completamente o inverso de mim, em todos os sentidos. Você gosta dela pelo fato de que ela depende de você, já eu não preciso de você pra nada. Você ama que ela faça tudo que você quer, e eu nunca aceitaria uma ordem sua.  Você sempre a escolherá, pois sabe que ela estará sempre abaixo de você em tudo, enquanto eu sou igual ou melhor que você. E principalmente, você vai casar com a Lucy por ela não te exigir mudança, já eu quero que você vire um homem melhor.

Filhos, peraí que Lucy tá me chamando, daqui a pouco eu volto e conto o resto. Beijão!


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Notas finais do capítulo

Please não me matem pelo final! Mas enfim, quem achou que Anna mandou super bem?
Bom, eu adorei! Mas me digam vcs, beijos!
Até o próximo capitulo no qual finalmente Matt toma uma decisão, mas será a que tds esperavam?