Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho de novo pra postar o capítulo, mas eu espero que você achem que valeu a pena esperar.
Esse final de semana vou para a casa da minha avó, e provavelmente eu escrevo o próximo capítulo por lá e poste no domingo, que é quando eu volto.
Boa leitura!



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Lily's POV

- Do que o senhor está falando? - perguntei preocupada para o senhor do outro lado da linha.

- Estou falando do seu amigo, aquele com que a senhorita veio a minha sorveteria.

- O que aconteceu com o Thomas, Sr. Giuseppe? - sentei-me em uma das cadeiras que estavam próximas, percebi que minhas pernas estavam tremendo.

- Calma, Srta. Lilyan, eu acho melhor a senhorita vir aqui. Ele precisa de você.

- Ele está ai na sorveteria? Cadê ele?

- Não, mas está perto. Eu espero vê-la aqui, senhorita.

- Eu já estou indo. Até já e obrigada por me avisar! - finalizei a chamada e cobri o rosto com as mãos preocupadas.

- Lilyan... O que foi que aconteceu? - perguntou Bianca saindo do sofá e vindo em minha direção, ficando abaixada na minha frente.

- Thomas. Ele está com problemas. Ele precisa de mim.

- O que houve com ele? Algum acidente?

- Tomara que não, Bianca. Tomara que não. - me levantei e corri em direção as escadas, subindo correndo a cada um dos degraus.

- Aonde você vai, sua louca? Está tarde!

- Vou atrás dele, colega. Eu disse que o ajudaria no que ele precisasse. Ele é meu... Amigo! - respondi gritando enquanto procurava algum casaco dentro do guarda-roupa. Peguei o primeiro cardigã que achei naquela bagunça que tinha se tornado o meu guarda-roupa e o coloquei desajeitada enquanto descias as escadas tão rápido como tinha subido.

- Peça para o Siva ir com você!

- Não, Bia! Eu vou, se precisar de alguma coisa, eu ligo pra você, ou para o Siva, ou para o hospital, enfim! - sai correndo pela porta esbarrando com algumas pessoas até chegar ao elevador, apertando várias vezes o botão que me levaria a recepção. Corri mais uma vez em direção a saída quando o elevador parou. O clima lá fora estava frio e enquanto continuava correndo parecia que pequenas lâminas no vento cortavam meu rosto, mas eu continuava murmurando para mim mesma: "Por favor, que não seja nada de grave."

Eu não suportaria vê-lo mal.

Cheguei à sorveteria cansada e ofegante, avistei o Sr.Giuseppe despreocupado no balcão fazendo alguns cálculos enquanto um jovem atendia algumas pessoas.

- Sr... Giuseppe... Cheguei... Onde... Está... O Thomas? Ai preciso me sentar... – estava me sentindo fraca e despenquei na cadeira mais próxima que avistei.

- A senhorita veio...

- Correndo... Vim correndo.

- Correndo? Nossa, a senhorita gosta mesmo do seu amigo. Vocês se conhecem a muito tempo? – ele se sentou e me empurrou uma taça de sorvete com um copo d’água. Eu ia começar a falar que não queria, que só queria saber onde estava o Tom. Mas ele não deixou terminar, e sim, responder a sua pergunta.

- Então... - comecei enquanto beliscava um pouco do sorvete. - Eu sou fã da banda dele há muito tempo e por uma grande conhecidência esse ano eu acabei vindo parar aqui, e morando no mesmo andar que todos eles!

- Conhecidência... - o senhor sorriu para mim e continuou enquanto se levantava da cadeira. - Termine seu sorvete, senhorita. Logo em seguida nós iremos onde o seu amigo está.

Como ele poderia estar tão calmo? Eu tinha vindo correndo, preocupada, e sem contar para quase ninguém aonde estava indo e o que estava fazendo. Mas para ser sincera, nem eu sabia. Mal aproveitei o meu sorvete de maracujá com castanhas, bebi o copo de água praticamente de uma vez. Me levantei e fui para o lado de fora com passos apressados, ajustando o meu casaco junto ao corpo a medida que o vento batia.

- Podemos ir agora, por favor, Sr. Giuseppe? Onde o Thomas está? - ele assentiu com a cabeça e saímos em direção a um beco sem saída em uma rua perto dali. Luzes fracas iluminavam o ambiente escondido. Mesa desgastadas de madeiras estavam postas na frente com cadeiras tao velhas como o local. Paramos a alguns metros e eu teria entrado correndo naquele ambiente hostil se não fosse pelo senhor que me acompanhava, que insistiu em me explicar o que estava acontecendo.

- Ele chegou aqui no começo da tarde, sabe? Está aqui a muito tempo. Fiquei observando a tarde toda para saber se ele iria demorar, mas não apareceu. Decidi ir ver como estavam as coisas...

Flasback on

A noite acabava de cair quando o Sr.Giuseppe decidiu sair da sorveteria em direção ao bar, com a desculpa que iria ver uma velha amiga que tinha chegado a cidade. Encontrou o garoto em uma das mesas ao fundo, rodeado de copos de gelos que derretiam. E ele falava com o cara do balcão com a voz estranha de gente que bebeu demais.

- E ELA ESTÁ NAMORANDO, JAMES. – bateu um dos copos em cima da mesa. – COM O MEU AMIGO, CARA. ELA TIROU O MEU CORAÇÃO! – James apenas balançava a cabeça e continuava limpando o balcão.  Giuseppe se aproximou e tentou falar com Thomas.

- Thomas, acho que está na hora de ir para casa.

- Sr. da sorveteria! O senhor veio me trazer um sorvete!?

- Vim para ver como estava o seu estado de embriaguez, e vejo que está pior do que eu pensava.

- MAS ELA ROUBOU MEU CORAÇÃO, SR. DA SORVETERIA! – terminou de beber o resto da sua dose e em seguida pediu outra. – ME DÁ MAIS UMA, JAMES! – Giuseppe se dirigiu ao balcão enquanto James preparava mais uma boa dose de whisky para Tom.

- De quem ele está falando, James?

- De uma garota chamada Lilyan, que roubou seu coração e que está namorando alguém... Ele só fala nisso desde que chegou. Ele realmente precisa ir para casa, Sr.Giuseppe. -  o senhor virou para Thomas que se afogava novamente na bebida.

- Hey garoto, onde está o seu celular? – perguntou. – ele tirou o celular do bolso e jogou em cima da mesa. – Pra quem eu ligo pra te levar embora daqui?

- Eu me recuso a sair daqui! Só saio daqui com a Lilyan! Ligue quiser. Não saio daqui sem ela!

Flashback off

- E foi isso que aconteceu, senhorita. – eu estava imaginando como foi aquela cena, não sabia o que fazer.

- Ele... Disse que não sairia de lá... Sem mim?

- Sim, foi isso.

- Ele ainda está lá? – perguntei enquanto forçava minhas pernas, que pareciam não querer mais se movimentar, a andar.

- Provavelmente, se ele cumpriu o que disse, sim, ele está lá. – Chegando a porta do bar me lançaram vários olhares curiosos, não sei por que... Pessoas que gostam de constranger... Avistei Tom no mesmo lugar que o Sr.Giuseppe me indicou, e no mesmo estado, um pouco melhor eu acho. Parecia melhor e não bebia mais. Estava apenas... Largado. Fui em direção a sua mesa e me sentei, coisa que ele não percebeu.

- Mas o que diabos você estava pensando quando veio pra cá?

- Lilyan? Wow... Eu estava pensando em você na verdade.

- Thomas... Vamos pra casa, amanhã você vai viajar, não prejudica a banda. Não prejudique você. – me levantei e tentei puxá-lo da cadeira. É mais difícil do que se pensa.

- Eu ainda posso fazer isso sozinho.

- Não é isso que parece! Se você passa à tarde em um bar, então não sei se ainda pode fazer alguma coisa.

- Vai me dar lição de moral agora? – fiquei calada. Deixei-o pagar a conta e saimos enquanto ele continuava a repetir.

- Hein Carter? Você vai me dar lição de moral agora? Aprendeu com seu namoradinho, não foi? – continuei andando. Nos despedimos do Giuseppe e saímos andando em direção a praça. Estávamos quase na saída do beco quando ele mais uma vez insistiu com aquela voz de bêbado nojento que estava me irritando.

- Cala essa boca, Thomas. Eu não vim correndo do hotel pra cá à toa. Eu poderia te deixar apodrecer nessa porra!

- Você não teria coragem de fazer isso.

- Teria! - ele olhou pra mim e andou na minha direção enquanto eu recuava. – Se afasta, Thomas. – Caralho. Não tinha mais pra onde recuar. Estava na parede com ele na minha frente, tão próximo que eu podia sentir aquele bafo horrível da bebida. O filho de uma puta havia me prendido na parede.

- Seu namorado não ia gostar dessa cena, não é, Lilyan?

- Não, e é por isso que você vai se afastar. AGORA! – o empurrei mas ele colocou os braços do lado do meu corpo, apoiado a parede.

- Não ligo mais para o seu namorado. Eu não vou desistir de nós.

- Não existe o nós.

- Ainda. – o empurrei com mais força e ele finalmente largou. Sai andando, deixando-o para trás. Andei até a praça e me sentei na nos bancos que rodeavam a fonte. Me curvei e cobri o rosto com as mãos.

- Lilyan, desculpa. – ouvi Thomas falar sentando-se no chão, perto dos meus pés.

- Não tem problema, Tom. Eu estou com a cabeça um pouco quente. Pensei que tinha acontecido alguma coisa com você.

- Pensou?

- Pensei.

- Ai... Merda. – ele passou a mão pela sua cabeça.

- O que foi?

- Minha cabeça... Dói... Pra caralho!

- É claro! O que você queria depois da idiotice que você estava fazendo? Mas olha... – molhei minha mão na água da fonte. – Meu irmão me ensinou que depois de beber muito, um pouco de água no rosto sempre é bom.  – Virei seu rosto na minha direção e o molhei gentilmente com um pouco de água.

- Isso é bom. – disse se acomodando no chão com o rosto virado pra mim de olhos fechados. Continuei passando a mão molhada em seu rosto por um bom tempo, até o momento que ele se levantou e sentou do meu lado.

- Lily... Obrigada por ter ido atrás de mim...

- Não foi nada... Sabe, eu te amo... Err... Como uma amiga ama seu melhor amigo. – Merda... O que eu estava falando?

- Como amigo?

- Claro... Claro... – desviei o olhar para os poucos carros que estavam passando na rua.

- Lilyan... – ele puxou o meu rosto pelo queixo suavemente me fazendo olhar nos seus olhos.

- Que é?

- Você tem calda no canto da boca...  – passou o dedo no canto inferior direito da minha boca e deu um sorriso. – Outra coisa... Eu posso estar um pouco bêbado ainda, mas quando eu disse que não ia desistir de nós, eu estava falando sério. Eu estou falando sério.

- Tom, você sabe que eu gosto muito do Siva, e enquanto tiver dando certo, eu vou ficar com ele... E você vai ver, logo, logo, você vai encontrar outra vadi... menina. Outra menina.

- Eu vou esperar. Por você.

- Err... Acho melhor nós irmos pra casa agora. Eu vou ligar para o Max. Você não está tão bem pra ir sozinho.                                              


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado! Mandem reviews contando o que mais gostaram, dando opiniões ou o que vocês querem ver nos próximos capítulos!
xx



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