Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Como vão vocês meus amados leitores? ^-^* le eu desviando d tomates* peço desculpas pela demora mas minha escola me encheu de trabalhos, provas e seminários escolares então me atrasei um pouco. Esse cap é dedicado a Tricia que escreveu uma recomendação muito linda, eu adorei, vc mora no coração da tia ;-)



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            “Sakura arregalou os olhos, surpresa e sem palavras e eu também não sabia como reagir, eu havia falado tudo o que estava entalado em minha garganta e acabei falando demais, mas não me arrependo. De repente, pessoas adentraram no salão e eu reconheci como sendo médicos, que logo vieram na nossa direção para nos ajudar, infelizmente me separaram da rosada e por mais que eu protestasse para ficar perto dela, eles não permitiam e eu fui ficando cada vez mais irritado e no fim os médicos me deram um injeção que me deixou mole em poucos segundos, era como se algo arrastasse a minha consciência para o fundo de um poço, e a última cena que vi foi a Haruno levantar o dedo mínimo, um símbolo de promessa, que tinha o significado ambíguo para mim.”

Ino:

            Nessa manhã preguiçosamente fria eu caminhava por entre aqueles corredores solitários. O som do atrito do meu salto alto contra o piso ecoavam, quebrando o silencio frio e doentio, típico de hospitais. Dei uma rápida olhadela no prontuário médico de Sasuke, não encontrando nada de muito grave. Suspirei e comecei a ler o prontuário médico de Sakura que eu havia surrupiado do escritório de Tsunade-sama. Eu li tudo com atenção, interpretando e guardando os termos técnicos em minha mente, pois eu sabia que mais cedo ou mais tarde, a Hokage certamente daria falta do prontuário da rosada a quem a própria Senju se encarregara de tratar. Enquanto virava um corredor, dei de cara com um colega de trabalho. O médico sorriu e me cumprimentou com um aceno de cabeça antes de bebericar seu café fumegante.

Em resposta eu exibi meu melhor sorriso amarelo e escondi o prontuário da Haruno junto do prontuário de Uchiha e apertei o passo, me distanciando o mais rápido possível para que eu pudesse continuar minha leitura. Eu sei que é errado e no mínimo antiético roubar informações hospitalares desse jeito, mas incrivelmente, eu não me sentia arrependida e isso me impelia a continuar. Fazer o quê, eu estava preocupada com a minha melhor amiga e bisbilhotar é quase um direito meu na minha posição. Infelizmente eu estava de folga no dia em que a Haruno havia dado entrada na emergência do hospital, e pelas típicas fofocas entre as enfermeiras acrescentavam detalhes nada animadores sobre o estado da ninja. O pior é que como a loira peituda monopolizou o tratamento da pupila eu nem tive a oportunidade de examinar a médica.

Ao invés disso o meu paciente era o “quase-curado-Uchiha”, ei, mas não pense que eu desejo mau ao garoto, é que ele está melhor que muita gente aqui neste hospital e sinceramente, ele só está tomando ainda mais o meu pouco e precioso tempo. Bufei ao ver o quarto do ninja. Bati na alva porta e sob o peso do meu punho, a porta se abriu lentamente, soltando um rangido agudo e irritante. O quarto estava imerso na escuridão, coisa que eu estranhei já que pelo horário, Sasuke já deveria estar de pé.

—Sasuke-san?—Indaguei e o silencio me respondeu.

Impaciente com o silencio arrogante do meu “adorável” paciente, eu entrei no quarto e liguei a luz, torcendo internamente que as pupilas dele sofressem com a súbita luminosidade.

A luz foi acessa, iluminando um quarto vazio. Arregalei meus olhos, procurando algum sinal do Uchiha, mas o único sinal de havia alguém naquele quarto era a cama terrivelmente desarrumada. A alva cortina tremulava com o gélido vento que chegou a me causar arrepios. Por alguns instantes, eu julguei ter entrado no quarto errado e virei a cabeça, vendo na pequena placa de metal, o número do quarto, e que certamente esse é o quarto do Sasuke. Arregalei meus olhos enquanto minha mente encontrava a terrível conclusão de que o moreno havia fugido do hospital. Desesperada eu afundei a minha mão no bolso do meu jaleco, agarrando meu celular com tanta força que quase quebrei minhas longas unhas enquanto tentava ligar para Shizune que felizmente me atendeu ainda nos primeiros toques.

—Alô, Ino?—Atendeu a morena que mesmo com a voz robotizada por causa do telefone, transparecia a mesma calma e simpatia de sempre, diferente da minha voz que estava esganiçada e aguda devido ao pânico de ter perdido meu paciente.

—Graças a Deus você atendeu!—Gritei.—Aconteceu algo terrível!

—O que houve?—Indagou a mulher, começando a soar preocupada.

—O Uchiha sumiu.— Falei, tentando me controlar para não gritar novamente.

Shizune não respondeu de imediato, e o silencio reinou. Durante alguns segundos eu achei que ela tinha desmaiado ou algo do gênero.

—Shizu...

—Isso é impossível!—Berrou a mesma, me interrompendo. Seu grito estava tão agudo e foi tão de repente que eu me assustei e deixei que os prontuários caíssem de minhas mãos e se misturassem desordenadamente no chão.

Enquanto a ajudante da Hokage berrava no meu ouvido, eu fui pegando e tentando ordenar as folhas, e foi então que uma possibilidade me veio em mente, poderia parecer maluca e até impossível, mas não custava nada tentar.

            —Shizune.—Minha voz estava séria e ao perceber isso, a morena se calou.—Acho que sei para onde o Uchiha fugiu.

            Desliguei o celular sem nenhum aviso prévio e me levantei do chão em um pulo para logo em seguida sair em disparada daquele quarto. Corri o melhor que pude, mas cá entre nós, é meio complicado correr quando se está usando um salto da agulha, e se você ainda não sabe qual é a sensação, vai por mim, você não vai querer saber... Bem, tirando o fato de que eu mais deslizei do que corri e que quase bati minha cara na parede umas dez vezes, digamos que minha corrida foi um sucesso e que em poucos minutos eu já estava na frente do quarto 10, o quarto de Sakura. Afobada, eu abri a porta do quarto bruscamente, me esquecendo de que ali dentro, havia uma rosada que precisava de silencio e tranqüilidade, ambas as coisas que eu não tinha e nem fazia questão de ter naquele momento.

Mas ao invés de ter somente um paciente naquele quarto, havia um intruso, o meu paciente. Sasuke se parecia com uma criança, o que chegava a ser adorável, e eu não pude conter um sorriso. O moreno dormia pesadamente, seu corpo estava no chão, mas a cabeça e os braços estavam apoiados na cama e ele parecia confortável apesar da posição em que estava. Pelo visto, o Uchiha havia escapulido do próprio quarto para passar a noite com a Haruno. Olhei para a ninja hospitalizada e com pesar vi todos aqueles aparelhos ligados ao corpo dela, e mesmo sendo médica, meu coração pareceu pesar mais dez quilos. Meu celular vibrou, me arrancando de meus devaneios e antes que ele tocasse uma música escandalosa, eu saí do quarto e atendi o telefone no corredor e felizmente Shizune não gritou no meu ouvido.

            —Já encontrei o Uchiha.—Disse enquanto passava a mão pelos meus cabelos, arrumando a meia dúzia de fios rebeldes.

            —Onde ele está?—Disparou a morena e eu ri baixinho, querendo fofocar com a mulher, mas eu me contive e disse:

            —Depois eu te conto, agora eu estou ocupada.

            —Ok...—Murmurou a ajudante da Hokage, mesmo que a contra gosto.

            Entrei novamente no quarto, e soltei um gritinho agudo ao ver o Uchiha acordado, me fuzilando com um par de olhos nada amigáveis. O que era engraçado era que ele continuava deitado, com o queixo apoiado no colchão, mas eu não ousei rir, como se eu fosse a intrusa ali.

            —O que você está fazendo aqui?—Acusou o moreno, sua voz estava rouca devido ao sono, e assim, ele estava ainda mais ameaçador.

Ridiculamente eu me vi gesticulando com as mãos, evitando contato visual e tentando formular alguma resposta, como se eu fosse uma criancinha travessa a quem o pai rígido havia pegado fazendo bagunça.

            —Ei, eu que deveria fazer essa pergunta, Uchiha.—Retruquei e o ninja me olhou como se eu fosse apenas um canal de venda de gado, irritante, inconveniente e sem sentido e aquilo me irritou profundamente e eu tive que alfinetá-lo:— Mas como você conseguiu chegar aqui? Confundiu seu quarto com o da Sakura?

            Ao invés de me fuzilar com o olhar ou bufar ou soltar um sorriso desdenhoso, ele virou o rosto de lado, olhando para a Sakura, e eu ainda podia jurar que as bochechas dele ficaram vermelhas. Eu sorri vitoriosa diante do desconforto de Sasuke que pareceu perceber minha alegria e fez uma carranca.

            —Você deveria estar no seu quarto.—Falei e o moreno arqueou uma das sobrancelhas.

            —E você deveria tomar conta da sua própria vida.—Retrucou o Uchiha e eu nem precisei fazer esforço para que minha risada saísse amarga e irônica.

            —Infelizmente, como minha profissão exige, eu tenho que cuidar da sua vida. Anda logo e levante desse chão, se você pegar um resfriado, terei que olhar ainda mais tempo para essa sua cara azeda.

            O ninja fez uma careta, como se quisesse retrucar algo, mas não o fez, e vendo que não teria argumentos para rebater ele me obedeceu e se levantou do chão. Sabendo que teria que ir embora, Sasuke olhou pela última para a garota e seus olhos estavam fixos na mão delicada e feminina de Sakura, enquanto os dedos de sua mão se moviam, como se o moreno tocasse uma espécie de piano no ar. Ele visivelmente hesitava em tocá-la, mas minha presença ali o impediu e com um suspiro, meu paciente finalmente saiu do quarto da Haruno.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço reviewso/? Recomendações ;-D? Ou tomates T.T?
:*