Pov. Hermione Black.

      ...

       - Que maneiro. – sussurrou Rony pra mim e Harry.

       - Calado. – respondemos em resposta.

       Rony revirou os olhos e começou a se concentrar em nossa caminhada. Estamos fazendo de tudo para não fazer barulho mais o tanto de gente que tem é um pouco difícil.

         Na frente vai Dumbledore com a varinha apontada para o alto caso vejamos algum comensal, logo atrás esta alguns aurores e o senhor Weasley. Depois meu pai e a senhora Weasley e depois as pessoas que eles denominam como crianças, e por alguma razão que desconheço eu estou nela.

          Todos estavam com as varinha em punho e cautelosos qualquer barulho podia acabar com a vida de todos ali.

         Sim eu percebi que o negativismo do Harry se passou pra mim, ando passando tempo demais com o moreno.

          - Por aqui. – disse Dumbledore virando o corredor escuro.

           Observei cautelosamente. Aquele corredor estava escuro mais em seu final estava com uma claridade como se fosse um campo aberto.

           Dumbledore continuou a andar conosco em seu encalço. Mas algo nos surpreendeu quando ele chegou no fim do corredor onde eu via uma pequena claridade ele parou brutalmente.

          - Estão ai? – perguntou Sirius.

          Dumbledore assentiu, ele que sempre tinha em sal face uma expressão calma e controlada agora estava com os olhos arregalados não sei dizer de medo ou surpresa.

          -O que foi? – Sirius perguntou ao ver o diretor naquele estado.

         Não ouve nenhuma resposta. Irritado pelo que vi Sirius foi passando por todos e chegou ao lado do diretor e acabou com a mesma expressão surpreso, mas tinha algo diferente em sua expressão.Ela demonstrava surpresa sim mais também tinha raiva, pior ódio.

         - Que diabos... – Harry não terminou a frase saiu correndo e parou ao lado do padrinho espantado.

         Agora sim eu estava completamente curiosa, passei com tudo esbarrando em muitas pessoas e fui para o lado de meu melhor amigo. Assim que parei comecei a observar tudo.

           Era um espaço grande e bem iluminado, conseguíamos ver varias pessoas encapuzadas fazendo um circulo, provavelmente eles não conseguiam nos ver. Dentro do circulo estava um cara com cabeça de cobra, sua cobra estava ao seu lado. Ele estava com a mão levantada e fazia alguma magia pois de sua mão saia uma fina mas brilhosa linha que vinha do teto e descia para baixo até os corpos deitados.

         Quando reconheci quem estava sendo usado arregalei os olhos.

           Tinham três corpos como na profecia, mas empurrei ela para o fundo de minha mente e me concentrei nos corpos. Uma mulher e dois homens, a mulher era ruiva e estava com uma camiseta branca, o cara ao seu lado era moreno e se parecia muito com Harry e ao seu lado estava Cedrico.

          - Meus pais... – Harry sussurrou transtornado.

        DE certa fora eu entendia o que ele deveria estar passando, mesmo nunca tenha passado por isso ver o corpo dos pais mortos na mão de seu pior inimigo imagino que não seja a melhor coisa do mundo.

         - Como ele ousa. – Harry disse furioso deu um passo para frente mais Dumbledore o interrompeu.

          - Ele o matará sem piedade.

         - Aquele é o corpo dos meus pais. – deu para notar que Harry estava querendo gritar de raiva.

        Todos que conviviam com Harry já estavam ao nosso lado vendo aquela cena deplorável, aquele cara não tem escrúpulos não fez Harry sofrer tanto com a falta dos pais e ainda tem a ousadia de pegar eles para fazer um ritual maluco, e ainda pegou o Cedrico.

           - Eu vou. – Dumbledore disse. – Fiquem aqui escondidos, me ouviu Harry.

            Toquei o braço de Harry para tentar demonstrar que eu estava com ele. Sempre estaria.

         Ele relaxou e ficamos vendo escondidos Dumbledore se mostrar para Voldemort e seus comensais.

          - Tom que coisa feia. – Dumbledore disse atraindo a atenção deles. – Pegar cadáveres para fazer magia negra, como ousa.

           - Pelo visto Dumbledore descobriu minha pequena reunião. – Voldemort disse friamente. – Gostou de quem eu escolhi?O traidor de sangue e a sangue ruim Potter e aquele garoto que Rabicho matou.

         Percebi que Harry estava tremendo ao meu lado de raiva.

          - Calma. – murmurei em seu ouvido.

          Ele assentiu ainda bravo.

                 - Imagina o que os outros irão pensar de você quando eu falar que vi Lorde Voldemort tentando fazer um exercito de zumbis. – Dumbledore disse calmamente. – Vão achar que seu circulo de comensais esta caindo.

          Dumbledore olhou para os comensais e se voltou para Voldemort.

        - E pelo que vejo esta mesmo.- concluiu.

        - Calado. – Voldemort rosnou. – Eles não dirão nada por que você nunca mais sairá vivo daqui.

          Voldemort de um sorriso super estranho e com a mão livre apontou sua varinha para o diretor.

          Isso foi demais. Todos os membros da Ordem correram para proteger seu líder, mas quem mais correu foi Harry muito irado por tudo que estava acontecendo.

         - Pelo visto o grande diretor não veio sozinho. – Voldemort falou ironicamente. – Comensais ataquem, preciso de tempo até terminar a minha parte.

           E ali a luta começou. Todos corriam e feitiços eram jogados por todo os lados. Ninguém sabia com que estava lutando pois todos os comensais estava encapuzados.

            Eu tinha ficado pra trás não havia entrado ainda na luta. Algo me dizia que eu deveria pensar, tinha alguma coisa muito obvia que eu estava deixando passar.

            Olhei para Voldemort que estava ainda com uma das mãos  atravessados pela fina luz e vi que sua mão estava cortado. Senti que estava indo pelo caminho certo e segui com o olhar os corpos dos três deitados no chão todos tinham um pouco de Sangue de Voldemort e logo do lado estava uma faca ensangüentada que com certeza foi a que ele usou para tirar seu sangue.

           Vai Hermione lembra. Rápido, para acabar com um feitiço das trevas você precisa do que o feiticeiro usou para começar. Sim foi isso que eu li um dia na sessão reservada antes das férias.

         Todos estavam tão entretidos com a luta que nem perceberam que eu não estava com eles, sai de fininho de dei a volta pela sala sem ninguém me notar. O único que não estava duelando era Voldemort mais ele estava com seus olhos fechados e muito concentrado para notar algo.

          - Está funcionando. – Ele berrou.

          Todos pararam e observaram. Agora a fina linha de luz não ia pela mão do homem e sim ia direto para os corpos deitados no chão.

           Voldemort tinha me dado a hora perfeita, ele havia se distanciado dos corpos que ao seu redor estava fazendo uma grande coluna impossibilitando todos de entrar depois de pronto. Nem ao menos pensei corri e pulei até lá ficando presa no escudo.

             O que eu fiz? – perguntei a mim mesma.

             - Hermione. – berrou Sirius.

              Nem liguei, depois ficaria de castigo mesmo, agora que estou aqui tenho que fazer o que eu vim fazer.

           Senti que todos me olhavam muitos queria correr até mim e me tirar daqui, principalmente os comensais mais não podia, pois o escudo me protegia.

          Abaixei sorrindo e peguei a faca, não sei o motivo mais algo me dizia que se eu passasse a faca pega corda fina brilhante tudo aquilo acabaria. Acho que Voldemort pensou a mesma coisa.

          - Senhorita. – ele disse. – Não faça isso, se junte a nós, a mim.

           - Nem pensar. – respondi levantando a faca.

          - Se não pensa em mim pense em sua mãe. – Ele disse.

          O olhei espantada. Então ele sabia.

          - É o que ela mais quer, você em seu lado. É o que queremos. – ele completou.- Entre para os comensais e não terá que lutar numa guerra que sabe que vai perder, não precisara manter distancia de sua mãe.

           Ele me queria em seus comensais. Eu estaria com minha mãe, viveríamos como uma família. Sirius poderia entrar também e nós três estaríamos juntos.

           - Hermione. – ouço um berro e percebi que eu estava parada com a faca na mão completamente imóvel. Quem gritara foi Harry me colocando de volta ao chão.

           Eu nunca faria isso, não com o Harry meu melhor amigo como se fosse meu irmão.

           Quando eu ia responder ouvimos barulhos nas lareiras e vimos que o ministério estava chegando. Voldemort se virou para seus comensais.

             -O ministério. Não quero que prendam ninguém por isso encontrem na sede. – ele falou e se virou pra mim. – Você tem até o final do ano letivo pra dizer que vai entrar para os comensais se não te caçaremos.

             E no segundo seguinte eu levantei correndo a faca e passei pela linha brilhante cortando-a em duas partes. Voldemort olhou para o ministro que estava entrando e aparatou nos deixando ali com os corpos.

            Quando cortei a corda o escudo se quebrou e sai correndo indo para os braços de meu pai.

          - O que você foi fazer lá Hermione? – Sirius me censurou. – Enlouqueceu de vez?

           - Não eu sabia de algum modo que deveria fazer aquilo. – respondi.

           Dumbledore sorriu e piscou.

            Olhei para Harry que estava vidrado nos corpos de seus pais. Suspirei tristemente e fui até ele entrelaçando nossos braços.

          - Melhor  irmos.

          - Como ele pode? – Harry se perguntou. – Já não bastava matá-los ainda tentou fazê-los seus escravos?

          -Harry...- não consegui terminar, nunca li em livro algum como consolar o amigo que soube que seu maior inimigo tentou fazer seus pais mortos como um exercito zumbi.

          - O que aconteceu aqui? – perguntou o ministro.

           - Voldemort tentou fazer um ritual. – Dumbledore explicou tudo desde que chegamos até que eu cortei a magia.

          O ministro ouvia tudo atentamente com os olhos arregalados por não ter chegado antes. Mas olhou ao redor e viu que não tinha nenhuma pessoa morta, só alguns feridos e sossegou. Quando ele iria dizer algo foi interrompido por um flash branco passou por toda a sala e embrulhou os corpos caídos no chão.

         E os corpos dos três começou a flutuar os deixando em pé e estava tão claro que não conseguimos ver diretor o que acontecia.Só senti Harry encolher ao meu lado.

         Uma voz quebrou o silencio.

           - Este é o milagre da profecia. Espero que aproveitem.

         A voz vinha da direção dos corpos. Ai as palavras da profecia veio em minha mente.

          - Dumbledore. – berrei.

          - Eu sei senhorita, eu percebi. – ele disse.

           E a luz  apagou mais os corpos ainda estavam em pés não sei dizer como. Mas algo fez eu quase ter uma parada cardíaca.

         Tiago Potter abriu os olhos.Sim, eu disse mesmo abriu os olhos.

           - Almofadinhas? – voz dele estava rouca.

          Eu nervosa aqui, aquilo fazia parte da profecia mais ele não podia ter ressuscitado, mortos não voltam.

         - Ti-tiago? – Sirius gaguejou.

..

Continua...