Pov. Hermione Granger.

     ...

     - Por que me olham assim? – Tiago perguntou.

      Em meu coração tinha uma grande aflição por não saber o que estava acontecendo. Virei o rosto e vejo que Harry esta duro como uma rocha ao meu lado e esta muito pálido. Mas queria o que né?

       - Dumbledore. – Sirius chamou assustado.

       Dumbledore já estava a caminho, foi até Tiago e o olhou atentamente.

        - O que esta acontecendo aqui? – Tiago perguntou enquanto Dumbledore estava com a varinha passando em seu corpo.

        - É ele mesmo professor? – não agüentei e tive que perguntar.

          - Como assim sou eu mesmo? – Tiago perguntou irritado. – E alias quem é você?

        Olhei para trás do moreno e vi uma ruiva estava com os olhos estreitos confusos e Cedrico nos olhava curiosamente.

          - Cedrico?- murmurei. Uma coisa que ninguém sabia é que eu havia me aproximado muito dele antes de... morrer.

             - Hermione. - ele me chamou.

             Dei um passo para frente querendo ir até ele e o abraçar dizer que tudo vai ficar bem, mas fui impedida. Sirius segurou meu braço com tanta força que deve ter ficado a marca de sua mão em meu braço.

            - Não podemos ter certeza Hermione. – Sirius falou. - Dumbledore esta fazendo inspeção.

           Olhei pra Harry que estava com os olhos cheios de lagrimas, virei o rosto e meu olhar encontrou com o de Rony e na mesma hora ele soube o que eu queria fazer.

           Ele veio para o meu lado e nós dois abraçamos o Harry. Era como o primeiro ano de novo, coisas acontecendo e nós sempre estaríamos unidos, por que eles eram o meu passado, presente e futuro. Sei que sempre poderia contar para o que precisar.

          - Precisamos conversar. – Dumbledore disse.- Vamos pra sua casa Sirius.

         Meu pai assentiu.

         - Mas Dumbledore eles...- o ministro começou mas foi interrompido pelo diretor que levantou a mão mandando-o calar.

         - Preciso de tempo para ver tudo isso. – Dumbledore disse. – Depois falo com o senhor ministro. Sirius aparata com Harry e Hermione para sua casa que eu levo esses três. Molly acho melhor levar as crianças para dormir e amanhã de manhã acho que é melhor assim. Remo se quiser se juntar a nós.

        Olhei para Remo e vi uma coisa que só vi no meu terceiro ano. Dor. Remo estava sofrendo o mesmo que sofrera quando reencontrara o Sirius.

         - Claro Dumbledore.

         Nos despedimos dos Weasley, Harry e eu pegamos a mão de Sirius  e aquela sensação desagradável veio para mim novamente me sugando e um segundo depois estávamos na porta do largo Grimmauld place.

          Entramos em silencio e paramos  em frente a escada. Sirius olhava para Harry com uma expressão de dor e dó.

          Ouvimos a porta abrir e Sirius prendeu a respiração mas logo voltou ao normal e falou.

         - Vocês dois sobem.

         - Mas... – eu e Harry protestamos.

        - Mas nada. – Sirius disse. – Sobem agora.

        - Eles são os meus pais. – Harry disse um pouco alto demais.

         - Te chamamos depois Harry. – Sirius disse.

         Suspirei derrotada. Estava claro que não conseguiria convencer ele do contrario. Se não pode vencê-los junte-se a eles. 

        Peguei a mão de Harry e o empurrei para cima comigo.

      ...

        Pov. Sirius Black.

      ...

           Observei até eles sumiram escada a cima e rumei para a cozinha onde vi Dumbledore entrar com os três. No mesmo instante Remo apareceu na porta com Tonks, assentimos e entramos na cozinha.

         - Ai estão os dois. – Dumbledore disse assim que nos viu. – Boa noite Tonks.

          Minha prima sorriu e sentou numa cadeira perto da mesa.

       - Dumbledore o que está acontecendo? – Remo perguntou. – Voldemort fez mesmo os zumbis?

          Todos agora encaravam Tiago, Lilian e o Digorry abismados.

         - Zumbis? – Lilian gritou. – Estou tão feia assim?

         Ela se virou para Tiago que estava sorrindo.

        - Não meu lírio você esta linda. – ele garantiu.

          E foi como se estivéssemos em Hogwarts de novo, eles brigando mais se amando. Tiago e eu fazendo brincadeiras enquanto Remo tentava nos fazer compreender que era errado.

        - Não Remo, creio que seja eles mesmo. –Dumbledore disse e meu coração deu um salto. – Agora só temos que contar a eles o que aconteceu.

         - Como assim o que aconteceu? – Tiago perguntou.

        - Mas Dumbledore eles não podiam estar aqui. – nem liguei para a pergunta de Tiago.

        - O cachorro não viu que eu perguntei não. – Tiago provocou.

         - Cala boca viado. – ri.

          - É cervo. C-E-R-V-O. – Tiago disse. – Quer que eu repita.

          - Os dois quietos. – gritou Remo. – Até parecem adolescentes.

         - Aluado ta mal humorado. – Tiago brincou.

         - Tiago cala a boca. – Lilian o repreendeu. – Alguma coisa aconteceu e eles vão nos falar agora.

          Olhei pra ruiva e vi que ela estava apreensiva, algo me dizia que ela estava pensando no filho que morreu pra proteger.

             - Respondendo a sua pergunta Sirius.-Dumbledore disse. – Hermione uns meses atrás me contou que ela recebeu uma profecia, e essa profecia foi concretizada hoje.

         - Ela falava sobre o que?

         - Sobre uma antiga lenda de Merlin iria ajudar os bruxos quando eles mais precisassem trazendo de volta três deles. – Dumbledore nos explicou. – Por isso hoje quando Hermione decidiu cortar a linha fina ela os trouxe de volta.

         - Nos trouxe de volta? – Lilian perguntou. – O que aconteceu?

          - Qual é  a ultima lembranças de vocês? – Dumbledore perguntou.

           Diggory levantou o rosto que até agora estava abaixado e disse:

         - O torneio tri-bruxo, eu estava com Harry quando pegamos a taça era uma chave de portal. – o garoto empalideceu. – E eu vi um  homem junto a Voldemort.

        - Eu sei. – falei. – Harry me contou.

       - Harry? – Lily sussurrou se lembrando de algo. – Ò Merlin, meu filho cadê o meu filho?

          - No segundo andar. – respondi. – Mas nos contem qual é a ultima lembrança de vocês.

              - Eu estava com Lily e Harry em casa  quando...Voldemort entrou e me matou. – Tiago disse. – Espere um pouco ele me matou?

          Todos na sala assentimos.

           Os olhos da ruiva brilharam.

          - Quantos tempo se passou?

          -  Quinze anos. – respondi.

           Ela ofegou de choque.

          - Quinze anos? E o meu filho o que aconteceu com ele? – ela perguntou desesperada.

           - Eu o deixei para morar com sua irmã Petúnia. – Dumbledore disse.

            - Você o que? – Tiago e Lily gritaram.

           - Era o único jeito de proteger  ele.

          - Mas e o Sirius? – Tiago perguntou.

           Estremeci com a  lembrança.

           - Ele estava em Azkaban. – Dumbledore disse tão calmamente que me deu raiva. Era da minha vida que ele estava falando.

          - O Sirius em Azkaban? Merlin não. – Lily estava cada vez mais pálida.

            - Mas se estávamos mortos por que voltamos? –Cedrico perguntou. – Para mim mortos não voltavam.

             - Senhor Digorry é por causa de uma profecia. – Dumbledore respondeu.

            - Diggory? – Lilian perguntou. – Você é o filho do Amos?

            Tiago fechou a cara e eu quis rir, foi o primeiro namorado da Lilian, lembro o quão chateado e nervoso Tiago ficou.

             - Sou. – Cedrico respondeu.

           - Já irei mandar uma carta para o seu pai senhor. – Dumbledore disse. – Ele sofreu muito com a sua morte.

            Diggory suspirou tristemente.

           - Me fale mais sobre essa profecia.- Tiago perguntou.

           - A senhorita Granger recebeu uma profecia relacionada a uma magia antiga que Merlin nos deixou antes de morrer. – Dumbledore nos explicou tudo desde a história da morte do bruxo até que Hermione foiem seu gabinete pedir a Judá.

            Não consegui me agüentar em pé e me sentei ao lado de Tonks.

           - Então voltamos aqui por que Merlin nos trouxe de volta?- Cedrico perguntou.

           -Não senhor Diggory. – Dumbledore respondeu.- Essa é uma parte, mas vocês estão aqui por que Voldemort quis fazer um exercito zumbi e pegaram os corpos de vocês para isso, e a profecia se realizou, por que Merlin tinha deixado entre a gente sua magia.

            Aos poucos fomos entendendo tudo que o diretor esta a nos dizer.

           - Melhor todos se sentarem por que temos que contar aos dois aos dois sobre a vida do Harry. -  Dumbledore disse. – Senhor Diggory se quiser falar com o Harry e Hermione pode subir.

          - O quarto deles são no segundo andar, porta direita ou na esquerda. – falei. – Mas provavelmente estão no quarto dela.

          - Ele sofreu muito com a sua morte, o Harry. – Dumbledore falou.

           O garoto assentiu e saiu da cozinha e ouvimos ruídos da escada com seus passos.

           - Por que essa garota tem um  quarto aqui? – Tiago perguntou.

         Remo riu.

         - Bem...É por que... – joguei um olhar mortal para Remo que não parava de rir. – Ela é minha filha.

           Lilian e Tiago arregalaram os olhos.

          - E era ele que nunca iria ter uma família. – Aluado ainda estava rindo.

         - Cala a boca.

        Ele revirou os olhos e Tiago se juntou a ele rindo.

       - Vocês dois parem. – Lily rosnou. – Quero saber sobre a vida do meu filho.Por que não chamamos ele?

         - Senhora Potter, Lilian ele passou toda sua vida sendo maltratado pela sua irmã e sem os pais por que eles estavam mortos. Vamos dar mais alguns minutos para ele absorver a idéia. – Dumbledore disse.

             Lilian abaixou a cabeça triste.

           - Como assim ele foi maltratado pela Petúnia? – Tiago perguntou.

            Ninguém respondeu.

           - Quando ele completou 11 anos eu pedi à Hagrid para buscar ele e levar ao beco diagonal. – Dumbledore começou a explicar. – E quando chegou lá descobriu que ele mal sabia que era um bruxo. Ele veio para Hogwarts no mesmo ano em que Nicolal pediu para que eu protegesse a Pedra Filosofal.

           - Eu já li sobre a pedra no meu sexto ano. – Lilian disse. – Continue.

           - E bem ele mais seus dois amigos, Hermione Granger. – joguei um olhar feio pra ele. – Desculpe, Hermione Black e Ronald Weasley descobriram sobre a pedra e acharam que Snape queria roubá-la.

           -Snape? – berraram Lilian e Tiago ao mesmo tempo.

           - Desculpe, esqueci que vocês não sabem que ele da aula em Hogwarts. – Dumbledore se desculpou.

          - professor Hogwarts caiu muito em termos de professores. – Tiago disse enquanto Lily bateu em seu braço. – Ai.

          Eu estava feliz, por ter o meu melhor amigo de volta. Acho que nem mil palavras conseguiria mostrar como eu estava me sentindo por dentro. Mas eu agora era adulto e tinha que me agüentar por Harry.

        - E ele passou por todas as proteções mágicas que todos os professores fizemos e encontrou outro professor e naquele dia encontrou cara a cara com Voldemort. – Dumbledore disse.

          E ele continuou a contar, falou sobre o segundo ano da câmera secreta e no terceiro que nos reencontramos mas falou tudo resumidamente.E quando começou a contar sobre o quarto Lilian berrou:

        - Você deixou o meu filho participar do torneio tri-bruxo? – Até eu me encolhi, Remo e eu trocamos olhares, mesmo depois que morreu ela continuava a gritar.

         Ela queria correr até Dumbledore e os esganar  porem foi impedida por Tiago que segurou a cintura da ruiva.

         - Pode continuar Dumbledore. – Remo disse.

      E ele continuou e Lily ainda jogava olhares malvados para Dumbledore, mas quando ele contou sobre a luta no ministério até Tiago estava pirando, mas não com o Dumbledore e sim com o próprio filho por ter sido tão idiota a ir atrás de Voldemort.

         - Meu filho ensinou alunos na escola quando Dumbledore fora expulso? – Tiago perguntou orgulhoso.

         Assenti.

         Lilian iria falar alguma coisa, mas fomos interrompidos pois a porta abriu com tudo  e uma Hermione ofegante entrou correndo.

         - Dumbledore. – Ela chamou.

         - O que aconteceu?

        - Harry. – ela disse e todos paralisaram. – Ele recebeu pela moeda da A.D que os comensais atacaram a Toca, pegou a vassoura e saiu voando até lá. Eu dei a minha vassoura pro Cedrico para não deixar Harry ir sozinho.

         - O que? – berrou uma certa ruiva nervosa.

         - Temos que ir agora. – eu me levantei. – Hermione eu  sei que não posso pedir para que você fique por que logo você vai fazer dezessete mas toma cuidado.

          Ela assentiu.

         Nem olhei para Tiago, que pelo que eu o conhecia já deveria estar vermelho de raiva e até medo.Estendi meu braço para Hermione e aparatamos aparecendo no quinta da Toca.

         A casa estava cercada pelo fogo não tinha como sair, todos os Weasley estavam lá menos Gina. Cedrico estava parado ao lado dos gêmeos e na expressão de todos estavam terror.

         Os mais velhos tentavam apagar o fogo que nos rodara com pressa.

        - Cadê Harry? – Dumbledore perguntou assim que chegou e logo atrás estava Remo, Lilian, Tiago e Tonks.

          - Correu até os comensais. – gritou Molly desesperada. – Gina foi junto, não conseguimos apagar o fogo, nem sabemos se ainda estão vivos.

          - Claro que estão. – Hermione gritou ao meu lado. – O Harry sempre se safa, Rony diz a eles Harry é um grande bruxo.

          Olhei para Lilian que estava quase da cor de seus cabelos de preocupação.

     ...

Continua...