Talking To The Moon escrita por Pincharm


Capítulo 21
Capítulo vinte


Notas iniciais do capítulo

Cap. curtinho, um "tira-gosto" pra vocês.
Spoiler: a partir de agora, Bella estará presente sempre, não mais tão distante do Edward.
É hora de tentar fazer as pazes, bebê.



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(Edward’s POV)

Acordo com a claridade em meus olhos, mas dessa vez, menos invasiva. Abro os olhos devagar e vou me dando conta, aos poucos, de onde estou. Tem uma janela enorme numa enorme parede branca. Tudo branco ao meu redor, menos a porta do que eu creio que seja o banheiro, que tem detalhes azuis.

Eu estava bem aquecido, apesar do frio que supostamente fazia do lado de fora daquele quarto. Alguém prendeu o lençol em minhas mãos, do jeito que eu costumo fazer. Minha mãe, eu penso imediatamente. Quem mais saberia desse meu hábito? Eu até conheço outra pessoa que sabe... E que cheiro é esse?

Olho para os lados, levanto um pouco meu corpo, mas tenho certeza que não há mais ninguém naquele quarto além de mim. Quem por um acaso usaria o mesmo perfume que Isabella? Alguma enfermeira? Só pode ser! A não ser que... Bella esteve aqui?

Deve ser coisa de minha cabeça, porque, embora eu odeie assumir isso, sonhei com ela. Sonhei que ela estava aqui comigo, que chorava muito deitada em meu peito, e além disso dizia milhões de vezes que me amava e que ia voltar pra mim. O cheiro que sinto agora deve estar sendo fabricado pelo meu cérebro, que já não é muito normal, afinal.

Passo a mão direita no pescoço e desço por minha roupa, que está um pouco úmida. Lágrimas? Minha roupa estava molhada de lágrimas? Não é possível que isso também esteja sendo fabricado pelo meu cérebro.

Ela esteve aqui? Não foi sonho? Cheiro minha mão, meu braço, a própria roupa ridícula na qual eles me enfiaram, e sim, tem o cheiro dela em todos os lugares.

Sou surpreendido com a porta do meu quarto sendo aberta por meu pai, e atrás dele estão meus irmãos e minha mãe. Eles se aproximam sorridentes e eu sorrio também, mas na verdade eu quero cheirá-los, por mais que isso pareça estranho.

- Bom dia filho. – Diz meu pai. – Dormiu bem?

- Sim, estou me sentindo melhor. – Lhe digo e então aproximo minha cabeça de seu braço, tentando sentir nele aquele cheiro. Ele pensa que quero um abraço e se aproxima mais, para me abraçar. O abraço foi bom, mas o cheiro com certeza não vinha dele.

Meu pai sorri e se afasta.

- Não faça mais besteiras, garotão.

Me sinto uma criança idiota, e sorrio sem graça. Mas o cheiro continua ali, vivo. Me remexo na cama, querendo lembrar de alguma coisa que não seja o sonho, algo que me faça ter certeza que ela esteve ali, comigo. Enquanto isso, meu pai fala que estou recebendo alta e que irei para a casa deles, sem poder dizer não.

Mas eu não presto muita atenção, só quero ter certeza daquilo de uma vez.

- Algo te incomoda, meu bem? – Minha mãe pergunta. – Não quer ir para a nossa casa? Eu acho que você não está em condições de ficar sozinho em Seattle...

- Não é isso. É que... Eu tive um sonho estranho, estou um pouco... impressionado, eu acho.

- Sonho? Desde quando você se importa com sonhos? – Emmet pergunta e eu dou risada.

- Esse foi... real demais. Acho que aconteceu de verdade.

- É algo sobre o que aconteceu no carro? Sobre como você passou mal? – Pergunta meu pai e eu faço que não com a cabeça.

- Eu sonhei com... Isabella. E eu acordei sentindo o cheiro dela em mim, na minha roupa e... nenhum de vocês tem o mesmo cheiro que ela.

- Deve ser alguma das enfermeiras. – Diz minha mãe, aparentemente irritada.

- Não. Não é como se fosse um perfume. No inicio eu pensei que sim, mas não é. É o cheiro dela. Da pele dela.

Todos me olham sem piscar, e depois se entreolham. Estavam me escondendo algo. Eu já sabia que ela tinha me traído, o que mais eles teriam a me dizer?

- Ela esteve aqui? – Pergunto.

- Não. – Diz Emmet seco. – Como ela viria aqui se ela nem sabe que você está em Forks?

Sinto algo em sua voz. Seria mentira? Eu não tinha como descobrir, afinal eu estava dormindo como uma pedra até minutos atrás. Mas aquele cheiro... Como eles explicariam a minha roupa molhada justamente onde, no meu sonho, ela se deitou?

- Tem certeza? – Pergunto.

- Edward. – Chama minha mãe – É melhor tomar um banho, colocar roupas limpas e irmos para casa. Você precisa de um tempo de descanso.

Eles me ignoraram, mas eu os entendo. Isabella não é mais um assunto permitido, até mesmo para mim. Mas duvido que eu consiga ficar em paz sem saber se ela esteve ali ou não.


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