Shadows's Jewel escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo e minha pova. Antes tarde do que nunca. Será que alguém ainda lê isso aqui? Quero agradecer imensamente pela paciência dos leitores de Shadows's Jewel, assim como aos comentários feitos com tanto carinho! Foi por vocês que voltei! E dessa vez para ficar!



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Capítulo VII

 

O grande dragão negro não se absteve em seu ataque ao abrir sua bocarra, deixando uma enorme quantidade de presas afiadas à mostra, enquanto uma esfera de energia se formou, à frente de seu maxilar, em poucos segundos, sendo liberada em um prolongado raio de luz que atingiu uma boa porção da floresta, devastando tudo que encontrou no caminho pelo qual percorreu.

Os dois magos tiveram de ser rápidos. Juntamente desviaram de forma hábil, embora soubessem que aquele não era todo o poder de Acnologia.

— Algum plano? – Laxus perguntou, ainda observando a besta que destruía a floresta.

— O básico. – ela falou segurando o punho da espada e puxando-a ao desembainha-la – Ataque-o.

Na visão de Vênus, não poderiam perder tempo, por isso ela impulsionou-se e pulou para frente aproximando-se da fera, que agora havia pousado na terra rasgada por sua magia fatal. Outras vidas, além dos dois e o grande dragão, não mais existiam. Os magos pareceram pequenos insetos prestes a serem pisoteados.

Em um novo impulso, quando estava próxima à criatura mítica, ela aproximou-se de seu tronco, segurou o punhal da espada com ambas as mãos e deixou a ponta voltada, perfeitamente, na direção do corpo dele. Com a região entre os olhos enrugada, ela esforçou-se o máximo que poderia e concentrou toda força naquele golpe de perfuração.

O olhar, para alguém tão inexpressivo quanto ela, demonstrou estar surpreso, quando ambas as sobrancelhas arquearam-se ao notar que seu ataque nada afetou o físico de Acnologia, ao contrário, a lâmina de sua espada vibrou descontroladamente com o impacto.

Deu um resmungo mal-humorado, enquanto o dragão debateu-se, entre um agitar e outro, para derrubá-la no chão. Laxus, estupefato, apenas a observou. Em seu olhar, uma estranha expressão de fúria e indignação surgiu pela inocência da parceira de missão em ficar vulnerável daquele jeito.

Naquele mar de fúria de Acnologia, tudo pareceu um grande cenário em câmera lenta para Vênus. O ar entrou em seus pulmões vagarosamente e, na mesma velocidade, o soltou. Então seus olhos de águia encontraram os do loiro, neto de Makarov, em desdenho, em impossibilidade. E, naquele singelo momento, ela o odiou. Odiou-o por subestimá-la. Talvez tenha nascido destinada ao desrespeito, à imensidão de dúvida no olhar alheio, pois era o que vinha vivenciando desde seu nascimento. Então… odiou-se pelo sentimento tolo.

Ela era Vênus. E isso bastou. Em meio a um bater de asas do grande dragão negro, em que ele ergueu-se a metros do chão, a maga elevou a palma da mão direita aos céus e, sem qualquer tipo de declamação, um grande símbolo mágico e prateado, marcado por uma forma circular circunscrita a um grande pentagrama, o qual era inscrito em outro e assim por diante; desenvolveu-se até a existência de várias estrelas de cinco pontas, de vários tamanhos e rotatividade.

De longe notou-se a complexidade daquela magia, afinal, como se não bastasse o labiríntico agrupamento de formas e detalhes daquele círculo mágico; grandes pontos brilhantes surgiram do mesmo e caíram, como verdadeiros meteoritos, na direção de Acnologia. Em uma velocidade extraordinária, ela evadiu-se do círculo mágico, enquanto uma chuva de golpes caía do céu, numa grande explosão em contato com o corpo do dragão.

Claro, ela sabia que um único golpe de magia não seria o suficiente para derrotar Acnologia. Com a visão prejudicada pela nuvem de fumaça, a mulher olhou para trás, avistando Laxus pasmo com a facilidade de ela ser capaz de invocar tamanha magia sem conjuração. E todos os pensamentos dele acerca foram abruptamente parados quando o grande dragão negro surgiu, imponente e intocável daquele golpe.

Laxus, na realidade, não soube dizer se estava atônito por surpresa ou se apenas, inconscientemente, permaneceu ali, estagnado, para descobrir algo novo sobre a companheira de viagem, pois muito a observava, como o fato de notá-la apertar o punhal da espada com mais força do que o necessário. Ele viu naqueles olhos violetas a avidez de uma guerreira que não sabia se render.

Então ele não deixou de se recordar do dia em que a viu lutar pela primeira vez na estação de trem. Naquele dia não apenas o solo sofreu as consequências do golpe de Vênus. O chão embaixo dos trilhos desabou num fundo poço, levando consigo um dos vagões, deixando apenas a parte de cima do mesmo a mostra.

Dali em diante, para fugir do exército real, eles adentraram em um deserto, no entanto, não sem antes buscar interrogar um dos integrantes do grupo que os atacou.

Nós sabíamos que a Fairy Tail estava encarregada da missão de 100 anos. Não demorou muito para descobrirmos que o neto de Makarov ficou incumbido de finalizá-la. um dos integrantes que os atacou começou a falar após uma ameaça bem reforçada feita pela dupla — Não imaginávamos que viria mais alguém junto; e, se caso viesse, que não seria forte como o neto de Makarov.

Os dois não se impressionaram naquele momento. Laxus era famoso demais para os rumores não se espalharem. No entanto, eles queriam saber o motivo de eles desejarem os parar.

Por que nós a queremos? — o homem riu debochadamente — Não é óbvio? Queríamos poder!— confessou.

Mas a joia mata o que estiver em sua volta.— Laxus resmungou, a entonação debochada do inimigo estava o irritando, além do mais, ele descobriu algo sobre Vênus, queria, igualmente, questioná-la.

Doce ilusão a sua, neto de Makarov.— a expressão do homem se aproximava a de um psicopata — A joia apenas mata pessoas como vocês, que buscam destruí-la com esse ego de heroísmo o qual possuem. - então ele deu uma leve pausa — Mas pessoas como eu, a joia acolhe e aumenta seu poder.

Depois disso eles notaram que, cada vez mais, a presença do exército se aproximava.

Não tem problema perder agora. Futuramente vocês morrerão pelo próprio poder da joia. — disse antes de Laxus nocauteá-lo.

Depois disso, ambos fugiram da cidade e embrenharam-se no deserto, em meio ao nada, em que, nos primeiros momentos, apenas permaneceram em silêncio. Contudo, o loiro não deixava de encarar a parceira de missão a todo instante.

Você faz parte daquele clã! — ele não se aguentou e falou.

Fazia. — Vênus continuou andando, sentindo os pés afundarem na areia fofa.

É um dos clãs mais antigos e reclusos. Ninguém consegue contato para entrar e não imaginava que se pudesse sair.— estava pasmo. Pelo que leu e ouviu na história do clã Feuer Blume (Flor de Fogo), os integrantes viviam em um vilarejo afastado de tudo e todos, qualquer um que se aproximasse era considerado inimigo, tanto o era que quando o rei buscou entrar em contato com eles, seu batalhão acabou sendo morto, por apenas um dos integrantes do clã.

Na época que Laxus leu sobre o clã era ainda um pirralho. O tal incidente quase causou uma guerra, mas, no fim, conseguiram entrar em um acordo. O clã permaneceria em sua reclusão, sem que ninguém os importunasse, e nada mais fariam, senão alertar os intrusos de que deveriam partir daquela sagrada região à qual pertenciam.

Eu não entendo. O pouco que se sabe do seu clã, é o fato de que apenas os homens possuem os mesmos poderes que você. As mulheres nascem com habilidades mágicas para cura. — continuou ante o silêncio dela.

E?— Vênus questionou, continuando a viagem, não queria voltar ao passado.

E? Sério? “E?” Você faz parte de um dos clãs mais antigos do mundo e não tem nada a falar? — parou de andar, ao passo que ela deu mais alguns passos a frente, estagnando e volteando o corpo para trás.

Uma tempestade de areia está vindo nesta direção.— alertou o parceiro da missão.

Eliza! — a exclamação a fez respirar fundo.

Fazia. Fazia parte. Podemos continuar? - voltou a andar, fingindo prestar atenção no aumento da força do vento — Uma tempestade se aproxi…

Ela parou de falar quando o loiro ficou a frente dela, segurando-lhe pela armadura.

Você poderia ser reconhecida. Ter sucesso. Fãs aos seus pés. Fotografada como Mirajane e Erza.— esbravejou contra ela.

Não busco sucesso. - disse simplesmente.

Apenas um dos integrantes do seu clã destruiu um batalhão inteiro. Como posso confiar em você?— questionou, movendo-a a ponto de bater as costas contra um rochedo.

O que quer que eu diga? — ela questionou em um resmungo rosnado.

Por que saiu de lá? - o clima estava pesado entre os dois, algumas linhas de raio dourados se formavam no ar e dissipavam-se em várias ramificações.

Pelo mesmo motivo de estar aqui. — os olhos violetas fixavam-se nos azuis acinzentados — Porque eu quis. — e ali ela já começava a demonstrar irritabilidade pela abordagem do loiro.

O que você busca?! - questionou-se se Makarov tinha conhecimento daquilo e só em pensar que a Fairy Tail poderia correr algum risco, o sangue do rapaz fervia.

Liberdade. — dessa vez a resposta saiu honesta o suficiente para o loiro arquear as sobrancelhas e afrouxar o aperto — Você não deseja viver em um lugar onde os outros o tratam como uma aberração. Não, eu não poderia sair, mas eu o fiz. Não sem ser morta. — ela inclinou a cabeça para o lado, mostrando a cicatriz que cortava o famoso símbolo de nascença àqueles que pertencem ao clã — E não. Não quero reconhecimento, porque não quero chamar a atenção deles. — respirou fundo, desvencilhando-se de vez do loiro — Isso é o suficiente?— questionou, voltando a andar pelo deserto.

Enfrentando o dragão negro ele a observava. Combatente e destrutiva, ela sabia que, de alguma forma, sua magia afetara Acnologia. Por isso desistir não estava em seus planos, muito menos naquele momento em que não poderiam voltar atrás. Assim, a lâmina da espada reluziu torneada pela magia de Vênus e Laxus Dreyar soube, no momento em que a viu, o rompante esbravejado de sua força. Era aniquiladora.

 

Continua...

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Notas finais do capítulo

Eu agradeço quem me acompanha ou acompanhou até aqui!!! Um grande abraço a todos!



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