Shadows's Jewel escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 12
Capíulo XII - Em busca de El Dorado - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olááááááá meu povo e minha pova! Quero, antes de qualquer coisa, dar aquele super agradecimento ao Blouse-kun por sempre acompanhar o fanfic e deixar aqueles super comentários fantásticos que animam qualquer escritor babão de leitor.
Outro... quero agradecer a todos que vêm lendo a fanfic. O número de acessos só tem aumentado cada vez mais! Fico super feliz por isso!!! Espero que em algum momento da história vocês se sintam confortáveis em falar o que estão achando.
Por último, espero que o capítulo de hoje tire suspiros, boas risadas e lhes dê grandes expectativas!
Boa leitura a todos.



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Capítulo XII

Em busca de El Dorado – Parte 1

 

Emoção é o ato de resposta a um estímulo do ambiente, de algo ou de uma pessoa. Uma manifestação sentimental de uma experiência pessoal. Ao deparar-se com um inimigo mais forte, sente-se medo. Deliciar-se em uma boa guloseima, gera satisfação. E, talvez. Apenas talvez. Beijar a pessoa da qual se gosta, realiza-se o prazer e a felicidade atuando em unicidade.

Ali, eles se encararam, sôfregos, não tardando para que Laxus tomasse aqueles finos lábios, no formato de coração, contra os seus. O peso de seu corpo sobre o dela, fê-la se inclinar para trás, deixando-o quase que completamente sobre a maga. A mão afundou-se nos longos cabelos negros, enquanto experimentaram o sabor do outro.

O desconhecido foi explorado. Emoções novas, jamais sentidas fizeram-na recuar, empurrando-o para trás. Os olhos violetas levemente arregalados, enquanto a mão posicionara-se sobre os lábios. O beijo em si não era uma novidade, porém, o fio de gelo que subiu por suas costas, fazendo sua pele arrepiar-se… ah, aquilo era totalmente distinto de qualquer sensação já sentida.

— Eliza… - Laxus calou-se diante o olhar da mulher, logo, ele percebera. Existiam gestos que precisam ser compreendidos.

Para o mago havia uma singela diferença entre entender e compreender. Entender é a capacidade de pensar os atos que lhe são dados e deles concluir um fato. Compreender seria internalizar esse entendimento para si. É fácil entender os motivos de um indivíduo buscar vingança por aquele que matou sua família, no entanto, compreendê-lo, sentir, como se em sua pele estivesse, era algo totalmente diferente.

Por isso ele não se preocupou ou, sequer, manifestara-se. O homem acreditou, veemente, em seus complexos pensamentos de que Eliza até tinha entendido o beijo como um ato, mas compreender seus motivos talvez ainda a deixasse confusa.

— Está tudo bem. - buscou tranquilizá-la, passando a mão pelo cabelo loiro. Os fios claros já começavam a incomodá-lo pelo tamanho de mediano para longo — Está tudo bem. - reconfortou-a, recompondo-se ao se afastar dela.

Como um animal selvagem, ela apenas o encarou, sem palavras. Estava surpresa demais. Alerta demais. Por isso suspirou e levantou-se, pegando sua armadura. Num ato mágico, o metal contornou seu corpo, fechando-se ao modelá-la por completo. Tudo ficaria bem. Ali, com a armadura em sua volta, estaria protegida.

— Acho que deveríamos continuar. - a sobrancelha do loiro se arqueou — A viagem, digo. - o estreitar dos olhos dela foi uma resposta ao olhar debochado do mago.

Obviamente ele se sentiu estranho. Por um momento pensou em buscar abordá-la, mais uma vez, todavia, Eliza era arisca e desconfiada. Imaginou se, em algum lapso da vida da maga, ela fora capaz de se apaixonar por completo. Logo, o loiro dissipou a ideia. Ela era reclusa demais, introspectiva demais. Investir em um momento em que ela estaria na defensiva, não seria o melhor movimento a se fazer.

Por isso, a decisão era manter a normalidade. Então, Laxus riu com a expressão dela. Assim como a armadura a vestiu, bastou um passe de mágica para voltarem ao normal. Não era como se nada tivesse acontecido, aquele gesto apenas demonstrou que tudo era possível acontecer.

E, em um gesto mútuo, eles saíram daquela caverna, determinados demais para voltar atrás.

— - -

Sob um estranho déjà vu, Laxus viu-se a encarando entre espiadelas, às escondidas, pelo caminho. Andaram por horas pelo que restou da floresta, onde boa parte do tempo, o silêncio os fizera companhia. Ele queria saber o que a mulher tanto pensava.

Quando estavam a certo nível de desconforto, sentiram-se aliviados ao avistarem um grupo de camponeses, caminhando pela estrada. Falavam, alterados, em como dariam conta dos impostos ante a morte da plantação, logo, eles silenciaram-se ao notarem ambos os magos os observando.

— Vocês saberiam nos informar se há alguma cidade próxima? - Laxus questionou tranquilamente, se havia algo que desejava muito, era encontrar uma cidade onde pudessem dormir em algum lugar confortável, comer algo saboroso e tomar um bom banho.

— Sim. A nossa. - um dos camponeses se manifestou, cruzando os braços frente ao peito — Por quê? O que querem? - questionou de forma agressiva.

Tanto Eliza quanto Laxus mantiveram a expressão calma, embora acreditassem ser desnecessário aquele tipo de atitude agressiva.

— Estamos viajando há muito tempo e gostaríamos de um local para passar a noite. - explicou cordialmente, inclusive, algo atípico do mago, uma vez que quem cuidava dos momentos de cordialidade era Freed. No entanto, soube que, se deixasse no encargo de Eliza, provavelmente o camponês estaria sem cabeça.

Aquela frase pareceu manifestar interesse dos camponeses, se fosse para passar a noite, isso demonstrava que os magos possuíam dinheiro.

— Estamos indo para lá agora. A cidade é pequena, mas possui muitas acomodações. - outro homem se manifestou, daquela vez mais afável.

Entre os cinco camponeses, era notável que um, em específico, tinha um semblante de preocupação ao encarar os dois viajantes. Em um mundo, onde noventa por cento dos humanos não possuíam magia, era difícil dizer, apenas pelas vestimentas e pose, se alguém era mago, ou não. Eliza havia transformado sua armadura em algo semelhante a uma vestimenta comum, então seria difícil encararem-na como uma maga.

— Certo. Iremos acompanhá-los. - Laxus confirmou.

— Não! - o camponês de semblante preocupado se posicionou frente aos demais que buscavam barrá-lo — Nossa cidade está dominada por uma guilda das trevas. Nos acompanhar poderá torná-los alvos. - falou em alto e bom som para os dois magos — É injusto não os avisar! - as palavras foram direcionadas, daquela vez, para os próprios amigos.

O silêncio predominou no local. A estrada era de terra batida que, com o tempo, formara várias rachaduras.

— Não tem problema. - Laxus sequer precisou consultar a companheira de viagem sobre o assunto — Saberemos nos cuidar. - interrompeu o camponês que os avisou — Agradecemos pelo aviso.

Sem proferirem uma palavra ao menos, eles seguiram os camponeses por mais uma hora naquele caminho. Surpreenderam-se ao chegarem na entrada da cidade. Não era um local, aparentemente, pequeno, entretanto a vista e o clima eram tão apáticos e sem vida que mais se assemelhou a uma cidade-fantasma.

— Você notou? - Laxus questionou baixo, próximo ao ouvido de Eliza.

Aquela aproximação fê-la respirar profundamente e, de forma involuntária, estranhou aquela reação, buscando expulsá-la de seus pensamentos naquele momento para prestar atenção, respondendo ao mago com um leve balançar da cabeça.

O local pareceu-lhes um deserto. Não se viu qualquer pessoa na rua senão os magos e os camponeses. Apesar disso, a morena sentiu algumas presenças mágicas os observando, todas buscavam esconder sua presença, embora tivessem um resultado nulo já que tanto ela quanto Laxus os notaram.

— Vocês querem passar a noite, não? - um dos camponeses questionou, recebendo a concordância de Laxus — No final da rua há um hotel, onde vocês podem ficar. - apontou a direção.

— Há algum lugar onde possa cortar o cabelo? - o loiro questionou, paciente.

Os camponeses estavam assustados e temerosos, pelo jeito não compreenderam a calmaria que envolvera os dois forasteiros.

— Sim. Dom Zurick poderá arrumar seu cabelo. - a voz do camponês estremeceu.

O clima de medo perdurou, principalmente quando se iniciou um burburio próximo às redondezas. Perto de onde estavam, havia uma praça. Lá um grupo de pessoas se ajoelhou enquanto sete magos riram debochadamente da situação.

— Yahn, nós ainda não conseg…

— Eu avisei Connor! - um mago alto e atlético, o denominado Yahn, adiantou-se frente a Connor, um senhor grisalho e pele enrugada, responsável pela cidade como se um prefeito fosse — Eu não apenas avisei como estendi o prazo! Veja como sou bom. - elogiou a si mesmo — E o que você faz? Tenta me comprar com umas galinhas e frutas podres. - retirou de dentro de um balaio alguns tomates podres, jogando-os no rosto do homem.

— Nos dê até o final de semana! - Connor disse, enquanto seu corpo convulsionou em espasmos involuntários pelo medo.

— Não há mais prazo! - Yahn esbravejou, batendo o pé no chão, fazendo os demais companheiros rirem — Mas vocês precisam aprender… - estendeu o braço e próximo a palma da mão masculina uma espada se formou — … que prazos não podem ser descumpridos! - a expressão do homem, que utilizou a mesma forma de magia de Erza, foi de debochada a sombria em frações de segundos.

Os moradores que estavam ajoelhados atrás do líder fecharam os olhos, as mulheres emitiram um gemido de dor e repreensão quando o mago ergueu a espada em direção à cabeça de Connor. Depois, o desenrolar dos atos aconteceu tão rápido, que tudo parecera…. Mágico.

A espada do mago iniciou um processo de descida e, quando Connor perdera as esperanças de salvação, tudo se silenciou seguido de um estrondo e batida, além do fincar de algo em madeira. O líder, então, abriu seus olhos. Yahn tinha em mão apenas metade da espada, enquanto parte da lâmina repousara no chão.

Olhando para o lado, Connor avistou uma segunda espada fincada no tronco de uma árvore. Era uma espada totalmente bem trabalhada e de aparência pesada. Curioso, o homem grisalho girou, rapidamente, a cabeça para o lado, quase ouvindo um estalo pela rapidez e força que o fizera, logo, os olhos castanhos se arregalaram ao observar um casal desconhecido a postos, encarando o grupo de magos.

— Ora, ora. - Yahn resmungou, encarando os dois forasteiros recém-chegados — Parece que alguém deseja entrar na brincadeira. - finalizou a frase em um quase rosnado.

Contudo, ficou extremamente estarrecido ao notar que o casal não prestou atenção em uma palavra sequer do que ele dissera, ao revés, ambos se encararam e conversaram alguma coisa sobre quem ganharia.

— Você sempre se mete em confusão. - Laxus resmungou, girando os olhos.

— Estás aqui não porque eu o trouxe. - Eliza retrucou, encarando com os olhos violetas estreitos — Falando assim até pareces estar com medo. - alfinetou-o como ele sempre fizera com a maga.

— Quem derrubar mais paga tudo pelo tempo que ficarmos aqui. - o loiro estendeu a mão, vendo uma sobrancelha de Eliza se arquear — O quê? "Ficastes com medo?" - provocou-a ao a imitar.

Os lábios femininos moveram-se em um largo sorriso, como se ele soubesse perfeitamente lidar com a mulher. A cabeça moveu-se positivamente quando ela estendera a mão para selar a aposta.

— Hey! - Yahn gritou e uma pequena veia saltou na testa do mago enfurecido.

Laxus e Eliza saíram daquele mundo que haviam criado e olharam para o outro mago com seus comparsas em um semblante de raiva e indignação.

— Vocês vêm até a minha cidade, sozinhos e, ainda, se atrevem a se meter em meus negócios. - o homem rosnou — Pode ter destruído minha espada, mas enquanto você tem apenas uma, eu possuo várias. - bravejou estendendo a mão para que pudesse invocar uma nova arma.

Nada surgiu.

O mago tentou outra vez…. Nada.

— Sua magia, às vezes, é engraçada. - Laxus riu ao notar que o que impedira o mago de usar sua magia, nada mais era do que a própria mágica de Eliza.

— Lembre-se de nossa aposta. - a mulher o alertou.

E daquela vez, foi ele quem se surpreendeu com aquelas palavras. Principalmente quando a morena deu um passo a frente, erguendo um dos braços, com a palma da mão aberta, ao céu. Um gigantesco círculo mágico prateado se moldou no azul-celeste em uma circunferência que o loiro acreditou ser do tamanho da cidade.

O círculo e seus demasiados símbolos mágicos giraram uns circunscritos aos outros até que, simplesmente, ele enxugou-se e sumira. O único que se moveu era o vento e seu efeito sobre as copas das árvores. Todos os magos souberam que algo aconteceu.

Tiveram plena certeza de que nada tinha acabado, quando um pequeno círculo mágico, igual ao que aparecera no céu, surgiu sob os pés de Yahn, todavia, não apenas nele. Embaixo dos pés dos demais magos que os acompanhava, igualmente, surgira o desenho mágico.

— Mas…

Um segundo mago, da mesma guilda de Yahn, calou-se quando fios de energia prateados os rodearam. Pela cidade inteira o grito de desespero foi escutado quando a magia de Eliza começou a, simplesmente, desfazer a existência mágica em seus corpos.

Em poucos segundos de contorção e agonia, todos estavam desacordados no chão.

Eliza respirou profundamente e com um sorriso estampado na cara, olhou para Laxus que tinha um profundo semblante de irresignação.

— Já disse que sua magia é muito chata? - o loiro questionou.

— Estou com fome e… - ela deu duas batidinhas no ombro do parceiro —… és tu quem pagará. - riu ao observar a expressão hilária no rosto do loiro, com os lábios entreabertos entre um riso cômico e um ponto de indignação.

Ela parou, por alguns segundos, para apenas o ver. A pele clara, os olhos que a focaram com afinco e intensidade, os cabelos loiros mais longos pelo tempo que lhe davam um charme a ponto de fazer Eliza simplesmente perder o compasso de sua respiração. Havia um novo ritmo em seu coração e, muito embora, ainda não soubesse dizer ao certo do que se tratava, a verdade era que realmente estava gostando.


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Notas finais do capítulo

Eeeee mais uma vez estamos acá! Curiosa para saber o que acharam! Espero que tenham gostado e que o rumo tomado na história os tenha agradado. Coloquei a imagem de capa do capítulo XI e XII no meu perfil e na página do facebook caso queiram dar uma espiadinha!
ATé o próximo capítulo pessoal! Um beijão a todos.



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