Shadows's Jewel escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 11
Capítulo XI - Os Olhos de Vênus


Notas iniciais do capítulo

Olááááá pessoal! Venho trazer mais um capítulo para vocês! Hoje, com muito carinho, trouxe algumas surpresas no decorrer do capítulo TCHARAM! ahahahahah
Quero agradecer especialmente ao Blouse-kun que vem acompanhando semanalmente. Blouse-kun venho sempre buscando melhorar!!!Agradeço também minha irmã caçula (Mille Evans) que também tem lido a fanfic.
Tenho estado bem surpresa, o número de acessos aumentou absurdamente! Isso me deixa, de certa forma, feliz, pois, embora sejam leitores fantasmas, ainda assim, é possível notar que os acessos se estendem, inclusive, aos últimos capítulos postados! Aeeeewww!!!
Mas enfim... chega de enrolação e bora lá para o capítulo! Espero que gostem!!!



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Capítulo XI

Os olhos de Vênus

 

O fogo crepitou, conforme a lenha era tomada pelas chamas. Laxus moveu o ombro ferido algumas vezes, verificando como ficara sua mobilidade. Mais satisfeito do que nunca foi, agradeceu por conseguir recuperar-se por completo. Avistou Eliza, no canto oposto da caverna, limpando e falando com a armadura, como se esta estivesse a ouvindo.

— Bom saber que você continua ranzinza como sempre, inclusive com sua armadura. - Laxus se pronunciou, sentando-se ao lado da maga.

A mulher girou os olhos, aquele mês servira como uma construção de laços entre os dois. Ainda que aquele laço, às vezes, fizesse-a ter vontade de socar o parceiro de missão.

— Pelo jeito estás pronto para outra. - provocou-o.

— Que essa ‘outra’ fique para bem mais longe. - riu ao vê-la revirar os olhos mais uma vez — Acho que você sentirá falta do meu casaco agora, não? - ele questionou quando a observara ajeitar o casaco sobre os ombros.

— Essa pele de babuíno. - resmungou, ranzinza.

Laxus riu gostosamente com o jeito dela. Durante aquelas duas primeiras semanas de sofrimento – graças às meias habilidades de cura de Eliza –, o loiro descobriu uma outra personalidade da maga. A morena poderia agir seriamente como desejasse, porém, no fundo, sua bondade era de tamanha grandeza que foi capaz de fazê-lo se encantar.

Na primeira semana, eles estavam apenas acabados. Ergueram-se pela simples necessidade de buscarem água e alimento, além de mais plantas medicinais para as feridas. Serem magos os fez recuperarem-se mais rápido do que uma pessoa comum, contudo, foram dias de extrema dor e exaustão em que um buscou cuidar do outro.

No início da segunda semana estavam consideravelmente melhores. Moviam-se com mais mobilidade e sem tantos gemidos de agonia. A febre cedeu e o sono não se mostrara constante a ponto de os fazer conversar por mais tempo. Laxus descobriu coisas incríveis sobre a mulher, como era doce em momentos descontraídos, em que sequer notara a guarda baixa; ou do sorriso introvertido, quando os lábios ficavam charmosamente tortos.

Obviamente, os feitos dela, como maga classe S, tornaram-se estupendos e a missão em que ela adquiriu a maldição de salomão fora uma delas. Na realidade a missão de Anúbis, não era classe S e sim uma de dez anos. Pelo que a maga contou-lhe, por tentar evitar um uso excessivo de magia, Anúbis, como era nomeada a criatura parte humana e parte animal; cravara-lhe uma estaca de magia em seu abdômen. No momento em que a estaca atingiu-lhe a pele, a mesma sumira, dando espaço à marca da maldição de Salomão.

No dia, Laxus perguntou a ela como escapara da maldição. A resposta da mulher, para o desespero do loiro, foi de que teve de ‘ativá-la’. Com aquela resposta, ele não soube se a maga estava o zoando ou se era completamente insana, todavia, provou ser real ao descrever cada passo de como fizera para se recuperar nos três meses de retorno da antiga equipe de TenrouJima.

— Eliza…

— Arrependo-me profundamente de ter lhe contado meu nome. Tu pareces uma criança que acabas de aprender uma nova palavra. - ela o alfinetou.

— Adoro a forma como você fala. - a confissão saiu espontânea, antes mesmo de ser capaz de pensar.

Ela se surpreendeu. Os lábios entreabertos foram o resultado daquelas palavras. Por outro lado, Laxus apenas buscou não se constranger com a falta de controle sobre as próprias palavras, então, para o homem, o melhor foi apenas continuar com a conversa.

— Por que você decidiu usar magia, enquanto possuía a maldição? - buscou a pergunta nas lembranças.

— Naquele dia… - a resposta iniciou-se tímida —… em Tenroujima. Nada pude fazer senão assistir o que poderia ser o fim de boa parte da Fairy Tail. Mestre Makarov acolheu-me com tanto carinho e em nada pude retribuir a não ser encarar de longe o nosso massacre. - bufou com determinada indignação.

Com o silêncio de Laxus, ela ergueu o olhar, fazendo seus orbes se encontrarem. Ele pareceu vislumbrado com a expressão zangada da maga, vidrado naqueles olhos violetas que mais se assemelhavam a duas grandes órbitas brilhantes. Contemplou, com muita nitidez, a vida. Se, em algum momento, alguém lhe questionasse o que era vida, pelo menos ali, Laxus seria capaz de responder algo concreto.

“Os olhos de Vênus!”

— Está tudo bem? - a mulher tirou-lhe os pensamentos.

— Sim. Amanhã continuamos a viagem? - retrucou, passando a mão pelos próprios cabelos.

— Acredito que sim. Não encontramos pista alguma ainda. - ela respondeu, deslizando um pano sobre a armadura.

— Partindo do princípio de que encontramos Acnologia… - matutou — … ao menos sabemos estar no caminho certo. - completou.

— Então amanhã partimos. - parou de lustrar a armadura — Tua magia retornou por completo? - questionou.

— Sim. - um sorriso de canto se formou quando o loiro estendeu o braço a frente e sobre a palma da mão aberta uma esfera de raios dourados surgira, no tamanho de uma bola de beisebol — E a sua? - também teve de perguntar.

Como se fosse desafiada por aquela pergunta, o olhar determinado o atingiu e, enquanto o som da eletricidade estalava pela magia de Laxus, a mulher sorriu, fazendo a esfera de raios do mago da Fairy Tail iniciar um estranho processo em que se tornava prateada até se evaporar por completo.

— Sua magia é tão estranha. - o homem girou os olhos, enquanto a ouvira rir.

Estavam receosos. Se no meio do caminho já se depararam com um inimigo que quase os matou, quiçá o próximo realmente concretizasse o feito. As feridas mantiveram-se vivas, ainda que não fisicamente, mas em suas mentes, a ferocidade de Acnologia definitivamente os abalara de alguma forma.

Quando Eliza terminou de limpar a armadura por completo já era noite. Laxus saiu e retornara durante aquele meio tempo, com alguns peixes e frutas as quais ambos preparariam para a refeição. Em lados opostos da fogueira, que crepitou por boa parte daqueles dias, o silêncio estranhamente reinara. Era inexplicável a sensação de que, a partir do momento em que ela voltasse a usar a armadura, a blindagem de Eliza seria restaurada.

Aquela armadura representava tantas coisas. Talvez fosse por este motivo que a morena tenha demorado tanto para finalizar. E entre um mastigar e outro, eles se espiaram, imersos em seus próprios mundos. A sequência de atos assemelhou-se como os demais dias, a não ser pelas palavras não ditas.

Deitaram-se lado a lado, observando as vastas sombras das chamas que se formavam nas paredes da caverna, fecharam seus olhos por um singelo momento em que, quando menos notaram, imergiram em um sono entranhado de dúvidas. E, mesmo estando temerosos pelas incertezas do dia seguinte, eles, sem sequer notarem, inconscientemente, deixaram seus dedos entrelaçaram-se, como um desejo em comum de seus íntimos de ficarem juntos.

Talvez, fosse por saberem, lá no fundo, de seus sentimentos, que a surpresa não foi de tamanha imensidão ao acordarem e se depararem com aquele estranho gesto. Eliza soube, no momento em que processou aquela imagem, que o parceiro acordara há algum tempo. Na realidade, fazia quase três semanas que a maga simplesmente perdera-se em seu sono.

Ela sentou-se, sem desvencilhar sua mão da dele, e o observara. Os olhos azuis acinzentados imediatamente abriram-se, focalizando-a. Uma atípica arritmia fez o coração de Eliza balbuciar em batidas sem ritmo certo, algo que jamais sentira.

— Sente-se. - ela falou em um tom de ordem.

Sem desfazer os laços de seus dedos, ele seguiu o pedido dela. Laxus era experiente no tocante a relações amorosas, mas o que lhe era costumeiro tornara-se inusitadamente novo. Um rio de sensações fora do ordinário.

Os segundos tornaram-se espaçosos e lentos. O cenário não passara de mero segundo plano, como se fosse um lugar distante deles. Estavam embevecidos pelo clima envolvente de um destrinchar de ações subsequentes. E estavam travados. Tragados apenas pelo mero olhar, todavia foi Eliza quem pressionou o enlace de suas mãos e inclinara-se selando seus lábios.

O beijo fora breve, um rápido toque de seus lábios. Mas, ao mesmo tempo, era muito mais do que eles pensaram ser. Aquele beijo instigou-lhes tanto que sequer raciocinaram quando Laxus colocou a mão sobre a nuca dela e a trouxera para si, não para um abraço amigo, e sim para saciar aquela barreira que se rompera. A do desejo.

Perderam-se no tempo. Nas sensações. Nos gostos e texturas. Nas batidas descompassadas de seus corações. No calor emanado de suas peles e respirações afobadas. Então, aquilo que se iniciou com um singelo toque de lábios tinha se transformado em uma quimera de sentimentos antes ocultados.

Ao separarem-se em busca de ar, depararam-se com os últimos crepitares da fogueira. E, embora lá fora o dia tenha raiado, no fundo da caverna o breu tornou-se quase completo quando as chamas não passaram de pequenos fios de fogo, quase mortos.

Outrora, em contraste com a escuridão aqueles orbes violetas brilharam. Então, ele apenas sorriu. Realmente, ratificou seus pensamento. Se alguém lhe questionasse sobre o significado da vida, não haveria outra resposta.

— Os olhos de Vênus. - ele disse ao nada, deixando de ver a expressão de incerteza da maga.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Eeeeeeeee meu povo! O que acharam? Gostaram? Odiaram? Inesperado? Nenhuma das alternativas anteriores?
Fico curiosa pela opinião de vocês! Espero que tenham gostado!
O próximo eles já retornam para a missão. Será que tudo continuará o mesmo? Acredito que o nome do próximo capítulo seja "Em busca de El Dorado"

Eu não tive tempo de colocar o link da capa do capítulo no meu perfil do Nyah! Mas se quiserem dar uma espiadela, basta acessar a página do facebook "Alexiel Suhn" que a capa estará lá postada!

Aguardarei vocês para o próximo capítulo!
Beijão.



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