Spying on the Fairy Hills escrita por Jereffer


Capítulo 7
Capítulo Bônus: Dragon Sense (Fl pt3)


Notas iniciais do capítulo

Yo! Ainda doente, então aqui vai mais uma parte do capitulo final. Yep, isso é uma continuação, eu só coloquei outro nome por combinar mais com o capitulo.
Esse capitulo vai para NexusTB, autor de uma recomendação.
Enjoy ;D



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– Esse é o restaurante que o Natsu escolheu? – disse Levy divertida.


Ela sabia que seria um local no mínimo excêntrico, mas sua imaginação havia o subestimado.


O local era pelo menos duas vezes maior e mais luxuoso que a prefeitura da cidade, mas sua estranheza começava no fato de toda a fachada ser esculpida na forma de um dragão com a boca aberta, que era onde ficava a porta.


– Sim – disse Gajeel conduzindo ela até a porta cortando fila - Agora você entendeu porque Dragon Slayers são tão bem recebidos? O dono é completamente pirado.


Alguns engravatados começaram a protestar, e quando o segurança ia se pronunciar, Gajeel simplesmente mostrou o símbolo da Guilda em seu ombro.


– Desculpe a inconveniência, Senhor – disse o guarda abrindo espaço – Os membros da Fairy Tail estão convidados a se juntar ao senhor Dragneel na área privativa.


Enquanto eles eram conduzidos para o interior , Levy tentava segurar a gargalhar.


– Com uma frase, ele recebeu mais respeito do que em toda vida.


– Quem sabe seja lucrativo eu conhecer esse cara louco por dragões – disse ele ao olhar a decoração: Em todas as paredes havia lareiras em formas de bocas de dragão e o teto era cunhado em algo que lembrava a escamas de um dragão.


– Isso eu concordo – disse Levy apontando para o fundo da área privativa.


Sentado em uma cadeira de espaldar alto que mais parecia um trono, Natsu observava o ambiente com desinteresse, enquanto um violinista particular tocava próximo a ele.


– Essa é a cena mais estranha que eu já vi – disse Levy enquanto eles se aproximavam.


– Levy! Gajeel! – disse ele animadamente – Se vocês já chegaram aqui, quer dizer que a nossa víti..., digo, o Gray e Juvia chegarão aqui logo.


– Natsu, não se ofenda, mas posso perguntar porque você está tão normal?


– Seja mais especifica.


– Você não está comendo, não a ossos e pedaços de comida voando, etc? – perguntou ela.


– Isso tem uma explicação razoável - disse ele rindo – A comida daqui é péssima, mas tem algumas vantagens, veja.


Dizendo isso, ele estalou os dedos.


– Senhor? – um garçom se aproximou tão rápido que Gajeel cogitou ele ter se materializado.


– Uma acomodação adequada para meus amigos, o Dragon Slayer ali e a bela dama – O garçom saiu em disparada, voltando logo depois com uma força tarefa de ajudantes, que trouxeram cadeiras luxuosas como a em que Natsu estava sentado, e uma mesa bem maior que a média.


Levy riu lisonjeada, e Gajeel quase ficaria impressionado, se não tivesse visto a piscadela de Natsu enquanto um “Dicionário de palavras cultas para idiotas. versão de Bolso” sumia novamente para dentro de seu paletó.


“Usar livros para compensar a deficiências de aprendizado” pensou Gajeel “Parece que ele não é tão estúpido como o tacham”.



Não muito longe dali, Gray estava enjoado. No sentido literal.


Ele não era nem de longe parecido com o Natsu, mas aquele veiculo era um liquidificador sobre rodas, devido ao fato dos pássaros não conseguirem manter um passo constante.


– Já está se sentindo melhor, Gray-sa... Gray? – perguntou Juvia entrando em seu campo de visão.


Ele estava deitado no banco com a cabeça no colo dela, e ele quase podia ouvir seus neurônios entrarem no modo de emergência, devia ser algo do tipoA, contato corporal excessivo detectado, risco de reação física constrangedora é iminente.


“Esfrie seu sangue, Gray” pensou ele “Pense em ursos em decomposição”(n/a: temo que apenas garotos entendam essa citação)


– Eu estou bem – mentiu ele colocando seu corpo na posição correta – Eu vou matar o Natsu – aquela frase sempre melhorava seu estado de espírito.


Mas o fato de eles terem parado deve ter sido o que o fez melhorar.


Ele evitou gritar "liberdade" ao sair da carruagem, pois podia ser mal interpretado, e enquanto oferecia auxilio para Juvia descer, o cocheiro lhe entregou um pedaço de papel, onde estava escrito com a letra rabiscada do Natsu “Não se preocupem com a fila, apenas diga ao guarda "somos os convidados especiais do Salamander”


Ele achou que um dos guardas (o que não disse nada) se parecia suspeitamente com o Gildarts.



Na guilda, alguns poucos membros restantes assistiam a transmissão bastante restrita que o colar da Juvia gerava, já que o Happy não conseguiria filmar dentro da carruagem ou do restaurante. A maioria dos membros havia se dirigido ao local, ao descobrir que a Fairy Tail estava com entrada livre ali.


– Como será que as garotas convenceram a Juvia a usar um lacrima de transmissão? – comentou Wakaba com Macao, já que eles eram os únicos sóbrios ali, com exceção da Mira, que parecia distraída.


– Não convencemos – disse Lucy, que havia entrado silenciosamente - Mas era um dever feminino ajuda-lá.


– Olá Lucy – disse Macao, e ao perceber que ela vestia algo que poderia ser um Cosplay de princesa, acrescentou – Também vai ir assistir ao vivo?


– Claro, eu só vim checar se o lacrima está funcionando.


– Você havia dito que isso é para ajudá-la? – perguntou Wakaba.


– Sim – disse ela como se achasse estranha a pergunta – Com a Juvia animada, a chance de isso ser um fiasco de 120%, então se pudermos assistir novamente depois, podemos encontrar os erros dela para prepará-la para futuras ocasiões.


– E nós achávamos que o Natsu era insensível e cruel com os amigos – disse Macao entre os dentes - Como vocês conseguiram um lacrima de transmissão? Eles são bem raros – disse Macao fingindo nunca ter visto um antes.


– Da mesma maneira que vocês conseguiram esse que está recebendo as imagens – disse Lucy – O mestre deu destes para o Gray e o Natsu durante a missão deles, e o Natsu por algum motivo ainda não esclarecido deu o seu para a Levy.


– Eu gostaria de ver um desses de perto – disse Wakaba escondendo o sorriso com a caneca de cerveja.


– Eles se parecem com lacrimas comuns – disse Lucy enquanto olhava à hora – Tenho de me apressar, se eu demorar demais, é possível que eles já estejam saindo quando eu chegar. Até mais.


Enquanto ela se distanciava, com o salto fazendo barulho no assoalho, Macao riu.


– Eu adoro quando planos caducam e acabam voltando a beneficiar seu criadores – disse ele levantando a caneca – Um brinde a falsidade!



De volta ao restaurante, Gray arregalou os olhos. Espalhafatoso, Natsu deveria adotar essa palavra como nome do meio.


Agora dava para ver o motivo de tanto humor com o local de encontro.


Ele conseguia ver Natsu em uma cadeira espalhafatosa a poucos metros dali, esse que ergue sua taça em uma saudação zombeteira.


O “lugar especial” em questão ficava dentro de uma fonte. Sim, uma fonte.


Atravessando uma linda pontezinha, duas cadeiras alta, uma feita em algo que parecia gelo e outra esculpida em forma de rio durante a chuva (de onde jorrava água para a fonte) com uma mesa entre ambas.


– Juvia – disse Gray dando um sorriso forçado e fingindo que tudo era idéia dele – Me da um segundo para dar uma palavrinha com meu amigo ali? Ele me ajudou a preparar tudo, então eu queria agradecê-lo.


– Claro...Gray-sam..Gray – disse ele, olhando com os olhos arregalados brilhantes.


Ele caminhou com passos largos em direção a Natsu.


– Sua crueldade não tem limites? – perguntou ele em um sussurro exasperado.


– Isso depende do ponto de vista – disse Natsu enquanto espetava desinteressadamente o frango assado que estava na sua frente – Gostou da mesa? Eu e Gildarts a escolhemos á dedo.


– A garota é “exagerada” - disse Gray tentando usar a palavra certa – Ela pode estar interpretando isso como um pedido de casamento!


– Então deveria me agradecer –riu Natsu – Estou te poupando do trabalho que você vai ter daqui alguns anos.


Gray corou e murmurou um palavrão qualquer.


– Um conselho – disse Natsu enquanto observava a cena com mais diversão – Como diria o Elfman “Haja como um Homem”. Eu sei que deve ser um grande desafio para um frangote como você, mas só por hoje.


Gray cerrou os punhos, ele não deixaria ser provocado.


– Eu não sei por que tanta aversão – continuou Natsu, com um sorriso oblíquo – Você me chama cruel, mas isso é só uma questão de ponto de vista, olhe só para ela: olinhos brilhando, a cara sonhadora, os peitos... – Natsu sabia o que viria depois disso.


O soco veio mais rápido que ele previu, mas ainda sim ele conseguiu aparar com o punho.


– Você a chama de exagerada, mais fica ofendido com um comentário? – ele arqueou a sobrancelha – Agora finja que estamos dando um aperto de mão e volte para lá, antes que a Juvia pense que você esta tramando fugir.


Gray bufou e deu-lhe um aperto de mão que parecia desejar esmagar alguns ossos, e depois voltou em direção a ridícula cadeira.


Estando de costas, ele não notou que pouco depois, Wendy, que observava a cena, se sentou ao lado do Natsu.


– Agora que eu vejo, você está certo, Natsu – disse ela rindo enquanto ele a colocava na cadeira mais alta para ambos ficarem da mesma altura.


– Eu não falei? O sentido de dragão não erra, eles combinam – disse ele enquanto sentava novamente.


– Mas qual é a real utilidade disso? – perguntou a pequena maga de cabelos azuis – Dragões não são criaturas casamenteiras.


– Deve ter alguma utilidade em batalha, como saber qual ataque funcionaria melhor, mas eu ainda estou praticando, Igneel não teve tempo de ser muito exato sobre isso – disse Natsu – É tudo uma questão de cheiros. Você deveria praticar também.


– Então é basicamente sair cheirarando as pessoas? – aquilo parecia uma idéia de pervertido.


– Quase – explicou ele – As pessoas têm cheiros interpretáveis próprios que lançam no ar, é diferente de coisas como perfume, suor ou sujeira. O sentido de dragão capta isso.


– A Grandeeney nunca me ensinou isso – disse ela desapontada.


– Vai ver é porque você era bem pequena, só isso – disse Natsu com bondade.


– Então porque você simplesmente não diz ao Gray que quer ajudá-lo?


– E arriscar ver a fúria deles por estarem simplesmente em um tira-teima do meu faro(com uma pitada de vingança)? Não, obrigado , melhor não arriscar.


Aquilo fez Wendy rir.


– Vou procurar a Charle – disse ela depois de um tempo – E quem sabe praticar um pouco.


– Se for fazer isso, faça só a parte teórica, isso de testar para ver se você está certo é muito perigosa – disse Natsu rindo – Se eu estiver enganado, pode ser que eu tenha de fugir para o Continente Oeste.


Wendy riu daquilo e começou a se dirigir a saída, mas não antes de ceder a tentação de tentar usar seu Senso de Dragão.


Ela fechou os olhos aspirou o ar da maneira que Natsu a ensinara fazer, e para sua surpresa funcionou, até certo ponto.


Ela entendeu o que Natsu quis dizer, nenhum cheiro parecia exato até você pensar no que ele podia ser relacionado.


Ela achou que o cheiro de Natsu se parecia com uma fogueira de pinheiro, e estava ocupada em tentar diferenciar os outros cheiros quando dois novos cheiros surgiram, ela achou que combinava bastante com o de Natsu.


Ela acabou perdendo a concentração, mas quando ela abriu os olhos, viu que Lisanna e Lucy haviam entrado no restaurante por portas diferentes. Aquilo fez Wendy rir mentalmente.


“A sua paz mental acaba de ser ameaçada, Natsu-san”.



Na guilda, Mirajane se debruçou entediada sobre o balcão.


O mestre já havia apagado há vários minutos, assim como metade das pessoas que estavam na guilda, parecia que os rapazes haviam começado a beber cedo.


Ela não podia sair dali, sempre devia ter uma pessoa acordada na guilda, e não havia nada a fazer, já que ela considerava perversão assistir encontros alheios.


A monotonia foi quebrada quando a sombra de uma grande silhueta parou na frente da entrada.


– Olá Mira! – disse uma voz conhecida.



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