A Herdeira escrita por GrazielleAlessa


Capítulo 4
Capítulo 3 - Em pleno voo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/188771/chapter/4


O céu estava claro e limpo quando Jenny olhou pela janela antes de descer para o café. Um bom sinal, pelo menos. Ela e Rosa estavam usando calças ao invés das costumeiras saias, e joelheiras marrons. Rosa não parava de coçar seu joelho.

- Isso é horrível. – reclamou ela.

- Isso é demais! – Exclamou Scorpion se aproximando com Alvo.

- As joelheiras? – perguntou Rosa.

- Não, aula de voo! – cantarolou Alvo.

- Mas você já sabe voar. – disse Rosa a Alvo.

- Então... – disse Scorpion como se fosse óbvio – É por isso que é legal.

- Ok. – disse Jenny – Agora eu acho que realmente vou vomitar.

A ideia de voar era absurda. Se humanos fossem feitos para ficarem metros à cima da terra, eles teriam asas. Essa aula não tinha nenhuma finalidade, tirando a de fazer você levar provavelmente o pior tombo da sua vida.

- Calma. – disse Scorpion dando tapinhas em seu ombro – Ninguém vai te deixar cair.

Jenny sorriu fracamente e continuou a andar ao lado de Rosa que não parecia aprovar a ideia.

Chegando ao grande salão, eles nem chegaram a sentar-se a mesa. Rosa pegou uma maçã e Jenny mordiscou uma torrada. Alvo e Scorpion tentavam levar tudo o que conseguissem dentro da mochila. E continuaram a andar em direção ao campo de quadribol.

A grama exalava o cheiro de orvalho e o céu estava bem atrativo. Se não ventasse muito, talvez pudesse ser um bom voo. Essa ideia animou as garotas.

A professora ainda não havia chegado, mas havia cerca de 30 vassouras emparelhadas no chão e dois colchões com cerca de 5 metros de altura e cumprimento, que formavam um estranho “L” encostados no muro no castelo: Um no chão, outro na parede. Eles olharam os colchões e não conseguiram imaginar a utilidade deles. Não era como se fossem voar colados a parede do castelo.

Eles continuaram andando até sentarem no degrau mais baixo da arquibancada. Alvo e Scorpion retiraram de suas mochilas garrafas de suco e pães recheados e dividiram com as meninas. Terminando de comer e beber, Jenny tateou o bolso e soltou um muxoxo de desespero.

- Que foi? – perguntou Alvo ainda mastigando o que sobrara de seu pão.

- Eu sempre esqueço. – disse Jenny – Que falta faz meu celular.

- Seu O QUÊ? – perguntou Scorpion confuso.

Rosa, Alvo e Jenny encararam-no incrédulos.

- Você não sabe o que é um celular? – perguntou Rosa.

- Até eu sei o que é um celular! – exclamou Alvo – Não que eu tenha um...

- Vão me dizer o que é? – perguntou Scorpion irritado. Ele sentia-se idiota.

- É um aparelho. – explicou Jenny – que serve pra você falar com as pessoas que tenham um também. Ele é pequeno e tem botões.

- E por que elas não mandam corujas? – perguntou Scorpion sem entender.

- Trouxas não têm corujas, Scorpion. – disse Rosa calmamente.

- Ah... – disse Scorpion – Então, por que você não o trouxe?

- Li que a magia de Hogwarts pifa esses equipamentos eletrônicos. – disse Jenny dando de ombros. – É um sacrifício que tive que fazer. Mas sinto falta... Costumava ver as horas nele.

Jenny suspirou pesadamente.

- Falta meia hora pra aula começar. – anunciou Alvo olhando seu relógio de pulso. – Acordamos muito cedo.

- Quem disse que eu dormi? – disseram Jenny e Rosa ao mesmo tempo.

- As vassouras são seguras. – disse Scorpion.

Ao ver as caras não convencidas das garotas, Alvo suspirou.

- Acho que vamos ter que provar. – disse Alvo.

Um sorriso maroto passou pelos lábios de Scorpion.

- Vamos provar.

Scorpion puxou Jenny e Rosa pelas mãos e arrastou-as até as vassouras. Alvo seguiu na frente, pegando logo uma para si.

- Em pares? – perguntou Alvo a Scorpion.

- É melhor. – disse Scorpion depois de pensar um pouco. – Dá mais confiança.

Alvo passou uma das pernas por sobre a vassoura. E indicou a vassoura para Rosa.

Ela soprou sua franja nervosa e andou até ele. Quando teve coragem o suficiente para montar, Scorpion já estava flutuando com Jenny há alguns metros de distância.

- Scorpion. – gritou Jenny – Eu não estou confortável aqui.

- Relaxe. – disse ele – E você está me arranhando.

Jenny se desculpou e retirou as mãos ao redor de Scorpion, onde suas unhas estavam cravadas nas costelas dele. Ela deu um espaço e segurou na própria vassoura. Ele chutou o ar e a vassoura subiu alguns metros. Era só impressão ou o céu parecia um redemoinho onde tudo girava?

- Tudo bem ai? – perguntou Scorpion.

- Sim. – Mentiu Jenny.

- Preciso que faça um quatro com a perna. – disse Scorpion.

- O quê? – Gritou Jenny, o ar zumbia a seus ouvidos comprometendo sua audição.

- Encaixe seu pé esquerdo por detrás do seu joelho direito. – explicou ele em voz alta – E prenda bem.

Jenny não entendeu a finalidade daquilo, mas fez.

- Pronta? – perguntou ele.

- Pronta. – disse ela com uma falsa confiança na voz.

Sem avisar, Scorpion deu um rodopio, fazendo a vassoura girar em 360º. Jenny gritou.

- Jenny. – gritou Rosa flutuando mais abaixo com Alvo. – Tudo bem?

Jenny socou o braço de Scorpion.

- Você é um idiota. – ralhou ela. – Eu quero descer.

Scorpion riu.

- É... Não vai acontecer.

- Como é? – perguntou Jenny incrédula. – Eu quero descer!

Scorpion fez com que a vassoura subisse mais alguns metros. Rosa e Alvo não pareciam mais que meros pontinhos no gramado.

- Me deixa descer. – pediu Jenny, lágrimas já rolavam do seu rosto.

- Não precisa ter medo. – disse Scorpion meio-torto, tentando olhar para Jenny. – Eu prometo que não vou te deixar cair.

- É melhor mesmo. – resmungou ela.

- Mais um rodopio, ok? – disse Scorpion sorrindo. – E ai a gente desce.

- Tá. – concordou Jenny de má vontade.

Scorpion girou mais algumas vezes, Jenny sentia seu coração ir à boca cada vez que ele fazia isso. Mas depois de algum tempo, quase pareceu divertido. Aquela sensação de cortar o vento definitivamente era boa. Quando fechou os olhos e aproveitou a forçada brisa, Scorpion já tinha aterrissado.

- Ah. – lamentou-se ela saindo da vassoura.

- Eu sei. – disse Alvo também voltando ao chão. – Fica bom depois que você perde o medo.

- Ou não. – resmungou Rosa desmontando da vassoura. Ela estava descabelada e com um tom esverdeado.

- Eu ainda tenho que te matar. – comentou Jenny tão tranquilamente como se estivesse anunciando o tempo.

Scorpion sorriu marotamente.

- Admita que adorou.

- Você é ridículo. – disse Jenny sorrindo minimamente. – Se eu não estivesse tonta você iria ver.

Rosa estava bufando irritada em uma tentativa frustrada de prender seu cabelo. Alvo e Scorpion acabaram de travar uma luta de “espadas” com as vassouras e Jenny estava sentada observando os desajeitados e barulhentos golpes.

- Vocês são péssimos. – disse Jenny observando Alvo dar um forte golpe na vassoura de Scorpion e com o impacto ambos caíram.

- Eu não podia concordar mais. – Jenny olhou pra cima e viu a professora e o restante dos alunos assistindo a luta em silêncio.

Rosa se aproximou, Jenny levantou e Alvo e Scorpion lutavam para se erguerem doloridos.

A professora era alta, cerca de 30 anos, com cabelos longos e pretos. E os encarava sustentando um olhar duro e crítico.

Jenny engoliu seco.

- Vejo que já pegaram suas vassouras. – disse secamente olhando para as vassouras nas mãos de Alvo e Scorpion.

Ouviram-se risadinhas dos alunos recém-chegados.

- Chegamos mais cedo. – explicou Alvo.

- Bom. – disse ela com a voz impassível. – Eu sou a professora Tania.

- Bom dia, professora Tania. – disseram Jenny e Rosa em uníssono.

Inesperadamente abriu-se um enorme sorriso no rosto de Tania.

- Bom dia, crianças. – respondeu ela animada. – Por que não formam uma fila ali?

Os alunos encararam-na confusos e formaram uma fila indiana perto dos colchões. Ela distribuiu vassouras para todos, pulando Alvo e Scorpion.

- Coloquem-na no chão. – Instruiu Tania – estique sua mão e peça para que ela suba.

Vários gritos de “Suba” surgiram ao ar, várias vassouras obedeceram e flutuaram até as mãos dos estudantes. Várias lutavam com os pedidos hesitantes dos demais e permaneciam ao chão.

- Agora, a lição dois. – disse ela erguendo dois dedos na mão – Montem na vassoura e deem um forte impulso do chão. E vocês conseguiram fazer uma roda no ar? Facilitaria muito as coisas, obrigada.

Vários alunos ficavam apenas chutando o chão e nada acontecia. Scorpion e Alvo voaram quase que instantaneamente. Jenny e Rosa demoraram um pouco, mas conseguiram levantar voo. Depois de meia hora de tentativa, todos os alunos estavam no ar. Formava uma espécie de semicírculo a alguns metros a cima da professora, como se fossem uma aureola gigante, quebrada e esquisita sobre a cabeça dela.

- Quero que deem mais espaço. E que alguém se habilite para ser o primeiro a girar. – gritou Tania – Vocês vão girar cada vez mais rápidos. Quero ver quem consegue ficar em cima da vassoura.

Alvo e Scorpion se entreolharam com um sorrisinho malicioso. Era moleza. Jenny e Rosa só conseguiam encarar sua frente, com medo de se desiquilibrar caso observassem o chão.

- Quem começa? – perguntou Jenny olhando para os alunos.

Vários deles desviaram os olhares.

- Que tal você? – perguntou a professora para Jenny. – Srta... ?

- Srta. Hudson, senhora. – respondeu Jenny.

- Comece Srta. Hudson. – ordenou.

Jenny respirou fundo. Por que tinha que ter aberto a boca? Girar. Ela começou circulando uma área relativamente larga.

- Acelere. – disse Alvo.

Jenny inclinou o corpo mais pra frente e sentiu a vassoura pegar velocidade. Cada vez mais rápida menor a área circulada e mais alta. Ela já tinha perdido a conta das voltas.

- MAIS RAPIDO. – exigiu a professora.

Jenny se inclinou ainda mais pra frente. Sua vassoura zunia de emoção. Ela não conseguia distinguir rostos e sua mão começava a suar... Ela escorregou.

Caiu horizontalmente com os braços erguidos, mas a gravidade estava puxando brutalmente seu corpo para baixo e logo estaria num mergulho de cabeça. Ela queria gritar, mas parecia que faltava ar para as palavras serem pronunciadas.

Scorpion e Alvo voaram em direção a ela, um por cada lado, mas Jenny parecia um borrão inalcançável. Repentinamente, eles foram empurrados para o lado, como se uma mão gigante e invisível tivesse rebatendo-os para uma das paredes do castelo. Eles bateram no estranho esquema de colchões.

- Que diabos? – resmungou Alvo tonto devido o impacto.

- Ninguém mandou se meterem. – ralhou a professora – Acha que eu realmente ia deixar a garota morrer?

Ela soprou a ponta de sua varinha e mandou outro aluno começar o exercício.

Jenny levantou segurando sua cabeça. Então era pra isso que serviam. Por mais que fosse mais confortável bater nos colchões do que no gramado, a sensação não era tão boa.

- Essa mulher é louca. – rosnou Scorpion – Ela rebateu a gente como se fossemos moscas.

- Opa, melhor sairmos daqui. – disse Jenny puxando Scorpion e Alvo de cima dos colchões.

5 segundos depois um garoto aterrissou nos colchões.

- Esse durou menos que você. – Comentou Scorpion.

- Que animador. – disse Jenny esfregando a cabeça que latejava.

Os três subiram na vassoura e voltaram a formar o semicírculo. Todos os estudantes tiveram o mesmo destino de Jenny, a humilhante e desajeitada queda até os colchões. A professora poupou Alvo e Scorpion por já terem sofrido a queda fora de hora.

Um som alto e agudo saiu do apito que a professora soprava com fervura.

- Por hoje já deu. – disse ela – Estão dispensados.

Todos suspiraram aliviados e pousaram o mais rápido possível.

- Graças a Deus. – disse Rosa olhando para os céus. – Eu estou morta!

- Estamos uma bagunça. – disse Jenny encarando as roupas imundas e suor na testa dos amigos.

- Vamos para o salão comunal tomar banho, depois almoçamos. – sugeriu Rosa.

Eles pegaram suas mochilas e seguiram diretamente ao salão comunal.

Em um corredor que dava acesso as escadas que se moviam sozinha esbarraram em Tiago e alguns amigos.

- E ai, Alvo. – cumprimentou Tiago bagunçando o cabelo do irmão. – Como foi sua primeira aula de voo?

- Tranquilo. – disse Alvo sorrindo.

- Claro que foi. Você teve um ótimo professor. – disse Tiago passando as mãos pelos próprios cabelos.

Jenny e Scorpion reviraram os olhos. Como alguém podia ser tão nojentamente convencido?

Um dos amigos de Tiago piscou para Rosa, ela ruborizou e encarou o chão, irritada.

- Estamos indo. – anunciou ela retomando a caminhada.

- Ah, relaxa. – disse Tiago esticando a mão para impedi-la de passar. – Voou bem?

- Ela foi ótima. – disse Jenny seca. – Deixa a gente passar.

Os amigos de Tiago começaram a rir.

- Agressiva ela. – concluiu o mais alto de todos com uma risadinha debochada.

- Só com idiotas. – rebateu Jenny.

Rosa levou a mão à testa e suspirou profundamente.

- Gente, vamos ser sensatos... – pediu ela.

- Eu só acho que sua amiga não é uma boa julgadora de caráter. – respondeu o mais alto encarando Scorpion.

- Só julgo quem não tem nenhum. – disse Jenny com um sorriso debochado.

Scorpion colocou a mão no ombro dela, e estava prestes a pedir para ela esquecer, mas sentiu eletricidade passando pelo seu braço. Ele retirou rapidamente do ombro de Jenny e sentiu sua mão formigar.

- Potter. – disse Jenny para Tiago calmamente. – Estamos atrasados. Deixe nos passar.

- Ah, não ligue para Ramon. – disse Tiago com um sorriso caloroso – Ele é legal às vezes.

- Não é como se você fosse fazer algo a respeito, lindinha. – riu-se Ramon erguendo Jenny por um dos braços.

Era isso. Scorpion rosnou e partiu para cima de Ramon. Rosa gritou. Tiago pegou Scorpion pelo o que seria o colarinho da camisa, caso houvesse um, e o jogou contra a parede.

- ALVO! – gritou Rosa – Faça alguma coisa.

Alvo encarou a bagunça sem saber o que fazer. O terceiro garoto que estava com Tiago encarava Alvo maliciosamente. Ele não era tão grande, mas os braços dele já eram ameaçadores. Tiago dava uma surra em Scorpion, chutando-o na boca do estomago.

Ramon berrou e largou Jenny. Ela encarou-o furiosa e lhe deu um chute entre as pernas. Ele berrou mais uma vez e avançou em cima dela. Rosa retirou a varinha do bolso na mochila e apontou para Tiago e os Amigos e pronunciou: “Petrificus Totalus”.

- Não. – murmurou Jenny sufocada – Agora ele caiu em cima de mim.

Rosa correu pra tentar empurra Ramon para longe de Jenny, e Alvo foi atordoado ajuda-la. Scorpion gemeu dolorido e conseguiu desvencilha-se do corpo de Tiago que havia despencado sobre ele.

- Tudo bem, Jenny? – perguntou Alvo vendo a garota vermelha e ofegante.

- Tudo ótimo. – respondeu ela com um sorriso fraco – Tinha tudo sobre o controle.

- Eu estou bem. – disse Scorpion em voz alta. – Caso alguém se importe.

Rosa correu para checar os ferimentos de Scorpion.

- Você foi feito de saco de pancadas. – concluiu ela a ver um dos olhos de Scorpion ameaçar a inchar, e grandes hematomas por todo rosto e braços.

- Da pra acreditar? – perguntou Scorpion indignado. – É nossa primeira semana de Hogwarts e já estamos assim.

Jenny gargalhou.

- Somos deslocados. – disse ela ainda rindo.

- Temos que contar isso a algum professor. – disse Alvo sério.

- Não podemos. – resmungou Rosa – Eles vão saber que usei feitiço nos corredores.

- Eles vão perguntar por que estamos quebrados, não acha? – perguntou Jenny astutamente. – Melhor que ouçam a história por nós do que por eles.

Os três encararam as estátuas de pedra caídas ao chão.

- Eu não sei o que aconteceu com ele. – disse Alvo encarando Tiago – É sério, ele gostava de pregar peças e tal... Mas não se comportava como um babaca.

Rosa deu uma tapa na cabeça de Alvo e revirou os olhos.

- Ele nasceu assim, Alvo. – disse Rosa – Só você não percebe.

Passos ecoaram no final do corredor e apareceu por ele Armando andando apressado olhando alguns papeis em sua mão.

- Professor Kahn. – chamou Rosa hesitante.

Ele havia passado por eles sem nem ao menos ter notado três alunos imobilizados no chão e outros dois totalmente quebrados.

- Sim? – perguntou ele se virando e percebendo a presença deles.

Ele encarou por um momento a situação.

- O que houve? – perguntou sério a Rosa.

A menina explicou as provocações, o ataque e a briga. O professor escutou atentamente e quando Rosa parou para tomar folego, ele falou:

- Acho que terei que dar uma detenção. – disse Armando por fim. – Para todos os sete.

- Mas professor... –resmungou Jenny – Não tivemos culpa.

- Vocês revidaram. – respondeu o Professor calmamente.

- Por defesa. – rebateu ela.

- Por que não pediram ajuda?

- O corredor estava vazio.

- Algum de vocês poderia ter chamado um professor.

- Enquanto nós éramos arrebentados?

- Isso não é desculpa.

- Isso é injusto.

- Já tomei minha decisão.

Jenny o encarou com raiva, mas não falou mais nada. Scorpion e Alvo se entreolhavam indignados.

- Passem o recado adiante. – disse Armando olhando para Tiago e os outros dois garotos. – Assim que terminarem as aulas de hoje, passem na minha sala.

Ele se virou e continuou o seu caminho olhando os papeis distraidamente e assoviando uma musica sem ritmo.

- Como conseguimos uma detenção em uma semana? – perguntou Alvo revoltado.

- Mamãe vai me matar. – gemeu Rosa.

- Meus pais não vão dar à mínima. – murmurou Scorpion.

- Minha tia nem lê a correspondência. – disse Jenny pensativa.

Os quatro suspiraram, pegaram suas coisas e começaram a andar em direção ao salão.

- Hm,esqueci uma coisa. – disse Scorpion quando estavam aos pés da escada. – Me esperem aqui.

Ele voltou ao corredor e chutou Tiago.

- Já estou de detenção mesmo. – ele comentou com o corpo inanimado de Tiago que encarava o chão.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acompanhem através do http://fanficaherdeira.tumblr.com/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Herdeira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.