A Herdeira escrita por GrazielleAlessa


Capítulo 3
Capítulo 2 - Impressões.




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- Jenny, Jenny. – Rosa gritava – Está na hora!

- 5 minutos... – Resmungava Jenny cobrindo a cabeça com o cobertor.

- 5 minutos é o tempo que você tem pra se arrumar. – disse Rosa.

Jenny resmungou e levantou-se o mais rápido que sua preguiça pudesse permitir.

- Só o tempo de eu tomar um banho. – disse Jenny bocejando.

Rosa bufou exasperada e sentou-se novamente na cama. Gostaria de ter levantado mais cedo e esperado Alvo acordar para tomarem café juntos. Jenny parecia não se importar com os atrasos, e isso deixava Rosa louca. Elas teriam sorte de não levarem uma detenção no primeiro dia de aula. Para se distrair, retirou os objetos da mochila pra ver se tudo o que precisava estava ali, contou as canetas e organizou os livros por ordem de tamanho.

- Pronto. – disse Jenny esfregando a toalha no cabelo. – Vamos tomar café.

Rosa descia as escadas num trote apressado enquanto Jenny sonolenta só tentava não errar o degrau e cair. Chegando ao salão principal, onde eram servidas as refeições, o viram totalmente deserto e limpo, nem parecia que houve uma cerimonia de seleção no dia anterior.

- Droga, estamos... – Rosa olhou o relógio em seu pulso – MUITO atrasadas.

Ela agarrou a mão de Jenny e ambas correram em direção a alguns corredores de pedra numa marcha sem ritmo. Depois de passar por algumas salas trancadas, viram que a ultima do corredor estava entreaberta.

Rosa respirou fundo, deu três batidinhas na porta e espiou.

- Sim? – perguntou uma voz.

- Com sua licença. – disse Rosa com a voz mais educada possível. – Podemos entrar?

- Claro. – disse o velho professor Binns – Mas que isso não volte a acontecer.

Rosa sorriu agradecida e entrou acompanhada de Jenny, que possuía uma expressão surpresa.

- Ele é um fantasma? – perguntou Jenny incrédula.

- Calada Jenny. – ralhou Rosa procurando algum lugar vago para sentar.

Havia apenas dois lugares vagos, ambos a direita de Scorpion. Rosa xingou mentalmente e sentou-se ao lado dele decidida a ignora-lo a aula inteira. Jenny sentou-se ao lado de Rosa e sorriu pra Scorpion. Essa seria uma aula divertida.

- Psiu. – chamou Scorpion.

Rosa hesitou em olhar, mas virou-se para encara-lo com uma expressão severa em completo silêncio.

- Com fome? – perguntou ele.

- Nem um pouco. – mentiu Rosa tornando a virar-se para frente, seu estômago estava roncando.

- Totalmente! – Intrometeu-se Jenny.

- Peguem. – disse Scorpion colocando sobre a mesa de Rosa uma pequena cesta coberta por guardanapos.

Rosa apressou-se a coloca-la sob a mesa de forma que passasse imperceptível aos olhos do Sr. Binns.

Jenny estava com os olhos fixos no professor enquanto tateava às cegas a cesta.

- Torradas. – murmurou Jenny alegre tirando uma torrada com geleia de dentro da cesta. – Scorpion, você é o melhor.

- Pior que eu sei. – brincou Scorpion.

Rosa revirou os olhos e entregou a cesta para Jenny com raiva. Começou a prestar atenção na aula e fazer anotações no seu caderno. Scorpion alternava entre cochiladas e observa Rosa escrevendo furiosamente. O barulho da caneta não deixava que ele dormisse por mais de dez minutos seguidos. Jenny apenas ouvia as explicações entediantes e brincava com a caneta nas mãos. Alvo estava no outro lado da sala parecendo concentrado em ler alguma coisa no livro de História da Magia.

Quando o sinal tocou anunciando o horário de almoço foi um alivio se livrar das aulas maçantes. Uma multidão de estudantes abandonavam suas salas imediatamente e seguiam apressados para o salão principal.

Dessa vez, o salão tinha vida de novo. A louça prateada estava repleta de comida fumegante e bebidas refrescantes para os estudantes cansados.

Rosa correu pra alcançar Alvo, deixando Jenny para trás. Scorpion observou Jenny guardar seus pertences na mochila com calma.

- Que foi? – perguntou Jenny quando viu que Scorpion a observava.

- Vai almoçar? – perguntou ele com um sorriso amarelo e torcendo as mãos distraidamente.

- Sim. – disse Jenny colocando a mochila nas costas e caminhando em direção à porta.

Scorpion correu para alcança-la.

- Posso almoçar com você? – Perguntou Scorpion sem graça.

- Claro. – disse Jenny sorrindo – Por que a pergunta?

- É que... Eu não sei. - disse Scorpion – Eu conheço só você... Na verdade, você é a única que ainda fala comigo.

- E vou continuar falando. – disse Jenny com firmeza.

- Obrigado. – disse Scorpion sorrido.

Jenny sorriu de volta. Há amizades que surgem através de anos de convivência e aquelas que nascem em apenas um segundo. Onde na primeira troca de olhares é visível um entendimento e no primeiro sorriso, uma porção de cumplicidade. É algo inexplicável, onde as leis físicas não fazem o menor sentido. A partir daquele momento ele saberia que poderia sempre contar com ela e vice-versa – E isso bastaria.

Caminharam juntos até o Salão Principal onde todos já comiam alegremente. Na mesa da Grifinória, viram Rosa e Alvo almoçando em silencio. Scorpion hesitou, mas Jenny sentou-se ao lado de Alvo quase que imediatamente e indicou com a cabeça para ele sentar-se de frente para ela, ao lado de Rosa.

Scorpion sorriu sem graça para Rosa, mas esta continuou olhando pra Alvo com cara de entediada mastigando vagarosamente sua garfada de purê de abóbora. Jenny começou a servir-se sem nem ao menos se importar em dizer “Oi” para Alvo.

- O que achou da aula de história da magia, Scorpion? – perguntou Jenny falando de boca cheia.

- Um tédio. – respondeu Scorpion – Espero que a de feitiços seja melhor.

- Sabe o nome do professor? – perguntou Jenny olhando de soslaio para Rosa a tempo de ver a garota abrir e fechar as bocas algumas vezes na intenção de responder a pergunta.

- Não. – respondeu Scorpion.

Jenny mastigou mais um pouco, pensando em algum assunto para puxar, e depois de longos minutos disse:

- Então, seus pais já sabem que veio pra Grifinória?

Automaticamente Rosa e Alvo encararam Scorpion. Ele fingiu não reparar e engoliu seco.

- Não...

- Quando pretende contar? – perguntou Jenny

- Nunca. – disse Scorpion encarando o prato – Eles me matariam.

Rosa encarou Scorpion por um longo tempo, enquanto ele ainda brincava com as sobras de comida em seu prato distraidamente. Alvo a chutou sob a mesa. Ela saltou surpresa.

- Você já contou pros seus pais? – Perguntou Scorpion depois de algum tempo em silencio.

- Não. – disse Jenny bebendo seu suco, despreocupada – Sou órfã.

Ouch. Isso havia doído.

- Eu não quis... – apressou ele a dizer.

- Tudo bem. – disse Jenny sorrindo – Faz muito tempo.

- Você veio de um orfanato, então? – perguntou Alvo sem perceber que estava se intrometendo na conversa. Rosa lhe mostrou uma careta zangada.

- Não. – respondeu ela – Moro com minha tia.

- Ela é legal? – perguntou Alvo curioso.

- Um pouco atrapalhada, talvez. – disse Jenny pensativa – Mas ela é definitivamente divertida.

Scorpion sorriu pra ela do outro lado da mesa.

- Isso é bom. – disse Rosa hesitante – Mas não é estranho?

Jenny pensou antes de responder. Estranho? Não exatamente. Sua tia podia ser um pouco desastrada e excêntrica, mas a situação toda era bem legal. Parecia melhor do que viver num internato da suíça, voltando pra casa apenas nas férias, onde haveria mais cobranças e deveres do que o descanso em si.

- Eu moro com ela há um ano. – disse Jenny a Rosa – Acho que já me acostumei.

- Sente falta? – perguntou Scorpion receoso de estar sendo insensível – Digo... Dos seus pais?

- Não conheci minha mãe. – lamentou-se Jenny – E nunca fui próxima do meu pai. Estudava em um colégio interno na Suíça.

- Gostava de lá? – perguntou Scorpion.

- Nem um pouco. – disse Jenny sem pensar duas vezes. – Mas era melhor do que ficar em casa.

- Sei como é. – Scorpion deu um meio sorriso.

A sineta tocou e todos que ainda estavam do salão, levantaram-se e foram em direção as suas aulas. Alvo e Rosa andavam ao lado de Jenny e Scorpion em silêncio. Isso era um progresso, pensava Jenny.

A sala de feitiços era espaçosa e seu teto era tão alto que a fazia parecer um templo. Era toda revestida de pedra, como a maioria das salas, resultando em umidade e escuridão em qualquer hora do dia.

Rosa e Alvo sentaram-se na penúltima fileira e Scorpion e Jenny sentaram-se, respectivamente, atrás deles. Houve um momento onde só havia o barulho de cadernos e estojos sendo arrancados da mochila e arrumados sobre a mesa.

- Boas tarde, crianças. – disse uma voz suave na porta da sala.

Estava parado na soleira da porta, um homem alto, atlético e jovem. Ele tinha cabelos loiros, olhos amendoados e um sorriso perfeitamente branco.

- Sou o professor de feitiços. – Anunciou ele atravessando a sala e deixando uma pasta em cima da mesa – Meu nome é Armando Kahn.

As meninas prenderam a respiração, o professor era estonteante. Os garotos reviraram os olhos pensando em quão idiota ele parecia ser.

- Eu sei, eu sei. – disse ele sorrindo – Já deu pra sacar que eu não sou britânico.

“América” - pensou Jenny. Com certeza.

- Bem, eu falo inglês há bastante tempo. – confessou ele – Mas meu sotaque é algo persistente.

Ele riu novamente e quase todas as meninas sorriram em resposta. Rosa ergueu uma sobrancelha e Jenny estava ocupada folheando seu livro didático, prestando atenção apenas na voz do professor.

- Ninguém adivinha de onde eu vim? – perguntou o professor desapontado.

- América. – respondeu Jenny erguendo os olhos para o professor e dando um sorriso debochado. – Latina.

A turma virou-se para encarar Jenny, as garotas a fuzilavam com os olhos. O professor sorriu de volta.

- O que me entregou? – perguntou Armando dando a volta na mesa e tirando seu livro da pasta.

- Passei as férias no Brasil. – disse ela – Uma vez.

Scorpion a encarou. Uow, ela deveria ter muita história pra contar.

- Eu nasci lá. – disse o Professor – E é exatamente por isso que a professora McGonagall achou que eu seria um excelente professor de feitiços.

Armando tirou a varinha que estava encaixada entre sua orelha e cabeça, e apontou para o quadro.

Automaticamente, letras foram surgindo como se uma mão invisível às estivesse escrevendo.

“Os feitiços começam nas palavras”

A turma encarou o quadro sem entender. Rosa franziu a testa para o texto e ergueu a mão.

- Como assim? - perguntou ela.

Jenny não percebeu, mas estava com a boca levemente aberta. O professor a estava encarando como se esperasse que ela respondesse a pergunta. Ela o encarou e ele assentiu.

- Significa que você vai nos ensinar latim? – perguntou Jenny confusa.

- Latim E Grego. – ele bateu palmas animadas. – Estamos revolucionando a forma de ensinar Feitiços. Vocês vão aprender tanto sobre a essência dos encantos que logo estarão criando seus próprios.

Rosa continuou com a testa franzida. Era só a ela que isso não parecia boa ideia?

- Mas qualquer um poderia inventar um feitiço perigoso. – argumentou Scorpion.

- E você acha que a ignorância é a solução para isso? – perguntou o professor astutamente.

Scorpion se calou. Não gostava desse professor. Olhou de relance para sua diagonal e pode ver que Alvo compartilhava da mesma aversão.

- Vamos começar com algo simples. – disse Armando – Que tal abrir portas?

Houve múrmuros entusiasmados dos alunos na sala. O professor apressou-se a tirar um enorme chaveiro do bolso e trancar a sala.

- Façam uma fila de frente pra porta e digam seu nome antes de tentarem. – anunciou o professor.

Houve correria para os alunos formarem a fila. As meninas passavam a mão quase que obcessivamente nos cabelos e os garotos agitavam suas varinhas bobamente para todos os lados. A varinha de um deles soltou uma faísca que atingiu o lustre da sala. Escutou-se um baque ensurdecedor e som de vidro se quebrando. Alguns gritaram, outros pularam para longe dos cacos.

Rosa tirou a varinha do cós da saia e apontou para o lustre.

- Reparo – Ordenou.

O lustre começou a se reconstruir, como se a queda estivesse no replay inverso em câmera lenta. Depois de aproximadamente um minuto, o lustre estava intacto e pendurado de volta ao centro da sala.

- Cuidado pra onde aponta a varinha. – alertou o professor para o aluno desastrado. Ele assentiu envergonhado.

- Impressionante. – elogiou Jenny

- Minha mãe diz que é o primeiro feitiço que se deve aprender. – disse Rosa orgulhosa.

- Ok meninas. – disse o professor rígido – De volta pra fila.

Elas se apressaram a ficar atrás do garoto que havia derrubado o lustre.

- Prestem atenção. – ordenou o professor em voz alta – A palavra que vamos usar é “Alohomora”. Onde mora significa “obstáculo”. Alo hoc pode ser interpretado como “Eu alimento” ou “Eu aumento”. Como o sentido se perde através das traduções, obviamente a intenção não é piorar o obstáculo na minha frente, mas sim aumentar a sua brecha para que eu possa passar.

O professor apontou para sua pasta com a varinha e uma taça voou até sua mão. Apontou novamente para a taça e dela saiu um jato de água fresca que ele apressou-se a tomar.

- Falar dá sede. – disse ele rindo. –O objetivo é destrancar portas que foram bloqueadas por cadeados ou trincos. Não funcionaria caso eu tivesse trancado a porta com um feitiço.

Ele bebeu mais um gole de sua taça.

- Comece. – disse ele ao primeiro aluno da fila e foi sentar-se em sua cadeira. – Diga seu nome em voz alta, aponte sua varinha para fechadura e pronuncie alto e claro: “Alohomora”.

O menino era Matthew, o ruivo gorducho que dividia o quarto com Scorpion e Alvo. Ele olhou para o professor com cara de assustado, e quando este o incentivou com a cabeça, ele olhou para a porta e falou bem alto: - Matthew, Alohomora.

O garoto encarou a porta e depois buscou o olhar do Sr. Kahn.

- Tente destranca-la. – sugeriu o professor.

Ele levou a mão até a porta e girou a maçaneta. Nada.

- Talvez na próxima vez. – disse o professor indicando o final da fila. – Próximo.

Depois de mais de 20 alunos tentarem, chegou a ver de Jenny. Ela respirou fundo. Não pareceria ruim se ela não conseguisse abri-la. Quase ninguém conseguiu. Calma. Respira.

- Eu... – disse ela ao professor – Me chamo Jenny, senhor.

Ele apenas a encarou.

Ela olhou para a porta e apontou a varinha em direção a fechadura.

- Alohomora. – pronunciou, e antes que terminasse de dizer a palavra ouviu-se um “Clarck”, como se tivessem girado a chave do outro lado da porta.

Jenny olhou para o professor sem saber o que fazer. Ele jogou o pesado chaveiro em direção a Jenny ela o pegou no ar.

- Pegue suas coisas e tire o dia de folga. – disse o professor – Tranque a porta ao sair.

Jenny olhou atônita para ele. Depois de piscar algumas vezes e perceber que não havia brincadeira na expressão do professor, atravessou a fila, pegou sua mochila e saiu da sala.

Droga, vou ficar sozinha.” – pensou ela com raiva. Odiava ficar sozinha em lugares estranhos. E por mais que fosse desconfortante pensar assim, Hogwarts ainda era um lugar estranho. Era o 2º dia dela ali (isso se a noite contasse como um dia inteiro) e ela se sentia perdida. Resolveu andar pelo castelo e encontrou a biblioteca.

Ela abriu a porta e tossiu com o cheiro de poeira. Ignorou a bibliotecária que estava atrás de um longo balcão, logo a direita da porta de entrada e seguiu para as enormes estantes. Achou a seção de Feitiços e pegou um livro com o titulo desgastado onde estava escrito “Feitiços e seus truques”. Ela assoprou a poeira da capa e procurou uma mesa para se sentar.

Abriu o livro e cheirou suas paginas amareladas. Adorava o cheiro de livro velho. Quando pensou em ler seu índice alguém puxou o livro de sua mão.

- Hey. – saudou.

Jenny revirou os olhos.

- Você. – disse desgostosa.

- Você é tão receptiva. – disse Tiago ironicamente.

- Vai devolver ou vou ter que toma-lo de você? – perguntou Jenny com a mão esticada.

Tiago riu e pôs o livro sobre a mesa.

- Você é muito bravinha. – observou ele com desdém.

- Eu sou da Grifinória. – Ela sorriu sarcasticamente. Ele só não podia ir embora ?

Ouviu-se som de passos na biblioteca praticamente vazia e por detrás de uma estante surgiu Alvo, Rosa e Scorpion.

- Ai está você. – disse Scorpion sorrindo.

- Hey. – disse Jenny levantando da mesa – Estava indo mesmo.

- Você acabou de chegar. – disse Tiago segurando seu pulso.

- E agora estou saindo. – rebateu ela balançando o braço para que Tiago a soltasse.

- Tiago. – disse Alvo revirando os olhos – Por favor.

Tiago riu e largou o pulso de Jenny. Ela levou a mão esquerda ao pulso direito, esfregando aonde havia sido apertado.

- Vamos. – Rosa a puxou pela mão e os quatro saíram da biblioteca deixando Tiago para trás.


Andaram 10 minutos até o salão comunal da Grifinória onde largaram suas mochilas no chão e sentaram nas poltronas e sofás confortáveis.

- Ele é um idiota. – disse Scorpion dando uma olhada no pulso vermelho de Jenny.

- Ele é meu irmão. – lembrou Alvo.

- Ele ainda é um idiota. – disseram Rosa e Scorpion juntos.

Jenny riu.

- Tudo bem. – disse Jenny – Ele não me machucou.

- Ele não iria machucar você. – disse Alvo.

Rosa cruzou os braços ao peito e o encarou, Scorpion olhou de esguelha pra ele.

- Que foi? – perguntou ele depois de ver os olhares voltados a ele.

- Você acha que seu irmão não faz por mal. – disse Rosa – Mas ele não é você, Alv.

- Ele não faz por mal. – disse Alvo com firmeza – Você não pode sair acusando ele assim sem saber.

- Engraçado você falar isso. – disse Scorpion alto demais. Ele olhou pra baixo e sorriu sem jeito. Jenny riu alto.

- Ele pegou você, Alvo. – disse Jenny rindo mais uma vez.

Rosa sorriu e Alvo acabou sendo contagiado.

- Desculpa cara. – disse Alvo esticando a mão para Scorpion.

Scorpion apertou a mão sem pensar duas vezes.

- Tudo bem. – disse Scorpion.

Rosa se aproximou de Scorpion e lhe deu um beijo na bochecha.

- Desculpa. – disse ela.

Scorpion corou.

- Estou com fome. – disse ele coçando a nuca – Que tal eu subir e pegar os doces que sobraram da viagem?

- Eu aprovo essa ideia. – disse Rosa

Alvo levantou do sofá e seguiu Scorpion escadas a cima.

- Finalmente. – disse Jenny a Rosa – Um pouco de paz.



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Notas finais do capítulo

Acompanhem através do http://fanficaherdeira.tumblr.com/



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