Herdeiros Dos Elementais - Transição escrita por JessyFerr


Capítulo 27
Capítulo 27 A Melhor Aula


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews, gostei de todos. Espero que gostem do capítulo, eu pessoalmente achei muito fofo.
Bjos



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É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.

Aristóteles

– Capítulo Vinte e Sete –

A Melhor Aula

Harry saiu pelo buraco do retrato com o intuito de falar com o Profº Slughorn e saber o que ele disse para Tom sobre as horcruxes. Mais do que tudo no momento ele precisava descobrir sobre isso, se é a única forma de destruir Voldemort, então ele precisava fazê-lo. Harry continuou a andar pelos corredores, quando ouviu a voz de Draco em dos banheiros masculinos, ele conversava com alguém e a voz dele parecia bem urgente.

- Vou essa semana mesmo. – disse Draco.

- É melhor você ouvir os seus amigos. – Harry reconheceu a voz, era da Murta-Que-Geme – Se não quer que eles vão junto, pelo menos conte a Dumbledore.

- Não. – disse Draco firmemente se olhando no espelho – Ele não iria permitir, eu não posso brincar com a vida de Agatha assim.

- Eu não sei se é egoísmo da minha parte. – disse Murta chorosa – Mas eu nunca tive amigos bonitos assim como você, então se você for eu não te terei mais, mas, perai se você morrer pode morar no meu banheiro. Você sabe onde fica não é?

- Obrigado pela oferta Murta. – disse Draco ainda se olhando no espelho, então ele viu Harry na porta que o observava. – O que faz aqui Potter? – Murta deu um grito agudo.

- Eu ouvi a sua voz. – respondeu Harry sem graça – O que você está pretendendo fazer Malfoy?

- Não é nada importante. – respondeu Draco indiferente.

- Quais são as suas prioridades Malfoy? – perguntou Harry – Agatha então não importante? Você falou dela...

- Desculpa. – disse um garoto da Corvinal que acabara de entrar – Eu não sabia que estava ocupado – Depois ele ficou a olhar confuso de Harry para Draco, praticamente sem entender o que os dois faziam no mesmo lugar e estarem sem nenhum arranhão.

Droga! ­– pensou Draco – Se protege Potter.

O que...?

- Estupefaça! – disse Draco apontando a varinha para Harry.

- Protego! – disse Harry rapidamente.

E eles ficaram fingindo que duelavam, enquanto o garoto da Corvinal se encolhia na parede com medo de ser atingido. Foi quando Harry resolveu usar um feitiço, um feitiço novo pra ele, na qual ele leu no livro do Principe Mestiço.

- Sectumsempra! – Imediatamente Draco recebeu um profundo corte no rosto e no peito, como se uma espada invisível o tivesse cortado, e sangue começara a sair com abundancia dos cortes, Draco caiu no chão, e o garoto da Corvinal saiu correndo e gritando por ajuda.

- Draco! – exclamou Harry se ajoelhando no chão.

- O que houve? – perguntou uma voz familiar a Harry – Eu estava saindo da sala do Profº Snape e eu ouvi... Meu Deus! Draco!

- Agatha, eu não tive intenção. – disse Harry com a voz falha.

- Profº Snape! – gritou Agatha correndo pra fora do banheiro, em seguida ela voltou com o professor em seus calcanhares.

Snape correu até Draco e passou a sua varinha pelo seu corpo, dizendo alguns feitiços que eram quase como um cântico, os cortes foram se fechando e Draco voltara ao normal.

- O que houve aqui Sr. Potter? – perguntou Snape irritado.

- A culpa foi minha, professor. – disse Draco com dificuldade.

- Você precisa ir pra Ala hospitalar. – disse Snape firme – Eu cuido do Sr. Potter.

- Realmente foi minha culpa. – disse Draco mais uma vez – Eu pedi que ele me atacasse, pra fingir pra um garoto.

- Pediu que ele te atacasse, mas, ele quase te matou não é? – perguntou Snape sarcástico – Srta. Ridgeway leve o Sr. Malfoy para a Ala hospitalar. Sr. Potter, traga a sua mochila aqui, eu quero ver os seus livros.

Agatha ajudou Draco a se levantar e eles saíram juntos do banheiro, Draco estava muito ofegante e sujo de sangue.

- Eu não quero ir pra lá. – disse Draco – Vou para o meu quarto.

- Eu não vou desobeder o Profº Snape. – disse Agatha pacientemente – Você vai agora para a enfermaria.

- Tenho oclumência com o Potter hoje.

- Tá maluco? – perguntou Agatha indignada – Você quase morreu. Eu disse pra ele, todos falamos pra ele sobre aquele livro, tenho certeza que esse feitiço saiu de lá. Mas ele ouve? Não. Acho que Snape percebeu...

- Calma. – disse Draco ainda ofegante – Harry não vai se encrencar.

Eles chegaram à enfermaria e Madame Pomfrey já foi logo perguntando:

- O que aconteceu? Sente-se aqui Sr. Malfoy.

Agatha explicou rapidamente o que aconteceu, Madame Pomfrey ficou uma fera, deitou Draco em uma cama e disse que ele teria de passar a noite lá. Agatha ficou um pouco com ele, mas, logo foi expulsa pela Madame Pomfrey.

Já havia passado à hora do jantar e Draco estava deitado de barriga pra cima, completamente entediado e irritado por estar ali, sim ele pegaria Harry por isso. Draco odiava a ala hospitalar, primeiro por que tinha cheiro de poções curadoras das quais ele nunca gostou, segundo, não era nada confortável e terceiro por que não tinha os seus confortáveis lençóis de seda pura e seus travesseiros de plumas de ganso.

- Hei Malfoy. – Draco ouviu a voz de Harry chamar – Você está acordado?

- Não Potter. – respondeu Draco emburrado – Eu durmo de olho aberto, por que a noite as minhas pálpebras desaparecem.

Harry tirou a capa da invisibilidade e encarou Draco.

- Ta irritado?

- Estou perfeitamente bem. – disse Draco encarando Harry – Estou em uma enfermaria, sentindo cheiro de poções, deitado em uma cama nada confortável e ainda por cima me deram um pijama de flanela que eu me nego a colocar. – disse apontando para um pijama que se encontrava dobrada em uma cadeira – Sendo que eu poderia estar em meu quarto, sentindo cheiro de almíscar e comendo chocolates belgas, mas, eu estou aqui. Obrigado por isso Potter.

- Me desculpe. – disse Harry deprimido – Eu não sabia para o que servia o feitiço.

- Se você não sabia por que usou? – perguntou Draco obvio – Sua lista de feitiços é baixa por acaso?

- Na verdade é. – respondeu Harry simplesmente – Eu fiquei preocupado.

Draco respirou profundamente antes de responder.

- Eu estou bem, não a motivo para se preocupar. – Draco disse encarando o rosto deprimido de Harry – Hoje é a nossa aula de oclumência.

- Eu sei. – disse Harry chateado.

- Então me tira daqui e vamos pra aula. – disse Draco levantando e colocando os sapatos.

- Ta maluco? – perguntou Harry – A Madame Pomfrey vai surtar.

- Ela nem vai perceber. – disse Draco calmamente – Depois eu volto.

- Ok. – disse Harry cobrindo os dois com a capa da invisibilidade.

Os dois foram em silêncio para a sala precisa, logo começaram a aula de oclumência, Harry estava ficando bom na opinião de Draco, mas, faltava um pouco mais de concentração.

- Estou morto. – disse Harry se jogando em uma poltrona.

- Você já está bom. – disse Draco se sentando em outra – Mas pode melhorar.

- Tudo pra você tem que ser perfeito? – perguntou Harry de olhos fechados respirando ofegante.

- Sim. – respondeu Draco naturalmente – Mas tem um feitiço que eu não faço com perfeição, mas, você sim.

- Sério? – perguntou Harry abrindo os olhos para encarar Draco – Por favor, me diz, isso vai entrar para a história.

- O feitiço do Patrono. – respondeu Draco indiferente – Eu não consigo fazer um Patrono corpóreo.

- Mas um Patrono compóreo depende de uma lembrança feliz bem forte. – explicou Harry.

- Então está ai o problema. – disse Draco – Eu não tenho lembrança feliz.

Harry ficou quieto, ele não sabia o que dizer exatamente, era certo que ele não conheceu a infância de Draco, mas, ele sabia que até os oito anos, em certos momentos, Draco foi feliz. Ele o ajudara em tantas coisas, por que não ajudá-lo agora?

- Malfoy. – começou Harry hesitante – Eu posso ajudar você a fazer um Patrono corpóreo.

- Eu já tentei e só sai um filete prateado. – disse Draco bocejando – porem suficientemente forte para manter dementadores longe. Na verdade eles não me atingem muito, não tem muitas lembranças felizes em mim.

- Por que não se lembra da sua infância? – perguntou Harry rapidamente.

- Minha infância? – perguntou Draco confuso – Por que a minha infância?

- Quando você era feliz, ao lado de Agatha e Andrew.

Draco ficou rígido, seu sorriso irônico desapareceu de seus lábios, seus olhos pratas encaravam Harry como se ele tivesse dito uma coisa muito feia.

- Agatha não devia...

- Devia sim Malfoy. – disse Harry mais firme – Ela se preocupa com você, e sabe que nós também. Você tem que superar isso de uma vez por todas, droga você tem que chorar, pra tirar todo esse amargor que tem dentro de você.

- Eu não tenho motivos pra chorar Potter. – disse Draco arrogante se levantando e andando de um lado para o outro.

- Tudo bem. – disse Harry calmamente – Por que então não se lembra dos momentos felizes que teve ao lado dele, ao invés de só relembrar os tristes? Tenho certeza que Andrew iria querer isso, querer que você lembre-se dele alegre, feliz e sorrindo e não doente e triste. Agora que você já superou esse preconceito com nascidos trouxas, você também pode superar a morte de Andrew.

Draco parou e fitou o nada, ele odiava concordar, mas, Harry estava certo. Que bobagem de sua parte relembrar da morte de Andrew já que fazia tão mal pra ele mesmo, os momentos felizes foram muito mais marcantes, mas, era tão difícil lembrar deles, sem lembrar da morte.

- Você tem razão. – disse Draco de repente, Harry o olhou surpreso.

- Claro que eu tenho razão. – disse Harry duvidoso – Se essas lembranças ainda existiam como consegue escondê-las?

- Eu sempre fui muito bom em esconder o que sinto. – disse Draco sem pensar.

- E então você vai tentar fazer o Patrono com as suas lembranças felizes? Vai permitir que essas lembranças voltem?

Draco apontou a varinha para o nada, se concetrou o máximo que pôde em suas brincadeiras com Andrew e Agatha, quando eles escondiam as bonecas dela, e ela saia furiosa trás deles, quando foram ao circo juntos pela primeira vez, claro era um passeio trouxa, se seu pai soubesse... os ciganos eram os que mais gostavam, quando contaram a Andrew a verdade do que eles eram realmente e ele ficou maravilhado, não os tratou como pessoas diferentes, mas, guardou o segredo a sete chaves.

- Expectro Patrono! – Draco disse em voz alta e firme e uma enorme cobra apareceu rastejando rapidamente pela sala, ela encarou Draco, sibilou educadamente e desapareceu.


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Notas finais do capítulo

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