Herdeiros Dos Elementais - Transição escrita por JessyFerr


Capítulo 26
Capítulo 26 Momento Esperado


Notas iniciais do capítulo

Bom dia. Mais um capítulo pra vcs, creio que já estamos quase no final. Eu fiz uma pequena alteração nesse capítulo, por que uma das leitoras a Grazie, perguntou se teria alguma momento entre Draco e Gina, então eu acrescentei aqui e acho que ficou bem melhor. Valeu Grazie.
Bjos



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As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã.

Aristóteles

– Capítulo Vinte e Seis –

Momento Esperado

No dia seguinte os seis se prepararam para voltarem a Hogwarts, a viagem da estação King´s Cross até Hogsmeade foi incrivelmente silenciosa, ninguém se atrevia a falar nada, muito menos Rony que era o acusado do momento. Gina de minuto em minuto lançava a Rony um olhar de raiva, já Hermione e Harry o olhavam desapontado, o clima era horrível, Agatha se negava a brir a boca e piorar ainda mais a situação, o que quer que fosse acontecer era Rony que tinha de fazer.

– E eu vou por ali. – disse Gina se afastando dos amigos quando chegaram a Hogwarts – Preciso fazer uma coisa.

– Mas Ronald vai nos explicar o que aconteceu no club. – disse Hermione fria.

– É rapidinho. – respondeu Gina e saiu correndo.

Gina foi em direção a sala precisa, esperou até que a parede se dissolvesse e entrou lá dentro a espera dela, estava Draco.

– Eu recebi o seu bilhete quando eu estava na cabine cheio de Sonserinos. – disse Draco irritadiço – Eu espero que seja importante.

– Desculpe. – disse Gina se aproximando.

– O que você quer Weasley?

– Primeiro pedir para parar de me chamar pelo sobrenome. – disse Gina com a mão na cintura – Acho que já somos íntimos o suficiente pra isso. Alias você já parou de chamar a Hermione de Granger.

– Ok. Ginevra. – disse Draco sorrindo de lado.

– Se me chamar de Ginevra outra vez, você terá um grande problema para ter filhos – disse Gina desafiadora.

– Gina. – disse Draco quase que soletrando – O que deseja.

– Eu quero te agradecer pelo o que você fez. – disse Gina mais amena – Você não tinha por que tomar o problema pra si e mesmo assim fez.

– Você não devia ter me chamado aqui só pra isso. – disse Draco insatisfeito.

– Se não fosse por você não teríamos onde morar agora...

– Gina. – interrompeu Draco – Esquece isso ok? Eu fiz o que tinha que fazer.

– Você não é só bonito. – disse Gina se aproximando mais de Draco – Mas também é inteligente, engraçado e agora descobri que também é bom. Você é perfeito Draco.

– Eu sei disso. – disse Draco se afastando disfarçadamente de Gina – Era só isso?

– Não. – disse Gina sorrindo – Tem mais – E ela avançou em Draco e o beijou.

Draco pego desprevenido, só o que pode fazer foi corresponder ao beijo. Ela beijava bem, mas, algo em sua mente lhe dizia que isso era errado e muito errado. Você está beijando a outra ex do Potter, parabéns Draco. Quem manda ser irresistível. Quando eles se soltaram Gina estava quase da cor de seus cabelos.

Eles se encararam, Draco não sabia se falava algo ou se permanecia calado, ele optou por permanecer calado, por que com certeza sairia alguma coisa irônica dos seus lábios e aquele não era o momento pra isso.

– Dá outra vêz você me beijou com mais vontade. – disse Gina fazendo bico.

– É que da outra vez fui eu quem beijou você. – disse Draco detalhista – Agora foi você quem me agarrou de surpresa.

– É. – disse Gina satisfeita – Isso foi ótimo.

– Sim realmente foi. – disse Draco desconfiado – Mas por que você fez isso mesmo? Só agradecimento é que não foi.

– Você me atrai. – disse Gina obvio.

– Disso eu sei, não sou idiota. – disse Draco arrogante – Você não está apenas grata. Você quer me usar, pra fazer ciúmes em alguém?

– Claro que não. – vacilou Gina.

– Embora eu aprecie ser usado por garotas lindas e desesperadas. – disse Draco sarcástico – Isso não vai acontecer. Por que você é uma garota descente, bonita e inteligente e deve acreditar mais em você.

– Por que você tinha que ser tão perfeito?

– É um dom. – disse Draco cínico – Se gosta do Potter lute por ele ao invés de deixá-lo com raiva de te ver com outra pessoa.

– Ele ainda gosta dela. – disse Gina deprimida – Eu os vi juntos.

– Viu? – perguntou Draco interessado.

– Vi. – respondeu Gina – Não estavam exatamente juntos, mas, eu sabia que tinha algo ali quando eu entrei no quarto, eu estava começando a achar que Agatha não gostava mais dele, mas, agora eu tenho as minhas dúvidas. Isso incomoda você não é?

– Não. – respondeu Draco sério – Por que iria me incomodar?

– Ta na cara que você gosta dela. – disse Gina levantando uma sombracelha.

– Você acha que se eu gostasse dela eu me importaria de vê-los juntos? – perguntou Draco triunfante.

– Não. – disse Gina – Mas é a única maneira no momento de você se sentir mais próximo dela. – disse Gina deprimida – Quer saber, eu acho que já vou. Rony vai nos implorar por desculpas e eu preciso estar lá. Se importaria de deixar esse acontecimento entre nós dois?

– Sem problema. – respondeu Draco observando Gina ir até a porta de saída. – Gina, se não fosse pelo seu grande amor por ele, eu não hesitaria em ficar com você.

Gina sorriu e saiu da sala precisa, deixando um Draco contemplativo.

________

A primeira coisa que Agatha fez quando chegaram a Hogwarts, foi ir direto a sala do Profº Snape, ela não conseguira falar com ele antes do natal, pelo que parecia Dumbledore o mandou fazer algo fora da escola.

– O que deseja Srta. Ridgeway? – perguntou Snape, ele parecia cansado e abatido, o que quer que Dumbledore pediu que ele fizesse não foi nada fácil.

– Não consegui falar com o senhor antes do natal. – disse Agatha animada se aproximando do professor – Eu queria te dar uma coisa.

– Me dar?

– Feliz natal. – disse Agatha entregando ao professor um caixinha de veludo verde, quando Snape abriu, viu que era um cordão de prata, com o pingente de uma serpente, em seus olhos haviam duas pedras de esmeraldas.

– É encantador, mas, não posso aceitar. – disse Snape devolvendo a caixinha.

– Por favor, aceite. – disse Agatha triste – É uma maneira do senhor se lembrar de mim.

– Eu a vejo todo dia. – disse Snape indiferente – É impossível me esquecer que a senhorita existe.

– Eu quero dizer. – disse Agatha deprimida – Depois que eu morrer.

Snape a olhou com pena, ele normalmente não demonstrava carinho pelos alunos, mas, no caso dela era diferente, era a sua aluna favorita, filha de Angeline, era quase doloroso tratá-la mal.

– Obrigado. – disse Snape pegando a caixinha de volta – Eu vou guardar. Tenho uma boa notícia pra senhorita.

– Sério? – perguntou Agatha curiosa.

– Dos três venenos, eu consegui iliminar um, ficará mais fácil agora. Gostaria de ver as anotações?

Agatha observou Snape antes de responder.

– Na verdade não. – disse Agatha desviando o olhar do professor – Eu tomei uma decisão professor.

– Qual?

– Eu não vou mais ajudá-lo com isso. – disse ela aborrecida – Ou melhor atrapalhá-lo, eu realmente não consigo me concentrar quando estou com o senhor e isso me faz mal.

– Não entendi Srta. Ridgeway. – disse Snape calmo.

– As minhas notas caíram. – disse Agatha tentanto não olhar para o seu professor, e algumas lagrimas se formavam em seus olhos – Eu não me dedico mais nas coreografias, não como, às vezes eu não durmo, por que eu só consigo pensar na hora que eu vou estar com o senhor, e eu sei que não é só por causa do veneno, dói muito professor. Eu preciso dar para os meus pais pelos menos a honra de eu ter sido uma boa aluna.

– Sinto muito. – disse Snape a fitando, mas ela não olhava pra ele.

– Sem problema. – disse ela limpando as lágrimas – Eu já perdi as esperanças professor, eu sei que o senhor vai conseguir o antídoto, mas, talvez não seja a tempo. E se o acaso acontecer, eu quero ser lembrada ao menos como a “garota das poções”, estou começando a gostar desse apelido.

Snape continuou a fitar Agatha, era incrível como se parecia com Angeline, ele se lembrou do dia em que teve que terminar com a sua amada, e ela chorava desamparada como Agatha fazia agora. Ele sentia muita pena da garota, num momento ela era a garota linda, líder de torcida, boa aluna, (pelo menos em poções) e no outro momento ela é aprisionada por Voldemort, obrigada a se casar e condenada à morte. Isso é muito injusto. Agatha fez menção de sair quando Snape se levantou rapidamente.

– Agatha, espera um momento.

– Sim. – disse ela sem se virar, mas, surpresa de ouvir o seu primeiro nome, mesmo que não fosse um amor de verdade a dor de olhar pra ele, era mais que verdadeira.

– Isso vai contra tudo o que eu acredito e prezo. – começou Snape calmamente – Olha pra mim garota.

Agatha se virou e mais lagrimas caíram sobre seu rosto, Snape se aproximou e colocou o cabelo dela atrás de sua orelha.

– Você sabe que vai me odiar, depois que o efeito passar. – disse Snape naturalmente – Vai sentir nojo.

– Eu nunca sentiria nojo do senhor. – disse Agatha desesperada ela não acreditava que fosse acontecer aquilo que estava para acontecer.

Snape não disse mais nada, apenas segurou o rosto de Agatha com as duas mãos, então ele se inclinou lentamente e seus lábios se tocaram. Não foi realmente um beijo, foi mais um demorado encostar de lábios. Quando Agatha começou a achar que agora ela seria feliz pra sempre, o professor se afastou.

– Mais um pouco professor, eu acho que não passou totalmente – disse Agatha rapidamente.

– O efeito vai passar não se preocupe. – disse Snape amargurado.

Ele tinha razão, aquele amor avassalador que Agatha estava sentindo pelo professor começou a passar e tudo que restou foi novamente a grande admiração que ela sentia por ele.

– Obrigada. – disse Agatha corando, ela estava morrendo de vergonha. Como ela iria encarar o seu professor agora? Nossa. Como ela iria encarar a sua mãe?

– Acho que a senhorita pode se dedicar aos estudos agora. – disse Snape voltando ao seu tom frio e retornando a sua mesa.

– Acho que sim. – disse Agatha se aproximando da porta de saída, mas, antes ela sorriu pra si mesma não resistiu fazer um comentário e virou para o professor. – Eu não senti nojo, o senhor beija bem.

– Saia da minha sala agora sua pirralha atrevida! – disse Snape irritado.

– Amanhã então eu volto. – disse Agatha sorrindo e saiu.

Embora ela ainda estivesse condenada a morte, as coisas voltaram a ser como antes.

____

– Muito bem. Comece a explicação então. – disse Hermione para Rony no salão comunal da Grifinória, acompanhada de Harry e Gina. Eles estavam sentados perto da lareira como habitualmente, os três esperando que Rony começasse a se explicar.

– Mas eu já disse. – disse Rony cansando, na verdade era a terceira vez que eles pediam esclarecimento para Rony – Eu estava bêbado, não pensei direito. Na verdade eu só pensei em ganhar um dinheiro extra.

– Mas apostar a nossa casa? – disse Gina meio alterada – Não tinha outra coisa para apostar?

– Não. – disse Rony deprimido – Mas eu não imaginei que perderia, por que eu até o momento havia ganho todas as partidas.

– Isso é bem obvio não é? – disse Hermione aborrecida – Eles fazem você jogar e ganhar, ai você se sente o cara, pra depois apostar tudo o que tem e perder.

– É eu sei. – disse Rony de cabeça baixa – Malfoy me alertou sobre pessoas assim. Mas eu realmente acreditei que iria ganhar. Quando ele se afastou de mim, então eu apostei.

– E depois? – perguntou Harry meio frio.

– Eu comecei a discutir e depois eu fui pra cima deles. – explicou Rony – Malfoy separou a briga junto de mais algumas pessoas, foi ai que eu contei pra ele o que houve. Eu sinceramente achei que levaria um soco dele, mas, Malfoy é bem controlado e disse que resolveria tudo. E ele resolveu. Me perdoem, mas, eu tive medo de perder a confiança de vocês e de te perder Hermione.

– Malfoy sabia. – disse Harry aborrecido.

– Ele estava lá Harry. – disse Rony – E eu não sei por que, mas, é tão fácil falar com ele.

– Agora você me entende não é? – disse Harry encarando Rony.

– Sinto muito. – disse Rony abaixando a cabeça outra vez.

Todos ficaram um bom tempo em silêncio, um silêncio constrangedor que para Rony parecia que nunca ia ter fim. Talvez eles estivessem avaliando se valia ainda à pena ter Rony por perto, ou se talez fosse necessário eliminá-lo.

– Ok. – disse Gina se levantando para se aproximar de Rony – Você é o meu irmão, eu não posso ficar brigada com você. Mas se fizer isso de novo, eu acabo com você, ou melhor, eu conto tudo para a mamãe.

– Não. – disse Rony olhando desesperado para Gina – A mamãe não.

– Então pense bem antes de fazer outra besteira. – acrescentou Gina antes de lhe dar um abraço.

– Eu fiquei muito magoada Rony. – disse Hermione depois que Gina o soltou – Você não confiou em mim.

– Mione...

– Espera. Eu ainda não terminei. – disse ela firme – Eu não vou discutir com você sobre isso de novo. Eu pensei em terminar tudo...

– Hermione...

– Mas não vou. – disse Hermione com algumas lágrimas saindo de seus olhos – Quero te dar outra chance e eu espero que você possa confiar em mim e nos seus amigos de agora em diante.

– Eu prometo, pode acreditar. – disse Rony aliviado se levantando e dando um forte abraço em Hermione e a beijando em seguida, depois ele segurou seu rosto com as duas mãos e a olhou bem nos olhos – Eu te amo Hermione.

Hermione pareceu perder o chão naquele momento, não existia mais, Gina e Harry ou quem mais estivesse na sala, só existia ela e Rony. Hermione sempre sonhou no dia em que Rony diria que a amava e esse dia finalmente chegara.

– Eu também te amo Rony. – disse Hermione perdendo a voz.

– No final tudo acaba bem. – comentou Gina para Harry – Não é verdade?

– Nem tudo. – disse Harry observando Rony e Hermione juntos, ele tembém queria um final feliz assim.

– Gina. – disse Hermione se soltando de Rony – Vamos deixá-los sozinhos.

Gina assentiu e as duas subiram para o dormitório. Harry e Rony se entreolharam, nos últimos tempos eles mais brigavam do que riam juntos, mas, se tudo agora estivesse esclarecido, eles poderiam voltar à amizade de antes.

– E então. – começou Rony sem graça – Você vai me desculpar?

– Eu queria mesmo era te arrebentar. – disse Harry firme – Mas você sempre foi o meu melhor amigo, esteve comigo em todos os momentos desde que eu entrei em Hogwarts. Eu não posso jogar tudo isso fora, por um deslize.

– Ta falando sério? – perguntou Rony receoso.

– Estou. – disse Harry mais ameno – Eu só quero que você me conte tudo de agora em diante. E pra provar que eu sou um bom amigo, eu estou te dando à chance agora de me contar qualquer outro segredo que você tenha escondido de mim, e eu vou aceitá-lo sem represálias.

– Eu não tenho outro segredo. – disse Rony rapidamente, Harry o encarou levantando uma sombracelha – Ok. Mas você vai ter que me contar um também.

– Perfeito. – disse Harry cruzando os braços e esperando Rony falar.

– Eu não... – Rony respirou fundo – Eu não sou mais virgem.

– O que? – alterou-se Harry – E você esconde isso de mim? Mas então a Hermione...?

– Não foi com ela. – explicou Rony – Foi quando eu namorei com a Lilá.

– Você não tinha o direito de esconder isso de mim. – disse Harry aborrecido – Pensei que fosse seu melhor amigo.

– Eu estava irritado com você. – disse Rony – E, além disso, você disse sem represálias.

– Me pegou. – disse Harry chateado.

– É a sua vez. – disse Rony – E você vai ver como eu vou aceitar numa boa.

– Então. – começou Harry corando – Eu também não sou mais virgem.

– Olha como você é. – disse Rony indignado – Fala de mim, mas fez igual. Foi com a Chang não foi? Seu cínico.

– O que queria que eu fizesse? – perguntou Harry ainda corado – Ela ficava se insinuando pra mim, eu não sou de ferro.

– Detalhe. – disse Rony pensativo – Você a namorou antes de eu namorar a Lilá, então você errou primeiro.

– Sem represálias. – lembrou Harry.

– Ok. – disse Rony sorrindo – Obrigado pela nova chance.

– O clima está bom. – disse Harry levantando da poltrona – Mas, eu tenho que sair um momento.

– Aonde você vai?

– Tentar falar com Slughorn. – explicou Harry apreensivo – Temos pouco tempo e Agatha está em pânico pra saber o que são horcruxes e Dumbledore simplesmente não fala.

– Harry. – chamou Rony este parecia meio inquieto – Você ainda a ama?

– Você acha que amar é deixar a pessoa seguir em frente?

– Acho que sim.

– Então não. – disse Harry chateado – Por que eu não estou disposto a deixá-la seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

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