Herdeiros Dos Elementais - Transição escrita por JessyFerr


Capítulo 19
Capítulo 19 A Carta


Notas iniciais do capítulo

Como eu fiquei feliz pelo número de reviews, resolvi postar mais um capítulo. Quero reviews.
Bjos.



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Há uma exuberância na bondade que parece ser maldade.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Dezenove –

A Carta

Draco acordou cedo no dia seguinte, ele não conseguira dormir por alguma razão, talvez fosse pela sua dúvida de contar aos outros sobre as visões ou pela pergunta inesperada de Harry, Draco precisava tomar uma decisão e teria de ser rápido. Ele tinha em primeiro lugar que conversar com Agatha, ela merecia uma explicação dele se ele for fazer o que planeja. Draco ficou a noite toda projetando o que iria fazer depois da carta que ele recebeu, Harry havia percebido que ele não estava com uma cara boa, mas, se tivesse dito algo a ele, descontrolado como ele era com certeza Harry faria uma tremenda besteira. Draco pegou a carta que havia recebido no dia anterior e o colocou no bolso, saiu do seu quarto em seguida, desceu as escadarias para o salão comunal da Sonserina, não havia ninguém na sala a não ser por Emilia que se encontrava sentada em uma poltrona com alguns pergaminhos na mão.

- Draco. – chamou ela, porem ele a ignorou e foi em direção a saída – Por favor, espera!

- O que você quer? – perguntou Draco azedo sem olhá-la.

- Pode me fazer um favor? – perguntou Emilia com a voz um pouco fraca.

- Quer que eu te faça um favor? – perguntou Draco irônico olhando pra ela – O que seria Emilia?

- Pode entregar isso para a Ridgeway? – perguntou Emilia entregando os pergaminhos para Draco – É o trabalho de História da Magia que o Profº Binns passou quando ela estava... Você sabe.

- Por que você mesma não entrega? – perguntou Draco frio observando o braço da garota, estava meio roxo, mas ele não sentiu pena.

- Eu não ia conseguir falar com ela. – disse Emilia deprimida – Por mais que estejam me julgando Draco, eu não queria que isso tivesse acontecido.

- Se acostume. – disse Draco pegando os pergaminhos de Emilia – Hoje teremos reunião geral, e ela estará lá. – Saiu.

Draco subiu das masmorras e seguiu em direção aos corredores da escola, ele parou em frente a uma parede de pedra no final de um corredor, as paredes começaram a se dissolver e uma entrada apareceu, Draco entrou e uma garota de pele muito pálida, cabelos negros e olhos verdes apagados o esperava. Agatha estava diferente, sua pele sempre foi corada e a sua boca rosada, seus cabelos negros eram sedosos e seus olhos verdes eram brilhantes, mas agora, ela estava perdendo tudo isso, e se ele não agisse rápido ele a perderia também.

- Recebi seu recado. – disse Agatha o fitando – O que houve? Por que tanta urgência?

- Precisamos conversar e é muito sério. – disse Draco se sentando.

- Nada mais me abala. – disse Agatha se sentando de frente a ele.

- Eu recebi essa carta ontem. – disse Draco entregando o papel para a garota.

Agatha o pegou e leu, a cada linha que lia, Agatha abria mais a boca.

Conselheiro Draco.

Venho por meio desta, para perguntar se sua querida esposa recebeu o meu presente. Eu espero sinceramente que ela o tenha apreciado, pois, foi escolhido a dedo. Como ela está? Já perdeu a cor da pele? Seus olhos já estão se apagando?Ela anda se desiquilibrando à toa? Tenho certeza que brevemente os desmaios serão contínuos, até ela não acordar mais. A não ser é claro que vocês venham até a mim e eu com muito prazer passarei o nome do veneno, quem sabe até o antídoto, depende de vocês. Lembrando que ela tem pouco tempo, então pensem rápido. Saberão onde me encontrar.

L. V.

- O que pretende fazer? – perguntou Agatha amedrontada quando terminou de ler a carta.

- Eu vou me encotrar com ele e pegar o nome do veneno. – disse Draco sério.

- Não! – disse Agatha assustada – Você não vai. Voldemort disse, nós dois e eu não vou, e se você for sem mim, é bem capaz que ele te mate, e então pioraria as coisas. Eu confio que Snape consiga o antídoto.

- Eu preciso ao menos tentar. – disse Draco irritado – Se acontecer qualquer coisa com você eu nunca vou me perdoar.

- E o que vai ser de mim se eu te perder? – perguntou Agatha com os olhos lacrimejando – Temos que pensar Draco. O que aconteceu com o Sonserino estratégico que conhecemos e amamos?

- Se perdeu. – disse Draco baixinho – Quando o assunto é você ele se perde.

- Draco. – disse Agatha calmamente – Vamos esperar, por favor, eu vou ficar bem.

- E seu eu te perder também? – perguntou Draco se levantando – Dessa vez eu não vou superar.

- Você nem ao menos superou a ultima vez Draco. – disse Agatha também ficando de pé para encará-lo – Você nem consegue dizer o nome dele.

- Andrew. – disse Draco com dificuldade – Foi uma parte da minha vida que eu não quero lembrar mais.

- E se eu morrer? – perguntou Agatha irritada – Não vai mais querer se lembrar mim também?

- Você não vai morrer. – alterou-se.

- Ok. – disse Agatha calmamente – Se não quer me ver morrer, então não vai até a morte, por que se eu te perder, eu morro em seguida.

Draco se aproximou da garota e a abraçou, a sua cabeça doía muito, ele tinha muitas coisas que passavam pela sua cabeça ao mesmo tempo, tantas preocupações e ele nem ao menos havia se formado ainda. Ele conhecia aquela garota desde que nasceu e agora só de pensar que existe a possibilidade de perdê-la, era como se parte dele também se esvaecesse.

- Merengue de limão. – disse Agatha de repente.

- Como? – perguntou Draco a soltando do abraço para olhá-la.

- Eu gosto desse cheiro. – disse Agatha sorrindo.

- Ah! Sim claro. – disse Draco – É o meu creme. Você gostou?

- Alguém já te perguntou se você é gay? – perguntou Agatha zombeteira – Sabe por se cuidar tanto.

- Blásio. – disse Draco com um sorriso mínimo – Mas, espera um pouco, eu seria gay se o creme fosse de morango, limão é másculo.

- Sim, claro, você tem razão. – disse Agatha encarando Draco.

- Escuta. – disse Draco reparando nos pés da garota, ela não usava mais as botas de cano alto, ela agora estava usando os sapatos padrão do uniforme – Eu percebi que você está mais baixa. O que aconteceu? Saiu das *apimentadas?

- Eu não estava mais me equilibrando no salto. – respondeu Agatha chateada – Mas não se preocupe isso vai passar.

- Emilia pediu pra te entregar isso. – disse Draco entregando o rolo de pergaminho para Agatha – Pode rasgar se quiser e fazer outro.

- Não. – disse Agatha abrindo o pergaminho – É de História da Magia, vai ser esse mesmo, por que eu não vou fazer outro. Eu tenho que ir agora, preciso ir a sala do Profº Snape.

- Agatha referente ao Snape...

- Não se preocupe. – disse Agatha aborrecida – Harry já me contou tudo. Eu não consigo encarar o Antony e dizer a ele sobre Snape e que eu preciso do beijo dele pra voltar aos meus sentimentos confusos de antes.

- Seus sentimentos estavam confusos? – perguntou Draco.

- Mais ou menos. – respondeu Agatha corando – Mas sabe quando você começa a ter certeza do que você sente e percebe que, não existe possibilidade?

- Sei. – disse Draco simplesmente – Eu sei exatamente o que quer dizer.

___

- Entre. – respondeu Snape quando bateram na porta. Snape observou Agatha entrar na sala, ela caminhou até ficar de frente a ele.

- O senhor sabia. – disse Agatha – E não me disse.

- O que queria que eu dissesse? – perguntou Snape frio

- Ao menos me avisasse sobre o ocorrido. – disse Agatha deprimida – Pra eu não fazer aquele papel ridículo, praticamente me oferecendo para o senhor.

- Aprenda a conter as suas emoções. – disse Snape indiferente.

- O fato aqui. – disse Agatha chateada – É que o senhor sabe o que tem que fazer.

- E estou fazendo. – disse Snape – Estou tentanto salvar a sua vida.

- Eu me refiro ao que sinto pelo senhor. – disse Agatha triste.

- Esse sentimento não existe, a senhorita sabe muito bem. – disse Snape arrastando a voz – Eu vou criar alguma coisa pra senhorita após achar o seu antídoto.

- Mas o senhor pode fazer alguma coisa agora. – disse Agatha com a voz um pouco alterada.

- O que posso fazer?

- Me beija, Profº Snape! – gritou Agatha com os olhos enchendo de água.

- Isso é antiético. – rebateu Snape se levantando – A senhorita é apenas uma aluna.

- Eu sou emancipada. – disse Agatha.

- Mas ainda é uma aluna, e por mais que os seus pais e o ministério tenham dado permissão, eu me recuso a fazer isso. – disse Snape firme.

- Todos sabiam menos eu?! – disse Agatha indignada – Que droga! Eu estou sofrendo professor, eu não consigo te tirar da cabeça.

- Faça um esforço, até eu te curar. – disse Snape friamente – Ou não poderá mais me ajudar com o antídoto.

Agatha bufou irritada, pegou suas coisas e saiu da sala batendo a porta.

__

* Normalmente é o nome dado a filmes de Líderes de Torcidas.


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Notas finais do capítulo

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