Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?

Confúcio

– Capítulo Treze –

O Plano Imperfeito

Quando Draco saiu da sala dos monitores, antes de voltar para o quarto, ele iria até o escritório de Dumbledore, Draco havia marcado um horário e iria conversar com ele.

Depois de Dumbledore ouvir tudo que Draco disse, ele ficou um bom tempo o fitando através de seus óculos e por fim disse:

- Sr. Malfoy, eu também acredito que as visões querem dizer isso. – disse Dumbledore sério – Por que não teria motivo dessas visões acontecerem se não fossem pra dizer algo a vocês.

- Vai contar pra eles? – perguntou Draco.

- A pergunta certa Sr. Malfoy é: O senhor quer contar pra eles? – disse Dumbledore observando Draco.

- Eu não sei. – disse Draco ambíguo.

- Por quê?

- Potter não aceitaria isso muito bem.

- Você se importa muito com ele não é? – perguntou Dumbledore porem Draco não respondeu.

- A escolha é sua. – disse Dumbledore calmamente – O senhor é que terá de escolher se vai magoar ao Harry ou obedecer ao que as visões querem dizer.

Draco assentiu e saiu da sala do professor, ele teria que pensar muito sobre o assunto. Ele sempre acreditou que aquelas visões queriam dizer alguma coisa e estava certo, agora cabia a ele decidir se contaria sim ou não aos outros, principalmente a Harry. Quando Draco tinha acabado de descer a escada do escritório de Dumbledore, avistou Harry subindo as escadas.

- O que você faz aqui? – perguntou Harry quando viu Draco descendo as escadas.

- Dúvidas de monitoria. – disse Draco normalmente.

- Esse assunto você não tem que perguntar a McGonagall?

- Gosto de ir direto à fonte. – respondeu Draco rapidamente – E você?

- Me chamou pra mais uma reunião. – respondeu Harry.

- Então é melhor você não deixá-lo esperando. – disse Draco dando espaço pra Harry passar e se encaminhando para o dormitório.

__________

- Você tem certeza que fez isso direito? – perguntou Daphnne pela quinta vez.

- É claro que fiz. – disse Emilia animada – Sou ótima em poções, essa poção do amor vai dar o que falar.

- É se descobrirem a gente, já viu né? – disse Daphnne ansiosa – Essa poção não é usada mais. E se expularem a gente?

- Não esquenta com isso ok? – disse Emilia firme – Agora que eu já coloquei a poção nos bombons só falta à gente escolher por quem ela vai se apaixonar.

- Que tal o Longbottom? – perguntou Daphnne ansiosa, elas estavam no quarto de Emilia embrulhando os bombons de volta na caixa.

- Não. – disse Emilia – Não vai ter tanta graça. E o Potter?

- Mas ela já é apaixonada por ele. – disse Daphnne pensativa – E o Weasley? Não, não, esquece...

- Não, espera. – disse Emilia com os olhos brilhando – É uma ótima idéia. Ele namora a melhor amiga dela, é perfeito. A Ridgeway come o bombom, o Weasley toca nela, e ela se apaixona.

- E o único antídoto seria ele dar um beijo nela. Nossa sua maldade é incrível! – disse Daphnne. – Mas como a gente vai fazer ele tocar nela na hora exata?

- A gente dá um jeito. – disse Emília alegre – Agora é só mandar a caixa pra ela.

___

- Rony a gente pode conversar? – perguntou Agatha quando tinha acabado de sair do banho, o garoto por incrível que pareça estava fazendo seus deveres de poções.

- Claro. – disse Rony – A propósito vamos ter uma reunião na sexta depois das aulas. Você não tem ensaio tem?

- Não. – respondeu a garota se sentando na poltrona próxima.

- O que você que me falar? – perguntou Rony fechando o livro.

- Rony, o Draco me pediu pra falar com a Hermione, sobre o club Masters.

- O que? – disse Rony alarmado – Ele te contou o que houve?

- Não. – disse Agatha rapidamente – É só que, ela está muito preocupada, eu não sei o que houve lá, mas, nada é tão sério a ponto de você esconder dos seus amigos.

- Se eu contar. – disse Rony chateado – Vocês nunca mais falariam comigo e com certeza eu perderia a Hermione.

- Já parou pra pensar, que se ela continuar achando que você a traiu, ela pode terminar com você. – disse Agatha firme – E eu daria todo apoio.

- Você sabe que eu nunca trairia a Hermione. – disse Rony indignado.

- Então conta a verdade pra ela. – insistiu Agatha – E pra gente também. Não pode ser tão sério. Olha se você contar eu conto o que aconteceu comigo quando fui ao club ano passado e foi muito constrangedor e também faço os seus trabalhos de poções até o final do ano.

- É tentador, mas, não. – disse Rony definitivo.

Devia ser muito sério mesmo o que aconteceu, para Rony não aceitar outra pessoa fazer os trabalhos de poções. Ele sempre fora seu melhor amigo e nunca havia escondido nada dela, Agatha não demonstrara, mas, estava muito deprimida por Rony não lhe contar o que houve. Ela não ia forçar a barra com ele, mas, a sua vontade era de voar em cima dele e dar vários tapas até ele contar.

- Conversa com a Hermione pelo menos. – disse Agatha irritada – Deixa ela mais confortável com o assunto.

- Eu já falei com ela. – explicou Rony – Não tem por que ficar preocupada.

Agatha respirou fundo e cruzou os braços e disse de repente:

- Idiota.

- Baixinha.

- Cabeça de fósforo.

- Mini Snape.

- Mini Snape? Essa é nova. – disse Agatha indignada – Por falar em mini Snape, preciso estudar, já que o meu melhor amigo não me conta nada, vou me refugiar nos livros.

- E está na hora de eu ir ao jardim.

Enquanto Rony saia pelo buraco do retrato, Agatha subiu em direção ao dormitório se perguntando por que Rony marcava hora para ir ao jardim, ao abrir a porta de seu quarto, quase levou um susto, quando viu Hermione sentada na cama.

- Que susto Mione! – disse Agatha com a mão no peito.

- Estava te esperando. – disse Hermione mostrando um livro para Agatha – A gente combinou de estudar Transfiguração juntas.

- O termo certo é você estudar e eu tentar aprender. – disse Agatha pegando seu livro na estante. – Podemos estudar no jardim, está um dia tão lindo.

- Tudo bem. – disse Hermione pegando uma caixa ao lado na cama

- A propósito. Por que não foi fazer o teste para as líderes? – perguntou Agatha com a mão na cintura.

- Faz três anos que você me chama pra essas líderes. – disse Hermione calmamente – E eu digo não, já devia ter aceito o fato de que eu não vou.

- Ok. – disse Agatha olhando a caixa nas mãos de Hermione – O que é isso?

- Isso chegou pra você enquanto eu estava te esperando.

- O que é?

- Parece que são bombons. – respondeu Hermione desconfiada – Tem um cartão.

Agatha pegou o cartão e leu:

Agatha

Te observo faz um tempo e reparei o quanto você é graciosa, aceite por favor esses bombons como prova do quanto você adoça a minha vida só de te olhar. Não me revelo, pois, tenho medo da sua reação, peço apenas um favor, coma o primeiro bombom hoje no jardim, eu estarei lá quando você chegar e quem sabe tomo coragem e me revelo pra você.

Com amor...

... Sempre seu

- Que fofo! – exclamou Agatha abrindo a caixa – Quer um?

- Não obrigada. – respondeu Hermione – Você também não deveria comer, nem sabe de quem é.

- Mione eu recebo chocolates de anônimos desde que cheguei a Hogwarts. – explicou Agatha – Nunca me aconteceu nada.

- Você é quem sabe. Vamos?

- Vamos. – Agatha pegou um bombom e saíram para os jardins juntas, elas se sentaram no lugar de costume. Estava realmente um dia lindo, e parecia que a maioria dos alunos perceberam, pois, o jardim estava cheio, com alunos estudando ou jogando conversa fora.

- Você não pretende fazer o que ele disse não é? – perguntou Hermione observando o bombom que Agatha segurava.

- Claro que sim. – disse Agatha mordendo um pedeço do bombom – Se ele faz questão.

- Ok. – disse Hermione balançando a cabeça – Vamos começar com a teoria, sempre é melhor pela teoria, do que transfigurarmos errado... Agatha, Agatha meu Deus! O que você tem?

Agatha estava com a mão perto do peito, ela parecia que estava sufocando, pois, respirava com dificuldade sua visão estava embaçando, de longe ela viu Rony se aproximando dela com cara de preocupado, a última coisa que ouviu foi uma voz grave ao longe e alguém a segurando.

- Srta. Ridgeway? A senhorita está bem? – E tudo ficou escuro.