A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.

Albert Einstein

– Capítulo Doze –

Divórcio Sai ou Não Sai?

- Vamos de novo Potter? – perguntou Draco amigavelmente ajudando Harry a se levantar do chão. Eles estavam nisso há duas horas, a cabeça de Harry doía e ele não conseguia de forma alguma fechar a sua mente. Não que Draco fosse um prefessor ruim, ao contrário, ele era paciente e dedicado, mas Harry tinha tantas coisas na cabeça utimamente que ficava difícil.

- Vamos dar uma pausa. – disse Harry ofegante – Minha cabeça dói.

- Quer ir a ala hospitalar? – perguntou Draco visivelmente preocupado Harry percebeu.

- Não. – disse Harry – Eu estou bem, só preciso de uns segundos.

- Fica mais fácil se você parasse de pensar em tantas coisas ao mesmo tempo. – explicou Draco se sentando em uma poltrona.

- É meio difícil. – disse Harry se sentando também.

Draco Malfoy e Harry Potter juntos em uma sala, e nenhum dos dois estavam feridos, ironia, pois, todos sabiam que eles eram inimigos, quem visse essa cena dos dois juntos conversando amigavelmente, acharia muito bizarro

- Na sua ultima lembrança. – começou Draco cuidadoso – Aqueles eram seus tios?

- Eram. – respondeu Harry com desgosto.

- Sinto muito. – disse Draco.

- Não faz mal. – disse Harry se levantando outra vez – Não moro mais com eles. Vamos outra vez?

- Ok. – disse Draco – Tenta pensar em apenas uma coisa e depois a bloqueie. Preparado?

- Sim.

- Legiminen. – disse Draco apontando a varinha para Harry no mesmo momento em que Harry colocara a sua mão na testa.

- Milorde. – disse Lúcio temeroso – Acha mesmo que isso dará certo? Não que eu duvide de seus planos, claro que não. Mas é que Rabicho que o realizou, não sabemos se ele fez da forma correta.

- Tenho certeza que nada sairá errado Lúcio. – respondeu Voldemort firmemente – Os Herdeiros se separarão mais cedo ou mais tarde, e eu estarei aqui esperando pelos meus conselheiros pacientemente.

- Sei que Draco pode cair em si. – disse Lúcio – Mas a garota, ela não.

- A garota irá pra onde Draco for. – disse Voldemort em tom definitivo – E ela ficará ao meu lado por que simplesmente ela desejará isso, não por que foi obrigada. Quando for a hora eles virão, e eu estarei aqui com os braços abertos para recebê-los como um verdadeiro pai.

Draco e Harry voltaram à realidade, ofegantes, como se acordassem de um sonho ruim, eles se fitaram durante um tempo, foi Draco quem quebrou o silêncio.

- Que droga foi essa Potter! – exclamou Draco – Aquilo não foi uma lembrança.

- Não. – respondeu Harry – A minha cicatriz doeu, aquela conversa estava acontecendo agora.

- Ok. – disse Draco pensativo – Então Voldemort colocou alguma coisa em prática e não sabemos o que é. Maravilha! Eu disse que isso só estava começando.

- Estamos em Hogwarts. – disse Harry tentando se acalmar – Estamos seguros.

- Da mesma forma que você estava seguro no primeiro ano. – começou Draco irritado – Quando Voldemort possuiu o Profº Quirrell? Ou no segundo ano quando meu pai fez o favor de dar o diário para a Weasley? Que tal o quarto ano que Bartô Crouch Junior entrou disfarçado...

- Ok. Eu já entendi. – disse Harry rendido – Eu estarei seguro, vou contar a Dumbledore sobre o que vimos quando ele me chamar.

 Harry ficou em silêncio esperando que Draco dissesse alguma coisa, Draco estava claramente preocupado, e com razão, o que quer que Voldemort planejou, ele já havia posto e prática, e cabia a eles tomarem cuidado.

- Draco. – disse Harry chamando a atenção de Draco que ragiu ao ouvir o seu primeiro nome – Vamos ficar bem.

- Acho que acabamos por hoje Potter. – disse Draco indo em direção a saida da sala precisa.

____

O sol brilhava em mais uma tarde quente em Hogwarts e Agatha já estava em sua terceira reunião com as líderes na semana. Ela sempre fora muito exigente com os treinos desde quando assumiu no ano passado, as garotas não reclamavam, elas gostavam mesmo era de ganhar e para isso acontecer elas tinham que treinar e muito. Hermione sempre dizia que se Agatha se dedicasse assim nas matérias da mesma forma que se dedicava aos treinos ela seria a primeira da escola, lógico depois de Hermione.

- Terminamos por hoje garotas. – disse Agatha alegre – Vocês têm a tarde livre... de mim é lógico, por que sei que algumas de vocês ainda tem aula – Então ela virou para algumas garotas que não estavam de uniforme – E eu vou dar a resposta de quem passou para entrar esse ano amanhã, eu colocarei os nomes no quadro de avisos e me procurem em seguida. Obrigada.

As garotas se retiraram, e Agatha respirou profundamente, mais um treino perfeito, pena que Hermione não veio fazer o teste, pensou Agatha tristemente, seria bom ter a amiga por perto.

- O ensaio já terminou? – perguntou à voz que Agatha reconheceu imediatamente, ela sorriu satisfeita por vê-lo.

- Já sim.  – respondeu Agatha a Antony que lhe deu um beijo de leve – Eu vou tomar banho e podemos ficar juntos.

- Era o que eu queria. – disse Antony aborrecido – Acabei de sair da reunião dos monitores e Malfoy quer que você vá até lá, ele precisa falar com você, disse que é urgente.

- Mais eu não quero ir ver o Draco. – disse Agatha manhosa – Eu quero ficar com você.

- É melhor ver o que ele quer logo. – disse Antony – Depois ficamos juntos. Ele está na sala dos monitores.

- Mas depois eu ia estudar com a Mione. – disse Agatha aborrecida.

- Então a gente se vê em um outro momento. – disse Antony beijando Agatha novamente – Vai lá.

Agatha caminhou totalmente irritada até a sala dos monitores e entrou, a cena que ela viu não era das mais legais, que nojo, pensou ela. Emilia se agarrava descaradamente com Draco no meio da sala, como ela queria que fosse um professor e não ela que tivesse entrado.

- Escuta, eu sei que vocês estão na fase do acasalamento. – disse Agatha fazendo os dois se separarem – Mas eu não tenho o dia todo.

- Bem que você queria estar no meu lugar. – disse Emilia sorrindo sarcástica.

- Esqueceu que estamos casados? – disse Agatha sarcástica – O que você está tocando já foi meu.

Emilia olhou espantada para Draco que dava um pequeno sorriso.

- Ela está brincando. – disse Draco para Emilia – Você poderia nos deixar a sós.

- Não vou te deixar sozinho com ela. – disse Emilia aborrecida.

- Não se preocupe Bulstrode. – disse Agatha se sentando em uma cadeira – Eu o devolvo inteirinho pra você.

- Me espere no meu quarto. – disse Draco que cortara uma má resposta de Emilia – Tenho que tratar do meu divórcio com ela.

- Ok. – disse Emilia se encaminhando até a saída – Mas não demore.

Draco esperou que ela saísse até começar.

- Por que não conseguem ficar sem se atacarem? – perguntou Draco se sentando em uma cadeira próxima a de Agatha.

- Essa garota me atazana desde o primeiro ano. – disse Agatha irritada – Por que você me chamou aqui?

- Tenho uma notícia boa e outra má. – disse ele – Qual quer ouvir primeiro?

- Com certeza a boa.

- Acharam o juiz que nos casou.

- Ótimo! – exclamou Agatha – A notícia ruim nem deve fazer impacto.

- A notícia ruim é que ele está morto.

- Nossa. – disse Agatha abatida – Isso é triste. Não por nós exatamente, mas, por ele e pela família. E agora?

- Ele não tem nenhum descendente juiz que possa nos divorciar. – explicou Draco – Então será feito pelos trâmites normais. E você sabe que pela forma que nos casamos, leva um tempinho.

- Ok. – disse Agatha esfregando os olhos com as mãos, ela estava visivelmente cansada – Não faz mal, todos já sabem que estamos casados mesmo. Mais alguma coisa?

- Sim. – disse Draco tirando um envelope das vestes com alguns papéis dentro – A minha advogada falou com o seu advogado.

- Eu nem sabia que eu tinha um advogado. – disse Agatha indiferente.

- Então, foi passado uma proposta e caso você aceite, já pode assinar e eu mando pra eles. – disse Draco entregando os papéis para Agatha.

- Que proposta?

- Se você ler aqui. – disse Draco mostrando com o dedo – Você receberá trinta por cento de tudo que eu tenho, e eu sei que você gostava daquela casa de campo na escócia, será sua se quiser...

- Draco! – exclamou Agatha irritada – Do que você ta falando? Eu não quero nada seu, só o divórcio. Pensei que me conhecia o suficiente pra saber disso.

- E eu conheço. – disse Draco naturalmente – Mas eles quiseram fazer a proposta mesmo assim.

- Pois diga pra eles que eu não quero nada. – disse Agatha firmemente – Eu não preciso.

- Você anda meio irritada ultimamente. – comentou Draco – Está naqueles dias?

- Acredite Draco, quando eu estiver naqueles dias você vai saber. – disse Agatha se retirando da sala dos monitores.