Ps I Love You escrita por lucas esteves


Capítulo 16
When the Stomach Jumps


Notas iniciais do capítulo

Quando o estômago pula.
A porta da casa dos Lefebvre bateu-se com força contra o batente, causando um estrondo que ecoou por toda a casa, enquanto isso, Seb ia até a sala, pisando fundo e bufando de raiva.



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   A porta da casa dos Lefebvre bateu-se com força contra o batente, causando um estrondo que ecoou por toda a casa, enquanto isso, Seb ia até a sala, pisando fundo e bufando de raiva.

   Quem afinal ela pensava que era? Eles não haviam combinado de irem embora juntos? Certamente, se a sua mãe descobrisse que isso não havia acontecido, ele estaria na pior. Tudo por causa daquela “intrusa”!

   Agora ela some, não é mesmo?

   Ele verificou todo o andar debaixo a procura dela e, quando parou de procurá-la no pé da escada, ouviu musica alta vindo do andar de cima.

   Ainda mais irritado, ele subiu as escadas, indo até o quarto dela, que estava trancado.

   Tentou abrir, sem ao menos se importar com o “estado” da garota lá dentro. Infelizmente, para o rapaz, esta realmente trancada.

   - Ei, dá pra abrir aqui? – ele gritou, tentando superar o som que vinha de dentro.

   - O que? – a voz suave da menina gritou fina e aguda dessa vez, lá de dentro.

   - Mais é surda. – ele bufou, baixinho. – Dá pra abrir aqui?!

   O som da música ficou consideravelmente mais baixo e, segundos depois, a tranca fez barulho e a porta se abriu.

   Ju estava completamente descabelada. Já estava devidamente vestida para dormir, com um pijama azul e rosa claro, com ursinhos e uma frase no meio, que Seb com um português superficial que sabia, conseguiu ler assim que a viu.

   “Você pode achar o amor nos lugares mais improváveis

   You can find the love in the most unlikely places, ele traduziu.

   Sem saber exatamente o porquê, corou quase que imediatamente. Ela apenas ficou encarando-o, com uma sobrancelha levantada.

   - Então? O que exatamente você esta querendo comigo? – ela perguntou, quase rude.

   Ele lembrou-se do por quê de estar ali e voltou a cor normal, enquanto sentia os músculos de todo o corpo relaxarem. Seb refez a expressão emburrada.

   - A gente não tinha combinado de voltarmos para casa juntos? Você sabia que meus pais querem isso. – ele disse, quase gritando.

   - Seus pais querem, você não. – ela retrucou.

   - Eu fiquei te procurando que nem um idiota, sabia?

   - Não, mas esperava, você é um idiota. – ela disse vagamente, e até muito calma, enquanto escancarava a porta do quarto e ia até sua cama.
Ele apenas a seguiu.

   - Alem de tudo eu chego aqui e vejo você transformando minha casa numa zona.

   - Correção, transformando o meu quarto numa zona.

   Ele riu cheio de sarcasmo.

   - Ta, tudo bem, então eu devo acreditar que de uma hora para outra você se “soltou”? Cadê a santinha que morava aqui?

   - Seus pais mandaram embora. – ele ficou confuso. – Eles saíram pra um espetáculo de teatro e disseram para que eu ficasse a vontade. Depois, no pé do ouvido, sua mãe disse pra eu aproveitar no meu quarto, já que os vizinhos estão viajando. Daí eu coloquei a música alta.

   - Quer dizer que meus pais viram que você veio sozinha.

   - Em primeiro lugar, não vim sozinha, vim com uma amiga que fiz... – ela consultou o relógio – a umas duas horas e meia. Em segundo, não se preocupe, eu sou mais legal do que você pensa e, antes que eles pensassem em dar bronca em você, disse que tinha vindo sozinha porque queria andar um pouco, mas que você tinha, realmente, insistido bastante para que eu fosse com você. – Ju foi até o aparelho de som, tirou um CD e em seguida colocou outro para tocar. Finalmente virou-se novamente para o rapaz. – Eu ainda disse, me fazendo de tonta, que você tinha me recebido muito bem.

   - V-você... Você fez isso? – ele perguntou, abismado.

   - Fiz. – ela respondeu, sentando-se na cama.

   Envergonhado, o rapaz coçou a cabeça, pensando no que dizer.

   - Não precisa dizer nada. – ela se antecipou. – Senta ai e ouve.

   Seb não teve nem ao menos coragem de sorrir para ela, apenas obedeceu, sentando-se na cadeira de rodinha, em frente da escrivaninha.

   - O que é?

   - Mest... Quer dizer, nenhuma banda famosa, apenas uma banda de garagem de um amigo meu.

   - Brasileiro?

   - Não, o Tony... – ela riu.

   Seb levantou a cabeça, observando timidamente o sorriso branco da menina. Lindo... Ele sentiu o estomago dar piruetas incomodas dentro de si.

   - Não sabia que o Tony tinha uma banda.

   - Mas tem... A Karol praticamente exigiu que ele fizesse uma cópia das músicas da banda. São realmente muito boas, a diferença é que a Ka sabe todas as letras, uma por uma, ela sabe até onde tem virgula, ponto final e reticências.

   - Como se chama essa música? – ele se perguntou.

   De fato, a música que tocava era muito boa. Misturava um romance bem descontraído com um ritmo animado.

   - Drawing Board.

   - Legal...

   Ela ficou encarando-o por um tempo, quieta, depois levantou-se e foi até o rádio para tirar a música e desligá-lo.

   - Sem querer ser grossa – como você é comigo –, mas já sendo... Eu estou ficando com sono...

   - Ah, sim... Sim, claro. Você está. – ele respondeu, completamente desorientado, enquanto se levantava da cadeira e ia até a porta.

   Por um momento se virou de volta para ela, para se desculpar, mas não teve coragem. Apenas seguiu para o seu quarto, confuso sobre o momento que acabara de presenciar... É a segunda vez. Ele pensou, segunda vez que fico assim por causa dela...


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Notas finais do capítulo

Ai, ai... Como não consigo deixar algo incompleto, vou também terminar essa fic aqui. Por Deus, quero ver se agora que já passei no vestibular arrumo tudo por aqui.

Próximo Capítulo
Capítulo 17 – “Julieta ou Juli-ana”
— Eu não acho isso justo! – protestou num tom de voz calmíssimo.
— Como? – indagou Annie, parecendo – ou fingindo – não ter ouvido direito.



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