" Deus, me diz o que eu fiz de errado. Onde eu errei? Isso não poderia acontecer de maneira alguma. Eu não podia me apaixonar por uma judeu. Seria contra tudo que me foi ensinado. Meu querido Führer nunca aprovaria uma coisa como esta. Como ele podia ser tão perfeito. Como eu me apaixonei pelo simples sorriso. O mais bonito que eu vi em toda a minha vida, sem duvidas. Eu estava lá. Ao lado de um impuro. Eu o toquei. Isso foi tão errado.

Eu estou perdidamente apaixonada por um judeu. Deus, ele é um judeu. Como isso foi acontecer? Essa pergunta vaga minha mente dias e noites.

Meu pai jamais aprovaria isso. Se algum dia ele descobrir que eu me apaixonei por um não ariano ele é capaz de me levar a uma das muitas câmaras de gás e me matar. Mas não tinha como evitar. Ele era tão perfeito. Tinha uma beleza totalmente diferente. Uma beleza nunca vista por mim antes. Ele tinha cabelos castanhos claros, jogados levemente para o lado, seu cabelo tinha um brilho incrivel. E seus olhos. Meu Deus, eu poderia olhá-los um dia inteiro. Aquelas lindas orbes cor de mel que deixariam qualquer uma hipnotizada. Seu sorriso era perfeitamente perfeito. Seu lindos dentes brancos. Ele só tinha um único defeito, ele era judeu. Eu jamais poderia viver este amor. Eu seira condenada a morte. Onde já se viu a filha do Geliebte Führer fugindo com um judeu? Mas eu precisava dele. Ele era meu oxigênio. A cada sorriso que ele dava minha barriga dava milhões de voltas, minhas pernas ficavam bambas e um sorriso bobo no meu rosto surgia. Ele era meu porto seguro, era pra onde eu fugia quando mais precisava. Eu, mesmo tendo-lhe conhecido a pouco tempo, já o amava.

Eu precisava dele a cada segundo. Precisava de seus lábios no meu a todo instante. De uma coisa eu sabia, eu iria lutar por aquele amor." – Anna Hitler, Achtzehn September, 1942