Forgotten escrita por hipyao


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Enrolei pra escrever, mas tá ai. No próximo tem Chriszito, reviews? Beijos :*



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Capítulo 6-

            O Jer estar ali do meu lado, fez a escola – as meninas da escola – pararem, é. E eu confesso que fiquei satisfeita com aquilo, mas eu sabia que a única pessoa que eu esperava era o Chris, mesmo sabendo que ele não viria de qualquer forma. A aula foi divertida, Jeremy sabia me fazer sorrir, mas ai o sinal tocou e eu voltei ao meu pesadelo, assim que entrei na aula de calculo que eu costumava ter com Chris, eu senti tanta falta dele que a única vontade que eu tinha era abaixar a cabeça e chorar, mas eu não pude ficar aproveitando a minha tristeza – porque naquela escola nem isso eu podia – Anne Housh se aproximou com suas ‘amigas’ e eu já vi que não seria nada agradável:

            -É melhor você ficar longe do meu priminho. –Anne disse apoiando o braço na minha mesa e com um sorriso amargo, amarelo, mais falso impossível.

            -Porque você não pede pro seu primo ficar longe de mim? –Eu sorri da mesma forma e eu acho que aquilo a deixou nervosa de verdade.

            -Quem você ta achando que é pra falar assim comigo?

            -Estou retribuindo o teu tom e o teu nível de assunto Anne, nada mais. –Continuei sorrindo e as amigas de Anne colocaram a mão no ombro dela, a ruiva alta se atreveu a falar:

            -Vamos Anne, você já deu o recado. –Anne com os punhos cerrados virou as costas e saiu, eu revirei os olhos, logo uma menina bem desleixada toda de preto e com o cabelo azul veio falar comigo:

            -Problemas com a elite? –Ela deu um risinho e se sentou ao meu lado.

            -Com parte dela.

            -Me amarrei na sua camiseta.

            -Obrigada. –Eu sorri. –Mas você não parece o tipo que gosta de Radiohead.

            -Na verdade não faz muito meu estilo mesmo, mas eu gosto de algumas músicas sim e a camiseta é legal.

            -E você gosta do que? Punk?

            -Exato, 10 pontos pra você. –Passamos a aula inteira conversando, o professor parou a aula pelo menos três vezes pra nos mandar calar a boca e no entanto continuamos a falar, o remorso veio mesmo quando eu descobri que tinha perdido a revisão do teste. Uma dependência por alguém com quem almoçar, parecia valer a pena. Na hora do almoço me sentei com a Dani – o nome da garota de cabelo azul era Daniele – ficamos conversando ela era do tipo de pessoa que não tem nada em comum com você, mas ao mesmo tempo tem tudo. Era estranho, mas eu estava adorando ela. Já no finzinho do almoço Jeremy passou na minha mesa, me deu um beijo na bochecha – lê-se: estuprou minha bochecha, ele me deu uns mil beijos e depois ainda mordeu minha bochecha e eu descontei com um tapa no braço dele – ele riu e se apresentou pra Dani, mas logo o sinal tocou e eu tive que voltar para a aula, que eu não tinha com nenhum deles. Foi um tédio e depois foi um pouquinho pior, aula de educação física, graças a Deus as aulas femininas e masculinas eram separadas e graças ao capeta não tinha turmas, todas as alunas do ano faziam educação física juntas, ou seja, eu fazia com Anne Housh, eu costumava ter a sorte de ficar no banco enquanto as lideres de torcida exibiam seu corpinho perfeito e seus saltos graciosos e as atletas faziam boas jogas e as infelizes, como eu, mas sem sorte pagavam micos, eu nem me atrevia a rir, porque eu sei que se eu estivesse ali minha situação seria a mesma. E logo naquele dia minha situação foi aquela, eu tive que jogar vôlei, término de partida: 7 sets a 0 para o time adversário e Elena Melbourne com as costas vermelhas de bolada. Troquei de roupa ansiosa para ir pra casa tomar um banho e quando estava indo pro ponto de ônibus alguém buzinou, não olhei e a pessoa insistiu buzinando e depois gritou:

            -Nena! –Reconheci a voz, era a Dani.

            -Ah, oi Dani.

            -Entra aí. –Dani tinha um Mustang velho, com algumas partes reformadas e sem pintura, poucos são aqueles que acreditam que aquele carro pode subir uma ladeira, entrei no carro mesmo assim. Dani logo ligou o rádio no máximo, numa estação que eu nem sabia que existia, tocava Snuff do Slipknot, Dani cantava com emoção a música e eu tinha que rir das expressões dela.

                         I still press your letters to my lips

And cherish them in parts of me that savor every kiss

I couldn't face a life without your light

But all of that was ripped apart... when you refused to fight.

Cheguei em casa apressada para correr para o banheiro e tirar todo aquele suor do corpo, entrei no quarto e joguei minhas blusas no chão, mas quando desabotoava a calça reparei um envelope na cama, eu achei estranho, mamãe não estava em casa, então como aquilo fora parar ali, não tinha remetente – eu abri e tirei o papel escrito em caligrafia caprichada:

Eu estou sempre ao teu lado, meu anjo. Nunca se esqueça disso, quando for seguro eu voltarei, sinto tua falta, você não sabe o quanto. Cuidado com as pessoas perto de você, um dia você entenderá tudo. Eu te amo.’  -Eu não precisava nem de assinatura pra saber quem tinha escrito aquilo, foi Chris, porque ele insistia em me deixar tão confusa? Ele falava de tudo com tanto mistério como se eu corresse um grande perigo e o único perigo de que eu fui informada foi minha possível bomba em calculo. Eu não lidava bem com aquilo, não lidava bem com gostar tanto assim de alguém que nem ao meu lado estava, pra mim a melhor opção era seguir em frente, mesmo que meu coração mandasse o contrário. Apertei a carta no peito sentindo as lagrimas aquecerem meus olhos, respirei fundo e fui para o meu banho.

#

Pelo resto da semana as coisas ficaram normais, eu gostava cada dia mais da Dani e agora ela era minha carona e companhia do almoço preferida, Jer se sentava comigo algumas vezes, mas sempre falava comigo e a cada dia que passava eu me identificava mais com ele, Chris não tinha dado mais notícias e eu continuava sentindo falta dele. Eu estava indo para mais um dia normal, a pé, porque Dani tinha ficado doente, mas alguém parou o carro de luxo preto perto de mim e me chamou, era Jeremy.

-Quer uma carona? –Eu sorri e entrei no carro, que era completamente diferente do Mustang da Dani, se o dela não podia subir uma ladeira esse poderia alcançar uma velocidade incrível numa. Era um Nissan 370z, um carro admirável. Jer me cumprimentou com um beijo na bochecha. Ele estava ouvindo bossa nova.

-Não sabia que você gostava de música brasileira. –Ele sorriu pra mim.

-Mais uma coisa em comum?

-Sim. –Eu retribui o sorriso e senti que meu olhar tinha ficado radiante e eu quis me esconder. Chegamos na escola e todas as meninas olharam impressionadas como quando Jer chegou na escola pela primeira vez. Estávamos no corredor quando encontramos Anne, Jer nem a cumprimentou, estava mais ocupado me abraçando e me dando um beijo na ponta do nariz:

-Não sei porque, mas tava morrendo de saudades de você. –Eu o abracei de novo.

-Eu também. –O sinal tocou, eu dei um beijo na bochecha dele. –Boa aula, Jer. –Eu estava indo pra sala, quando senti alguém puxando meu braço, me virei com a puxada e era Jer, ele me dei outro beijo na bochecha e me deixou ir, eu corei e segui meu caminho sorrindo abestalhada, abestalhada de mais pra perceber a cara de nojo da Anne. As aulas foram normais, ou seja, passei todas elas pensando em outra coisa, no caso: Jeremy. Minha última aula era educação física, opa, boa notícia: A professora estava doente, má notícia: Nada de dispensa. Fiquei sentada na arquibancada lendo meu livro, tranqüila e feliz até Anne – como sempre - vir me perturbar, ela se sentou atrás de mim na arquibancada e cutucou meu ombro, me virei pra ela com cara de desprezo.

-Que é? –Ela se levantou e eu automaticamente me levantei também.

-Eu te avisei pra ficar longe do meu priminho.

-Eu te avisei pra falar sobre isso com ele. –Eu senti um arrepio, podia sentir a ira no olhar dela, aquilo me deixou tonta, minha visão ficou turva, Anne estava fora de foco eu via pelo menos três dela e via também um par de asas rosadas se projetando de cada uma delas, pisquei forte, eu só podia estar ficando louca, quando abri os olhos de novo, eu estava na enfermaria, com uma dor insuportável na cabeça e na perna, eu soltei um grito imediato de dor e a enfermeira se assustou:

-Querida, você caiu, bem... foi emburrada da arquibancada, teve uma lesão na perna e bateu a cabeça, estamos aguardando a emergência. –Eu mal ouvia o que ela falava de dor. Alguém entrou na enfermaria em passos pesados, ouvi um eco das vozes que estavam no corredor:

-Me solta Anne, você viu o que fez? –Mesmo confusa reconhecia a voz de Jeremy.

-Ela mereceu. –Anne dizia entre soluços.

-Cala a boca. –Logo depois Jeremy estava entrando na onde eu estava deitada, ele largou a mochila no chão e foi para perto da cama. –Tá tudo bem pequena? –Mesmo com lagrimas inundando meu rosto eu sorri. Ele beijou minha testa. –Desculpa pelo que Anne fez, ela não tem noção... –Ele não pode continuar, porque a emergência chegou, a última coisa que vi antes de acordar no hospital foi Jeremy bagunçando o cabelo preocupado. 


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Notas finais do capítulo

A música do cap. foi Snuff ok? Vou começar a informar o nome das músicas OIAHSOAISHASO Bgs >*



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