Eu estava um pouco mais animada. Malfoy tinha me consolado naquela noite, e depois, descobri que estava apaixonada por ele.

Por um acaso acordei em minha cama. Não sei como, mas devia ter sido Malfoy. Eu me espreguiçei e segui ao banheiro. Precisava lavar o meu rosto, fazer minhas higienes e colocar um novo uniforme, aquele estava um caco!

Terminei tudo e fui caminhando novamente para o dormitório femenino para pegar meus livros que estavam na minha mesinha de cabeceira. Finalmente os pegando, segui para o salão da grifinória, cumprimentei alguns que lá se encontravam e fui em direção ao corredor. Mais algumas horas e a aula de transfiguração começaria e eu já poderia assistí-la.

Lá estava Malfoy e seus amigos.

- Malfoy!.- Exclamei.- Eu quero agradeçer pelo consolo e dizer que você é um grande amigo.

Pansy Parkinson, Vicent Crebbe e Gregory Goyle se entre olharam e fizeram sinal de que não estavam entendendo nada. Aparentemente eles não sabiam do que Draco havia feito por mim na noite passada.

- Escute aqui, sujeitinha de sangue-ruim.- Iniciou.- Saiba que só te consolei por pena e porque minha conciência ficou me perturbando! Se não fosse ela, nada disso teria acontecido.

- Mais Malfoy...

- Mais nada!.- Reclamou ele.- Nós NÃO somos amigos e NUNCA seremos. Não entende isso?

- Malfoy, por favor, diga que está de brincadeira.- Pedi.

- Mas é claro que não estou de brincadeira! Mais é claro que não!- Malfoy se alterou

Malfoy estava de brincadeira comigo! Na noite passada ele era aparentemente um doce de coco, me consolou, conversou coom Ronald, me aconchegou mesmo no chão...

- Draco, vamos deixá-la sozinha.- Pansy Parkinson me olhou de tal forma, que me senti mal.

- Claro que não, idiota!.- Resmungou ele, a olhando de forma ameaçadora.- Vão embora daqui!

Eles assentiram e saíram correndo.

- Malfoy, nós não somos amigos?- Perguntei, deixando uma lágrima escapar.

- Nem colegas de sala!.- Resmungou ele.- Você é a sangue-ruim e eu o sangue puro! Entende? Não, sangues- ruins nunca entendem nada. Por mais que você seja a ' sabe- tudo ', não entende o que eu digo.

- Cale a boca, Malfoy!.- Mandei

- Olha, a sangue-ruim está enfurecida!.- Falou ele bem alto.

Eu sabia que estava vermelha, até porque, sentia meu corpo ferver. Meu corpo quente já se misturava com o frio das minhas lágrimas.

- Enxugue essas lágrimas de crocodilo!.- Gritou ele.- Sangues-ruins choram à toa.

- " Sangues- ruins " têm sentimentos!.- Falei

- Bem que papai falou! Depois que Dumbledore chegou aqui, Hogwarts não está a mesma.- Draco Malfoy falou, me encarando.

Saí correndo dalí e fui direto para o banheiro. Malfoy não estava fazendo aquilo comigo! Ele estava tão delicado comigo e depois virou esse monstro!