Rescued escrita por Lolla


Capítulo 17
O desastre da Trigonometria


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
Desculpa a IMENSA demora pra postar, mas o meu bloqueio de ideias somado ao fato de semana de provas foram as questões que me impediram de postar mais um capítulo.
Enfim serafim, aqui está o capítulo (um pouco maior por causa de meu atraso). Espero mesmo que gostem e comentem, por favor! Vai me deixar muito feliz e com mais vontade de escrever mais capítulos (((:
Boa leitura!



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- Você não sabe? –Ele pergunta questionador. Nego com a cabeça e volto meu olhar para meu colo. O Sr. Tiffson era um daqueles caras que pegam em seu pé por toda eternidade. Aposto que daqui a alguns minutos meu nome vai ser pronunciado de novo.

                - Taylor? –Ugh. Ele é o único professor que me chama pelo meu nome. Eu não gosto disso. Não quero intimidade com ninguém além de Ethan nesta escola. Falando nele... Checo o horário e prontamente levanto a mão. Sr. Tiffson olha minha mão e um sorriso aparece em seu rosto.

                - Quer responder a pergunta agora, Taylor? –Ele diz esperançoso. Dou um sorriso sarcástico e nego, dizendo que só quero ir ao banheiro. Ele faz uma careta e me libera de mau gosto. Corro corredor afora tentando passar despercebida e sento aos pés minha árvore impaciente. Sinto algo atingir a minha cabeça logo depois de bufar irritada e ouço uma risada que eu reconheceria a quilômetros. Dou um sorriso maldoso e olho para cima, só para constatar o óbvio.

                - Achei um esconderijo melhor do que ficar a mostra sentada ao pé da árvore. –E então ele dá aquele sorriso arrebatador, que faz minhas pernas bambas e meu coração a mil. Sorrio de volta e pego sua mão estendida para poder me equilibrar e subir devidamente no galho que ele está sem quebrar alguma parte do corpo. Depois de sentada e firme, com suas mãos em volta de minha cintura, me sinto segura e relaxo.

                - E ai? Aulas chatas? –Pergunto casualmente. Ele revira os olhos e apoia o queixo em meu ombro, olhando diretamente para meus olhos.

                - Você nem imagina... Principalmente sem você lá... Ah! Fica insuportável, Tay. –Ele resmunga. Dou uma risadinha discreta e aperto a ponta de seu nariz, mas logo depois fico séria.

                - Se você já acha a sua aula insuportável, você não aguentaria uma aula com o Sr. Tiffson... –Ele me olha de lado, entortando um pouco a boca. Eu conheço esta cara. É a sua cara de “estou preocupado, mas quero esconder de você”. Levanto a sobrancelha.

                - O que é? –Ele coça a cabeça, olha para os lados e depois vira para mim, me olhando com uma intensidade enorme. E fica ainda mais cativante por causa da cor de seus olhos. A boca vermelha está me dando água na boca e se ele não falar logo o que está com vontade de falar, eu o ataco ali mesmo.

                - Eu não confio muito neste cara, Taylor... Ele já foi acusado de assédio, mesmo ninguém tendo conseguido provar... E ele te olha... Sei lá... –Ele fica meio embaraçado.

                - Você está com medo só porque ele é bonito. –Eu digo convicta. O Sr. Tiffson deve estar com trinta anos, no máximo, porém seu físico, e principalmente, seu sorriso, fazem qualquer estudante derreter de primeira. Menos eu, é claro. Para mim ele não passa de um pedófilo ninfomaníaco, que está provavelmente na seca desde a adolescência. Claro que praticamente todas as meninas daqui são apaixonadas por ele, mas como eu considero todos babacas nesta escola, acho este comportamento aceitável. Só então percebo que Ethan fica irritado com meu comentário sarcástico (ele não entendeu o sarcasmo, pelo jeito) e está prestes a pular da árvore e ir embora. Seguro seu braço e olho em seus olhos. –É brincadeira, é só uma brincadeira. Você é muito mais bonito que qualquer um daqui. –E passo a mão em seus cabelos. Argh, desde quando eu sou tão melosa?

                - É sério, Taylor. Faz algum tempo que você vem reclamando dele, que ele pega muito no seu pé e tudo mais... Você não acha isso, sei lá, meio suspeito? –Ele pergunta inseguro. Eu bufo e dou um tapa em seu braço.

                - Ethan, não seja ridículo. Ele esta pegando sim no meu pé, mas isso é normal, ta? Eu não vou bem na matéria dele, deve ser por isso. Além de tudo, você acha mesmo que eu vou cair na lábia dele? Eu conheço bem esse tipo de gente. E ele não se interessaria por mim, por favor... Olha para mim. –Aponto para meu corpo. Ele passa seus olhos, analisando cada parte de mim e isso me provoca um arrepio bom. Um sorriso malicioso surge em sua boca, o que só me faz ficar ainda mais envergonhada.

                - Você não sabe a beleza que tem Taylor... Mas espero conseguir mostrar para você um dia... –Ele pega meu queixo, levanta minha cabeça e me dá um beijo. Meu celular vibra em meu bolso. Pego ele, interrompendo o beijo, e mostro-o para Ethan, que geme em protesto.

                - Se eu não voltar agora, o Sr. Tiffson vai desconfiar. –Ele confirma com a cabeça e me ajuda a descer. Corro para a sala discretamente e desviando de possíveis corredores onde Mark, o segurança dos corredores e o que organiza a zona que é esta escola, me pegar. Sinto seu olhar penetrante em minhas costas quando volto para meu lugar ao fundo da sala. O Sr. Tiffson tem uma reputação um tanto quanto ruim. E quando ele dá esses olhares eu me sinto bastante desconfortável. A aula acaba poucos minutos depois de voltar para a sala, o que é um alívio. Quando estou prestes a sair da sala ouço sua voz me chamado. Reviro os olhos e vou até sua mesa. Ele está com a cabeça apoiada nas mãos e com um sorriso assustador.

                - Puxe uma cadeira, Taylor. –Ele aponta para a mais próxima e faço o que ele manda rapidamente, ávida para acabar logo com este papo furado e ficar o mais longe possível dele. Minha correria parece diverti-lo. Sento-me ao seu lado e aperto as mãos, que a esta altura estão geladas. –Quero saber por que você demorou tanto para voltar do banheiro. –Isto é pergunta que se faça? Levanto a sobrancelha e fico muda. Ele suspira. –Você está entendendo a matéria? Trigonometria é um assunto complicado. –Faço que sim com a cabeça e mordo o lábio ao olhar para porta. Quero sair dali imediatamente. –Jura? Por que eu posso dar umas aulinhas particulares na sua casa... –Olho para ele agora com receio, mas ele continua com aquele sorriso ridículo no rosto. –Sabe Taylor, a algum tempo eu venho reparado em você... Como você está ficando mais bonita a cada dia... Como você está ficando adulta, com pensamentos maduros... –Ele chega mais perto e bota sua mão em minha coxa. Sinto um arrepio. Um arrepio diferente de quando estou com Ethan. Um arrepio de puro medo. Engulo em seco. Penso em tirar sua mão de lá, mas ele é mais rápido. Sua expressão se transforma de amigável para raivosa. - Infelizmente está de namorico com aquele rapaz... Qual o nome? Ah, Ethan. Ethan Connan, não é mesmo? –De repente um sentimento de medo toma conta de mim. Será que ele pretende fazer algum mal a Ethan? Olho em volta da sala, mas ela está completamente vazia e a porta, fechada.

                - Olha aqui, Sr. Tiffson...

                - Por favor, só Jeremy. –Ele me interrompe. Fico furiosa, mas respiro fundo.

                - Sr. Tiffson, eu não sei se o senhor acha que tem algum direito sobre mim, mas vamos deixar algo bem claro, sim? Eu não sou igual estas menininhas ridículas daqui, com os hormônios a flor da pele, que morreriam para conseguir receber um olhar destes que o senhor está me dando ultimamente. Eu não sou assim. E, além disso, estou comprometida e muito bem, por sinal. Com um garoto da minha idade, que me faz muito feliz. Não se aproxime mais de mim, a não ser para tratar de assuntos escolares, por favor. Com licença. –Dizendo isso, me levanto, mas sou brutalmente interrompida por mãos fortes, que seguram minha cintura e me fazem sentar a força de volta na cadeira. Solto o ar em uma lufada raivosa e me viro para encará-lo com meu pior olhar, mas desisto assim que vejo que ele está vermelho, de um jeito ameaçador que eu nunca vi antes.

                - Você só sai quando eu mandar. E nem tente me enganar. Eu sei que você me quer Taylor. –Quê? Dou uma gargalhada. Só pode ser uma piada. Ele me dá um tapa, fazendo minha cara arder. O bom é que eu já estou acostumada com tapas. Dou um sorriso sarcástico. –Você me olha de um jeito quando estou explicando a matéria... E quando você pergunta alguma coisa... Você olha para mim e morde os lábios, ou os umedece... Não diga que não faz isso, porque eu percebi!

                - Sr. Tiffson, este é meu jeito de me portar em uma sala de aula! Desculpe-me se eu passei a ideia errada para o senhor, mas não é minha culpa que fique excitado só por eu olhá-lo. E eu mordo os lábios o tempo todo. Isto, e lambe-los. É uma mania. Agora se me der licença, eu tenho que ir. Meu namorado deve estar preocup... –Se eu tivesse previsto o que aconteceria a seguir, eu nunca teria dirigido uma palavra a ele. Teria dado um soco logo de cara. Seus lábios eram ávidos e nada gentis. Ele me empurra da cadeira, fazendo-me esparramar no chão, enquanto fica sobre mim. Com uma brusca virada, inverto as posições. Sinto um sorriso em seus lábios, mas por pouco tempo, pois quando fico por cima dele, dou-lhe uma joelhada nas partes baixas tão forte que ele morde minha boca. Dou um soco em sua cara quando ele me solta e ele urra. Saio de seu colo e pego minha mochila tão rápido que alguns cadernos caem dela. A porta está trancada, mas quando estava sendo beijada consegui recuperar a chave em seu bolso direito do casaco de linho.

                O corredor está vazio. As pessoas já foram para suas salas, pois o sinal já tocou. Estou sozinha com um maluco perseguidor ao meu encalce. Olho para trás só para constatar que ele está andando o mais rápido que pode (já que está meio difícil dele correr) com uma mão apoiada na parede e uma veia saltando de sua testa vermelha. Engulo em seco e tento lembrar-me de um lugar onde posso me esconder. Minhas mãos continuam geladas. Um único lugar vem em minha mente e é para lá que me dirijo, correndo e com a vista embaçada. Limpo o nariz na manga da blusa e abro a porta com a maior força que consigo.

                - Será que vocês percebem que esta equação... –A Srta. Seves está irritada como sempre, pondo a mecha irritantemente laranja atrás da orelha branca como papel. Seus olhos cheios de raiva se voltam para mim, a pessoa que interrompeu sua bronca. Antes de descontar sua raiva em mim, ela percebe as lágrimas e suaviza o olhar, até deixá-lo com um toque preocupado. Mais alguém percebe meus olhos molhados e este alguém se levanta prontamente da cadeira e vai até mim.  Antes que ele possa envolver seus braços aconchegantes ao meu redor ouço passos arrastados pelo corredor e o Sr. Tiffson com uma cara pior da que estava antes. O cabelo, que está sempre arrumado e penteado para trás, cai por sobre seus olhos e a gravata sempre engomada está amassada e desfeita. Todos se surpreendem com sua aparição, menos Ethan que tem uma cara mortalmente perigosa. Ele então olha em meus olhos assustados e abaixa um pouco o olhar, parando em minha boca machucada pela mordida de antes.

                - O que ele fez com você? –Ele sussurra com os dentes cerrados. Passa um dedo por sobre meu machucado e olha novamente para o professor. Ele me solta repentinamente e anda em passos largos até o homem apoiado no batente da porta da sala. Ouço o cochicho de todos a minha volta, mas o que mais me chama o que prende a minha atenção é surra que Ethan leva do Sr. Tiffson quando ele se aproxima. Dou um grito e minha visão fica vermelha de raiva. Ethan se apoia na parede para se recompor e vejo um filete de sangue escorrer pelo canto de sua boca. Abro a boca em exclamação, mas é tarde demais. Ele parte para cima de meu professor de trigonometria. Olho em volta, tentando achar alguém forte o suficiente para apartar a briga, mas todos parecem estar gostando e a Srta. Seves foi procurar Mark para ajudá-la.

                - Ethan larga ele, pelo amor de Deus! Você vai se machucar mais! –Eu grito. Mas parecem estar em algum tipo de frenesi e por mais que eu force minha voz, eles não me ouvem. Pego um de meus tênis e taco na cabeça de Ethan, mas ele continua tentando dar um soco no estômago do pervertido. Bufo e resignada, tento minha última chance. Pulo nas costas do Sr. Tiffson e começo a bater em sua cabeça fortemente. Ele, sem alternativa, me prensa na parede, batendo repetidas vezes. Solto um gemido e largo seu colarinho, caindo no chão. Só então Ethan me percebe e se acalma. Sua respiração ainda está descompassada quando ele senta ao meu lado, mas vejo que suas pupilas não estão mais dilatadas de raiva e deito minha cabeça em seu ombro. Bem quando meu professor vai atacá-lo de novo, Mark, Srta. Seves e a diretora, um com uma expressão mais demoníaca que a outra.

                - Senhores! O que está acontecendo aqui? –Pergunta a diretora com uma voz cheia de veneno. Meu professor, com o rosto completamente sem cor, começa a gaguejar e pentear os cabelos com a mão nervosamente. – Vocês três na minha sala agora. –Ela aponta para os causadores desta zona com a unha pintada de vermelho sangue.

                Depois de explicar minha parte da história e fazer uma cara de coitada para livrar Ethan de um possível castigo, saio da sala com medo de topar com Sr. Tiffson, mas ao contrário dele Ethan está parado no portão da escola com as nossas duas malas. Levanto uma sobrancelha.

                - Vamos? –Ele me entrega minha mochila e começa a caminhar para fora. O chamo de volta e digo que ainda estamos no meio do horário letivo e não podemos sair assim, do nada. –Relaxa Taylor. A diretora permitiu que você fosse mais cedo e eu disse que tomaria conta de você. Vem logo. –Ele me puxa pela mão.

                - Espera! Já que temos a tarde toda para fazer nada, que tal irmos ao cinema ver aquele filme ridículo que você está louco para ver? –Eu digo, me rendendo. Eu estava firme e forte com meu “não” toda vez que ele insistia em me levar para ver este filme de ação. Não que eu não goste de ação... Ok, eu não gosto de ação. Não gosto de carros explodindo e tiros e... Por que sempre tem que haver um helicóptero envolvido? São filmes patéticos e iguais em todos os sentidos. Mas Ethan além de me proteger hoje, levou uma surra por mim. Acho que ele merece um pouco de consideração. Vejo seus olhinhos brilharem e depois de me perguntar várias vezes se o que eu estou dizendo é sério, ele me arrasta até o shopping. Além de se certificar a cada dez metros se estou bem, sem alguma parte do corpo quebrada, se preciso ir ao médico, etc.

                O filme nem é tão ruim. A melhor parte foi quando eu dormi. Claro que fui acordada do jeito mais normal possível. Com pipocas por todo meu cabelo e um Ethan risonho ao meu lado. Revido com algumas pipocas e começamos uma terceira guerra mundial dentro do cinema, sem se importar mais com o filme. Sim, fomos expulsos da sala. Quando ele finalmente me chama para jantar, meu celular toca. Só então percebo as 20 ligações perdidas de meu pai. Faço uma careta, mostrando a tela para Ethan, que faz a mesma cara. Engulo em seco e disco os números do desesperado.

                - Me pergunto por que você ainda tem celular, se não o usa! Sabe quantas vezes te liguei?! Menina, onde você está?! Já passou do horário de vir para casa. E que confusão foi aquela na escola? A diretora ligou me informando de sua pequena aventura com o professor. Você não está namorando? Tenha a decência de terminar com um para depois ficar com o outro!

                - Pai! Acho que a diretora não lhe explicou direito o que aconteceu hoje. O Sr. Tiffson praticamente abusou de mim em sala de aula. Pai, ele me tocou. Ele... Ele...

                - O quê? –Agora sua voz está alterada, junto com sua respiração. Posso senti-lo apertando o aparelho mais forte contra a orelha. –Volte para casa agora. –Sua voz está séria e ouço outras vozes ao fundo, sem conseguir distingui-las. Terminei a ligação rapidamente.

                - Aconteceu algo? –Ethan viu minha cara preocupada, mas só balanço a cabeça.

                -Tenho que ir para casa. Meu pai está preocupado. Ele entendeu a história de hoje errado. Tenho que explicar tudo. –Reviro os olhos, com o objetivo de deixá-lo menos preocupado. Ele coça a cabeça e assente.

                - Eu te levo. –Ele sugere, mas parece mesmo uma ordem. Concordo e vamos para casa em silencio. Mesmo com os prédios encobrindo quase toda a visão do céu, é possível ver feixes de um sol poente. O céu está alaranjado e o clima, ameno. As ruas estão desertas, com poucas árvores plantadas no chão de cimento. É engraçado o quanto amo e odeio esta cidade. Às vezes tenho a ideia louca de largar tudo e morar em um rancho bem grande, onde veria toda noite as estrelas, as constelações e o tão especial sol poente. Ah, como gostaria de sentir o vento límpido e inebriado pelo cheiro das flores silvestres e o feno dos cavalos. Sem barulhos metálicos, robotizados e artificiais que parecem encher a cidade grande.

                -Chegamos. –Informa Ethan, tirando-me de meus pensamentos avoados. Com certeza levaria ele comigo para meu rancho dos sonhos, onde criaríamos cavalos e todos os dias acordaríamos cedo, só para apreciar a bela paisagem do lugar. Comecei a criar um lugar perfeito em minha cabeça, com um vasto pasto, onde nossos cavalos iriam correr soltos. Flores por todo lado, um lago, um celeiro. Uma casa amarela com persianas brancas. Com um lindo jardim ao redor. Um salgueiro ficaria perto da porta de entrada, com um balanço feito pelo próprio Ethan, onde nosso filho brincaria. –Tay? O que você tem? Alguma coisa está te perturbando? –Ele balança a mão em frente aos meus olhos. Dou um sorriso bobo.

                - Pelo contrário. –Ponho os dedos gelados em sua nuca e o puxo para um beijo. Ele contorna minha cintura com os braços e percorre todo o caminho de minha boca à clavícula com os lábios. Prensa um momento os lábios por sobre minha artéria. Dá uma mordida lá e passa a língua quente por todo resto de meu pescoço. A sensação é boa e excitante. Quando sinto que vou enlouquecer, meu celular vibra no bolso de traz de minha calça jeans. Abro os olhos assustada.

                - Meu pai! Tenho que ir agora, Ethan. –Digo manhosa. Ele faz uma cara decepcionada e me dá mais um beijo, um beijo de despedida, antes de se virar e voltar andando pela direção oposta de onde havíamos vindo. Suspiro e quando o celular vibra novamente corro escada acima (o elevador está quebrado, como sempre).

                Abro a porta em um só segundo, já chamando meu pai.

                - Eu estou viva! E bem! Não precisa se preocupar mais, tá? –Silêncio absoluto. Averiguo a cozinha, vazia. Seu quarto, vazio. Quando estou desistindo, ouço um gemido vindo do quarto de empregada inútil que temos em casa. Inútil, pois a empregada vem uma vez por semana e não dorme em casa. Fico receosa em abrir a porta, mas quando ouço mais um gemido, adentro o espaço pequeno com cheiro de mofo. Fico sem fala por um segundo, antes de meus olhos se encherem de lágrimas.

                O que o meu professor de trigonometria está fazendo desmaiado no chão do meu quarto de empregadas?


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Notas finais do capítulo

E ai?
Gostaram? Odiaram? Tiveram ideias, sugestões? Qualquer coisa, gente!
Comentem por favor.
Eu juro que vo fica RADIANTEEEE :DDDDDDD



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