Motivo Para Recomeçar escrita por Mayara Rabelo


Capítulo 3
Motivo Para Recomeçar


Notas iniciais do capítulo

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- Você disse o que eu pensei ter ouvido? – Sara disse incrédula.

- Essa frase não é minha? – Grissom disse sorrindo.

- Grissom eu... – Ela se levanta e começa a caminhar pela sala. – Olha! Você me deixa muito confusa. Em uma hora você me nega um jantar, e agora me diz que me ama. Eu... Não sei o que dizer.

- Eu sei Sara... Eu te entendo. – Se levanta também. – Fui um tolo. Um idiota. Eu deixei você sozinha no momento em que mais precisou.

- Eu precisei de você nas noites em que acordei com medo. Só tinha que me encolher debaixo dos cobertores e chorar... Parecia uma criança. – Sara disse, deixando escapar uma lágrima.

- Eu deveria ter estado do seu lado... – Grissom disse indo em direção á ela.

- É, você deveria. Mas não o fez. – Deu de ombros.

- Me dê uma chance...

- Chance? Agora? Só porque me viu como uma garotinha em defesa precisando de um pai pra acalentá-la quando tiver pesadelo? – Disse Sara, irônica.

- Sim. Uma chance. Mas é pra de proteger do frio de uma noite chuvosa. Pra estar do seu lado quando tiver pesadelo. Pra te dizer que te amo quando quiser desistir de viver.

Ele chegou até ela e tocou seu rosto. Passou o polegar por cima dos lábios vermelhos e carnudos, querendo ser beijado. Desejou tanto por esse momento, pena que só abriu os olhos em um momento de fraqueza.

Sara parecia estar desligada. O cheiro dele a invadia de uma maneira, que seus instintos explodiam. Um turbilhão de sentimentos emanava em seu coração, reconstruindo os pedaços, formando um novo.

- Me perdoe... – Grissom disse como em uma súplica.

- Me dê um motivo confiável.

- Eu te amo. E eu vou te fazer esquecer seu passado abominável. Além de te fazer a mulher mais feliz do mundo.

Grissom encostou seu corpo no dela. Podendo sentir as batidas compassadas de seu coração. Que parecia reformado. Restituído.

- Me perdoe Sara... Por só ter aberto os olhos quando vi os teus chorando. Confie em mim como todos esses anos você confiou... Perdoe-me...

- Como não perdoar alguém que eu sempre sonhei me dizendo isso?

Sara tocou seus ombros em um leve carinho. Grissom enlaçou seus grandes braços ao redor do corpo de Sara e a puxou pra ele. Em um segundo ele a segurou pela nuca, e capturou os lábios. E eles estavam salgados. As lágrimas que ela derramou fez salgar aqueles que antes, tinha certeza que eram doces. Tanto quanto ela é.

Havia um tipo diferente de paixão em seu beijo, algo vibrante e vivo. Grissom sentiu a língua dela contra a sua, consciente de que aquele corpo correspondia ao dele. Como algo tão simples, tão delicado como um beijo, podia se tornar algo tão esplêndido? Tem uma resposta para isso.

Vinha dela. De Sara. Porque tudo que viesse dela, era bom pra ele. Não há como negar. Cada gesto, cada olhar, tudo nela era especial pra ele. Rosas, versos, vinhos, nada se comparava ao beijo dado ali. Um beijo que podia ser o certo, aquele que deu início ao recomeço. Uma vida nova.

- Griss... Amo tanto você...

- Nunca pude perceber o quanto o amor é difícil. É como um jogo de raciocínio. Se não foi inteligente o suficiente, você perde feio. – Grissom disse, observando cair uma mecha de cabelo dela sobre os olhos. – Você é tão linda...

- Fique comigo está noite...

- Eu não sei...

- É só dizer que sim... Mais nada.

As mãos dele deslizaram pelo seu rosto, e Sara sentiu a necessidade de prosseguir. Ela passou a mão sobre os peitorais dele, mas Grissom estava tenso. Embora a sua vontade fosse continuar, obrigou-se a se afastar.

- Sara... Você tem certeza disso?

- Do mesmo jeito que eu tenho a certeza de que dois mais dois são quatro.

Sara o levou até seu quarto. E delicadamente o beijava. Não podia deixar escapar cada detalhe, cada gosto que aquela boca tinha. Sara sentou-o na cama, e tirou a própria blusa. A respiração dele acelerou quando ele a viu assim, e de um golpe ela se aproximou e levantou sua camisa.

Grissom se levantou da cama, para despir sua calça, deixando-a jogada pelo chão. Voltaram-se a se beijar e a unir seus corpos, tão necessitados de amor. Grissom beijou seu pescoço e ombros, passando a sentir o calor da sua respiração sobre seus ouvidos. A sensação de pele contra pele era como fogo, então começaram a fazer amor.

Foi tudo como sempre sonharam, e quando terminaram, Grissom abraçou Sara, tentando registrar na memória cada sensação. No escuro, ele sussurrou que a amava muito e que essa seria a primeira das mais prazerosas noites de amor que eles iriam de ter. Fizeram amor pela segunda vez, e finalmente Sara adormeceu.

Quando ela acordou, ele estava acariciando seus cabelos. Não havia ter dormido muito, só cochilou. Talvez ele tivesse que ir embora. Sabia que precisava trabalhar.

- Você tem que ir, não é?

- Mas eu volto.

Sorrindo, ele a beijou profundamente. Deixando sua marca registrada ali. Grissom voltaria. Ficaria com ela. Isso era só um começo.

- Te dei o motivo para recomeçar. E agora, vai ter que me aturar.

- Aceito com todo prazer. – Finalmente um sorriso brotou de Sara. O fazendo se sentir completo.

Grissom se vestiu e quase correndo teve que voltar para o laboratório, recebeu uma mensagem de Ecklie, querendo falar sobre Sara. Mas mesmo assim, não deixou de demonstrar o alívio. Havia feito a coisa certa. Se ajudando, e ajudando a ela. Era isso! Estava feliz.

......

Chegando ao laboratório, encontrou Ecklie e Catherine sentados conversando. Já entrou com o assunto na ponta da língua.

- Queria falar comigo sobre Sara?

- Eu ainda não recebi a ação disciplinar. O que está demorando?

- Bom... Eu não vou demiti-la. – Disse simplesmente.

Ecklie olha para ele, completamente descontente. Não o apoiava de jeito nenhum nessa decisão. Grissom sempre notou nele, algo contra Sara.

- Que ação você vai tomar? – Catherine diz. Ele pensa um pouco. Pensa nos momentos que teve com ela há minutos atrás, e sabia da sua resposta.

- Eu já tomei...

- Eu pensei ter sido direto! – Pestanejou Ecklie.

- Você foi. Agora deixa eu ser! O comportamento de Sara foi resultado direto de minha atuação.

- Então eu deveria demitir você... – Ecklie repreende irônico.

- Mas você não vai... – Grissom disse, atirando contra ele. Ecklie se irrita, mas com mais calma, ele conversa.

- Olha Gil... Eu já estive no seu lugar. Nós somos humanos. Nós nos apegamos com as pessoas. Nós tentamos resolver seus problemas. Não funciona!

- Ela é uma grande criminalista, Conrad. E eu preciso dela. – Não precisou mais de palavras para ele entender.

- Eu tenho certeza que sim. – Disse sem olhar pra ele. – Você quer saber? Ela é uma doida com uma arma. E ela é toda sua!

Bom, sempre sentiu como se fosse sua, e agora era mais ainda. Ainda bem que ele tinha a noção disso.

Se para tudo tem um porque, eis a sua resposta: Precisava dela, como precisa de ar pra respirar. E assim seria sua vida daqui pra frente.

Somente ele e ela.


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Notas finais do capítulo

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