Sonho De Criança escrita por The Stranger


Capítulo 14
Capítulo 12 - Desatino parte 2


Notas iniciais do capítulo

esse é um capítulo bem profundo, levei umas horas pra escrever, por que tinha muita coisa junta na minha cabeça.



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30 de março de 2007 – 16:00 hrs

Déco Narrando:

Sonhar, vê-la sem poder acariciar é um desatino, a saudade batia, eu lia e relia os depoimentos que tinha recebido, aspirava bem fundo aquele cheiro, aquele perfume lembrando e vendo a fotografia que ela tinha me dado em um porta retrato, lá estava eu abraçando ela, momentos que ficaram difíceis de esquecer, quando bate a vontade eu fecho meus olhos e vejo o seu rosto, seu sorriso meigo,a sua voz o seu gosto, ah como eu queria poder te abraçar, te tocar, e o tempo não passa olhando pro teto os desenhos do forro, não vendo a hora de estar ao seu lado, deitar no seu colo e poder sentir sua presença. ♫ Aceitar que tudo se perdeu amor não dá, e ouvir meu coração pedindo pra você voltar, vai passando o tempo e eu nem sei me controlar, não dá , ficar sem você não dá.♪ Ainda me sentia ruim, por não poder dar a Pipa meu amor sincero, por oferecer a ela algo diferente as ilusões das quais ela estava acostumada a viver.

Daiana Narrando:

Estava eu com Zeca, na sorveteria, e não via a hora de tudo aquilo acabar.

- É muito maneiro, é assim, o cara no final do filme descobre onde tava escondido o tubo de ensaio com o vírus dentro, ai ele vai Daiana, explode o laboratório inteiro e ainda consegue fugir com a mocinha, é um máximo, é mais parece que você não gosta muito desse universo de ficção cientifica. (Zeca)

- Não é isso não, é que eu não conheço muito bem mais deve ter algumas coisas legais né, vamos embora? Já ta tarde e nem avisei minha mãe que eu ia sair, e ainda por cima deixei meu celular em casa.(Pipa)

- Vamos então. (Zeca)

Ele levantou pagou a conta e quando eu me levantei, puxou a cadeira, ele realmente é um cavalheiro, mas eu não estava pronta para novos relacionamentos,saindo pela porta da sorveteria, não podia existir algo mais pior naquele momento do que encontrar com Todi, mas aconteceu e acredite tinha como ser pior sim, porque ele estava com Bia do seu lado, os olhares se entrelaçaram eu num ato de educação disse oi.

- Oi, liguei pra você, você recebeu meu recado? ( Bia)

- Recebi sim. (Pipa)

- A gente precisa conversar Daiana. (Bia)

- Não, eu não quero, vamos embora Zeca.(Pipa)

Sai com Zeca, e fiquei morrendo de raiva de João, por pouco não pulei no pescoço dele, me liga o dia inteiro e ainda por cima quando me vê fica sem reação não diz nenhuma palavra.

Déco Narrando:

Contei pra Val a hora que ela chegou em casa, tudo que tinha ocorrido, do cifre, e etc, já que ela gosta de fofoca.

- Não, é um perigo, é um perigo, olha vou te contar, o Juvenal meu primeiro marido, todo mundo dizia que ele era um santo, já viu homem bonito ser santo, é ruim eim, então um dia eu passando pelo meu quintal olho pro varal da vizinha, e vejo o que, uma cueca conhecida, uma cueca familiar, era a cueca do Juvenal pendurada no varal da vizinha é mole? (Valdete)

- AUSHUSHUS, aim Val, e o que você fez? (Déco)

- Eu dei um pé na bunda dele né, meu filho, joguei todas as coisas dele pra fora de casa, mas é assim eu continuo dizendo não há nada na vida que o tempo não cure, e depois a Daiana já é uma mulher, novinha mais é, está na chuva é pra se molhar, tem a parte boa, mas tem a parte ruim também vem tudo junto, primeira vez que a gente leva uma rasteira o primeiro pensamento é que não vamos nos levantar mais, mais levanta Sim Senhor. ( Valdete)

- Tomare Val, Tomare, Val deixa eu te pergunta uma coisa, tipo eu tenho dois amigos que se amam, e eu tenho que dar um empurrãozinho, se não eles não vão se acertar o que eu posso fazer? (Déco)

- O meu filho, pensei que você fosse mais inteligente, porque você não manda uma carta, um bilhete, uma mensagem sei lá,alguma coisa pra cada um com o remetente deles mesmos marcando um encontro, depois que eles forem ao encontro vai ser inevitável, vão ter que conversar um com o outro.(Valdete)

- Brilhante, Val, Brilhante, eu não existo sem você. (Déco)# Dei um beijo em seu rosto e fui para frente do PC bolar o bilhete.

31 de março de 2007 – 08:00 hrs

Daiana narrando:

Até que dormi bem depois de ontem, nem assisti novela fui direto pra cama, hoje era sábado e eu tinha que comprar um tecido pra minha mãe costurar um vestido pra mim, pois a festa da minha prima era no outro fim de semana e eu não tinha condições de pagar um aluguel, antes de sair depois de tomar meu café minha mãe gritou da cozinha.

- Daiana, leva o lixo pra mim lá na frente, porque o moço da coleta seletiva passa esse horário.( Dona Lúcia)

Eu fui levar o lixo, e quando abri o portão dei de cara com a Bia que estava sentada no meio fio, na certa me esperava sair de casa para me abordar.

- Eu sei que você não vai falar comigo no telefone Daiana, por isso vim sem avisar, eu posso falar com você só um minuto? (Bia)

- To atrasada. (Pipa)

- É só um minuto, Daiana, eu não posso voltar pra São Paulo assim sem falar com você, eu preciso te dizer o que aconteceu.(Bia)

- Eu sei muito bem o que aconteceu.(Pipa)

- Não, você não sabe não.(Bia)

- Sei sim. (Pipa)

- Sabe não, sei que deve ser horrível pra você mais eu juro que não foi sacanagem, foi só um rolo mesmo, eu não ia fazer aquilo se não fosse uma coisa séria Daiana, tem certas coisas na vida que não dá pra segurar. (Bia)

- Eu discordo inteiramente de você Bia, se fosse comigo eu segurava, mas como eu não sou você.(Pipa)

Sai dali e fui em direção ao ponto de circular, preferia ficar no silêncio, sóbria, do que estragar meu dia.

Todi Narrando:

Acordei pra ir trabalhar no trampo que eu tava já a duas semanas, fiquei pensando enquanto tomava café na cena que vi ontem, eu passei por palhaço não disse um “A” se quer.

- Bom dia. (Déco)

- Bom dia.(Todi)

- Conseguiu falar com a Pipa? (Déco)

- Consegui nada, ontem vi ela na sorveteria com um carinha, acho que o nome dele é Zeca e eu fiquei sem reação.( Todi)

- Como assim ela já ta com outro, mas é bom pra você aprende a não enrola a garota né Todi.(Déco)

- Pensa que foi fácil pra mim, pensa que eu não gosto da Daiana, será que ela ta namorando aquela bundão? (Todi)

- Acho que não.(Déco)

- É a Bia voltando pra São Paulo, a Daiana namorando o Zeca, me ferrei.(Todi)

Daiana Narrando:

Pegando a circular ainda inconformada com a situação falei sozinha no ultimo banco:

- Mas logo com minha melhor amiga, tinha que ser com ela?

Bia Narrando:

Peguei o ônibus que levaria até a capital, para assim poder pegar o avião, aconteceu, rolou não deu pra segurar, mas é horrível ir embora daqui sabendo que a Daiana me odeia,eu gosto dela demais

Daiana Narrando:

Cada girada da roleta do circular, em cada pessoa que por mim passava, eu olhava pelo vidro embaçado E enquanto tudo acontece lá fora, tudo que você quer é bloquear seus pensamentos como se isso te fizesse sentir melhor. A verdade é que eles doem, te encolhem num canto como se a solidão fosse a única saída. Você tenta ser forte, finge que nada acontece. Olha para todos os lados fingindo atravessar alguma coisa, quando na verdade fugir seria a melhor escolha. O que valia à pena há algum tempo já não serve mais, você só quer se sentir seguro nem que seja nos braços de um melhor amigo, entrelaçar as mãos e deitar como se fosse o melhor lugar do mundo. É o melhor lugar do mundo, só falta encontrar meu amigo novamente. Ah Déco oque será que tu fazes nesse exato momento, ainda dorme, ou já raiou o sol por dentre as frestas da janela de seu quarto.

04 de abril de 2007

Daiana Narrando:

O reflexo do sol em meu rosto, uma manhã, um começo, parecia cômico eu pensava se ele iria sentir minha falta da mesma forma que sinto dele, talvez ele se dê conta um dia de tudo que perdeu por um prazer momentâneo, passageiro, sabe isso me faz forte, com gana de tentar ser feliz outra vez , não há tempo que volte, fica na memória, eu gostei de viver essa doce ilusão, os ponteiros do relógio não se movimentavam quando estava perto dele, já hoje, torço para que eles girem cada vez mais rápido, pois creio que o tempo pode curar a dor.Confesso que cansei, mas cansei de um cansaço diferente, um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não derrubar mais nenhuma lágrima, de não fazer mais nada, de deixar as coisas rolarem. Estou cansada de ser tempestade, preciso de calmaria, mansidão, paciência, de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, sorrisos, abraços, apertos, bons filmes, chocolate, coca- cola, jogos, diversão, saúde. Pois a ira começa com um desatino e acaba com arrependimento, a juventude é um desatino, isso é vida.




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Notas finais do capítulo

então, já tenho a história pronta até o capítulo 15, querem que eu poste?



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