26 de março de 2007

Daiana Narrando:

Foi a pior noite da minha vida, mal consegui dormi, pensando no ato dos dois,o duro era a prova de hoje que eu nem estudei direito, tirar nota vermelha nessa matéria era fato. Acordei e me dirigi cozinha.

- Minha bebezinha, vem cá. (Dona Lúcia) Me abraçando.

- Olha o que que eu fiz?( Dona Lúcia)# Trazendo um prato.

- Aim mingau de aveia. (Daiana)

Sabe minha mãe não podia me ver triste que fazia tudo pra me agradar, eu a amava muito.

- Só não vou dar na boquinha, Não liga não meu amor, não liga pra essa bobagem isso tudo passa, não tem coisa pior na vida que não passa, não é verdade? Vem um dia, depois o outro, depois outro e quando você vê já esqueceu de tudo, vai está você ai com um namorado novo mais bonitão do que esse, porque esse ai não te merece viu. (Dona Lúcia)

Pensei comigo por um momento, ah não namorado nunca mais, quer dizer, eu sei que nunca mais é impossível, mais ali naquela hora eu acho que queria passar o resto da vida, ali sentada na cozinha comendo mingau de aveia só, eu nunca tinha sentido uma dor parecida. Fui pra aula só colocar meu nome na prova porque além de não saber nada eu não estava com saco pra pensar.

Déco Narrando:

Pipa estava com um ar de decepção no rosto, fiquei perplexo quando ela entregou a prova em menos de 10 minutos, eu a conhecia, algo horrível tinha acontecido, queria ajudar mais não sabia como, queria chegar nela mais não tinha coragem, conversei com Julian no intervalo e pedi pra que ela conversasse com Pipa, e depois me contasse tudo, ela topou em conversar depois da revisão de Geografia que era a prova de amanhã. Guto e Julian se entreolhavam eu tinha que dar um empurrãozinho pra esse casal dar certo, eu não sabia como, tinha que pensar em alguma coisa, estava difícil, porque ficava vendo estampada a tristeza na face de Daiana.

Julian Narrando:

Estava devendo um favor pro Déco, pois ele tinha conversado com Guto, então não pude negar seu pedido, antes que Pipa saísse pela porta eu a abordei.

- Pipa! ( Julian) # Ela olhou pra trás e esperou que eu me aproximasse dela.

- Oi, sabe Pipa, eu sei que não somos tão amigas quanto éramos antes do episódio do jornal, mas não pude deixar de reparar em você, algo aconteceu eu queria tanto te ajudar. ( Julian)

- Obrigada Ju, é eu to meio abatida mesmo, mas não to muito afim de conversar me deixa, preciso colocar a cabeça no lugar primeiro, mas valeu mesmo, pensei que depois que eu briguei com você, nunca mais viria conversar comigo. (Daiana)

- É eu confesso que também achava difícil nossa reaproximação, mas vi que era necessária depois de te ver hoje, fico feliz só de poder trocar essas palavrinhas com você. (Julian)

- Mais uma vez obrigada, mas depois nós conversamos melhor.(Daiana).

Ela saiu cabisbaixa, e fiquei olhando pra ela se afastar até Déco me abordar.

- E daí oque ela falou? (Déco)

- Na verdade eu tentei, mas ela não quis se abrir, sinto muito Déco. (Julian)

- Hum, que pena, Obrigado Julian deixa eu ir pra casa porque minha mãe não ia voltar pra casa almoçar e preciso ver com Todi oque vamos bolar por lá. (Déco)

- Tchau, então! (Julian)

- Tchau.(Déco)

Déco Narrando:

Inconformidade, fui pra casa estava começando a esfriar, batendo um vento gelado em minha espinha, que arrepio, queria um edredon, AUSHUSHUS. Quando cheguei ao portão de minha humilde residência, Pimenta veio me receber, Pimenta no caso era minha cachorra de estimação era da raça pintcher, e bem espoleta pra sua idade de quase onze anos, vi a moto de meu irmão, de fato já tinha chegado em casa, escutei umas batidas, fui entrando tentando distinguir o que era, alguns palavrões ecoaram pelo corredor, era a voz de João xingando e esmurando a parede com o celular na mão.

-Desse jeito você vai acabar quebrando a parede ou sua mão né João (Déco)

- Não me enche,e faz o almoço logo que eu to com fome. (Todi)

- Ah, desse jeito até parece que você manda em mim, se quiser comer pede um lanche que fiquei sem vontade de cozinhar. (Déco)

Eu não era do tipo de pessoa que se considerava um chef de cozinha, mas até que eu me virava bem, e só passava fome quando a preguiça era maior.

- Eu não vou pedir lanche, coisa nenhuma, você vai fazer comida sim, se não vou contar pra Mãe que eu fui trabalhar sem almoçar por sua causa. (Todi)

- Mas que saco, suborno é pecado ta. (Déco)

Fritei dois bifes, lavei a salada e temperei, esquentei no microondas o arroz que minha mãe tinha feito, e também fritei umas batatas, gritei para que Todi viesse almoçar, ele sentou na mesa bufando eu só olhava pra sua cara, até que não me agüentei.

- Que foi brigou com a namorada? (Déco)

- Não te interessa! (Todi)

- Ah cara, me poupe viu, contando ou não contando não vai fazer a menor diferença. Que stress viu. ( Déco)

- Briguei sim, e pode ficar feliz que pelo jeito jamais ela volta pra mim.(Todi)

Não sei porque mais uma alegria pulava dentro de mim.

- Mas oque você aprontou de tão sério pra você pensar que não terá outra chance? (Déco)

- Ah, eu fiquei com uma amiga dela, uma tal de Bia.(Todi)

- Não acredito nisso, e você ainda acha que ta com a razão, eu na pele dela nem olhava mais na sua cara, mas logo a Bia a melhor amiga dela João. (Déco)

-É, É, agora vê se me deixa comer em paz por favor e a louça é sua viu.(Todi)

Não dei nem mais uma só palavra, tudo fazia sentido pela condição a qual a Pipa se encontrava hoje,estava com pena dela e ao mesmo tempo feliz por ela ter quebrado a cara mais uma vez, quem mandou trocar um amigo por um namorado.

Daiana Narrando:

Nem almocei de desgosto, meu celular não parava de tocar, o telefone residencial da minha casa toca, na hora imaginei que era o João e nem quis atender, minha mãe atendeu.

-Filha é o João. ( Dona Lúcia) # Eu simplesmente balancei a cabeça.

- O cara já ligou umas 20 vezes hoje e tem três recados na secretária eletrônica, uma hora ou outra você vai ter que enfrentar o problema, para de fugir,e outra eu já disse que você está aqui, o que eu digo agora?(Dona Lúcia)

- Diz pra ele que você foi me procurar e me encontrou beijando um anão russo do circo. (Pipa)

Alana Narrando:

Não sei como fui na prova hoje, acho que consegui alcançar a média pelo menos, a semana de provas mal começou e eu já to pedindo arrego. O telefone toca.

- Alô. (Alana)

- Já pensou no que você vai fazer? (XX)

- Ainda não, eu estou mais focada nas provas agora. (Alana)

-Não interessa, pense logo, você quis entrar nessa agora vê se ajuda pelo menos.(XX)

Desligou o telefone na minha cara, que droga, eu detesto trabalhar sobre pressão.

30 de março de 2007

Déco Narrando:

Já era sexta feira, ultimo dia de prova não estava nem acreditando, que as provas estavam acabando, até agora tinha ido super bem, a prova de hoje era a que eu tinha mais dificuldade, matemática, porém estava confiante, Daiana continuava na mesma depressão, Julian estava eufórica pra começar a prova, pois era a matéria que ela mais gostava, vontade proveniente dela invejável por muitos. A professora chegou à sala com uma feição impertinente.

-Antes de começar a prova eu gostaria que todos se sentassem. (Prof Márcia)

Se aproximou de Julian e pediu para que ela saísse da carteira por um instante, de repente ao abaixar-se tirou debaixo da carteira de Julian um papel escrito em números minúsculos as formulas da prova, aos poucos alguns rostos inclusive o meu se fecharam em uma expressão desolada. Na hora, Julian foi obrigada a se dirigir para diretoria explicar-se. Não sei o que aconteceu depois, mais na certa foi suspensa por alguns dias, a professora fervorosa falava a sala que tinha avisado que não iria dar as formulas e se pegasse alguém colando iria ficar com zero, a professora Márcia, é do tipo de profissional que descontava nos alunos seus problemas domésticos certeza, porque sempre estava mal humorada, e não perdia a oportunidade de esculachar algum aluno. Fiquei tentando achar na prova algo que findasse minha preocupação, ou seja alguma questão que eu conseguisse fazer. Ao sair da sala encontrei com Julian mordendo o canto dos lábios de raiva.

-Que saco, oque vou dizer pro meu Pai, quando ver um zero em matemática no meu boletim.(Julian)

- Esquenta não, tem recuperação.(Déco)

-Ainda bem, já tinha me esquecido, mas a suspensão de 2 dias não vai poder ser evitada sem meu pai saber, mas o que eu fiz pra alguém me zoar tanto eim? (Julian)

- Você já está cansada de saber, que você não é a única pessoa odiada por alguém, depois de tudo que estamos passando. (Déco)

- Eu ainda não tive nenhuma conclusão tudo é muito fútil e sem nexo. (Julian)

- Ah, deixa eu te conta eu descobri o que aconteceu com a Pipa.(Déco)

-Ah, então me conta poxa.(Julian)

- É que ela recebeu um belo par de cifres bem grandes. (Déco)

- Como assim, seu irmão a traiu? E com quem? (Julian)

- Com a Bia, a melhor amiga dela, acredita?(Déco)

- Tadinha, que barra vou na casa dela depois conversar com ela.(Julian)

- É...com certeza vai ser a melhor coisa que você pode fazer hoje né, ajudar uma amiga abandonada, nossa, tô sentindo tanta pena dela!!

- Não adianta Déco, querido. Eu vou ajudar ela, beijo!

Daiana Narrando:

Me joguei na cama, quando cheguei em casa, abracei meu ursinho predileto, até me der conta que quem tinha me dado,era o motivo de meu desatino comecei a lembrar dos momentos que passei ao lado de João,em meios as lágrimas veio um sorriso, coisa besta minha colocar musica romântica e chorar, mas que mulher nunca fez isso, poxa eu confiei, depositei minhas esperanças, e como isso tudo se esvai e nem percebo?O duro é que me apego aos pouquinhos e quando vejo já é tarde demais, a perda deveria ser uma coisa normal, era como se não houvesse mais nada de importante no mundo a não ser a pessoa que você ama, você faria qualquer coisa por ela, ou melhor você seria qualquer coisa por ela, e de repente você se dá conta de que não é a gravidade que te segura e sim ela, Pra mim era um basta.

A secretária eletrônica estava piscando,apertei o botão para escutar os recados, a maioria era de Todi, eu chorava, mais o que mais me instigou foi o recado de Bia:

- Alô, Daiana, é a Bia, eu queria falar com você e sei que você não vai ligar pra mim, bom eu te ligo amanhã então, tchau.

E por ultimo o recado de Julian:

- Pipa, eu to indo ai na sua casa, pra conversar um pouquinho eu já estou sabendo oque aconteceu, me espera ai na frente, daqui uns 10 minuto eu chego.

Foi só terminar de ouvir o recado que ouvi Julian me chamar, pedi pra ela entrar, chamei pra ela ir ao meu quarto.

- Aim, amiga que barra viu? (Julian)

- Quem te contou eim, não quero ser reconhecida como corna, por favor guarde segredo. (Pipa)

- Foi o Déco, acho que o irmão dele comentou ou coisa assim, fica tranqüila que eu não falei pra ninguém. (Julian)

- Ai, que droga, ele já ta sabendo, o pior de tudo é que briguei com ele por causa do João, ele até tinha me alertado, me sinto completamente idiota.(Pipa)

Julian Narrando:

Chega de constrangimentos, eu tinha que te tirar de casa de qualquer jeito, convidei o irmão do Edu que é afim da Daiana a um tempão, ele gosta de desenhar também, não é nenhum gato, mas emergência é emergência.

- Eu tenho uma solução pra você respirar um pouco, eu marquei um encontro pra você as 15:00 horas, com o Zeca irmão do Edu, ele vai te levar pra tomar um sorvete, e nem adianta dizer não que ela daqui a pouco ta ai.(Julian)

- Af, Ju eu até entendo sua aflição em me ajudar mas logo o Zeca poxa não tem nenhum mais bonitinho não. (Pipa)

- Pode para por ai, vamos que eu te ajudo a se arrumar.(Julian)

Abri seu guarda-roupa e escolhi um vestido xadrez, ela experimentou de frente para o espelho.

- Eu to me sentindo completamente ridícula com essa roupa. (Pipa)

- Ta linda, Pipa, bota um brinco , cadê o batom? (Julian)

- Ah não, Ju, batom não, passa batom pra sair com o Zeca, nem to afim de sair ainda mais de batom.(Pipa)

- Vai botar batom sim Senhora, vai botar sim.(Julian) # Segurando seu queixo e passando um batom rosa choque.