Lendas Do Acampamento: Vingança De Urano escrita por V i n e


Capítulo 7
Meu pai


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Minha criatividade fugiu mais agr ela esta em casa com as pernas amputadas! Esse cap foi começado por mim mas como minha criatividade é rebelde a Duda (@Trechos_PJ) Escreveu uma parte consideravel para mim e por fim finalizei esse emocionante cap. Espero que gostem.



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Saímos da van e pegamos nossas coisas, o Olimpo ficava no 600 andar do Empire State. Você deve estar pensando, mas o Empire State só tem 102 andares. Se você tiver o cartão certo ele pode ter 600.

Chegamos ao hall de entrada, cadeiras com estofado de couro preto preenchiam o lado direito do salão, o lado esquerdo havia uma bancada, o porteiro estava parado lendo um livro.

– Senhor! – chamou Sophie – Senhor!

O porteiro levantou os olhos e nos encarou mal humorado.

– O que querem? – resmungou ele.

– Temos uma audiência com Zeus. –explicou Emma.

– Quem é Zeus? – perguntou ele fingindo se de desentendido.

– Deuses, você se torna mais insuportável a cada dia! – murmurei – Simples me de a droga do cartão e não pedimos para Zeus transformá-lo em cinzas!

O porteiro pareceu pensar um pouco então retirou um cartão do bolso.

– Garoto abusado! – resmungou entregando o cartão a Emma.

– Obrigada senhor – agradeceu Sophie.

– Vamos! – chamei.

Entramos no elevador, uma música clássica horrível tocava alto, Emma colocou o cartão no painel, que brilhou, o elevador tremeu e as luzes piscaram. Quando as portas se abriram, meu coração deu um salto, o Olimpo era sem dúvida o lugar mais magnífico que eu já havia visto. Como descrever? Praticamente impossível. Uma estrada separava as construções feitas de mármore polido, tudo brilhava conforme a luz do sol. Eu queria ficar, apreciar o Lar dos Deuses, mas Emma e Sophie me trouxeram de volta ao mundo quando me empurraram para andar em frente. Chegamos ao Salão dos Deuses. Quando aquelas enormes portas se abriram, me perguntei como eles conseguiram trazer o Olimpo para cá, em cima do Empire State.

Havia os doze tronos dos Olimpianos, mas somente quatro figuras estavam ocupando seus respectivos tronos. A primeira figura era o senhor todo-poderoso Zeus, irradiando sua aura de poder. Ao seu lado, ocupando outro trono, estava a Rainha dos Céus, Lady Hera. E, por último, as duas figuras que mais me impressionaram. Atena, que sorria para suas filhas e me deu um olhar torto.

Atena parecia uma versão mais velha de Emma, a única diferença era seu olhar voraz, como se quisesse me matar. E acho que queria. Os olhos de Sophie brilhavam ao ver sua mãe pela primeira vez em sua vida. E ela não era a única. Estar frente a frente com meu pai pela primeira vez foi simplesmente inesquecível. Não, eu nunca o vira em toda minha vida. E ele também não fez questão de me ver.

Nunca apareceu em um sonho. Também não sei se queria vê-lo. Ele estava sentado em seu trono, com sua camisa de estampa florida, shorts e chinelos.

Demos alguns passos a frentes e nos ajoelhamos diante aos deuses.

- Levantem-se. – Senhor Zeus nos ordenou e assim o fizemos. Como líder da missão, dei um passo à frente.

- Diga-me, semideus, o que você quer.

- Viemos falar com os deuses a despeito de nossa missão, senhor. Queremos pedi-lhe permissão para esta missão, se assim for possível.

- É sua obrigação, como nossa prole, defender o Olimpo e o Acampamento Meio-Sangue. – Disse Senhor Zeus, com desdém. – É óbvio que tem a minha permissão. Mas, me conte o que está acontecendo.

– Atlas deixou outra pessoa carregar seu fardo. Na realidade, seu filho. – E contei todo meu sonho a Zeus. Ele me pareceu indiferente para mim, mas houve uma inquietação nos demais deuses.

- Senhor Zeus – Chamou Atena. – Presumo que...

Zeus levantou a mão para que ela parasse de falar. Ele levou a mão ao queixo e deixou escapar um gemido.

-Eu sei o que você está pensando. E isso é uma coisa que temos que discutir com o Conselho Olimpiano reunido. Ele não pode voltar.

Ele de novo, pensei. Quem é ele? Por que todos os temem? E por que isso seria tão ruim? Eram perguntas constantes em minha cabeça.


- Declaro a sua visita encerrada. – Disse Zeus. – Todos dispensados. Vão para a missão. E quero ver o Conselho reunido muito em breve.

- Não, irmão, por favor. – Pediu Poseidon. – Me dê cinco minutos para falar com ele.

Senhor Zeus ponderou sobre o pedido.

- Certo. Cinco minutos. Todos dispensados

Atena acenou com a cabeça para Emma e Sophie, uma despedida e um pedido para que nos deixássemos a sós. Emma pôs a mão em meu ombro e anunciou que elas me esperariam no elevador. Atena não aprovou. Sophie passou por mim me esnobando. Atena aprovou e muito.



- Eaí, filho. – Poseidon falou.

Não consegui falar nada. Eu nunca conversei com ele. E não sei se queria fazer isso. Ele também nunca quis.

- O que o senhor quer? – Perguntei tentando esconder meu nervosismo, a petulância ardendo em minha voz.

- Ora, lhe desejar boa sorte nessa missão. Falar com você. Dizer que estou aqui.

Ah, beleza, não percebi! Não tem como não ficar irritado depois dessa.

- Sei como está se sentindo. – Poseidon me disse. – É um sentimento comum entre os semideuses.

- Você poderia ter ido me ver! – Acusei, a raiva como veneno em minha língua, mais fui traído, as lágrimas ardiam em meus olhos – Você nunca apareceu para mim! Poderia ter me mandado uma Mensagem de Iris! Talvez uma visitinha ou um telefonema!

Depois do meu ataque histérico, esperei que ele me fulminasse, porém ele apenas me olhou, seus olhos eram verdes, mais não um verde comum, eram iguais os meus verdes escuro e com tons laranja avermelhados envolta da pupila. Eram olhos profundos e tristes, me perguntei como uma pessoa ou até mesmo um deus poderia ser tão infeliz assim.

– Desculpe-me!- disse por fim, mais algo em sua voz apagou a chama de minha raiva, era a súplica. Aquele deus poderoso e imortal estava suplicando para que eu o desculpasse? Isso é uma coisa que não se vê todo dia. Reprimi a vontade de estender os braços e dar-lhe um abraço apertado. – Sei que fui um péssimo pai, mais não pude... Zeus não permitiu que eu o visse. Desculpe-me.

– Então o motivo real para que você não estar presente na minha vida é por que meu tio imbecil não deixa?- perguntei.

Um trovão retumbou, riscando o seu estrelado. O barulho foi ensurdecedor, o chão tremeu, cogitei a possibilidade de o Olimpo despencar.

– Cuidado com o que diz criança! – alertou-me Poseidon – Seu tio é um pouco sensível.

– Mais pai... Por culpa dele você não pode me ver!

– Eu sei meu filho!

Com certeza ele não tinha percebido meu sorriso, mas não pude evitar era a primeira vez que ele havia me chamado de filho!

– Will, eu quero que tome cuidado nessa missão. Você é meu único filho, não posso perder você. – admitiu. Isso foi como um balde de água fria, minha raiva parecia pura pirraça comparada ao que realmente estava por trás do abandono.

– Claro pai!

Me virei para a saída os olhos ardendo.

– Will! – Meu pai chamou. Quando me virei meu pai estendeu os braços, abraçando-me com força. Seu abraço era macio, seu cheiro era como a brisa marítima. Fiquei atônito, meus braços passando por sua cintura.

– Obrigado pai!

– Agora vá! Suas amigas estão esperando – suspirou ele.

Recompus-me e acenei. Meu pai olhou enquanto eu partia, mais depois desse encontro eu nunca mais seria o mesmo.



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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Espero que sim. Mande sua review é muito importante para mim.