Lendas Do Acampamento: Vingança De Urano escrita por V i n e


Capítulo 10
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse capítulo ficou tipo muito lindo!! e acho que.. é só uma dica para tornar a leitura mais agradavel! Na parte em que menciono que meu TDAH não me deixa ficar sentado eu gostria que vocês colocassem a música: 'When I Look You da Miley Cyrus. Acho que essa musica combina com o momento. então por favor quando virem a parte sobre o TDAH coloquem a música. Obrigado.



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Eu estava em uma sala escura, e aparentemente eu
estava só. Não, eu não estava sozinho, uma mesa de mogno polido toda entalhada ocupava o centro da sala. Cadeiras também de mogno com estofado de couro vermelho. Três lindas garotas da minha idade estavam sentadas a direita, um homem alto a com pele turquesa clara estava sentado na cabeceira. Seu olhar era frio e cruel, eu já o havia visto em meu sonho, mas em agora ele parecia mais
forte, seus bíceps estava marcado sob a seda fina de terno azul bebê, quando o
vi minha visão ficou vermelha, o ódio ardendo em minhas veias, nojo e repulsa
era o que eu sentia por aquele Titã que abandonou o filho para segurar seu
fardo. Uma das garotas levantou uma taça de cobre.

– Atlas! Por sua audácia e inteligência. Nosso pai
se libertou da maldição que o dominou por éons. – Disse a garota.

As duas Haspérides ergueram suas taças brindando e concordando com as palavras da irmã.
Atlas permaneceu indiferente, seus olhos fitam em minha direção. Encolhi-me
como se tivesse recebido um golpe.

– Quando o Mestre se reerguer ele vai se vingar
de... – Começou a menor. Mais Atlas deu-lhe uma bofetada na cara.

– Cale a boca menina burra! – Disse ele com os
olhos carmim brilhando. – Não estamos sozinhos... – De repente ele se levantou
e caminhou em minha direção. Minhas pernas congelaram, uma sensação de anestésica tomou conta de mim. – Meio- sangue – Rosnou ele, sua mão apertando meu pescoço, ele tento me asfixiar. Olhei em seus olhos diabólicos neles eu vi minha pele mudando de cor, do tom normal ao vermelho, do vermelho ao azul, do azul ao roxo. Ele teria me matado se eu não tivesse acordado.

Acordei suando frio, minha respiração presa, minha
mão esquerda em volta da cintura de Sophie ainda adormecida e a direita
apertando com muita força minha própria garganta. Relaxei minha mão esquerda
voltando a respirar normalmente. Sophie se remexeu e acordou, seus olhos
fitaram os meus, delicadamente puxei meu braço para me espreguiçar, ela fez o
mesmo. Emma mantinha os olhos na estrada, já estava quase de manhã!

– Emma você esta bem? Desculpe por te deixar ai!
Você deve estar morta de cansaço. Deixe que eu assumo o volante! – Pedi.

– Cale-se Will. Esta tudo bem – Garantiu ela. – Já estamos na Filadélfia vamos achar um hotel barato no subúrbio e vamos todos descansar.

– Mesmo assim eu falhei com você! Eu sou o líder
dessa missão! Que droga de líder eu sou? Vlacas!
– Murmurei.

– Will foi culpa minha também! – Disse Sophie – Eu
dormi esqueceu?

– Nos braços dele só pra constar... – Riu Emma.

– Ela agiu subconscientemente Emma! – Me defendi.

– Na verdade não. – Disse Sophie simplesmente. –
Eu me recostei em você por que eu quis!

Olhei incrédulo para ela. Ela apenas deu de
ombros. Emma sorriu apreciando a cena pelo espelho retrovisor. Olhei para a
cidade, era uma cidade grande com muitas pessoas passeando e fazendo compras. De longe vi o Museu de Arqueologia e Antropologia da Universidade da Pensilvânia.
Eu e minha mãe ja haviamos passados as férias aqui. Conhecemos vários os pontos
turisticos desse lugar e eu sabia o nome de todos eles. Havia várias casas
antigas mais também casa modernas e mansões. Emma dirigiu pelo trafego lento
até chegarmos em uma parte mais rural da cidade. Paramos o carro na entrada do
Hotel, que aparentemente era o único daquela parte da cidade. Tentei ler o
maximo que minha dislexia permitia. Beautiful view Hotel. Um hotel digno até demais para adolescentes imundos com olheiras no queixo e molambentos. Eu duvidava se podíamos pagar. Asportas de vidro espelhado tinham trancas enormes, a fachada era bem arrumada, para um hotel chique, era simples, as paredes eram cor linho e escarlate. Era um hotel para turistas que gostavam do campo. Ao passarmos pelas portas uma mulher vestida com um casaquinho vermelho veio em nossa direção com uma prancheta em mãos.

– Olá! Gostariam de uma suíte Magic Luxurious? – Disse ela com ternura, um sorriso de orelha a orelha.

– Oi senhora. Adoraríamos, mas não sei se temos condições
para isso. – Disse Emma com um sorriso.

– Ah! O que é isso querida, a suíte Magic Luxurious oferece uma um quarto
amplo com vista para as colinas e o vale, uma jacuzzi e frigobar
abastecido com refrigerante e sorvete. O café, almoço e jantar esta incluso no
pacote de duas noite. – Explicou a recepcionista. E depois acrescentou – E o
preço é acessível!

Enfiei a mão no bolso e tirei de alguns dólares e
algumas moedas.

– Temos trezentos dólares. – Eu disse contando as
notas.

– Perfeito! – Sorriu a mulher. – Aqui estão suas
chaves e o número do serviço de quarto. Subam pelo elevador, andar número 13,
no começo do corredor, quarto 345. Obrigada pela preferência e boa estadia!

Seguimos para o elevador, o elevador era pequeno,
tinha um espelho grande na lateral. Emma apertou rapidamente os botões. O
elevador deu um solavanco e começamos a subir. Quando as portas se abriram, saímos as presas para chegar ao quarto logo.

O número 345 estava gravado com letras douradas na porta, logo em baixo com letras cursivas prateadas: Suíte Magic Luxurious. Emma girou a chave, a tranca fez uma barulho suave. Entramos no quarto, era sem dúvida um quarto digno do próprio Logan Lerman. Olhamos em volta, a suíte era linda, uma cama de casal enorme com lençóis dourados, a sala fora projetada para ser um único ambiente junto ao quarto. Uma sofá de couro branco estava de frente com uma TV de tela plana de 42 polegadas. Um frigobar ao lado do sofá, e como prometera a recepcionista estava lotado de Cocas. Peguei uma e joguei uma para Sophie. Emma pegou uma garrafa de água.

– Ok. Isso é demais! – Disse ela.

– Muito lindo! – Concordou Sophie se dirigindo uma
porta de vidro. Quando abriu a porta assoviou. Andei até ela e espiei. Arfei.
Era lindo! Um espaço Gourmet! Uma piscina de alvenaria, uma churrasqueira,
uma mesa redonda com quatro cadeiras de inox, outro frigobar recheado de carne de hambúrguer e refrigerante. Sophie correu até a borda do espaço onde um guarda-corpo impedia que uma criança ingênua caísse.

– Will! Emma! Venham ver! É Lindo! – Chamou Sophie.

Emma me puxou e paramos no guarda-corpo. Um vale verde
se estendia pela paisagem de colinas.

– Muito lindo! – Concordei. – Nem acredito que um
lugar como esse pode existir...

Um riacho cortava o vale de ponta a ponta, alguns animais bebiam água.

– Bem esse lugar é lindo, mas eu estou morta! –
Disse Emma com um bocejo. – Vou tirar uma soneca.

Ela saiu e se deitou na cama, seus olhos se fechando quase imediatamente.

– Bem... – Eu disse tentando puxar assunto em quanto
me balançava nos calcanhares.

– É lindo... – Interrompeu-me ela.

– Sim, você é linda...

Ela me encarou, um sorriso se projetando em seu
rosto.

– É-é quer dizer... É... Esse lugar é lindo – Eu disse engasgando e gaguejando. O que acontecia comigo quando eu fala com Sophie? Será que meu cérebro dava curto? Ou... disse uma voz no fundo da minha cabeça. Ou você que sabe sinta alguma coisa por ela... Eliminei essa possibilidade. Eu estava apaixonado por Kim! Ela me hipnotizava com seu jeito com sua magia de ser! Será? Insistiu a vozinha em minha mente. Sacudi a cabeça bruscamente. Meu cérebro não aguenta tanta informação!

– Quer conversar? – Perguntou ela indicando a mesa
perto da piscina.

Sorri e puxei a cadeira para ela.

– Obrigada. – Disse ela sorrindo.

– É um prazer MyLady. - Eu disse me curvando, peguei sua mão e dei-lhe um beijo suave.

– Desde quando estamos na Idade Média? – Disse ela rindo.

– É como devemos tratar lindas moças. – Eu disse, as coisa eram mais fáceis quando eu deixava as palavras fluírem normalmente sem me preocupar com as conclusões que ela tiraria. E talvez eu quisesse que ela
tirasse certas conclusões.

– Ficou com medo quando lutou com Arecne?- Perguntei.

– Muito! – Disse ela arrepiada. – Acho que nunca mais quero ver uma aranha na vida! Mais o pior foi que pensei que perderia você.
– Disse ela avaliando minha reação. Apenas assenti. – Gosto de você Cara de
Sardinha. Você é um grande amigo. – Tentei entender meu desapontamento, mas ela prosseguiu. – É um pouco lento, mas fofo. – Ela riu e bebeu mais um gole de
Coca.

Bebi mais um longo gole tentando fazer descer o nó na minha garganta. Ela estava me elogiando!

– Também gosto de você Srta. Wikipédia. Mais do que consigo entender – Admiti.

Ela sorriu com essa revelação.

Ficamos alguns minutos em silêncio, eu bebericava alguns goles da minha Coca. E algumas vezes olhei para ela, tentando entender o que era aquilo dentro de mim. Quando nossos olhos se encontravam eu desviava o olhar. Ela não disse nada, mas eu sabia que ela estava sondando minha mente, tentando arrancar mais informações do que eu queria compartilhar.

Depois meu TDAH falou mais alto, me levantei e fui peguei uma bermuda na minha mochila. Fui até o banheiro e troquei de roupa.
Voltei para o espaço Gourmet e pulei na piscina. Deixei que a água me inundasse, tentando não pensar nos meu problemas, no perigo que corríamos, no que estava errado comigo. Apenas deitei no fundo da piscina os braços atrás da cabeça e olhei enquanto Sophie se sentava na beira da piscina colocando os pés dentro d’água. Talvez a necessidade dela de ficar perto de mim fosse a mesma que a que eu tentava entender.


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Notas finais do capítulo

Esse caítulo é dedicado a @Im_Dedalus, @Trechos_PJ @Cupcakeazul_ e @_ShaldowGirl



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