Für Immer Jetzt. escrita por losundlauf


Capítulo 2
Capítulo O1 - Anfänger.


Notas iniciais do capítulo

por mais que eu tenha me baseado nos meus amigos para criar meus personagens a história ainda é ficção, não esqueçam :~~ aconselho vcs a baixarem/ouvirem For You (Joe Brooks) e Forget It (Breaking Benjamin) ~são músicas que me lembram o tom~
*August foi o nome que escolhi para o pai dos gêmeos na minha história e Oestreich foi o sobrenome que escolhi para eles, não vem com esse papinho de "poser" pra cima de mim, por favor.



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Acredito que contei a Tom por ele ser o único dos caras que não era amigo de Bill o suficiente para espalhar por aí o que eu lhe dissesse. Estranho, eu sei. Mas acho que a facilidade de me abrir com um semi-desconhecido estava no fato de não me importar realmente com qualquer julgamento que ele pudesse fazer de mim. Além disso, Oestreisch tinha uma cara super confiável.

Na verdade, eu só queria conversar com um amigo sobre o assunto, por que nunca fui muito de confiar nas mulheres.

— Você promete que não vai rir, né? - Perguntei me sentindo uma garotinha ainda mais nova. Ele riu em resposta e se curvou sobre o próprio caderno para continuar fingindo que copiava o que a professora de literatura anotava no quadro.

— Oestreisch, você promete? - Insisti.

— Por que eu iria rir? Fala logo, aposto que o que vai dizer nem não é tão interessante ao ponto de valer uma gargalhada.

— Grosso.

— Besta, fala logo antes que eu recoloque meus fones.

— Grosso. - Repeti sorrindo, fazendo ele revirar os olhos. - Então, sabe o Bill? Aquele garoto que assiste aula de inglês com você?

Ele sorriu de uma maneira engraçada e gesticulou, sem dizer nada, para que eu continuasse.

— Er... Eu acho que ghfotyso dele. - Sussurei cada vez mais baixo, de modo incompreensível.

— Quê?

— Estou a fim dele, merda!

Sua reação foi melhor do que eu esperava, Tom apenas sorriu daquela forma novamente e nem me zoou.

— E porque você não diz isso a ele? - Sua voz era um sorriso.

— Eu? Não quero levar um fora ainda... Não estou preparada. - Sorri, tentando dar um ar leve à minha fala. - E ele é tão bonitinho! - Revelei meio sem querer, deixando escapar também uma risadinha idiota.

— E quem disse que ele vai te dar uma fora? Pelo que os caras me disseram, meu irmão não pega ninguém há séculos e... Não se ofenda, não estou querendo te chamar de última opção, SOS, nem nada desse tipo até por que você é bonita, mas sei também que vocês mulheres se ofendem com muita facilidade.

— O que foi que você disse? - Perguntei estreitando os olhos.

— Que você é bonita? Bom, eu acho... Mas não estou querendo te pegar nem nada. - Fez de propósito, tagarelando depois de jogar em cima de mim uma bomba daquelas. Era seu sorriso que o entregava.

— Não! Antes disso.

Não podia ser verdade.

— Que o Bill não pega ninguém a séculos? - Sorriu ainda mais. - Deve ser por que ele é tímido e tal, mas não fica achando que ele é gay só por causa daquela maquiagem toda. Pelo menos ele era macho quando ainda morávamos na mesma casa. Eu acho.

— Tom! Que merda é essa? Vocês são irmãos?– Perguntei com a voz esganiçada de tanta vergonha. Meu sangue borbulhava.

— Gêmeos. - Seus dentes expostos naquele sorriso me envergonhava ainda mais.

Ele voltou a olhar para o quadro e fingir que assistia aula.

Cachorro.

— Por que não me disse antes?

— Por que eu estava louco pra saber que você acha o meu irmão bonitinho. - Finalmente debochou.

— Seu babaca! - Sussurei e dei um soco em seu braço, chamando a atenção da professora.

— Oestreisch e Landmeier, fora da sala! Agora! - Ordenou enfurecida como se estivesse aguardando aquele momento desde o início da aula.

Levantamos, recolhemos nossas coisas e saímos sem dizer nada enquanto a sala inteira nos encarava feio, além da Sra. Kershaw. Eu me sentindo fracassada e Oestreisch sorrindo ainda mais abertamente.

— Você é doente, pare de sorrir desse jeito! Até parece que queria sair de lá! - Ralhei furiosa depois de fechar a porta, mesmo sabendo que a culpa era de nós dois.

— E você não queria? Não aguentava mais aquele blablabá sobre Modernismo, pelo amor de Deus! Deveria estar me agradecendo por preservar sua sanidade mental... - Balançou a cabeça em negativa, como se reprovasse minha ingratidão.

Suspirei tentando recobrar a razão enquanto caminhávamos pelos corredores em direção a sala da coordenadora.

— Você pode me dizer que história é essa de "quando ele morava lá em casa?" e que merda é essa de "irmão gêmeos" pelo amor de Deus, vocês foram separados na maternidade? - Perguntei ainda tão enfurecida quanto a profª Kershaw.

— Bill e minha mãe saíram de casa depois que meus pais decidiram se separar. - Respondeu repentinamente sério. - Nós tínhamos dez anos e depois disso nos afastamos um pouco, só piorou quando August decidiu casar de novo.

Ele abriu a porta de vidro para mim e continuou falando assim que nos sentamos na ante-sala para aguardar nossa "vez".

— Senti falta deles, do Bill e da minha mãe, por muito tempo - Continuou - mas desisti de tentar me aproximar depois que descobri o motivo da separação. - Sua voz falhou no fim, aquele era um assunto delicado, afinal.

— Sinto muito - Sussurei sem graça - Não precisa falar sobre isso se não quiser.

— Tudo bem, já faz muito tempo. - Disse se recompondo.

O misto de seriedade e tristeza que havia tomado seu rosto enquanto relembrava o passado desapareceu num passe de mágica, dando lugar ao sorriso debochado clássico quando a secretária pediu que finalmente entrássemos na sala da coordenadora.


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Notas finais do capítulo

Tom vai continuar sendo constantemente chamado pelo sobrenome Oestreisch, principalmente, pq existe outro Tom na turma dele, mas também pq ele não gosta de Kaulitz e não quer ser reconhecido como irmão de Bill(apesar da maior parte das pessoas já saber que eles são irmãos, ngm comenta). Desculpe por explicar parte da história nas notas :~~ só achei que deveria deixar mais claro.



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