Für Immer Jetzt. escrita por losundlauf


Capítulo 3
Capítulo O2 - Freundschaft.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo meio fraquinho, meio que estou enrolando até chegarmos no dia dos namorados kkk o aniversário de Louise é no dia 6 de junho (opa, spoiler kk)!!! Até lá, quero mostrar a vocês o início da amizade com Oestreisch e um pouco das colegas ou amigas (definam vocês) de Helene. Bill não está aparecendo tanto como deveria, mas devo dar um jeito nisso em breve.



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Depois de recebermos uma advertência que deveria voltar às mãos da coordenação com a assinatura dos nossos responsáveis e uma tarde depois da aula na detenção, Oestreisch e eu passamos a nos considerar oficialmente amigos.

Assim que fomos liberados, saltei da cadeira e me alonguei, agradecendo aos céus por finalmente poder esticar as pernas e ele riu da minha reação.

— Quer uma carona? - Ofereceu sorridente como sempre.

— Quero sim, deixa só eu avisar pra minha mãe que estou viva. - Respondi enquanto procurava o celular na mochila. - Ela deve estar uma fera.

Antes que eu o encontrasse, Oestreisch agarrou minha mão livre, sussurrou um "Vem comigo" e me puxou para fora da sala. Instantaneamente parei o que estava fazendo e o acompanhei até o estacionamento, meio envergonhada, com o olhar única e exclusivamente voltado para as nossas mãos unidas. Ele só me soltou quando parou para admirar seu Maverick preto.

— E essa é a minha criança - Comentou brincalhão enquanto dava batidinhas delicadas no capô do carro. - Cuidado com os bancos. - Advertiu, com um tom de voz mais sério ao abrir a porta do passageiro para mim.

— Mas que cavalheiro. - Ironizei.

— Você não viu nada! - Ele piscou.

O caminho até minha casa foi quase completamente em silêncio, interrompido apenas pelas breves indicações sobre como chegar lá. Quando finalmente estacionou sem nenhum cuidado, ocupando quase as duas vagas em frente à varanda da casa. Oestreich se voltou exclusivamente para mim com uma expressão séria demais, quase angustiante, e eu tive receio que uma cena romântica se desenrolasse.

Um receio tolo e completamente desnecessário, já que a idéia nunca passou pela cabeça dele, diga-se de passagem. Oestreisch apenas tocou a maçã do meu rosto com a ponta dos dedos e aproveitou para colocar uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. No instante seguinte, pigarreou e saiu do transe que parecia ter entrado, voltando a sorrir.

— Desculpe por te tocar assim. - Murmurou com o olhar voltado para algum ponto abaixo do meu rosto, parecendo demonstrar vergonha. - Eu... Sei lá, por um momento só deu vontade. - Sorriu hesitante, definitivamente envergonhado.

Não posso negar que por dois segundos, antes de nossos olhares se encontrarem, vibrei por dentro ao pensar que talvez, só talvez, um garoto daquele poderia estar se sentindo atraído por mim. Depois disso, é claro, percebi o quão estúpida era aquela idéia. Quando o meu olhar encontrou o dele, eu simplesmente soube que aquele seria o primeiro dos nossos momentos especiais.

Não existiria flerte, não haveria paquera, nem nada do gênero. Seria apenas uma das nossas demonstrações puras de carinho, momentos em que estaríamos vulneráveis um em frente ao outro, sem segundas intenções, provando nossa amizade. Momentos em que nenhum de nós sustentaria a própria máscara de orgulho.

— Tudo bem - Sussurrei sem saber o motivo pelo qual decidira responder tão baixo - Obrigada pela carona e por preservar minha sanidade mental. - Brinquei, uma referência ao que ele dissera mais cedo numa tentativa de fazer o clima entre nós voltar ao normal.

Eu abri a porta sem que ele tivesse dito nenhuma palavra e achei que seu silêncio seria a única resposta que teria, até colocar uma perna para fora do carro.

— Helene?

— Sim? - Voltei a encará-lo.

— Seremos sempre só amigos, certo? - Perguntou com a voz firme.

— Claro. - Sorri impressionada com o alívio que suas palavras me trouxeram. - Só amigos.

 

 

Ainda que tivesse tentado, não consegui esquecer os gêmeos durante o fim de semana, nem mesmo durante o almoço em família de domingo. Eu só conseguia pensar na gigantesca saudade que sentia de Bill e na alegria que sentira ao ver que seu irmão me adicionara no msn.

Gêmeos, pensei e ri sozinha. Ainda não me acostumara o suficiente para deixar de achar a idéia bizarra. Com tantas pessoas no mundo, eu fora me abrir justamente com o desconhecido que, na verdade, era irmão do cara que eu gostava. Talvez fosse um bom presságio.

Quer dizer, o irmão odiado do cara que eu gostava, ou seja... Era mais provável que não fosse tão bom assim.

— Lenie, é a Mya no telefone! - Mamãe gritou da sala, onde estava com o resto dos familiares ainda sentados à mesa. Subi até o meu quarto e peguei a extensão.

— Alô, Mya? - Pude ouvir o clique quando minha mãe desligou o telefone.

— Finalmente! Pensei que pediria para sua mãe dizer que não estava em casa para poder continuar me evitando! - Acusou.

— Hã?

— Você sabe muito bem sobre o que estou falando! - Ralhou. - Por que não apareceu na festa ontem? Todo mundo perguntou de você, até o Bill.

Engasguei com minha própria saliva ao ouvir o nome.

— O que você disse? - Perguntei enquanto tossia.

— Você não apareceu ontem na festa na casa da Ellen, ah, não interessa. - Desconversou, mudando de assunto. - Você vai na festa do aniversário de Louise?

— Provavelmente.

— Provavelmente o escambau! Posso passar aí daqui a pouco? Acho que precisamos conversar.

— Tudo bem, mas meus tios ainda estão aqui por causa do almoço, eu ligo quando eles saírem.

— Nem pense em me enrolar, se você não ligar até as cinco eu apareço aí com ou sem tios!

— Estou avisada, Mya.

— É bom mesmo.

 

 

Exatamente às 16:32, Mya atendeu o telefone dizendo "Já estou chegando." Cinco minutos depois, eu atendia a porta e pedia que ela fosse até meu quarto no andar de cima.

— Fecha essa porta e pode ir falando. - Ordenou enquanto sentava na minha cama e largava a própria bolsa em qualquer canto.

— Falar o que, Mya? - Perguntei desanimada, cansada demais para discutir com ela o que quer que fosse.

— Por que não foi ontem?

— Ah, isso... Bem, sabe o Oestreisch? O novato da minha sala... Um que usa dreads e roupas largas?

— O que tem ele? - Perguntou sem acreditar muito no que eu dizia.

— A professora Carmem nos tirou de sala por que estávamos conversando e tivemos que passar a tarde inteira na detenção. Quando cheguei em casa e liguei pra minha mãe ela gritou tanto que não tive coragem de pedir pra sair, né? - Resumi.

— Certo, agora pode admitir.

— Posso admitir o que?

— Que está querendo pegar o Bill.

Silêncio.

— Quem cala consente. - Cantarolou. - Ou você estava achando mesmo que eu não ia perceber?

— Ele é bonitinho. - Tentei me defender.

— Ele é esquisito, pode ser legal, mas bonitinho não é não.

— Olha quem fala...

— Não mete o Heinz nessa conversa! Voltando... Eu já estava desconfiando por que você fala sobre ele o tempo inteiro, mas só fui ter certeza mesmo há poucos minutos quando deixou escapar que está se aproximando do irmão dele. -Riu. - Que técnica mais antiga, usar o irmão do cara... E nem vai funcionar já que eles não se falam.

— Não estou usando o Tom!

— Uuuh, já está chamando ele pelo primeiro nome! Então, você quer pegar qualquer um dos dois?

— Mya!

— Fala logo!

— Eu era a única pessoa no planeta que não sabia que eles são irmãos? Porra... - Suspirei chateada e sentei do lado dela.

— Você não sabia?

— Não.

— Até eu sabia... E ele nem é da minha sala!

— Não precisa esfregar na cara.

Ela me deu um empurrão que deveria demonstrar companheirismo, mas me derrubou deitada na cama.

— Então peso pena, o que pretende vestir na festa?

— Ainda falta uma semana.

— Nunca é cedo demais para pensar em looks.

 


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Notas finais do capítulo

Não fiquem pensando que vai existir um triangulo amoroso entre os gêmeos e Helene, por que não vai. É meio complicado escrever isso, por que Tom e ela vão ser muito amigos, mas só isso, apesar das cenas ambíguas entre eles, é só amizade! Parece outra coisa pra quem está de fora, mas os dois só querem ser amigos e se preocupam com o que o outro pensa dos próprios atos. (tipo, tom não estava querendo pegar ela nem nada ali no carro, mas ficou envergonhado pensando que talvez ela tenha pensado que ele queria, entenderam?)



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